Em uma temporada tão atípica, era esperado que houvesse uma oscilação ainda mais das cotações dos prospectos durante o ano. Alguns que decidiram não jogar a temporada se arrependerão de não terem jogado e outros que jogaram poderiam ter sentado nos louros das temporadas anteriores e manter o que já haviam conquistado. Alguns jogadores não conseguem se manter no topo por muito tempo e acabam decepcionando pelo o que era esperado para eles individualmente. Por isso, separei alguns prospectos que falamos nos podcasts de ranking posicional que não estão jogando tão bem quanto imaginava.
Christian Barmore (iDL) – Redshirt sophomore – Alabama
Barmore não tem jogado mal, são 9 tackles, sendo 5 deles solo, 2 sacks e 1 fumble forçado, mas se esperava que ele pudesse se tornar o próximo Quinnen Williams ao sair de Alabama. Nesse momento, Barmore pode até ser um prospecto de primeira rodada/começo de segunda, mas ninguém está falando de topo de Draft para ele. Talvez até pela decepcionante defesa de Alabama nesse momento, os principais jogadores não estão sendo tão falados, mas fato é que eu esperava mais nesse momento. Sua explosão e sua capacidade de gerar pass rush me impressionaram no estudo de pré-temporada e embora sua posição final tenha sido apenas o 27º overall da board, tinha certeza que ele cresceria tendo mais snaps em 2020 por conta do seu imenso potencial. Por enquanto, ainda estamos falando mais do potencial do que o que ele mostrou de fato.
Tyler Shelvin (iDL) – Redshirt Junior – LSU
O nose tackle de LSU tem as características claras de um nose tackle estereotipado, excepcional parando o jogo terrestre e abaixo da média no pass rush. Shelvin decidiu não participar da temporada por conta da pandemia e já se declarou para o Draft. Não sabemos se foi uma decisão tomada por conta do Covid-19 de fato ou se tentou aproveitar da oportunidade de não se machucar na temporada e perder draft stock, o fato é que Shelvin que já sofria com a balança desde que chegou em LSU, sofreu outra crítica de Ed Orgeron quando se reapresentou a LSU com 380 libras, bem acima das 360 libras que jogou na temporada passada (que já era um problema). Shelvin terá que chegar no Combine por volta das 350 libras se não quiser perder mais stock.
Rondale Moore (WR) – Junior – Purdue
Assim como Shelvin, Moore preferiu dar opt-out na temporada por conta da pandemia, mas com tantos jogadores retornando, Moore também foi por esse caminho e é aí que as coisas começam a ficar mais esquisitas. Na estreia de Purdue na temporada contra Iowa, todos esperavam que Moore jogaria, mas acabou ficando fora da partida por motivos que não foram explicados pela comissão técnica. Durante a semana, novamente os repórteres questionaram se o wide receiver estava treinando e a resposta foi negativa, novamente sem dar explicações do motivo. Em uma classe tão recheada de wide receivers e sendo um prospecto que não joga desde 2018, Rondale Moore começa a levantar mais interrogações do que exclamações e pode ser fatal pro seu draft stock.
Ar’Darius Washington (S) – Redshirt sophomore – TCU
A dupla de safeties de TCU começou a temporada com alta expectativa de ser a melhor dupla do College e possivelmente tendo Ar’Darius Washington e Trevon Moehrig com cotação de segunda rodada para os dois com potencial de subir para o final da primeira. A realidade é que a defesa de TCU tem sido uma grande peneira durante os quatro jogos que aconteceram até aqui e as atuações da dupla tem sido aquém do esperado. Pelo menos, Trevon Moehrig tem se salvado e conseguido colar bom tape mesmo sem ter estatísticas relevante até aqui, tem sido importante na cobertura aérea. Ar’Darius Washington por outro lado, tem sido exposto principalmente no jogo terrestre. Para um jogador com apenas 5’8″ de altura e 178 libras, Washington naturalmente já teria que responder esses questionamentos com excelente tape e com isso não acontecendo, a queda será inevitável se continuar nesse ritmo.