Dwayne Haskins estava acostumado com ataque de Ohio State, conhecido por ser um ataque moderno e up-tempo. Quando foi escolhido por Washington, era esperado que houvesse uma parte do playbook destinado às suas forças quando ele pudesse assumir a vaga de titular, afinal, isso seria questão de tempo com Case Keenum iniciando a temporada como QB1. O head coach Jay Gruden mais uma vez fez um trabalho ruim em relação a isso e foi demitido no começo de outubro depois de iniciar 0-5. Com isso, Bill Callahan assumiu interinamente o cargo. Na semana 9, Haskins também assumiu como titular do time e desde então possui um recorde de 2-3 com os Redskins. Apesar das duas vitórias, Haskins não tem jogado de forma que encha os olhos de ninguém. Obviamente, o ataque não se adaptou para Haskins e continua extremamente engessado. Haskins, vendo o que aconteceu com Josh Rosen, provavelmente tem isso na cabeça e está simplesmente tentando sobreviver para que em 2020 tenha um novo treinador que saiba aproveitá-lo melhor e um time um pouco mais decente.
Contra Green Bay, houve alguns altos e baixos, como tem sido a temporada toda. No seu primeiro passe da partida, Haskins demora tempo demais preso em sua primeira leitura, que esteve marcado por todo tempo pelo linebacker e Haskins não tenta manipulá-lo para sair dali, então esse tempo todo é apenas perda de tempo. Quando vai mudar a progressão, o pass rush já está chegando e ele não consegue fazer o lançamento a tempo. Com uma linha ofensiva razoável, provavelmente ele teria conseguido fazer o lançamento e teria ganho o first down, mas o processo dele embora esteja correto precisa ser mais acelerado.
— ALL22_OTC (@All22O) December 10, 2019
Em uma rota sluggo, McLaurin consegue abrir vantagem sobre os defensores de Green Bay mesmo sendo marcado por 2. Haskins faz uma boa leitura e faz o passe um pouco forte demais e acaba sendo incompleto.
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Mais uma vez, Haskins faz a leitura correta. Os Packers estão em uma cobertura quarters enquanto Terry McLaurin corre uma rota entre duas zonas e os dois defensores de Green Bay acabam acompanhando McLaurin. Com isso, Kelvin Harmon consegue achar uma zona vaga no campo e senta nela aguardando o passe. Dessa vez o passe sai no momento certo e leva os Redskins para a linha de 2 jardas. Uma jogada depois, Adrian Peterson entraria na endzone.
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Na interceptação, Haskins novamente está atrasado no lançamento e isso faz com que o safety tenha tempo suficiente para cortar a linha de passe e interceptar a bola. Ele precisa acelerar o seu progressão e partir para uma outra mais rápido, além de processar pós-snap também mais rapidamente. Nesse momento, é um quarterback que claramente sentiu a diferença de velocidade entre o College e a NFL.
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Apesar dessa evolução que é bastante necessária, quando Dwayne Haskins está mais próximo do seu habitat natural, as coisas fluem com muito mais facilidade. No drive final quando estava já dentro do two minute warning, o ataque dos Redskins emendou um ataque no-huddle e com isso, Haskins completou 6 de 7 passes para 75 jardas e touchdown. Ou seja, jogou muito melhor do que havia jogado durante toda a partida. Não é muito difícil de perceber a diferença quando um jogador joga de acordo com as suas forças. Inclusive um dos melhores passes da partida veio no touchdown. Uma bola que a princípio parecia ter sido colocada atrás, mas ele tirou o safety o possível para que não houvesse um desvio e ainda assim, em um ponto onde só o Terry McLaurin conseguiria fazer a recepção. Às vezes, o quarterback só precisa dar uma chance para o recebedor e foi isso que ele fez.
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A primeira temporada do novo quarterback dos Redskins não foi tão empolgante quanto a torcida gostaria, mas parece que se houver um ataque montado ao redor dele, Haskins poderá sim ser o futuro da franquia.