Christian Barmore e Osa Odighizuwa chegaram para ficar

by Alexandre Castro

Os DTs tem que fazer o trabalho de normalmente pegarem bloqueios duplos, focar no jogo corrido e por isso, normalmente são os esquecidos na DL. Seu trabalho é importantíssimo, mas normalmente não é enxergado pela torcida. No entanto, dois calouros dessa posição tem chamado bastante atenção até esse momento, Chris Barmore dos Patriots e Osa Odighizuwa dos Cowboys.

Vamos ver nesse texto o impacto deles!

Christian Barmore, Patriots

A classe de DT em 2021 era bem subestimada. Por exemplo, Marvin Wilson que era visto como o DT1 antes do ano começar, por muitos, nem draftado foi. De modo que o primeiro cara escolhido da posição, com consenso era Chris Barmore. Se projetava que ele fosse escolhido ao fim da primeira rodada.

Ninguém o escolheu. O ex-jogador de Alabama sobrou até a escolha 38 e caiu no colo dos Patriots. Talvez esse fosse um dos melhores fits para o novato, iria cair num esquema em que suas características principais seriam exaltadas.

Calouros destaques na semana 10 da NFL

Jogando para Nick Saban, disciplina não é uma opção, é uma obrigação. Barmore tem essa disciplina que Bill Bellichick também procura, ele não tem problemas em fazer o “trabalho sujo” nas trincheiras combatendo o jogo corrido. Disciplinado para manter gap, boa capacidade de infiltração no backfield, fez com que a promessa de ir bem no jogo corrido fosse cumprida.

Se não houve nenhuma surpresa com Barmore no jogo corrido, ele surpreendeu no outro aspecto do jogo. Já no seu primeiro ano, contrariando minhas projeções, ele já tem sido parte importante da pressão da DL dos Patriots. Os times tem se preocupado, com razão, com o ano incrível de Matt Judon, uma das melhores contratações da FA, e isso tem deixado Barmore em muitos 1v1.

Erro crasso das OLs em subestimar Barmore. São 31 pressões, que o deixa como nono da liga entre todos os DLs, 16º em QB hits com 5, e 5º em apressamentos com 25. Em todos esses quesitos, ele é o melhor novato da posição com certa vantagem. Se ele conseguir refinar seu trabalho de mãos no pass rush, a tendência é que ele evolua ainda mais.

Osa Odighizuwa, Cowboys

O jogador de UCLA, foi bastante subestimado durante o processo. Durante o Senior Bowl fez um trabalho incrível, que o fez sair na escolha 75 na terceira rodada. Depois de Barmore ainda foram escolhidos Levi Onwuzurike dos Lions, Alim McNeill também pelos Lions, e a escolha surpreendente dos Eagles, Milton Williams, antes de Osa ouvir sue nome ser chamado.

Com 6’2 e 279lbs, e uma mobilidade muito boa para alguém do seu tamanho, ele tem sido um fator no pass rush. Inclusive, chegou a ter um snap ou outro na ponta da linha, para situações mais claras de corrida. Essa estratégia é bem característica de Dan Quinn que já fez bastante isso na época de Seattle e Falcons.

No pass rush ele tem números muito bons. 3 sacks (14º da liga), 4 hits (19º da liga), 19 apressamentos (14º da liga), totalizando 26 pressões (14º da liga). Um bom fator com explosão e primeiro passo, é os responsáveis por esses  bons números do DT.

Pensando no que ele pode melhorar, ele usa com muita frequência o rip move no pass rush. Precisa mesclar e aumentar seu repertório para não ficar previsível. Quanto mais tape, mais os OLs vãos estar preparados, então o ideal é usar outras técnicas para manter essa produção num nível alto.

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