Os Lions têm uma abordagem interessante, mas é preciso ter calma

by João Gabriel Gelli

Tida como uma das franquias mais disfuncionais da NFL, o Detroit Lions está no meio de mais um processo de reconstrução. A última temporada com mais vitórias do que derrotas do time foi em 2017 e a última classificação para os playoffs em 2016, ambas na época em que Jim Caldwell era o treinador. Desde então, a era Matt Patricia se passou como um grande fracasso. Assim, em 2021, teve início o período de Dan Campbell como técnico principal e Brad Holmes como general manager.

O principal movimento que marcou o começo deste novo ciclo foi a troca do QB Matthew Stafford para os Rams. Nesta negociação, os Lions levaram escolhas de primeira rodada em 2022 e 2023, além do QB Jared Goff. Dessa forma, Holmes adquiriu capital de Draft para montar o elenco conforme a sua visão com o apoio de Campbell.

A primeira temporada não foi um sucesso em termos de campanha, com apenas 3 vitórias, 1 empate e 13 derrotas. No entanto, a forma como Detroit está abordando seu processo, o resultado logo em 2021 não era o principal. O ponto que merece destaque é a cultura que parece estar sendo criada como um ótimo passo inicial.

A cultura

Cultura é um termo que pode ser definido de diversas formas, tanto no mundo empresarial ou no esportivo, por exemplo. Ela é, essencialmente, um conjunto de hábitos e regras que ajudam a guiar um grupo em direção ao crescimento. No contexto da NFL, a cultura tem em vista criar um ambiente que leve o time para vitórias.

Isto vai além da qualidade do elenco ou da capacidade dos treinadores de montarem sistemas modernos e eficientes. É criar uma atmosfera que cumpra uma série de objetivos. Futebol americano é um esporte perigoso e os jogadores não terão interesse de colocar o corpo em risco sem a possibilidade de vencer. Afinal, quem gosta de perder?

Também é preciso moldar uma situação em que jogadores recém-chegados, sejam eles jovens ou veteranos, enxerguem a possibilidade de conquistar espaço em campo. Assim, surgirá um ar competitivo e estimulará os atletas na briga por um papel relevante nos jogos.

Por fim, os jogadores estão acostumados com hábitos de vestiário e cada vez mais se mostram conscientes de causas sociais e eventos que os interessam fora do esporte. Por isso, é necessário proporcionar um ambiente que trate os atletas como adultos, deixar as personalidades fluírem e motivar um espírito de equipe.

É nestes fatores que Campbell se mostrou um ótimo treinador em 2021. Ele montou uma cultura na qual os seus jogadores ofereciam o máximo do esforço, independente da situação. Com isso, conquistou vitórias contra adversários claramente superiores e fez uma série de partidas parelhas mesmo com talento deficiente. Além disso, é preciso apontar que suas escolhas em termos de comissão técnica foram interessantes, sobretudo o coordenador defensivo Aaron Glenn.

Isto nos leva então para o material humano disponível para executar a visão.

You need to be logged in to view the rest of the content. Por favor faça . Não é um membro? Junte-se a nós

You may also like

Leave a Comment