Draft 2023: a classe de Offensive Tackle

by Claudinei Junior

Com o final da temporada da NFL, a offseason começou e aqui no On The Clock estamos com as atenções todas voltadas para o Draft. Assim, estamos passando por cada posição para oferecer um panorama de como estão as classes. Agora, você vai ler sobre a posição de Offensive tackle.

Draft 2023: a classe de Quarterbacks

Draft 2023: a classe de Wide Receivers

Resumo

Diferente de outros grupos que falei nas últimas semanas (Tight end e EDGE), essa classe de Offensive tackle não me agrada tanto. Desde o topo até a profundidade no dia 2, não vejo tantos prospectos com chances para serem titulares logo de inicio ou grandes projetos para desenvolvimento no futuro.

Em anos anteriores, tivemos 4, 5 jogadores draftados na primeira rodada. Neste ano, acredito que será difícil ter mais de 3 nomes chamados no dia 1. Existem caras bem grandes no grupo que possuem o tamanho ideal para jogar na NFL, porém, falta mais potência física ou técnica para jogar no profissional. Com exceção de Peter Skoronski, o restante não me passa confiança que será um titular de qualidade.

Draft 2023: a classe de Running Backs

Draft 2023: a classe de EDGEs

A estrela da classe: Peter Skoronski, Northwestern

Peter Skoronski é o OT1 com tranquilidade. Jogador pronto e que pode jogar na NFL desde a semana 1. Recruta 4 estrelas, o camisa 77 teve a difícil missão em Northwestern de substituir Rashawn Slater. Três anos e 33 partidas depois, é tranquilo afirmar que cumpriu todas as expectativas, já que foi um dos melhores jogadores do college football desde 2020.

Foram 2.382 snaps durante a carreira universitária, o que mostra a vasta experiência que teve em campo. Skoronski cedeu 5 sacks e 43 pressões em 1.258 snaps na proteção do passe. Teve somente 8 faltas marcadas contra ele.

O que o torna um jogador de linha ofensiva tão bom é a combinação mãos, equilíbrio e pés. Possui um punch potente, sabe onde colocar para desestabilizar o defensor e o mover para onde deseja. Tem boa coordenação entre mãos e pés, o footwork é de alto nível, sempre ágil conseguindo espelhar o adversário na jogada.

O que irá deixar as equipes com receio de pagar uma pick tão alta nele é por causa do tamanho. Assim como Slater, as medidas de Skoronski serão debatidas após o Combine. Está listado como 6’4 e 315 lbs e especula-se que os braços devem medir 32 2/8, o que seria insatisfatório. Além disso, falta uma maior força de jogo e explosão no jogo dele.

Meu pensamento é que o ex-Wildcats é um dos melhores prospectos da classe e um talento no mínimo top 15. Os questionamentos sobre tamanho vão ocorrer e por isso não será considerado um blue-chip guy. Há possibilidade de fazer uma transição para o miolo da linha ofensiva, mas ainda sim, vejo com bons olhos testá-lo primeiro nas laterais para depois o mover para dentro.

Segunda prateleira

Paris Johnson Jr., Ohio State

Paris Johnson é um daqueles jogadores que tem o biótipo ideal para a posição. Com 6’6 e 310 lbs, possui ótima combinação física de tamanho, força e atleticismo, traits elites quando se pensa na transição para o profissional. Vai muito bem espaço, se move bem com boa agilidade para chegar no segundo nível.

Johnson é um daqueles casos que iria se beneficiar se tivesse voltado para mais um ano no universitário por dois motivos: 1° – Ainda é cru tecnicamente no uso das mãos e footwork. É evidente quando enfrenta um pass rusher com diferentes movimentos, principalmente em counter moves. 2° – experiência como Left tackle. No primeiro ano jogou pouco, no segundo jogou como Right guard. Somente no terceiro atuou como Tackle.

Broderick Jones, Georgia

Uma verdadeira máquina de mover pessoas. Broderick Jones foi um encaixe perfeito para o sistema de Georgia. É rotineiro ver nos vídeos Jones jogar defensores no chão. Tem aquela mentalidade de ”bully” na qual treinadores de linha ofensiva amam. Possui um punch potente que, quando encaixa no peito do DL, dificilmente o adversário consegue desvencilhar.

Apesar das mãos potentes, ainda precisa melhorar a colocação deles. Por conta da agressividade que possui, por vezes erra o time e não consegue encaixá-las no ponto correto. Também pode evoluir ganhando profundidade no pocket, tem dificuldade para acompanhar speed rushers e impedir que o contornem.

Profundidade

Dawand Jones, Ohio State

Se algumas equipes gostavam de Alex Leatherwood por causa do tamanho, imagino elas quando as medições de Dawand Jones forem oficiais pelo Combine.  A previsão é que tenha 6’8, 358 lbs e 36 5/8 de braço. Tem ótima força de jogo e não permitiu nenhum sack em 2022. O ponto negativo de ser tão grande é a falta de agilidade no trabalho de pés e o pouco equilíbrio. Apesar de não ter encontrado muitas dificuldades no universitário, vai encarar desafios maiores no profissional e precisa compensar as deficiências com melhor utilização das ferramentas físicas que possui.

Anton Harrison, Oklahoma

Anton Harrison me lembra bastante Josh Jones quando prospecto. Tem boa mobilidade e fluidez para chegar no segundo nível no jogo terrestre. Mas é na proteção do passe que tem o maior destaque. Tem boa explosão para ganhar profundidade no pocket e colocação de mãos para impedir o defensor. Falta mais força de jogo como um todo, tanto para ganhar campo no jogo terrestre quanto para ancorar.

Darnell Wright, Tennessee

Uma das maiores incógnitas deste grupo. Darnell Wright é um jogador experiente que, em 4 anos no college football, atuou em 2.746 snaps. Não teve nenhum tipo de destaque nos três primeiros anos, pelo contrário, era até considerado bust. Só que em 2022, despontou como um dos melhores OT da temporada ao ceder somente 8 pressões e nenhum sack. A tape dele contra Will Anderson será sempre algo falado como ponto positivo. Sabe usar bem as mãos, só que não mostra um grande atleticismo e nem habilidade para jogar em espaço. Precisa melhorar o equilíbrio para ter mais chances na NFL.

Pitaco do Editor (Deivis Chiodini)

Uma classe repleta de “sabores” diferentes, com jogadores para todos os sistemas. Talvez não tenhamos nenhum futura estrela, mas a perspectiva é de bons titulares por um longo tempo.

 

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