Claudinei Junior
Claudinei Junior
Jornalista residente em São Carlos, SP. Amante do futebol nacional e internacional, NFL, NBA, College e MMA. OC no São Carlos Bulldogs e clubismo não liberado para Santos, Manchester United, Patriots e Lakers.
Estamos praticamente na metade da temporada e os playoffs estão chegando. Muitas equipes sonham com o Super Bowl, já outras estão enxergando a frente de olho no Draft de 2021.
O futuro de muitas equipes é depositado nos calouros vindo das universidades e a esperança é que eles consigam mudar o rumo de uma franquia.
Como sabemos, os quarterbacks são uma página a parte já que são peça principal em uma reconstrução. No próximo ano, teremos nomes como Trevor Lawrence, Justin Fields, Trey Lance, Zach Wilson, Mac Jones, entre outros.
Como muitas equipes estão com a posição indefinida de QB e recorde negativo, dando mais chances de ter uma escolha alta no Draft, já temos indícios de quais franquias irão buscar um novo jogador da posição no Draft de 2021:
Prospectos que perderam stock na temporada
5 Prospectos para Ficar de Olho na Big Ten
FIVE FIRST-HALF TOUCHDOWNS FROM TREVOR LAWRENCE 😱 pic.twitter.com/iAW4oKDc52
— SportsCenter (@SportsCenter) October 17, 2020
New York Jets
Qual o futuro do New York Jets?
Pior time da NFL em 2020, o New York Jets deve, ao fim desta temporada, fazer várias trocas na equipe. Desde vários jogadores que compõe o elenco até quem comanda o time. Com a saída provável saída de Adam Gase, o GM Joe Douglas será mais cobrado por mudanças no Jets e não há mudança maior do que a troca na posição de QB.
A equipe deve ficar com uma das três primeiras escolhas do Draft de 2021 e, caso fique com a primeira escolha geral, será difícil deixar passar um talento como Trevor Lawrence. O hype em cima do Sunshine é muito grande e, em um mercado grande como NY, o fator fora de campo deve pesar muito na escolha.
A contratação de um novo Head Coach, com uma mentalidade ofensiva, e a chance de treinar um dos melhores talentos ofensivos da década deve deixar esse cargo como um dos mais cobiçado da NFL. A saída de Gase alinhado com novo HC deve dar os indícios do que a equipe pretende fazer na offseason.
E Sam Darnold, bom, os três anos como titular foram jogados no lixo com um desenvolvimento ruim por conta da coaching staff e dele. O jovem deve ser trocado e alguém irá apostar no ex USC, já que ele ainda tem potencial e só 23 anos.
New York Giants
Imaginem um Draft onde as duas primeiras escolhas sejam das equipes de NY e ambas escolham QB. Isso é muito possível ocorrer caso o Giants fique com uma das três primeiras escolhas e Dave Gettleman saia da posição de GM. Caso ele não saia, creio que Daniel Jones deva ficar mais um ano.
Porém, a tendência é a saída da dupla Gettleman-Jones por causa dos resultados da equipe, ambos em nenhuma das suas funções mostram sinal de crescimento. A mudança na posição de GM deve dar um novo rumo para franquia, e com novas ideias, quem assumir a posição terá que fazer mudanças na equipe.
Com a escolha alta no Draft, uma comissão técnica que só está há um ano no cargo e que não participou da montagem do elenco atual, fica fácil fazer a conta sobre a troca de QB. Claro, tudo isso deve se concretizar se a equipe continuar com os resultados negativos em campo e Gettleman sair. E convenhamos, essa é a situação mais propensa no momento.
Justin Fields' 2020 stats:
48-55 | 594 yards | 6 TD | 0 INT
In. Two. Games. 😰 pic.twitter.com/7cJWvn6dgb
— Ohio State on BTN (@OhioStateOnBTN) November 1, 2020
Jacksonville Jaguars
De todas as equipes desta lista o Jaguars é quem tem mais chance de permanecer com o QB atual. Minshew surpreendeu no ano de novato e teve uma temporada decente.
Neste ano, ele tem oscilado mais para o lado negativo, mas é compreensivo por conta do desmanche realizado em Jacksonville e a falta de talento ao seu redor. Porém, mesmo mostrando uma base de jogo bem sólida, Minshew não demonstra que vá crescer muito além disso.
É por esse motivo que a incógnita sobre o posto de QB da franquia. A equipe demostra estar confortável até agora com Minshew, quer, na verdade usar as escolhas de Draft para formar um novo núcleo. Mas caso o time da Florida tenha Lawrence, Fields ou Lance sobrando na board, dificilmente não vão puxar o gatilho.
Ainda mais com essa opção de escolher um jovem com muito potencial para a posição e trocar o QB atual por escolhas.
Washington Football Team
Washington é um daqueles times ruins que com algumas mudanças tem tudo para se tornar mais competitivo e brigar por playoffs. A defesa é muito boa, mas o ataque quase não tem talento, Terry McLaurin e Brandon Scherff são alguns dos poucos que salvam.
Kyle Allen e Alex Smith não são soluções a longo prazo. Dwayne Haskins está na sua segunda temporada, mas até o momento quando esteve em campo não conseguiu mostrar o bom nível de jogo na época de Ohio State. Ron Rivera já fez questão de queimar o jogador ao tirar a titularidade e o rebaixar a terceiro QB.
Por conta disso, a solução parece ser fora do grupo atual. Com espaço no salary cap, não me surpreenderia se fossem atrás de um jogador na Free Agency (alô Dak). Dependendo dos planos da direção e a posição no Draft, Washington deve voltar a investir na posição.
Pelo cenário atual, a equipe da capital não deve ficar no top 3 do Draft. Mesmo assim, ainda irá estar dentro do top 10 em uma posição muito favorável a escolher um QB que caía na board.
Trey Lance’s 2019 season was mind-blowing. 2,786 Passing, 1,100 Rushing, 42 total TDs, 0 INT 🤯 pic.twitter.com/vll3FNQgHc
— Colossus Of Clout (@g_mitch13) November 1, 2020
Nem tudo ao céu e nem tudo ao inferno: muitos torcedores do New England Patriots ficaram desesperados após mais uma derrota da equipe, nesta semana contra o San Francisco 49ers. É claro, é preciso sim ligar um alerta, pois são três reveses seguidos e alguns fatores contribuem para a má fase do time.
Não há um ponto principal que seja culpado pelas atuações ruins, são na verdade um conjunto de fatores que não funcionaram como nas primeiras semanas e que emperraram o sistema ofensivo.
Vamos debater agora quais são os principais pontos negativos do ataque nessas últimas semanas.
"I'll take that" – @fred_warner, probably #SFvsNE on CBS pic.twitter.com/vlxISF98kJ
— San Francisco 49ers (@49ers) October 25, 2020
Preparação para os jogos
Na minha visão, a preparação para os jogos nas últimas semanas foram um dos principais pontos que atrapalharam a equipe. Chiefs, Broncos e 49ers, essas derrotas ocorreram em um período muito complicado para a equipe que sofreu com casos de Covid-19 e falta de treinos.
Isso explica as últimas derrotas? Não. A falta de ritmo por causa dos poucos treinos influenciam sim na performance da equipe, mas muitos erros que vimos, contra o 49ers por exemplo, não foram por conta disso já que a equipe na última semana voltou aos treinos normalmente.
Claro, quando você tem um time com um QB que chegou tarde na offseason, teve treinos presenciais limitados no training camp, está se adaptando aos novos companheiros e ao sistema, isso influencia no processo de entrosamento e cada semana é crucial para o desenvolvimento.
Esses últimos dias foram atípicas em uma temporada normal e nenhuma equipe se prepara para isso. Mas, não se pode colocar a culpa das últimas atuações do ataque apenas em cima disso, há outros fatores que fizeram o setor ofensivo cair de produção.
Performance de Cam Newton
Esse mês foi muito complicado para Cam Newton. Além de ter pego a Covid-19, fez pouquíssimos treinos com a equipe e praticamente só esteve em campo para jogar. Isso impactou em seu desempenho que está criando mais química com o sistema e os jogadores ao redor.
Depois de citar isso, temos que falar que o camisa 1 fez duas partidas bem ruins contra Broncos e 49ers. A questão da preparação que falei acima tem que ser levado em conta, mas há outros motivos além disso.
Primeiro, leitura de jogo. Newton tem errado muitas leituras e tomado decisões erradas. Sabemos que os recebedores não são uma maravilha, mas muito das críticas que estão fazendo sobre o grupo, na verdade são erros do QB. Abaixo temos vídeos disso.
Na jogada acima, a primeira leitura de Cam é na rota de Julian Edelman, que sai do slot, corta para dentro e depois volta em direção a sideline. Mesmo com a boa marcação do LB Fred Warner, o QB hesita em lançar a bola, segura e depois corre para ganhar poucas jardas.
N’Keal Harry faz uma rota skinny post e tem muito espaço, mas Newton não olha o jogador que está praticamente na frente da rota de Edelman.
Agora, um play-action, Newton tem as rotas longas bem marcadas e tem Dalton Keene e Damien Harris como check down. O camisa 1 segura a bola por 3 segundos, não faz o passe e precisa se livrar da bola para não ser sackado. Era apenas uma primeira descida e Cam não lança no fundo e nem nos recebedores que estão livres para garantir algumas jardas.
Cam Newton "breaking the chain" once again. Throwing with his feet parallel to the line of scrimmage. Doesn't step into it. Hips open early. Ball falls well short of an open Byrd. This isn't about a shoulder issue, maybe a foot issue, but mainly just poor mechanics. #Patriots pic.twitter.com/4QB9z8b6td
— Evan Lazar (@ezlazar) October 26, 2020
Segundo ponto é a mecânica. Newton nunca teve um movimento limpo e sempre teve problemas ao fazer alguns passes. Nas primeiras semanas, o QB mostrou que trabalhou nisso e conseguiu fazer bons lançamentos, mostrando uma melhora nesse sentido.
Porém, nos dois últimos jogos Cam mostrou uma regressão, com uma base mais instável e fazendo mais força do que o normal para passar.
Na jogada acima, o passe é para Byrd numa 3rd para 5. Newton não faz o trabalho de pés e quadril correto, lança muito curto e sem nenhuma precisão. Ele tinha tempo no pocket para fazer o movimento correto.
Problema com os recebedores
Em uma crise se você não faz parte da solução, então faz parte do problema. Essa é a definição para os recebedores dos Patriots. Apesar das críticas sobre o setor, algumas têm sido exageradas.
Muitos reclamam que os jogadores não criam separação, mas, na verdade este não é o problema principal. Na tabela abaixo, do NextGen Stats, temos a média de separação que os recebedores tiveram quando foram alvos em um lançamento.
A média da liga é de 2.85 jardas, a maioria esteve abaixo da média, mas eram janelas possíveis para receber um passe. Quando pegamos o ALL 22 vemos que o problema, na verdade, não é só a separação e sim falta de improvisação e sintonia com o QB.
Falta confiança de Cam nos recebedores, os jogadores não conseguem criar grandes separações, não produzem após a recepção e falta entrosamento com o camisa 1. Edelman, por exemplo, só teve um grande jogo na temporada que foi contra o Seahawks, de lá pra cá, não recebeu mais de 3 passes e 50 jardas em nenhum dos jogos.
Abaixo vemos uma jogada que demonstra bem isso. Patriots está num empty formation, a leitura de Cam é em Edelman no slot. o WR tem uma rota option, de acordo com a posição do seu marcador ele vai ir para dentro, fora ou parar em um determinado local. Essa é uma jogada que Julian cansou de fazer com Brady e precisa de muito entrosamento.
O camisa 11 percebe o espaço na frente do LB, então para e espera o passe. Cam faz a progressão da leitura e quando vira para o recebedor, Edelman corta para dentro e o QB não percebe e faz o passe atrás. A antecipação não acontece, ocorre um drop e mais uma interceptação.
Erros da comissão técnica
Antes, não é preciso dizer que Bill Belichick e Josh McDaniels sabem mais de futebol americano do que eu que estou escrevendo e você que está lendo. Porém, como seres humanos também cometem erros e precisamos falar disso.
Primeiro, as jogadas e os conceitos chamados para o ataque são bons e é um dos poucos pontos positivos junto com o jogo terrestre. O problema que quero chamar a atenção é a utilização dos jogadores, a forma como tem usado não está dando resultado.
N’Keal Harry não será um WR de elite na NFL, mas ele não é o cara para ficar isolado contra um CB em rotas longas e verticais. Sua característica é em rotas mais curtas e trabalhar após a recepção, assim que vimos no College.
Ryan Izzo é um cara para complementar o elenco, sabe bloquear e recebe alguns passes, mas ele não pode ser o seu TE #1 e esperar que terá 5 recepções por jogo e 100 jardas.
Jakobi Meyers não é o melhor jogador do mundo, mas tem produzido quando acionado. O mesmo vale para o RB Damien Harris que tem conseguido pelo menos 5 jardas toda vez que toca na bola, precisa de mais carregadas.
O personnel precisa ser mais variado. No domingo, o 21 foi um dos mais utilizado e quando era necessário ganhar muitas jardas para o first down, McDaniels espalha os recebedores em empty e em quase todas as tentativas não deram certo. É preciso usar mais shifts e motion nas formações, no ano passado a equipe usou em 64,4% dos snaps, neste ano somente 47,2%.
Em resumo, os problemas de preparação para os jogos interferiram sim, mas não se pode colocar a culpa somente nisso. Cam Newton tem que jogar melhor, ler o que acontece em campo e ter mais precisão nos passes. Os recebedores não são a melhor coisa do mundo, podem jogar melhor se forem mais bem explorados pela comissão técnica.
Não adianta a torcida achar que uma troca vai resolver o problema do ataque, são vários os fatores que estão interferindo. Belichick e McDaniels terão que fazer aquilo que sabem fazer de melhor para melhorar o setor ofensivo, ajustes. E dessa vez, não tem Brady para encobrir as carências.
Ryan Tannehill é um dos casos mais emblemáticos do que uma mudança de ares pode fazer na carreira de alguém. Desde que foi trocado e virou titular no Tennessee Titans, ele tem conseguido grandes atuações e é uma das peças chaves para a boa fase da equipe.
Após quase conseguir chegar ao Super Bowl na última temporada, o Titans começou a temporada com 5 vitórias e nenhuma derrota. Um dos pilares do time é seu QB titular que tem comandado o ataque e aparecido nos momentos cruciais manter a invencibilidade até esta semana 6.
Mas qual o segredo para Tannehill ter ressuscitado sua carreira e estar atuando como um top 10 na posição desde que chegou? Veja a baixo os três pontos que podem explicar essa mudança:
Ryan Tannehill's best throws from his 4-TD game #HOUvsTEN
📺: More coverage on @nflnetwork pic.twitter.com/IWcvLWad2D
— Tennessee Titans (@Titans) October 19, 2020
Sistema
O sistema de ataque de Tennessee é baseado em avanços curtos, preservação da bola e equilíbrio entre o jogo terrestre e aéreo. Essa filosofia faz com que Tannehill não tenha a pressão de carregar o ataque sobre seus ombros.
As jogadas mais usados pelo ataque são: corridas do Derrick Henry com formações pesadas, play action e passes curtos e rápidos. Esses três funcionam como uma engrenagem na qual uma puxa a outra.
As corridas com o RB funcionam para o time ganhar ritmo, o uso de personnel mais carregado com TE é utilizado para maximizar e dar mais opções para esse jogo terrestre. Em função disso, o play action é essencial para enganar as defesas que são forçadas a colocar mais gente no box para parar Henry, e isso faz com que menos defensores cubram as zonas de passe e é ai que o play action encaixa.
Tannehill gives the cheeky little point at the Safety to "confirm" with WR Batson as he brings him in to sell that the Titans are running Duo here.
Look how that sell and the run action gets the LBs to bite and Batson does a great job of holding on. pic.twitter.com/L7xptT5Loy
— Nate Tice (@Nate_Tice) October 20, 2020
Seja com WRs no mano a mano contra CB ou com os TEs encontrando espaços no meio ou na lateral, Tannehill consegue sempre achar alguém livre e isso funciona principalmente na endzone.
Por fim, se aproveitando dos recebedores físicos que a equipe tem, os conceitos de passes curtos e rápidos são uma maneira inteligente de aproveitar as características dos jogadores e também do QB, já que ele faz a leituras rápidas das jogadas e tem uma boa precisão nesse tipo de passe.
Eficiência
Os números não mentem. Tannehill tem um recorde de 12-3 desde que virou titular na qual é mesmo de Patrick Mahomes no período, são 3966 jardas aéreas do QB do Titans e 3899 do Chiefs. Tannehil tem 35 TDs, 5 interceptações e rating de 116, contra 30 TDs, 6 interceptações e rating de 104 de Mahomes nos últimos 15 jogos.
Isso quer dizer que ele é melhor do que o atual MVP do Super Bowl? Logico que não, mostra na verdade o nível de jogo que ele tem apresentado. São 69,9% de passes completados na temporada e 9,6 jardas por tentativa de passe.
Esse alto nível de aproveitamento nos passes e baixo número de turnovers, prova que ele tem sido muito eficiente dentro do sistema ofensivo e não dá chance da defesa forçar erros e capitalizar em cima disso. Outro ponto importante é que nessa temporada Tanehill tem sido decisivo nos momentos finais de jogos apertados e garantindo as vitórias.
DE TANNEHILL PARA AJ BROWN! VAMOS PARA A PRORROGAÇÃO EM TENNESSEE! #Titans #NFLBrasil
📺: Assista a esse JOGÃO com exclusividade no NFL Game Pass, que está com o preço REDUZIDO! Aproveite 👉 https://t.co/uMRqwxJ5yr pic.twitter.com/2uuIDZOqOm
— NFL Brasil (@NFLBrasil) October 18, 2020
Elenco
O elenco atual do Titans é o melhor que Tannehill já esteve em seus 8 anos de liga. Seus companheiros de ataque se encaixam perfeitamente com seu estilo.
Para começar, na posição de RB, Derrick Henry faz uma dupla dinâmica com o camisa 17. Ambos têm uma química muito boa nos play actions e screens, a soma disso é um perigo duplo para a defesa que precisa escolher se vai priorizar o combate terrestre ou aéreo.
O grupo de TE não tem grandes nomes, mas tem profundidade. Jonnu Smith, Anthony Firksey e Geoff Swain têm as características necessárias para atuar no sistema ofensivo, conseguem bloquear bem e trabalham com eficiência as zonas curtas do campo para receberes passes. São armas muito importantes na endzone.
O grupo de WRs tem bons jogadores a disposição, o principal é AJ Brown que já mostrou ser o alvo favorito do QB. Além do segundo anista, Corey Davis, Adam Humphries e Kalif Raymond mostram boa sintonia e sempre recebem bola. A linha ofensiva teve uma queda com a saída de Jack Conklin na offseason, mas continua a desempenhar em bom nível e dar os segundos que Tannehill precisa para fazer os lançamentos.
– 2nd & 20
– Pressure in his face
– Tannehill throws a dart into this tight window pic.twitter.com/5drrt8Xh2O— Titans Tape (@TitansTape) October 18, 2020
A boa noticia para o torcedor de Tennessee é que Tannehil tem mais 4 anos de contrato com uma média salarial de $ 29 milhões. Se ele continuar jogando nesse nível, será uma barganha o time.
Dois jogos, 70,4% dos passes completados, 729 jardas aéreas, 7 TDs (6 lançados e 1 corrido), nenhuma interceptação e rating de 122,9. Esses são os números de Josh Allen, QB do Bills nas primeiras semanas contra Jets e Dolphins. O camisa 17 foi peça fundamental e tem garantido vitórias para Buffalo.
Muito se fala sobre o nível que ele tem atuado, alguns já colocando até na corrida para MVP, mas fica o questionamento: Josh Allen consegue manter esse nível de atuação por toda temporada?
Bom, para isso precisamos analisar seus dois jogos e falar sobre quais foram seus pontos positivos e negativos.
The AFC Offensive Player of the Week is a GAMER.@JoshAllenQB | #BillsMafia pic.twitter.com/yqwz9Odqwq
— Buffalo Bills (@BuffaloBills) September 23, 2020
Primeiro, vamos falar sobre os pontos positivos:
Play call
Sem dúvida, algo que mais tem influenciado nas atuações de Josh Allen são as chamadas das jogadas. O play call de Brian Daboll explora as principais virtudes do QB e facilitado a leitura de jogo dele.
Muitos motions, play action, RPO e leituras rápidas formam a base desse gameplan para ajudar Allen a tomar decisões mais rápidas e ágeis. Além disso, a combinação de rotas que exploram áreas do campo que o QB consegue fazer melhores lançamentos, rotas verticais, post, corner, out e deep cross.
You don't want this Smoke. 😎#NYJvsBUF | #GoBills pic.twitter.com/IwDUPinE6B
— Buffalo Bills (@BuffaloBills) September 13, 2020
Elenco
Outro fator que faz a diferença é o talento ao redor de Josh Allen, já que desde de que o Bills draftou o jogador em 2018, a equipe tem adicionado atletas que combinam com o estilo do QB. John Brown, Cole Beasley, Dawson Knox, Devin Singletary, Zach Moss foram trazidos para dar suporte e ajudar na evolução de Allen.
Todos esses jogadores se encaixam no sistema que foi montado para o ataque e a cereja do bolo foi a trocado com o Vikings por Stefon Diggs, um cara capaz de criar separação de várias maneiras no 1 x 1 e ser o go to guy do camisa 17. Essas peças que foram trazidas deram mais qualidade ao sistema que foi adotado e isso tem ajudado na evolução de Allen.
Big time players make big time plays. #BillsMafia | 📺: CBS pic.twitter.com/h28sOrXGIk
— Buffalo Bills (@BuffaloBills) September 20, 2020
Improvisação
Uma habilidade que Josh Allen mostra desde seu primeiro jogo ser uma virtude. Em situações que uma jogada não sai como planejado ou sua leitura é atrapalhada, o jogador consegue improvisar sempre saindo do pocket e fazendo lançamentos ou produzindo com as pernas.
Inclusive, as melhoras jogadas terrestres dele ocorreram quando ele precisou sair do pocket e improvisar, já que além de ter muita velocidade, o QB tem uma capacidade muito boa de quebrar tackle e não ser derrubado facilmente.
GROWN. MAN. STRENGTH.#BUFvsMIA | #BillsMafia
— Buffalo Bills (@BuffaloBills) September 20, 2020
Decision Making
Aqui algo que tem pontos negativos, mas há mais positivos que foram vistos. Os fumbles foram questões negativas contra o Jets, principalmente o primeiro quando ele não aceitou um tackle e tentou improvisar lançando a bola. Porém, se colocarmos na balança, as decisões que ele tomou na maior parte dos jogos tiveram impacto direto para as vitórias.
Allen mostrou uma capacidade melhor em se manter no pocket e continuar fazendo as leituras nas jogadas. Diminuiu seu estilo gunslinger de forçar passes no fundo e, o principal, está tomando decisões melhor quando deve arriscar ou não um passe dependendo do momento do jogo. Isso é visível no último quarto contra o Dolphins, quando sua equipe tomou a virada e o QB em nenhum momento se desesperou e tomou boas decisões para levar seu time a virada.
Zack Moss' first career NFL reception and touchdown. A thing of beauty. #NYJvsBUF | #BillsMafia pic.twitter.com/xZ7LNZWNWg
— Buffalo Bills (@BuffaloBills) September 13, 2020
Como nem tudo são flores e, claro, há pontos negativos que ainda podemos ver:
Precisão
Esse é um dos principais problemas de Josh Allen. Muitas vezes ele consegue ter boa mira e acertar os passes colocando a bola em boa posição para o recebedor. Porém, ele ainda é muito inconsistente em alguns lançamento e erra passes bobos em jogadas curtas e leituras fáceis.
Allen foi muito criticado nos últimos anos por isso e era visível esse defeito. Nesses primeiros jogos, isso não foi percebido em algumas jogadas porque há mais talento entre os recebedores e eles transformaram um lançamento ruim em completo.
Claro, há evolução do ano passado para esse, é notório, mas o jogador ainda precisa melhorar e muito desses erros podem ser corrigidos com uma mecânica mais bem trabalhada.
Josh Allen showing off that laser accuracy pic.twitter.com/QUmjkUZJCp
— Barstool Sports (@barstoolsports) September 13, 2020
Leitura de Defesa
Um ponto que não afetou tanto nas partidas, mas que pode ser melhorado é a leitura da defesa. Allen precisa visualizar melhor o que a defesa está mostrando e indentificar as blitz.
Por ter uma boa habilidade de improvisação, o jogador consegue se virar quando não percebe um defensor entrando no pass rush, mas por vezes sofre pressões desnecessárias e que poderiam ser evitadas se tivesse ficado mais atento.
Marcus Maye isn't as good as Jamal Adams but he is doing a fantastic job as Adams' replacement so far. #TakeFlight
Maye brings down Josh Allen again for his second sack on the day pic.twitter.com/LCelqcbFN6
— Conor the Mick (@TheNJMick) September 13, 2020
Por fim, podemos dizer que Josh Allen melhorou bastante se comparado ao ano passado. O jogador parece mais confiante e muito disso é pelo sistema que o ataque está rodando, aproveitando os pontos fortes dele e dos jogadores ao redor.
Ainda é cedo pra afirmar que o QB vai manter um ritmo tão bom, principalmente porque os advesários até agora foram dos piores liga. Mas, uma coisa que pode ter certeza é que o Buffalo Bills briga forte por playoffs e pela divisão.
A temporada regular da NFL 2020 está próxima e muitos torcedores estão esperançosos para ver em ação os calouros que suas equipes escolheram no Draft. Muitos propectos defensivos foram destaques ao longo da última temporada do College e alguns estão prontos para fazer a diferença logo na semana 1.
Por conta disso, separamos os jogadores que tem mais chance de ser o calouro defensivo do ano nesta temporada. Consideramos o talento do jogador somado ao papel que ele terá na equipe e o desempenho coletivo.
Curiosidades;
– Nenhum safety ganhou o prêmio de DROY desde Mark Carrier em 1990.
– Apenas 3 jogador não draftados na primeira rodada venceram o prêmio em 31 temporadas: Darius Leonard (2018), DeMeco Ryans (2006) e Kendrell Bell (2001).
– 3 dos últimos quatro jogadores que venceram o prêmio foram de Ohio State: Joey Bosa, Marshon Lattimore e Nick Bosa.
– Desde 2002, 6 EDGEs venceram o prêmio com uma temporada entre 9 e 12 sacks.
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Chase Young, EDGE – Washington Football Team
Duas palavras exemplificam Chase Young: jogador generacional. Talento incrível, tecnicamente completo e todas as ferramentas físicas para dominar na NFL. A verdade é que será uma GRANDE surpresa se o ex Ohio State não vencer o prêmio nessa temporada se não perder jogos por lesão.
Young está num patamar acima dos demais da sua classe e é franco favorito para ser não só o melhor calouro defensivo da temporada, mas também para ser um dos melhor jogadores da sua posição.
Mesmo com todos os problemas que a franquia de Washington tem passado (e não são poucos), a equipe tem em suas mãos um diamante e alguém que possa construir setor defensivo ao redor,
Minha a expectativa é que Chase consiga pelo menos dois digítos de sacks em sua temporada de calouro. E convenhamos, para quem viu sua carreira universitária essa marca não é nada de mais.
Redskins fans, here’s what you’re getting in Chase Young 💪#NFLDraft pic.twitter.com/a65Vkq8DnD
— SportsCenter (@SportsCenter) April 24, 2020
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Isaiah Simmons, S/LB – Arizona Cardinals
Quando questionado sobre qual era sua posição Isaiah Simmons deu a melhor resposta que poderia: DEFENSE. Podendo atuar tanto de linebacker, quanto safety ou de EDGE, Simmons é o sonho das mentes defensivas da NFL: um cara híbrido que pode fazer qualquer função em campo e confundir o ataque adversário.
O ex Clemson é um exemplo do que chamamos de linebacker moderno. Tem um atleticismo de elite, versatilidade e inteligência tatíca e técnico para produzir atacando o backfield ou dropando para marcar o passe.
Arizona não titubeou quando o viu disponível e escolheu. Penso que sua ida para o Cardinals não foi o melhor local por causa do coordenador defensivo Vance Joseph, que é muito conservador e deve limitar o calouro a atuar apenas em uma região do campo.
Simmons deve segmentar uma nova era da sua posição. Por conta da sua característica o calouro deve ter altos números de tackles, sacks, fumbles e interceptações, dando a ele grandes chances de ser escolhido DROY.
Isaiah Simmons is heading to Arizona 😤#NFLDraft pic.twitter.com/Q1vrWMgCdS
— SportsCenter (@SportsCenter) April 24, 2020
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Jeffrey Okudah, CB – Detroit Lions
A troca de Darius Slay antes do Draft já dava indícios sobre o que Detroit iria fazer. Com a terceira escolha geral, o Lions foi com o melhor CB da última temporada do College. Jeff Okudah foi um dos principais destaques de Ohio State que tinha uma das melhores defesas do país.
Físico, extremamente agíl e inteligente, Okudah foi um terror para os recebedores. Mesmo com apenas 3 interceptações ao longo da sua carreira universitária, o jogador teve 18 passes desviados e mostrou que tem ball skills e capacidade para atacar a bola.
Pronto para jogar desde o primeiro snap da temporada, Okudah deve começar como CB 2 e também no slot. Isso deve fazer com que mais bolas sejam lançadas na sua direção gerando mais passes desviados e interceptações.
A new lockdown corner in Detroit 🔒
The Lions select Ohio St. CB Jeff Okudah with the No. 3 pick in the #NFLDraft pic.twitter.com/ahi2h6JbZ3
— Bleacher Report (@BleacherReport) April 24, 2020
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Antoine Winfield Jr., S – Tampa Bay Buccaneers
Sim, eu sei, safety difícilmente vence algum prêmio individual, porém Antoine Winfield Jr. não é qualquer um. O calouro é um playmaker e sempre está perto da bola. Não se engane com seus 5’9 (1,75 m), pois o ex Minnesota Golden Gophers compensa a falta de tamanho com agressividade e muita inteligência.
Unanimous All American e Defensive Back of The Year em 2019, Winfield Jr. surpreendeu a todos ao retornar em alto nível após duas temporadas interrompidas por lesão. Ele finalizou a temporada com 83 tackles, 3 sacks e 7 interceptações. As estatísticas chamaram a atenção, mas o que impressionou mesmo foi habilidade do jogador em ser clutch, aparecer no momento mais crítico do jogo e dar a vítoria para a sua equipe.
Por conta disso, Winfield Jr. deve chamar a atenção com seu ball skills e habilidade de mudar o sentido de uma partida. Com uma defesa sólida como a do Bucs, o calouro tem tudo para roubar a cena.
In Antoine Winfield Jr. we trust. 〽️ pic.twitter.com/KVIjOlxiwL
— Minnesota Football (@GopherFootball) September 8, 2019
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K’Lavon Chaisson, EDGE – Jacksonville Jaguars
O Jaguars está em modo rebuild total, muitas peças da equipe foram trocadas ou cortadas nessa offseason. Se há uma esperança para os torcedores em Jacksonville ele se chama K’lavon Chaisson. O ex LSU despontou na última temporada e foi destaque no campeão nacional com 6,5 sacks e 13,5 tackles for loss.
Rapído e com um ótimo bend, Chaisson consegue usar de seu atleticismo para contornar os OLs adversários e estar sempre pressionando o QB. Fato que chama atenção é que o jogador conseguiu suas melhores atuações nos jogos mais compliados da temporada, inclusive na final contra Clemson.
Sem muitas opções no roster, o Jaguars deve colocá-lo para ser titular. Um alto número de sacks vai jogar o hype do atleta lá em cima e botar nas discussões para DROY. Mesmo com vários buracos em Jacksonville, o setor de pass rusher parece bem preenchido com Chaisson e Josh Allen.
Alright, I'm sold on K'Lavon Chaisson. pic.twitter.com/HTRCTopOjI
— Big Cat Country (@BigCatCountry) April 24, 2020