O impacto dos reforços no Indianapolis Colts de 2022

by Claudinei Junior

Nos últimos anos, a offseason tem sido bastante movimentada com trocas impactantes e muitas mudanças entre jogadores das equipes. O Indianapolis Colts de Chris Ballard sempre seguiu uma filosofia de construção do elenco pelo Draft e não gastar milhões na free agency, mantendo o teto salarial flexível.

Porém, após não conseguir vaga nos playoffs na temporada passada, e o investimento que fizeram em Carson Wentz não ter sido um sucesso, a diretoria da equipe resolver mudar a abordagem e foi mais agressiva neste ano.

Além de assumir o erro e já trocar Wentz de imediato, os Colts foram até Atlanta e trouxeram o ex-MVP da liga Matt Ryan. Também trocaram pelo veterano Yannick Ngakoue e contrataram pela free agency Stephon Gilmore. As adições feitas pelo Draft também mostram que Indianapolis visa um retorno imediato dos seus novatos, já que pegou alguns jogadores que estão prontos e podem jogar já na Semana 1.

Falamos a seguir o impacto que esses novos jogadores podem ter já em 2022 e como se encaixam na cultura de Indianapolis:

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Matt Ryan

O principal nome para a temporada. Ryan é, sem dúvidas, a principal esperança entre os nomes contratados. Após a aposentadoria de Andrew Luck, a equipe buscou opções dos mais variados possíveis, desde novatos, veteranos, contratação na free agency e via troca, mas nenhuma foi uma alternativa a longo prazo.

O camisa 2 vem de uma temporada em baixa após a fraca campanha de Atlanta, que culminou em uma reformulação do elenco. Com 37 anos, o QB não tem mais a mesma performance de 2016, mas ainda tem gasolina no tanque para produzir em bom nível.

Claramente o ataque da equipe terá um impacto imediato com a chegada do jogador. A rapidez com que ele pode entrar no esquema de Frank Reich será um fator importante para o sucesso da equipe durante os dois primeiros meses da temporada, que inclui sete jogos consecutivos contra adversários da AFC.

Com uma linha ofensiva de elite e um jogo corrido forte, liderado por Jonathan Taylor, Ryan não terá a obrigação de carregar o setor ofensivo nas costas. O impacto do jogador deve ocorrer principalmente em momentos críticos do jogo, em situações que em 2021 Wentz sempre tomava decisões ruins.

Ryan traz um estilo de jogo diferente do antecessor, então é esperado que Reich leve o que foi positivo para o ataque no ano passado e misture mais elementos de passe com o que teve de Philip Rivers em 2020. O setor ofensivo irá continuar sendo liderado por Jonathan Taylor, mas ele ficará mais dinâmico com a ameaça dos lançamentos do novo QB.

Yannick Ngakoue

A defesa dos Colts foi a 2º pior pressionando o QB em 2021. Foram apenas 120 pressões, com média de 18.1% por snap (a média da liga foi de cerca de 25%). Mesmo nos últimos anos investindo no setor, com a troca por DeForest Buckner e a escolha de Kwity Paye na primeira rodada, era preciso de mais.

Os Colts foram buscar Ngakoue, que se destacou no começo de carreira no rival Jaguars, depois rodou sem destaque por vários times, até ter uma boa temporada nos Raiders com 10 sacks.

Na troca, a equipe teve que enviar o CB Rock Ya-Sin. Foi uma escolha difícil, já que o jovem vinha ganhando cada vez mais espaço no time, mas Ballard priorizou reforçar a DL com um veterano ainda produtivo na liga. Melhorar o pass rush estava no topo da lista de prioridades da equipe na offseason.

Em uma defesa mais conservadora como era da equipe, Ngakoue teria mais liberdade para produzir no pass rush sem ter tanta responsabilidade para proteger o gap no jogo terrestre. Disse no passado essa frase, pois o antigo coordenador da equipe, Matt Eberflus, foi para Chicago. Veremos se o substituo, Gus Bradley, irá manter a fórmula dos últimos anos ou irá alterar.

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