Os motivos que fizeram os Cardinals trocarem por Hollywood Brown

by Claudinei Junior

O Arizona Cardinals usou a 23ª escolha geral do Draft de 2022 para trocar com o Baltimore Ravens pelo WR Marquise “Hollywood” Brown, além de receber uma escolha de terceira rodada. O movimento surpreendeu muitas pessoas, já que Brown era o recebedor principal de Baltimore e não havia muitos rumores sobre uma possível troca.

Entretanto, era sempre debatido entre os analistas como o sistema ofensivo dos Ravens prejudicava o estilo do WR, e ele mesmo parecia incomodado com isso. Mas, não foi somente isso que prejudicou o desenvolvimento do camisa 5, o próprio convive com muitos drops durante sua carreira na NFL.

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Já no deserto, alguns pontos criaram uma necessidade maior no grupo de recebedores. Além do sistema do Kliff Kingsbury precisar de uma quantidade maior no elenco de WR do que o normal, a suspensão de DeAndre Hopkins e saída de Christian Kirk foram fatores cruciais para irem buscar reforços.

Mas, qual a intenção dos Cardinals com essa troca e o motivo de Hollywood Brown ser o escolhido ao invés de outro veterano ou alguém no Draft? Como será o encaixe? Analisamos a seguir.

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Os motivos para a troca

Há três motivos que fizeram Arizona ir buscar Brown em Baltimore. A primeira, é o bom relacionamento entre o recebedor e o QB da equipe. Os jogadores foram companheiros no College, quando atuaram por Oklahoma sobre o comando de Lincoln Riley. A dupla combinou para 75 recepções para 1318 jardas e 10 TDs em 2018, ano em que Murray foi titular e ganhou Heisman pelos Sooners.

Quando houve o anúncio, ambos demonstraram grande felicidade nas redes sociais pela reunião novamente. Além disso, isso deve ajudar no relacionamento entre o camisa 1 e a franquia, que tem se mostrado mais tenso do que o normal. De um lado, a diretoria esperando melhores resultados do QB, do outro, o jogador querendo mais valorização no momento que o novo contrato é discutido.

Esse lado fora de campo, de agradar o seu principal jogador e trazer alguém que ele tenha boa química, já seria um bom motivo para a troca. Porém, o segundo motivo é claro que é o encaixe dentro do sistema ofensivo. Como citei acima, Murray e Brown jogaram em Oklahoma com Riley, treinador conhecido pelo sistema de Air Raid e potencializar seus QBs.

Dentro dessa filosofia, de colocar mais recebedores em campo e esticar a defesa, Brown é uma peça fundamental. Esse papel era cumprido em Arizona por Chrtistian Kirk, que saiu na offseason para os Jaguars.

No grupo de recebedores há alguém com esse estilo, Rondale Moore, jogador que vai para o segundo ano e que tem a habilidade atlética e a jardas pós-recepção como ponto forte. A questão é que ele ainda não chegou em um nível confiável para ser esse WR2. E mesmo se ele estive nesse patamar, o sistema ofensivo pede mais jogador com esse estilo, e a saída de Kirk necessitou uma nova adição.

O último motivo foi a suspensão de DeAndre Hopkins. Depois do anúncio que o WR seria suspenso pelo uso de substâncias proibidas na liga, insiders disseram que a equipe já sabia dessa possibilidade e a troca teria sido apressada para já buscar uma solução.

O Cardinals é uma equipe que precisa de resultados logo. Após alguns anos de reconstrução, foram feitos investimentos pesados offseason atrás de offseason para melhorar o time das mais diversas formas. Hoje, no papel, é um dos 10 melhores elencos, sem dúvida. Por isso, é esperado tanto desse time. A suspensão de Hopkins atrapalha o início da equipe para 2022, e a troca por Brown busca amenizar esse dano que eles teriam.

Encaixe no sistema ofensivo

O papel de Brown já está bem definido nesse grupo de recebedores. Ele é quem tem mais capacidade de esticar o campo e também de ter uma papel dinâmico no ataque, variando entre no slot e em jogadas para buscar jardas após a recepção. É o perfeito WR Z ou WR2 que Arizona tanto precisava para ser o complemento a Hopkins.

Com a suspensão do outro WR, os Cardinals não devem mudar Hollywood de função, já que seria um grande erro deixar o camisa 5 ocupar uma função que no futuro não seria a dele. AJ Green deve ser o cara a ocupar a vaga como X, já que fazia essa função nos Bengals e ainda mostra que tem gasolina no tanque.

Os titulares na semana 1 devem ser Green como X, Brown de Z, Moore no slot, além de Zach Ertz e Maxx Williams como TEs. De todos os anos de Kyler Murray em Arizona, esta parece ser a temporada em que ele terá o mais completo e melhor grupo de recebedores, principalmente com a volta de Hopkins a partir da semana 7.

Uma boa perspectiva para quem quer visualizar tudo isso que falei acima, como a química entre Murray e Brown, ambos dentro de um sistema Air Raid e o papel do recebedor como WR Z, é só ver o tape abaixo da época de College, entre Oklahoma e Virginia.

 

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