Qual é o Top 5 WRs do draft de 2022?

by Alexandre Castro

Existem coisas na vida que fatalmente irão gerar problemas. Atacar alguém no WAR, mandar um +4 no Uno, discutir se é biscoito ou bolacha, fazer um top 5 posicional. Essa semana semana fiquei encarregado de definir meu top 5 do draft. Gosto muito dessa classe e vou me basear no HOJE. Apesar da temporada estar no final, ainda temos Combine, Pro Days, All Star Games e isso pode mudar a posições desses prospectos.

Observação: esse ranking reflete apenas a opinião do redator!

Vamos lá!

1. Garrett Wilson, Ohio State (5’11, 188 lbs)

Wilson teve um bom salto de produção esse ano. 143 recepções (70 até o momento), que o fizeram entrar no top 10 de todos os tempos de Ohio State, 2213 jardas (1058 até o momento), 23 TDs, uma média de 15.5 jardas por recepção. É um baita atleta, como quase todos que compõe essa lista.

Fluidez de quadril e explosão ajudam Wilson a conseguir separação em suas rotas. Ele consegue fazer movimentos com a parte superior do corpo diferente da parte inferior, fazendo com que fique ainda mais difícil para o DB descobrir que rota/release ele irá executar. Essas habilidades físicas inflam seu route running e ele consegue fazer quebras de rotas beirando a perfeição.

Wilson não é o WR mais alto, nem o mais forte, mas ainda assim consegue vencer em bolas contestadas. Tem uma explosão para saltar ótima e consegue se “contorcer” para pegar a bola mesmo nos lugares mais complicados. Isso ajuda ele também em janelas apertadas, onde ele é especialista em receber passes entre a lateral e um defensor.

Lembra o que falei antes sobre a fluidez dele? Ele com a bola nas mãos, mesmo sem ter uma top speed de elite, consegue conquistar muitas jardas pós recepção. Boa visão e elusividade para escapar dos defensores quando tem a bola nas mãos e realmente vira um “corredor”.

Um ponto de atenção, além de algumas limitações físicas, como força e top speed seria o contato dele com a bola. Em alguns momentos, ele parece se afobar um pouco quando está no “meio da confusão” e faz o contato com a bola um pouco antes do esperado. Falha que pode ser corrigida em treinos.

2. Treylon Burks, Arkansas (6’3, 225 lbs)

Esse é meu garoto da classe. 147 recepções, 2418 jardas, 18 TDs, média de 16.4 por recepção. Um recebedor alto e forte, MUITO bom em jardas pós recepção. Normalmente, caras mais altos vão ficar mais presos ao lado de fora do campo. Burks é muito versátil, consegue alinhar em todas as funções, inclusive vimos snaps dele como RB, um “falso TE” e até H-Back.

Treylon Burks pode se tornar o WR1 da classe?

O ataque dos Razorbacks passava muito por ele. Seja em screens, ou jogadas em profundidade, bolas contestadas, ou ainda em situações para ele conseguir jardas pós recepção. Precisa de um refino em algumas rotas, de um ponto de vista mais técnico. Por sua fisicalidade, em alguns momentos prefere usar a força e explosão para conseguir separação.

A mais preocupante redflag dele, é sua disponibilidade. Burks sofre com lesões que o perseguem há um certo tempo. Ele teve um ACL no ano de Sophomore e Senior na sua época de High School. Durante seu último ano, ele também quebrou a mão. Como sempre ressaltamos disponibilidade é uma característica fundamental na NFL.

3. Chris Olave, Ohio State (6’0, 189 lbs)

O que tem na água de Ohio State? Michael Thomas, Terry McLaurin e nessa classe deve ter dois jogadores no top 5 da posição. Olave, 175 recepções, 2702 jardas, 35 TDs mesmo tendo outros dois excelentes WRs para dividir os alvos. Outro cara fisicamente abençoado, muito veloz, era corredor de atletismo no High School e sabe usar o atributo no College. Já foi confirmado no Senior Bowl e o evento deve fazer subir ainda mais seu stock.

Ele por muitas vezes consegue separação já no começo das rotas com sua explosão. No entanto, ele não é aquele WR que só tenta criar separação com sua velocidade. Sua fluidez e mudança de direção lhe ajuda bastante e ele é bem inteligente manipulando os WRs. Por falar em inteligência, marcar ele em zona também não é garantia, ele tem boa leitura dos espaços entre as zonas e consegue achar rapidamente os soft spots.

Qualquer dia que você estiver estressado e precisar ver um vídeo satisfatório indico ver Olave correndo rotas, extremamente técnico.

Pontos de melhoria para o WR, é que com as ferramentas que tem, tanto físicas como mentais, ele poderia ser ainda melhor nas jardas conquistadas pós recepção. Do ponto vista, físico, seu frame mais esguio lhe atrapalha em algumas bolas contestadas e já lhe rendeu alguns fumbles também.

4. Drake London, USC (6’5, 210 lbs)

Peça principal do corpo de recebedores de USC, tem 160 jardas, 2153 e 15 TDs. Infelizmente, sofreu uma lesão no tornozelo direito na partida contra Arizona e isso pode acabar atrapalhar seu stock.

Um cara extremamente alto, que sabe usar seu tamanho para ter vantagem em cima do recebedor, principalmente recebendo bolas contestadas. É imoral o jeito que ele se mexe em campo para um cara de 6’5. Muita fluidez que lhe dá um capacidade de mudar direção meio inesperada para um grandalhão.

Do lado negativo, ele não tem uma top speed de elite e enfrenta alguns problemas saindo da linha. Seu desempenho contra press coverage é algo preocupante, inclusive, tem pouca experiência nessa situação pelo fato de ter sido usado na maioria das vezes por dentro, como um big slot. Na NFL ele vai enfrentar press coverage com muito mais frequência, precisa mostrar que pode evoluir nesse quesito.

5. David Bell, Purdue (6’2, 205 lbs)

O ex-parceiro de Rondale Moore tem 232, 2946 jardas e 21 TDs. Mais um excelente atleta, com bom burst saindo da linha de scrimmage e criando separação para si com a própria velocidade. Também tem boa mudança de direção e é um desafio para os defensores que tentam tackleá-lo em campo aberto.

Bom controle corporal para buscar as bolas difíceis e consegue ser ameaça em passes curtos, conseguindo jardas pós recepção, em passes na zona intermediária, recebendo no meio do tráfego, e em profundidade com sua velocidade.

Bell sofre do mau reverso de London. Ele é frequentemente marcado em press coverage, consegue ganhar bem na saída da rota, mas talvez possa sofrer um pouco contra DBs mais atléticos em off.

Menções honrosas

Jameson Williams que conseguiu chamar mais atenção que seu parceiro depois de se transferir justamente de Ohio State, John Metchie, que é outro que entra na lista. Outro bom nome para ficar de olho em Jahan Dotson, jogador rápido e com boas mãos. Por último, não que entre no top 5, mas Anias Smith é um jogador versátil que pode ser muito útil na NFL jogando como WR e RB também.

Até a próxima!

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