Por que existem opiniões tão diversas sobre Drake Maye?

by Alexandre Castro

É comum, principalmente chegando perto do draft, nos depararmos com opiniões conflitantes. Isso vai desde a busca por engajamento, a avaliações baseadas em critérios equivocados. Um dos prospectos de topo que passa por isso no momento, é o QB de North Carolina, Drake Maye.

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Existia quem defendia que ele poderia brigar com Caleb Williams pelo posto de primeiro QB. Em dado momento, sem nada acontecer, ele sumiu dessa conversa e existia quem o colocasse como QB4, o que, com todo respeito, beira a insanidade. Isso chegou ao ponto do analista Chris Simms classificá-lo como o sexto quarterback. Não a sexta escolha, não o sexto melhor jogador, mas sim o sexto QB, colocando Bo Nix, Michael Penix e J.J. McCarthy.

O único ponto de atenção que deve ser tomado foi uma certa inconsistência de Maye em 2023. Seu 2022 foi de nível elite e por vezes é até natural esse passo atrás em produção. Um exemplo de jogador de elite que chegou no draft numa temporada boa, mas não no nível espetacular do ano que precedia, foi o EDGE Will Anderson.

Parece que ao invés de fazer essa analogia, alguns analistas preferem colocá-lo numa prateleira similar ao seu predecessor, Sam Howell. O ex-QB dos Tar Heels teve um 2019 e 2020 espetaculares, mas, depois de perder muitos titulares teve um 2021 preocupante. Isso atrapalhou demais seu stock e como é sabido, ele acabou sendo escolhido apenas na quinta rodada, sendo que por muito tempo era projetado como o QB1 da classe.

Algumas vezes, essa “queda” nos boards, são justificadas pela atitude ou postura fora de campo. Isso não pode ser atribuído a Maye. Ele se destacou muito nas entrevistas, até mais do que seus companheiros de posição e foi bastante elogiado por scouts, principalmente pela equipe do New England Patriots. Então, se você não tem nada contra o sotaque “caipira” (que não sabia que o Maye tinha), não há nada para se pontuar nesse quesito.

Novamente, como trago na maioria dos meus textos, é pedir equilíbrio. Por exemplo, Caleb Williams era visto como o prospecto perto da perfeição. Bastaram algumas derrotas (das quais a maioria não foi sua culpa) que começaram a questionar o pedestal em que ele era colocado. Chegaram até a pontuar ele ter chorado ao perder seu último jogo para Washington. Pergunto-me se ele tivesse saído como nada tivesse acontecido se também pontuariam algo, como se ele não desse valor ao jogo.

Maye não é um trabalho pronto, mas mostra todo potencial para ser um titular de grande nível na NFL. Tem o tamanho, braço, processamento, liderança e muitas outras características para se consolidar como no mínimo o QB2 dessa classe de 2024. Com apenas o Pro Day como evento daqui para o Draft é possível que na visão geral tenhamos Williams e Maye como QB2.

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