Kyler Murray: O que mudou em 2021 ?

by Alexandre Castro

A parceria Kingsbury-Murray teve um início de vida mais para lá do que para cá. Os primeiros dois anos da dupla foram atormentados por um elenco fraco, falta de adaptabilidade e má gestão e estratégia no jogo de Kingsbury que estava em seus primeiros anos de liga como HC. Agora time está 4-0 e Kyler Murray encabeça as conversas sobre MVP.

Vamos entender o que mudou?

Montagem de Elenco para Murray

Depois de “dar a chave da franquia” para o HC, começa a se esperar mais dele. Com a pressão por resultados vindo contra ele, Kliff buscou algumas mudanças para 2021. Na montagem do elenco, fizeram apostas de alto risco, no que parecia ser um time da categoria de Masters adicionando nomes como JJ Watt e AJ Green a uma lista que já apresentava Chandler Jones. Quanto resta no tanque dos veteranos? Eles aguentariam uma temporada inteira?

Se esses caras vão aguentar até o fim da temporada, eu não sei dizer, mas tem sido peças fundamentais para o começo 4-0 do time. Os Cardinals repaginaram sua OL para facilitar a visão do campo de Murray. O time tentou manter como altura máxima da OL caras que tivessem na faixa de 6’4. Inclusive, sua melhor adição foi Rodney Hudson, um center muito subestimado, de 6’2, em detrimento ao seu antecessor que tinha 6’5.

No grupo de recebedores, após trocar por Hopkins, o time trouxe o já falado AJ Green para se juntar a Christian Kirk e ao novato Rondale Moore. Isso fez com que os Cardinals tivessem mais opções e fossem reais ameaças em ambos os lados do campo. Digo isso porque a maior parte do ataque dos Cardinals se baseara apenas em Hopkins e Kingsburry tinha uma tendência a deixá-lo muito preso ao lado esquerdo do campo.

Vale a pena escolher um WR no top 10?

Voltando as origens do esquema

Do ponto de vista de esquema, mudaram as estações, nada mudou. Kliff Kingsbury, o HC dos Cardinals, é conhecido como um seguidor do ‘Air-Raid’, um estilo de ataque que exige que o QB lance a bola frequentemente. O Air-Raid, em sua essência, trata de executar um pequeno número de conceitos gerais e vesti-los de maneiras diferentes, usando o ritmo para tentar pegar a defesa em formações mais vantajosas para o ataque. A partir daí, uma equipe pode repetir a mesma jogada indefinidamente, acrescentando um detalhe ou outro para mostrar para a defesa uma jogada diferente antes do snap sair.

Conheça a Air Raid Offense!

Uma função que por vezes era executada por Kirk ou Isabella (que agora tem ficado inativo), eram os screens, passes rápidos na linha de scrimmage ou atrás dela. Uma das essências do Air Raid, que quase fora “abandonado” por Kingsburry por uma falta de “explosão” no elenco, resolvida no último draft, com a chegada de Rondale Moore que está sempre ligado nos 220v. A capacidade de jardas pós-recepção do novato era o que faltava para engrenar o esquema do HC. Isso inclusive deu a versatilidade de alinha com dois RBs, um deles Moore, ou usar o calouro como um RB propriamente dito.

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