Caso Jalen Carter não é o primeiro do Draft

Alguns prospectos viram seu valor despencar na reta final do recrutamento em outros anos na liga. Lembramos alguns nomes que perderam stock perto do Draft.

by Alexandre Castro

Já é do conhecimento de todos dos episódios envolvendo Jalen Carter. Com isso, várias dúvidas surgem sobre onde vai ser draftado e qual impacto tais ações causaram no seu stock. Pensando nisso, hoje vamos trazer alguns exemplos de jogadores que passaram por situações parecidas e quais consequências seus atos tiveram.

Vamos lá!

Vontaze Burfict, 2012, não-draftado, Bengals

Nesse draft, o linebacker que era extremamente físico, seria considerado um dos melhores talentos defensivos e sem muitas dúvidas seria escolhido na primeira rodada. No entanto, na mesma medida do seu talento e capacidade física ele era uma escolha arriscada.

A derrocada começou no Las Vegas Bowl daquele ano contra o Boise State, a oportunidade de Burfict de causar uma última boa impressão antes de se declarar para o draft de 2012 da NFL. Em vez disso, Burfict foi retirado do time titular e jogou poucos snaps. Quando ele jogou, seu impacto foi apenas negativo, já que ele fez apenas um tackle e recebeu uma falta por conduta antidesportiva.

Sendo assim, o próximo grande passo para Burfict era um grande Combine. Em vez disso, ele teve um desempenho terrível no evento. Começou com uma péssima entrevista, falando mal da mídia e seus treinadores. Ele parecia muito fora de forma, correndo as 40 jardas no pior tempo entre os linebackers em 5,09 segundos.

Com tudo isso, de primeira rodada ele acabou indo ver seu nome apenas entre os UDFAs.

Randy Gregory, 2015, 60º geral, Cowboys

O jogador de Nebraska admitiu falhou no teste de drogas no Combine, e seu stock de primeira rodada caiu rapidamente. Então ele caiu do primeiro round e no dia seguinte continuou caindo. Quando os Cowboys chamaram seu nome no final do segundo round, ele jurou usar isso como motivação. No entanto, ele falhou em vários outros testes e foi suspenso da NFL inúmeras vezes por conta disso.

La’el Collins, 2015, não-draftado, Cowboys

O tackle de LSU era projetado por muitos como uma das 10 primeiras escolhas do Draft. Contudo, ele viu seu nome  ser envolvido em uma investigação de assassinato dois dias antes do draft. Ele nunca foi suspeito, foi chamado porque tinha tido uma relação anterior com a vítima. Mas até as autoridades explicarem isso, o draft havia acabado. Os Cowboys o pegaram entre os UDFA e logo ele impactou o time.

Laremy Tunsil, 2016, 13º geral, Dolphins

Talvez essa seja uma das histórias mais famosas da série: “Como acabar com seu stock“. O tackle de Ole Miss não teve a queda tão grande como outros citados aqui no texto, mas com o advento da internet e redes sociais foi uma das mais conhecidas e impactantes. Foi um vídeo no Twitter dele inalando maconha, surgindo minutos antes do draft, que assustou as equipes até que os Dolphins o pegaram. Ele era quase que por consenso a pick 1 geral.

O caso de Jalen Carter

Como vocês viram nos casos acima, tivemos motivos dos mais diversos. Carter foi investigado no caso de um acidente que foi fatal para seu companheiro de time. Carter havia dito que não estava no local, mas investigações indicaram que ele estaria num racha com esse amigo antes do acidente. Por conta disso ele teve que deixar o Combine o para prestar esclarecimentos.

Ele estará em condicional por 1 ano e ainda assim, esse não foi o evento que tirará seu stock. O seu grande problema foi seu Pro Day terrível. Ele ganhou muito peso em comparação com o Combine que ocorrera há pouco tempo. Além disso, executou os exercícios de forma desleixada e não teve fôlego de terminar outros e acabou com câimbras.

Eu realmente não tenho informações sobre o que se passa na cabeça do Carter, se ele está sofrendo com algo, ou se precisa de algum acompanhamento psicológico (se é que está procurando). Mas some seu desempenho no Pro Day ao fato dele nunca ter participado de grandes porcentagens de snaps jogo a jogo em Georgia, e você pode imaginar que ele seria um cara que não se dedica o suficiente no condicionamento físico. Isso, sim, seria algo que a NFL não perdoaria.

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