Os elencos de apoio dificultaram a vida dos QBs na semana 9

A benção ou maldição (dependendo do ponto de vista) dos esportes coletivos é que  vencer sozinho é um desafio basicamente impossível. Isso ficou bem claro nessa  última rodada. Muitos QBs tiveram bons números, estatisticamente, nessa semana, mas o resultado não foi o esperado, por conta dos elencos de apoio.

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Vamos lá!

Drake Maye perde a segunda partida seguida de forma inesperada

Depois de perder para Virginia de forma decepcionante, os Tar Heels sucumbiram novamente e foram derrotados por Georgia Tech. Os números de Drake Maye não foram tão ruins como o resultado foi. O QB de UNC conseguiu 17/25, 310 jardas, 2 TDs, além de correr 10 vezes para 58 jardas e 1 TD.

O ataque terrestre também foi dominante. 47 corridas, 267 jardas e 4 TDs, com destaque para Omarion Hampton e suas 153 jardas e 2 TDs pelo chão. O grande problema, como tem sido durante a era de Mack Brown, Head coach de North Carolina é a defesa, que com certa frequência tem apagões.

Georgia Tech marcou, somente no último quarto, 22 pontos e 246 jardas corridas. Some isso as 287 jardas de passe e quatro touchdowns do quarterback Haynes King e você terá o nível do problema que a defesa de UNC tem sido.

Para o jogo, Tech acumulou 635 jardas ofensivas, acertou 8 de 13 em conversões de terceira descida e acumulou 29 primeiras descidas. Dontae Smith terminou com 178 jardas, King acrescentou 90 e Jamal Haynes teve mais 80 para somar nas 348 jardas terrestre conquistadas pelos Yellow Jackets.

Caleb Williams escapa de mais um upset

Quando você enfrenta a provável pick 1 e está totalmente desacreditado com record negativo, você simplesmente não pode dar a ele posses extras.

Foi exatamente isso que os Cal no confronto em casa contra o USC. Por pouco os Trojans escaparam de um terceira derrota seguida. Com dois fumbles em momentos cruciais convertidos em TD, USC conseguiu vencer os Golden Bears por 50-49.

Mesmo perdendo esses fumbles e tomando os TDs logo em seguida, Cal teve a chance de ganhar. Eles foram para a conversão de dois pontos e falharam, do contrário estaríamos falando de mais um fracasso de USC na temporada.

Não é de hoje que a defesa de USC se mostra um problema e até agora nada foi resolvido. Após derrotas para Notre Dame e Utah nas últimas duas semanas, a USC não podia se dar ao luxo de perder. Mesmo com algumas conversas nacionais sobre Williams ficar de fora pelo resto da temporada, ele jogou e se saiu bem. Com 23-40, 369 jardas e 2 TDs.

Washington mostra vulnerabilidade no pior momento possível

Parecia que Washington iria rumar ao top-4 da CFB com autoridade, depois da vitória emocionante no último segundo, em cima do rival Oregon. Mas só parecia. Depois de vencer Arizona sem marcar um TD ofensivo e numa partida péssima do então favorito ao Heisman Michael Penix Jr, os Huskies voltaram a sofrer, dessa feita contra Stanford.

O QB de UW teve bons números, embora precise melhorar sua acurácia, sempre lembrada aqui. Apesar de mais uma INT evitável,  ele lançou 37 passes, acertando 21, para 369 jardas, 4 TDs e a interceptação já mencionada. O ataque teve problemas com Ja’Lynn Polk dropando alguns passes, mesmo conquistando quase 150 jardas e 2 TDs recebidos e, Rome Odunze que sofreu um fumble com o ataque já dentro da redzone.

Entretanto, assim como fora contra Oregon e deve ser no restante da temporada, a defesa é um ponto de alerta. Ashton Daniels, QB de Stanford, lançou 48 vezes para 31 passes certos, 367 jardas, 1 TD e nenhuma INT. Isso colocou o ataque dos Cardinals em condições de marcar 3 TDs corridos, 2 destes pontuados pelo próprio QB.

Atacar essa defesa era mais fácil do que passar faca quente na manteiga. Durante todo o jogo o setor não obteve resposta para Stanford. O resultado seria outro se numa tentativa de quarta descida o recebedor dos Cardinals não tivesse dropado um passe totalmente livre.

Se Washington, Kalen DeBoer e Michael Penix pensam em algo na pós temporada, a defesa precisa e muito ser ajustada. O time irá enfrentar uma dura série nas próximas semanas após ser exposto nas últimas duas. USC, Utah, Oregon State e Washington State. Todos confrontos fortes dentro da Conferência PAC-12.

A linha ofensiva de Colorado é um problema gigante

Já falamos algumas vezes nessa coluna sobre o trabalho de Colorado e Deion Sanders. Comparado com o ano passado, foi um salto de qualidade incrível para o time que teve apenas uma vitória. Um dos pontos principais pontos que precisa ser endereçado no próximo ciclo é a linha ofensiva.

Eles entraram nessa partida com 35 sacks cedidos. Na derrota para UCLA esses números pioraram. Sanders foi sacado 7 vezes, fora as vezes que foi atingido. O QB foi pressionado 24 vezes, com 17 hits, derrubado 13 vezes e os 7 sacks já mencionados.

Apesar de toda essa pressão ele completou 27 dos 43 passes tentados, para 217 jardas e 1 TD. A OL é algo que precisa ser o foco no Portal de Transferência e Recrutamento, seja quem for o QB (Sander pode voltar para 2024) no comando dos Buffaloes.

Apaixonado pela NFL desde que viu Walter Jones em campo pelos Seahawks. Fundador do Blog do Seahawks Brasil em 2018, quando começou a se aprofundar realmente no esporte.

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