A Big 12 é historicamente uma conferência de ataques, e bons ataques. Oklahoma nos últimos anos esteve no top 10 ofensivo muitas vezes. Inclusive carregou uma defesa muito abaixo. Kyler Murray, Baker Mayfield, CeeDee Lamb, Mark Andrews, Joe Mixon, entre tantos outros. Texas também é uma equipe de história ofensiva. Entre as equipes intermediárias, Texas Tech, TCU e West Virginia também tiveram ataques poderosos. Chegando ao tema do post, Oklahoma State é historicamente um time ofensivo, com Mike Gundy sendo o segundo Head Coach a mais tempo no cargo em toda FBS perdendo apenas para Kirk Ferentz, o técnico de Iowa.
Gundy é uma das maiores mentes ofensivas de todo o futebol americano. Foi Quarterback na própria Oklahoma State no final da década de 80. Treinar sua alma mater é o trabalho dos sonhos da maioria dos jogadores que acabam se tornando técnicos. E Mike Gundy transformou os Cowboys em um dos ataques mais poderosos de toda FBS nos últimos 15 anos. Com QBs de boa produção, muitos jogadores ofensivos foram selecionados alto. De primeira rodada, destaca-se que 6 jogadores possuem esse status na era Gundy em Oklahoma State, sendo 5 deles jogadores de ataque e apenas um na defesa.
Brandon Pettigrew, Russell Okung, Dez Bryant, Justin Blackmon, Brandon Weeden e Justin Gilbert foram selecionados na primeira escolha de uma equipe. Russell Okung e Dez Bryant são jogadores de bom sucesso na liga, sendo Pro Bowlers em suas respectivas posições. Os demais não obtiveram o sucesso esperado para jogadores desse calibre. Além disso, tem Mason Rudolph que foi uma escolha de segundo dia mas que possui um certo holofote. James Washington, Chuba Hubbard, Tylan Wallace, Chris Carson também são ex-Cowboys na NFL. Com todos esses jogadores de ataque na NFL e um ataque que historicamente produz muitos pontos, a questão principal é: cadê a defesa?
É aí que entra o nome de Jim Knowles, que acaba de sair dos Cowboys em direção a Ohio State. Em 2018, o primeiro ano em Stillwater, Oklahoma State cedeu uma média de 32,5 pontos por partida. Já em 2021, esse número caiu para 17,5. É uma evolução muito grande, em pouco tempo de trabalho. Principalmente se considerarmos que é um processo de evolução contínua. Com isso, em 2022, apenas jogadores de defesa de Oklahoma State foram selecionados no último draft. É a transformação de um time que tem um ataque poderoso para um time com uma boa defesa e um ataque mais modesto.
Para manter esse time defensivo, Mike Gundy, trouxe para o lugar de Knowles, Derek Mason, ex-Auburn. Mason tem um bom histórico, com anos como coordenador defensivo em uma Stanford forte, e bons anos como Head Coach em Vanderbilt. Mason tem um time que tem todos os seus titulares indo para, pelo menos, o seu terceiro ano no College. Com isso, o técnico ex-Vanderbilt tem jogadores de nível para manter o trabalho feito por Knowles. No lado ofensivo, tudo gira em torno do experiente QB Spencer Sanders, que subiu um degrau no final da última temporada e terá que subir mais um caso queira levar os Cowboys para o College Football Playoffs.
A estrela do time:
Spencer Sanders – QB – Redshirt Senior
Sanders está no seu quarto ano de titular com os Cowboys, já foi Freshman of The Year em 2019 e MVP de dois Bowls, o Cheez-It em 2020 e o Fiesta em 2021. Além de ser primeiro time na seleção da Big 12. Ao contrário do antecessor, Mason Rudolph, Sanders não tem como característica ser um jogador que passa a bola em profundidade. Sua principal característica é a habilidade para ser um corredor, e tem sucesso nesse sentido. A média de mais de 10 tentativas por jogo mostra que o sistema adaptado por Gundy aproveita muito a qualidade de seu signal-caller. Contudo, não é um jogador de scrambles, ou seja, costuma correr em chamadas programadas.
Como passador, tem boas leituras e consegue encontrar as janelas para completar seus passes, com 60% de passes completos em todas as temporadas de sua carreira. Consegue manejar os Linebackers com os olhos e completar alguns passes médios e curtos com alguma tranquilidade. O problema de Sanders é a precisão nos passes, principalmente médios e longos, há uma evolução nesse sentido, mas ainda há muito trabalho a ser feito. O braço também não é capaz de ajudar a equipe com passes longos e explosivos, algo cada vez mais importante para se ter sucesso na NFL. Ser MVP de dois bowls mostra que ele possui a capacidade de ser decisivo em partidas importantes. Dependendo da evolução de 2021 para 2022, pode ser um jogador de primeira rodada em 2023, mas a avaliação é que deve ser um jogador de dia 2.