E os nossos “Draft crushes”, o que viraram?

by Deivis Chiodini

Todo mundo tem um Draft crush, aquele jogador que gosta mais que a maioria em algum Draft. Pensando nisso, pedi que cada um dá redação escolhesse um que gostava e explicasse os motivos. Também vamos rever como ele está na carreira. Alguns deram certo, outros nem tanto…é a vida né?

Alexandre Castro: Fred Warner – Linebacker
Draftado pelo San Francisco 49ers em 2018, na terceira rodada

“A grande maioria dos analistas da época classificavam Warner como um prospecto de dia 3. Ainda bem que evoluímos nosso processo e estamos dando mais valor as qualidades de cobertura para um LB. Os instintos do jogador BYU davam inveja a muitos defensive backs de elite. Com esse diferencial aliado a sua capacidade atlética o tornavam um prospecto de elite. Seu gatilho disparava tanto para desviar passes, como para achar os gaps e infiltrar para tackles para perda de jardas. Deu-se muita importância para alguns ângulos de tackles errados e arm tackles que foram refinados nos primeiros anos, jogando principalmente protegido por uma DL muito forte”

Hoje: All-Pro, um dos líderes dessa defesa de San Francisco e um dos melhores linebackers da NFL. Recebeu um contrato, segunda maior média da posição.

 

Claudinei Júnior: Saquon Barkley – Running Back
Draftado pelo New York Giants em 2018, na segunda escolha geral

“Sempre antes de começar minha avaliação sobre RBs do Draft, olho alguns vídeos de Barkley em Penn State. O melhor prospecto da posição que já vi, ele possuía todas as ferramentas físicas e técnicas que você busca em um RB moderno na NFL: atleticismo de elite, visão, jardas após o contato, ameaça no jogo aéreo e bloqueio no pass protection. É raro encontrar um jogador tão completo e com tanta qualidade como vimos em Saquon no College. Seu jogo traduziu muito bem na NFL, porém, infelizmente ele conviveu com lesões nas últimas temporadas. Ainda sim, é um jogador de altíssima qualidade que, se estiver saudável, pode ser um dos 5 melhores da posição”

Hoje: Foi calouro ofensivo do ano em 2018, mas depois as lesões e os problemas dos Giants fizeram com que caísse. Precisa recuperar seu jogo em 2022, sob pena de ser um bust.

 

Deivis Chiodini: Justin Herbert – Quarterback
Draftado pelo Los Angeles Chargers em 2020, na sexta escolha geral

“Nunca entendi os motivos que faziam as pessoas odiaram tanto Justin Herbert no processo de Draft: não raro o víamos abaixo de Jordan Love e até Jake Fromm em alguns rankings. Para mim, as ferramentas estavam todas lá: braço, boa leitura de jogo, capacidade de esticar as jogadas e produzir do pocket. Claro que existiam problemas em seu jogo – como no de qualquer prospecto -, mas a forma como eles eram tratados como enormes que sempre me incomodou”

Hoje: Foi calouro ofensivo do ano em 2020, tornou-se um dos principais talentos jovens da liga e bateu diversos recordes em seus 2 primeiros anos. Busca agora uma ida aos playoffs para se consolidar na prateleira de cima da posição.

 

Felipe Vieira: Harold Landry – Edge
Draftado pelo Tennessee Titans em 2018, na segunda rodada

“Landry foi um desses EDGE rushers que não importa o ano ou a situação, eu sei que me apaixonaria pelo prospecto independente de qualquer coisa. Com muita explosão e um bend de alto nível, Landry foi subestimado por ter jogado uma temporada lesionado e ter tido apenas 5,5 sacks, bem abaixo dos seus 16,5 sacks no ano anterior. Porém, não era difícil de separar os anos e entender que Landry era um jogador de começo de Draft.”

Hoje: Em 2019 teve 9 sacks, mas acabou não conseguindo se manter em 2020. Em 2021, explodiu de vez, chegando aos 12 sacks e se tornando um top-10 em pressões na liga. Recebeu um contrato de 5 anos, com média de US$ 17,5 milhões.

 

Guilherme Spinelli: Stefon Diggs – Wide Receiver
Draftado pelo Minnesota Vikings em 2015, na quinta rodada

“Stefon Diggs foi um dos maiores steals do Draft da última década. Mentiria se dissesse que acreditava que ele seria um WR Top 5 da liga. O release dele, com a facilidade em sair de press sempre foi algo acima da média. Isso sempre o ajudou a criar separação e separação rápida. As mãos também sempre foram um ponto alto do atleta. Infelizmente a situação em Maryland nunca o ajudou a brilhar do jeito que poderia a nível de College, mas o tape nunca mentiu que ele era um bom atleta..”

Hoje: Teve bons anos nos Vikins, sendo em especial lembrando pelo “Minnesota Miracle”, que classificou o time para final da NFC em 2017. Trocado para o Buffalo Bills em 2020, explodiu de vez ao lado de Josh Allen, se tornando um All-Pro e um dos melhores da posição na liga. Recebeu recentemente um contrato de 4 anos com média de US$ 24 milhões.

 

João Gabriel Gelli: Chris Godwin – Wide Receiver
Draftado pelo Tampa Bay Buccaneers em 2017, na terceira rodada

“Em uma classe de recebedores que tinha Corey Davis, Mike Williams e John Ross como destaques, Chris Godwin era um nome que merecia mais atenção. O principal destaque de seu arsenal estava na fisicalidade. Tinha habilidade para lidar com o contato em todas as fases do jogo. Tinha boa capacidade em todas as rotas e excelentes resultados em passes contestados. Além disso, teve um desempenho fantástico no Combine. Este conjunto fazia com que pudesse ser projetado como um talento de impacto desde o começo da carreira profissional, especialmente como um movedor de correntes.”

Hoje: Foi peça fundamental na conquista do Super Bowl em 2020, se tornando uma arma segura e confiável para Tom Brady. Muito lépido, tem duas temporadas para mais de 1000 jardas recebidas e 30 touchdowns na carreira, apesar de lidar com lesões com frequência acima do comum.

 

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