Draft dos Cardinals mostra um plano de longo prazo

by João Gabriel Gelli

O término da temporada de 2022 trouxe a saída de Steve Keim e Kliff Kingsbury de seus cargos nos Cardinals. Dessa forma, a franquia iniciou um novo ciclo nesta offseason. Para guiar o processo, o GM Monti Ossenfort foi contratado. Ele então conduziu a busca pelo novo treinador, que chegou em Jonathan Gannon, ex-coordenador defensivos dos Eagles.

Com este grupo revitalizado entre as principais mentes da equipe, se iniciou um processo de montagem de elenco complicado. O elenco é envelhecido, não é dos mais qualificados e tem um QB jovem, mas muito caro. Esta combinação de fatores proporciona um cenário complicado e uma reconstrução delicada.

Depois de uma Free Agency mais quieta, o time teve um Draft muito interessante e que apontou algumas tendências. Assim, vamos analisá-las em maior detalhe.

As escolhas

#06 – OT Paris Johnson (Ohio State)

#41 – EDGE BJ Ojulari (LSU)

#72 – CB Garrett Williams (Syracuse)

#94 – WR Michael Wilson (Stanford)

#122 – iOL Jon Gaines II (UCLA)

#139 – QB Clayton Tune (Houston)

#168 – LB Owen Pappoe (Auburn)

#180 – CB Kei’Trel Clark (Louisville)

#213 – iDL Dante Stills (West Virginia)

Mente em 2024

Os Cardinals estiveram envolvidos em 5 trocas durante o Draft, duas delas no top 10. No processo, acumularam bastante capital para 2024. Na primeira e mais importante, desceram da escolha 3 para a 12 dos Texans por um retorno fabuloso. Nela, somaram seleções de primeira e terceira rodadas no ano que vem, além de mais alguns valores em 2023. Qualquer tabela indica que Arizona venceu esta troca por uma margem estrondosa e foi um excelente processo por parte do novo GM.

Depois, Ossenfort decidiu subir da 12 para a 6 em negociação com os Lions. Neste movimento, cedeu um valor equivalente a uma escolha de terceira rodada. Tendo em vista o ganho acumulado com a troca anterior, foi um movimento muito interessante. Isto porque teve que abrir mão de pouco e ainda conseguiu escolher o jogador que desejava.

Ao término do Draft, os Cardinals saíram com uma escolha de primeira rodada (Texans), duas de terceira (Texans e Titans) e uma de quinta (Eagles) em 2024. Além disso, o time está projetado para receber uma quarta rodada compensatória pela saída do iDL Zach Allen para os Broncos na Free Agency. Portanto, terão 5 escolhas no top 100 e 11 no Draft como um todo até o momento. Isto dá muito poder para exercer durante o próximo Draft, que certamente será um marco relevante para a nova gestão.

Este ponto é reforçado pelas projeções de vitórias na temporada das casas de apostas, que apontam Cardinals e Texans como os dois piores times da liga. Assim, existe um forte indicativo de que Arizona possivelmente terá duas escolhas no top 5 a 10 e não seria totalmente fora da realidade acabar com as duas primeiras seleções do próximo Draft.

Com um elenco envelhecido e raso, este é o caminho que a franquia realmente precisava tomar e teve um ótimo primeiro passo. Agora, resta saber o que acontecerá com algumas peças, como Kyler Murray, DeAndre Hopkins e Budda Baker. Estes são alguns dos principais talentos do time, mas são caros, possuem algumas questões e podem render algum retorno a mais de capital de Draft. No fim das contas, a grande realidade é que a reconstrução do Cardinals está apenas no começo, mas montou uma boa fundação para iniciar o processo.

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