Os elencos de apoio dificultaram a vida dos QBs na semana 9

by Alexandre Castro

A benção ou maldição (dependendo do ponto de vista) dos esportes coletivos é que  vencer sozinho é um desafio basicamente impossível. Isso ficou bem claro nessa  última rodada. Muitos QBs tiveram bons números, estatisticamente, nessa semana, mas o resultado não foi o esperado, por conta dos elencos de apoio.

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Vamos lá!

Drake Maye perde a segunda partida seguida de forma inesperada

Depois de perder para Virginia de forma decepcionante, os Tar Heels sucumbiram novamente e foram derrotados por Georgia Tech. Os números de Drake Maye não foram tão ruins como o resultado foi. O QB de UNC conseguiu 17/25, 310 jardas, 2 TDs, além de correr 10 vezes para 58 jardas e 1 TD.

O ataque terrestre também foi dominante. 47 corridas, 267 jardas e 4 TDs, com destaque para Omarion Hampton e suas 153 jardas e 2 TDs pelo chão. O grande problema, como tem sido durante a era de Mack Brown, Head coach de North Carolina é a defesa, que com certa frequência tem apagões.

Georgia Tech marcou, somente no último quarto, 22 pontos e 246 jardas corridas. Some isso as 287 jardas de passe e quatro touchdowns do quarterback Haynes King e você terá o nível do problema que a defesa de UNC tem sido.

Para o jogo, Tech acumulou 635 jardas ofensivas, acertou 8 de 13 em conversões de terceira descida e acumulou 29 primeiras descidas. Dontae Smith terminou com 178 jardas, King acrescentou 90 e Jamal Haynes teve mais 80 para somar nas 348 jardas terrestre conquistadas pelos Yellow Jackets.

Caleb Williams escapa de mais um upset

Quando você enfrenta a provável pick 1 e está totalmente desacreditado com record negativo, você simplesmente não pode dar a ele posses extras.

Foi exatamente isso que os Cal no confronto em casa contra o USC. Por pouco os Trojans escaparam de um terceira derrota seguida. Com dois fumbles em momentos cruciais convertidos em TD, USC conseguiu vencer os Golden Bears por 50-49.

Mesmo perdendo esses fumbles e tomando os TDs logo em seguida, Cal teve a chance de ganhar. Eles foram para a conversão de dois pontos e falharam, do contrário estaríamos falando de mais um fracasso de USC na temporada.

Não é de hoje que a defesa de USC se mostra um problema e até agora nada foi resolvido. Após derrotas para Notre Dame e Utah nas últimas duas semanas, a USC não podia se dar ao luxo de perder. Mesmo com algumas conversas nacionais sobre Williams ficar de fora pelo resto da temporada, ele jogou e se saiu bem. Com 23-40, 369 jardas e 2 TDs.

Washington mostra vulnerabilidade no pior momento possível

Parecia que Washington iria rumar ao top-4 da CFB com autoridade, depois da vitória emocionante no último segundo, em cima do rival Oregon. Mas só parecia. Depois de vencer Arizona sem marcar um TD ofensivo e numa partida péssima do então favorito ao Heisman Michael Penix Jr, os Huskies voltaram a sofrer, dessa feita contra Stanford.

O QB de UW teve bons números, embora precise melhorar sua acurácia, sempre lembrada aqui. Apesar de mais uma INT evitável,  ele lançou 37 passes, acertando 21, para 369 jardas, 4 TDs e a interceptação já mencionada. O ataque teve problemas com Ja’Lynn Polk dropando alguns passes, mesmo conquistando quase 150 jardas e 2 TDs recebidos e, Rome Odunze que sofreu um fumble com o ataque já dentro da redzone.

Entretanto, assim como fora contra Oregon e deve ser no restante da temporada, a defesa é um ponto de alerta. Ashton Daniels, QB de Stanford, lançou 48 vezes para 31 passes certos, 367 jardas, 1 TD e nenhuma INT. Isso colocou o ataque dos Cardinals em condições de marcar 3 TDs corridos, 2 destes pontuados pelo próprio QB.

Atacar essa defesa era mais fácil do que passar faca quente na manteiga. Durante todo o jogo o setor não obteve resposta para Stanford. O resultado seria outro se numa tentativa de quarta descida o recebedor dos Cardinals não tivesse dropado um passe totalmente livre.

Se Washington, Kalen DeBoer e Michael Penix pensam em algo na pós temporada, a defesa precisa e muito ser ajustada. O time irá enfrentar uma dura série nas próximas semanas após ser exposto nas últimas duas. USC, Utah, Oregon State e Washington State. Todos confrontos fortes dentro da Conferência PAC-12.

A linha ofensiva de Colorado é um problema gigante

Já falamos algumas vezes nessa coluna sobre o trabalho de Colorado e Deion Sanders. Comparado com o ano passado, foi um salto de qualidade incrível para o time que teve apenas uma vitória. Um dos pontos principais pontos que precisa ser endereçado no próximo ciclo é a linha ofensiva.

Eles entraram nessa partida com 35 sacks cedidos. Na derrota para UCLA esses números pioraram. Sanders foi sacado 7 vezes, fora as vezes que foi atingido. O QB foi pressionado 24 vezes, com 17 hits, derrubado 13 vezes e os 7 sacks já mencionados.

Apesar de toda essa pressão ele completou 27 dos 43 passes tentados, para 217 jardas e 1 TD. A OL é algo que precisa ser o foco no Portal de Transferência e Recrutamento, seja quem for o QB (Sander pode voltar para 2024) no comando dos Buffaloes.

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