College

Provavelmente se você só olhou os placares dos jogos não deve ter se surpreendido. No entanto, as jornadas dos jogos tiveram muitos ingredientes para deixar o torcedor ligado em frente a TV. Seguiremos nosso trabalho de destacar algumas exibições dos Quarterbacks que podem fazer alguma franquia feliz em 2024.

Ranking de pré-temporada: Top 5 Quarterbacks para o Draft de 2024

Quarterbacks surpreendem na semana 1 do College

Mais surpresas entre os Quarterbacks na semana 2 de 2023 do College

Vamos lá!

Sam Hartman tem mais uma partida de destaque

A disputa não era das mais díficéis contra Central Michigan. Mas Sam Hartman fez uma das suas melhores partidas na carreira, levando o time a vitória. Houveram alguns percalços no caminho. Foi o primeiro jogo que foi para o intervalo sem estar vencendo por mais de 10 pontos nessa temporada.

Em cinco temporadas em Wake Forest, Sam Hartman acumulou 110 passes para touchdown, incluindo 39 touchdowns em 2021 e 38 touchdowns em 2022, e, agora, ele está subindo continuamente nos rankings de passes para TD. Com mais três passes para touchdown na vitória por 41-17, Hartman agora tem 13 touchdownsno comando dos Fighting Irish, e ultrapassou alguns nomes de destaque nesse sábado.

Ele ultrapassou Ty Detmer (121) e Aaron Murray (121), e empatou com Landry Jones, e nas próximas semanas ele poderia ultrapassar Colt Brennen (131), Baker Mayfield (131), Rakeem Cato ( 131) e Graham Harrell (134) para passar para o terceiro lugar da lista. A frente desses estariam Kellen Moore[sim, o OC dos Chargers] (142) e Case Keenum (155).

O fato dele ser um jogador no sexto ano, chegando a liga com 24 anos vai ser sempre uma questão. Hartman vem fazendo de tudo para impressionar os scouts no comando do ataque. O setor ofensivo que tem uma forte OL e por consequência um jogo terrestre formidável, viu seu comandante distribuir passes em profundidade com maestria.

A evolução do Brasil no Futebol Americano é clara. Na última década, tivemos Cairo Santos acertando Field Goals nos domingos por diversas equipes. Notoriamente, Chiefs e Bears. Além dele, Durval Queiroz Neto teve a oportunidade de treinar com os Dolphins durante alguns anos. Além disso, diversos nomes tiveram oportunidades em outras ligas fora do Brasil, como a CFL. Agora, o nome da vez é Davi Belfort, filho do ex-lutador Vitor Belfort e Joana Prado. 

Radicado nos Estados Unidos, Belfort está no país desde os 5 anos. No colegial, está na Gulliver Prep High School em Miami, Florida. O grande nome que passou por essa faculdade foi Sean Taylor, lendário Safety do Washington Commanders, mas não é uma escola de ensino médio conhecida por sua qualidade no ensino e desenvolvimento do esporte como a IMG Academy, também localizada na Florida. Davi, além de ter bons números e bom físico, chama a atenção dos scouts por conta de sua família. Ter o DNA de um campeão mundial de MMA, ajuda a entender até onde o físico de Davi pode ir. Além disso, toda a família é extremamente religiosa, o que pode ser levado em consideração como algo positivo. No College existem muitos problemas de comportamento e com a polícia por: excesso de velocidade, problemas com álcool, entre outros. 

Belfort apesar de suas qualidades, tem avaliações bem diferentes Dito isso, Belfort vem chamando a atenção de diversas faculdades, já que em 2021 passou para 22 Touchdowns e correu para mais 6, com apenas 7 Interceptações. Até hoje, foram 29 ofertas para que o filho do ex-campeão do UFC leve seu talento para alguma faculdade. As gigantes Alabama, Georgia e Michigan enviaram seus representantes para tentar convencê-lo. Outras camisas históricas do College foram atrás, como Oregon, Miami, Florida, Ole Miss, Penn State, Tennessee e a finalista do College, TCU. Contudo, as três finalistas para receber Davi Belfort são: Texas A&M, Virginia Tech e Michigan State.

Texas A&M tem talvez a melhor Coaching Staff das três finalistas, liderada por Jimbo Fisher. Jimbo teve anos muito bons desenvolvendo QBs em LSU e Florida State: Jamarcus Russell, Christian Ponder, EJ Manuel e Jameis Winston foram todos escolhas de primeira rodada. Desde então, o melhor produto de Jimbo foi Kellen Mond. O principal recrutador de Davi Belford nos Aggies é Bobby Petrino, técnico que treinou Lamar Jackson no College. Petrino é uma boa mente ofensiva, mas seu histórico é complexo, passou menos de um ano como HC do Atlanta Falcons, time que abandonou com quase nenhuma explicação, depois de diversas polêmicas, para ser HC em Arkansas. Em Arkansas, Petrino foi demitido por se envolver com uma funcionária do diretório atlético da universidade. 

Bobby Petrino failed the Atlanta Falcons in every way | The Worst NFL Coaching Hire

Em Virginia Tech, o principal recrutador é Tyler Bowen, ex-técnico de TEs dos Jaguars e de Penn State. O ano de Virginia Tech foi ruim na posição de QB, com o experiente Grant Wells tendo aproximadamente 2000 jardas, com 9 TDs e 9 Interceptações. A grande questão é que o técnico principal, Brent Pry, chega pressionado para a segunda temporada em Blacksburg. Já que outra campanha negativa não deve manter Pry no cargo. A falta de know-how na Coaching Staff sobre como desenvolver um Quarterback, assusta, e a instabilidade de assinar com Virginia Tech, chegar, e ter outra Coaching Staff pode fazer Davi ter que buscar outro lugar para jogar antes mesmo de pisar em campo pelos Hokies. 

Michigan State é uma equipe consolidada com Mel Tucker como técnico principal dos Spartans, uma equipe bem sucedida e com uma identidade definida: foco em correr bem com a bola e ter uma boa defesa. Isso pode ser bom, pois tira o peso de um Quarterback inexperiente. Já para desenvolvimento, o histórico não conta muito a favor, já que nenhum QB treinado por Jay Johnson foi selecionado via Draft. Jogar em uma equipe consolidada é o melhor cenário para Belfort, mesmo que isso signifique não ser titular logo no primeiro ano.

Após dissecar os 3 destinos possíveis de Davi Belfort temos que mencionar pontos relevantes: o stock dele vem caindo nos últimos meses, muito por conta de uma atuação problemática em 2022. O tamanho também é relevante, já que ele não deve ter mais que o 1,83 e 86 quilos. Os principais sites de recrutamento divergem do lugar dele na Classe de QBs de 2024. Enquanto, o on3 coloca Belfort como o QB 62 de sua classe, o 247 o coloca como 46 e a ESPN como o nono. Na composição geral, Davi fica na casa dos 20-30. Também é importante ressaltar que o valor da NIL dele, segundo o On3, não deve passar dos 200 mil Dólares, algo também relevante na equação para entender onde Belfort irá. A única certeza é que em 2024, Davi Belfort estará no College Football, em qual equipe será, acredito que nem ele saiba nesse momento.

Pela primeira vez em muitos anos, teremos um representante da Big 12 na final nacional. Desde 2014, com a criação do Comitê e das semifinais do College, apenas Oregon e LSU furaram o domínio de Alabama, Clemson, Georgia e Ohio State.  TCU é a terceira equipe a quebrar esse bloqueio após derrubar Michigan. A última vez que uma equipe da Big 12 chegou a final do College foi na longínqua 2009, com os Longhorns perdendo para Alabama por 37 a 21. O último time da Big 12 a ser campeão? Os mesmos Longhorns, em 2005, contra USC. Essa foi a última final sem um membro da Big Ten ou da SEC. A SEC esteve em 15 das 16 finais, enquanto a Big Ten esteve em 4 das 16, todas às vezes com Ohio State. Ser campeão nacional é uma tarefa muito difícil e as semifinais provaram isso, com os dois jogos sendo decididos por uma posse de bola. Isso só demonstra que o nível das melhores equipes é muito parelho e que uma expansão para 12 times faz total sentido. Dito isso, vamos aos fatos.

O jogo terá transmissão na ESPN2 e no Star+ a partir das 21:15 dessa segunda-feira.

Porque TCU pode vencer

Os Horned Frogs mostraram que seu ataque é mais poderoso que qualquer defesa nas semifinais. Foram 38 pontos do ataque contra uma das defesas mais fortes de toda FBS, principalmente contra o jogo corrido, e TCU correu 263 jardas na partida. Nenhuma equipe tinha feito mais que 27 pontos nos Wolverines, os Horned Frogs colocaram 11 pontos a mais. Contra Georgia, o teto era de 30 pontos, até Ohio State fazer uma grande partida e colocar 41 pontos no placar. Olhando pelo lado defensivo, os ataques de Georgia e o de Michigan são muito similares, se os Horned Frogs conseguirem explorar os erros da mesma maneira, também é um bom passo para a vitória. O grande ponto de melhoria são as big plays sofridas, foram pelo menos 5 durante a semifinal. A chance de TCU é conseguir explorar os buracos que os Buckeyes mostraram e aproveitar rapidamente, que colocaram duas posses de vantagem no começo da partida, mas não conseguiram sustentar em finais ruins de tempo. TCU conseguiu sustentar sua vantagem durante o jogo contra Michigan, sofrendo um pouco no final de partida. Se conseguir um começo forte, tem tudo para se tornar campeã nacional. Seria algo inédito e muito simbólico que um discípulo fiel de Mike Leach seja campeão nacional no ano de seu falecimento.

Porque Georgia pode vencer

Georgia é a clara favorita para este duelo. Atual campeã, invicta e sem muitos sustos até a semifinal. Tudo aponta para um claro favoritismo para o lado dos Bulldogs. O ataque é equilibrado e executa muito bem, Steston Bennett tem total controle da equipe. Nas partidas grandes, onde sabe-se que pode ser necessário uma performance melhor do ataque, Todd Monken conseguiu ajudar a equipe. Foram 38 pontos, sendo os 7 primeiros drives resultando em pontos contra Oregon, 50 pontos contra LSU e 42 pontos na semifinal contra Ohio State. O único ponto fora da curva são os 27 pontos contra Tennessee. Ou seja, das quatro vezes em que a equipe teve um desafio real pela frente, foi bem em três. A defesa de Georgia jogou em nível altíssimo durante toda a temporada, mas os 30 pontos contra LSU e os 41 pontos contra Ohio State mostram um sinal amarelo para os Bulldogs no lado defensivo da bola. A ausência de Nolan Smith, o cérebro defensivo da equipe é um fator. Além disso, 7 defensores de Georgia foram selecionados no último Draft. É uma defesa completamente diferente da que enfrentou Alabama ano passado. Para ser bicampeões o nível de dominância terá que ser muito próximo ou igual ao que ocorreu em 2022.

Dos técnicos ativos na FBS, só Nick Saban e Dabo Swinney tem dois ou mais títulos nacionais. E só Nick Saban ganhou dois títulos consecutivos (2011, 2012). Será que Kirby Smart se juntará ao seu mentor? Ou Sonny Dykes será quem fará homenagem a seu mentor?

Georgia é favorita por 12,5 pontos.

Uma dica musical e palpite para o jogo: Georgia on my mind – Ray Charles

Chegou o grande momento do College Football, as semifinais. Pela primeira vez em muitos anos, as quatro equipes foram quase que um consenso. Alabama seria a primeira equipe com duas derrotas e não vencer a conferência a fazer parte das semifinais.  Ou seja, temos as duas equipes invictas e as outras duas que tem apenas uma derrota disputando o título de campeão nacional da temporada 2022, sendo três delas campeãs de conferência. Lembrando que os 2 jogos tem transmissão dos canais ESPN e também estarão no Star +. Vamos aos confrontos:

Vrbo Fiesta Bowl – State Farm Stadium (Glendale, AZ) – 31/12 – 18hs

#2 Michigan Wolverines vs #3 TCU Horned Frogs

Por que Michigan pode vencer?

O time tem a assinatura de seu técnico, Jim Harbaugh. É uma equipe que corre muito bem com a bola, mesmo sem seu principal Running Back, Blake Corum. Donovan Edwards, o reserva, vem fazendo ótimas partidas, com destaque para as 216 jardas corridas contra Ohio State. É isso que a equipe dos Wolverines faz melhor ofensivamente, deixando sempre o QB JJ McCarthy em boas situações. Ter uma equipe que corre bem com a bola é controlar o relógio, além disso, cansar a defesa adversária física e mentalmente. Defensivamente, os Wolverines estão entre os cinco melhores de toda a FBS em jardas cedidas por jogo, jardas cedidas por jogada e pontos cedidos por partida. É uma defesa extremamente atlética e com muitos bons nomes. Controlando o tempo de posse e conseguindo terminar os drives, será difícil para TCU sair com a vitória.

Por que TCU pode vencer?

Os Horned Frogs são a maior surpresa da história do College Football Playoffs. Ninguém sequer previa que os comandados de Sonny Dykes chegaria no top 10, muito menos estaria entre os quatro melhores da temporada. E foi uma equipe que passou por cinco equipes ranqueadas durante a temporada regular. Ofensivamente, a equipe tem um tridente que deve ser fundamental caso a equipe queira a vitória: Max Duggan, Kendre Miller e Quentin Johnston. Já no lado defensivo, todo foco deve ser em parar o jogo corrido de Michigan. Caso isso ocorra, basta manter o nível contra o passe, já que os Horned Frogs estão no top 10 de percentual de passes completos do adversário (53,9%). Como bom discípulo de Mike Leach, Sonny Dykes deve ter preparado algumas surpresas para Jim Harbaugh e companhia.

Michigan é favorito por 7,5 pontos.

Chick-Fil-A Peach Bowl – Mercedes-Benz Stadium (Atlanta, GA) – 31/12 – 22hs

#1 Georgia Bulldogs vs #4 Ohio State Buckeyes

Por que Georgia pode vencer?

Georgia foi a equipe mais dominante da temporada, com sobras. A defesa, mesmo tendo sido desmanchada no último Draft, continua do mesmo nível. O ataque, apesar de não ser muito falado, é eficiente. Muito por conta de uma dupla de Tight Ends de Elite, algo bem incomum para os padrões do College: Darnell Washington e Brock Bowers. Os dois ajudam tanto bloqueando, quanto recebendo passes. O sistema de Georgia é eficiente sem ter nomes que chamem a atenção, com muitos jogadores contribuindo e bem executado pelo QB Stetson Bennett. A defesa controlou todas as equipes ranqueadas que enfrentou, na final da SEC, os Bulldogs já estavam vencendo por 25 pontos no intervalo. Controlou Tennessee a 13 pontos e Oregon a 3 pontos. Além disso, limitou Michigan a 11 pontos na semifinal do ano passado e Alabama a 18 pontos. Se mantiver o padrão dominante, Georgia tem tudo para ser bicampeão nacional. Além de todos os tópicos dentro de campo, a partida será na Georgia, então os Bulldogs basicamente jogarão em casa, aumentando sua vantagem contra os Buckeyes.

Por que Ohio State pode vencer?

É o melhor ataque dos quatro semifinalistas. Tem o melhor Quarterback, CJ Stroud, e o melhor WR, Marvin Harrison Jr. A equipe colocou, em média, 45 pontos por partida nos adversários. As menores pontuações foram os 21 pontos contra Northwestern e Notre Dame, e os 23 pontos contra Michigan. Uma pontuação dessas já colocaria os Buckeyes em posição de pelo menos competir contra Georgia. O grande problema mora na defesa dos Buckeyes, que apesar de ter evoluído com Jim Knowles, ainda está longe dos tempos de Joey e Nick Bosa, e Chase Young. Caso a defesa de Ohio State consiga controlar o jogo corrido de Georgia e forçar Stetson Bennett a decidir o jogo, os Buckeyes podem ficar com a vitória. Para isso, terão que ser perfeitos nos três lados da bola.

Georgia é favorita por 6,5 pontos.

Na manhã de terça (13/12), o programa de Mississipi State anunciou a morte de seu Head Coach, Mike Leach. A informação é que ele sofreu um ataque cardíaco em casa, no domingo, dia 11, e faleceu na noite de ontem (12). Leach é um treinador inovador e histórico do College Football, que criou o Air Raid Offense e revolucionou o jogo. 

Mike Leach e Hal Mumme, década de 80

Afinal, quem é Mike Leach? Como começou a Air Raid? As duas perguntas provavelmente vão se encavalar durante o texto, porque Mike Leach é Air Raid, Air Raid é Mike Leach. E talvez o jogo fosse diferente hoje sem a criação de Hal Mumme e Leach na década de 80. A criação ganhou todos os destaques pelo método pouco ortodoxo e totalmente fora dos padrões da época. Estamos falando de uma época em que a I-Formation era dominante, e os Running Backs eram as estrelas. Tudo começou no High School, na Copperas Cove High School, quando Mumme colocou um sistema baseado na West Coast e no ataque de Lavell Edwards, técnico de BYU na época. 

Foi quando Mumme e Leach se encontraram em 1989, na Iowa Wesleyan University, que o ataque pensado por Mumme e desenvolvido por Leach recebeu o nome de Air Raid. Inclusive, foi o próprio Mike Leach que deu o nome, que traduzindo, significa “Ataque aéreo”. Da Iowa Wesleyan, uma faculdade da NAIA, o equivalente à segunda divisão da NCAA, Leach e Mumme assumiram um novo desafio em Valdosta State, o grande feito foi levar uma equipe que nunca tinha ido aos playoffs, duas vezes entre 1992 e 1996. O grande salto em 1997 foi quando Mumme e Leach assumiram Kentucky, um programa historicamente ligado ao Basquete, que nunca teve grandes resultados no futebol americano. Em 1999, o grande resultado de Leach e Mumme, Tim Couch, o QB de Kentucky, se transformou na primeira escolha geral em 1999. 

Em 1999, os caminhos de Leach e Mumme se separam quando Mike assumiu o cargo de Coordenador Ofensivo de Oklahoma. Mike Leach transforma o ataque dos Sooners no melhor da Big 12, tendo ficado em penúltimo no ano anterior. Com isso, recebe uma oportunidade como treinador principal em Texas Tech. Nos anos em TTU, Leach começou a montar uma árvore de treinadores muito relevante. Enquanto isso, levou os Red Raiders ao lugar mais alto de sua história, vencendo os Longhorns, ranqueados como #1 do país. Foi a primeira vez que Texas Tech venceu um #1. O treinador ainda levou a equipe duas vezes ao Cotton Bowl, e muito teria provavelmente levado aos Playoffs, se eles existissem no período. Depois do período com os Red Raiders, Leach treinou Washington State também com sucesso, chegando a final de conferência em 2018. Em 2021 e 2022, teve campanhas positivas com Mississippi State, e chegou a estar dentro do top 25 com a equipe.

Qual sua contribuição para o esporte?

Conceitualmente, se você já jogou Madden, com certeza já utilizou alguma jogada popularizada por Mike Leach. Sabe aquela Mesh que você usa? Sim, aquilo é Air-Raid, vinda de uma adaptação do Lavell Edwards. A importância dele vai muito além de alguns desenhos, e sim da árvore que ele criou ao redor do seu sistema de jogo e de acreditar em treinadores que não tem o background clássico de praticar o esporte. O próprio Leach jogou Rugby em BYU, Sonny Dykes, seu assistente e que é o treinador da semifinalista TCU, era jogador de beisebol no College. Dave Aranda, treinador de Baylor, nunca jogou futebol americano. Uma das grandes qualidades de Leach era confiar em jovens que ele via potencial. Além disso, Lincoln Riley, Kliff Kingsbury, Dana Holgorsen, Josh Heupel, Neal Brown, Sonny Cumbie e Graham Harrell também fazem parte de sua árvore. Heupel, Riley, Aranda e Dykes tiveram a chance de treinar escolas de nível que Mike Leach jamais teve. Muito por conta de seu estilo pouco ortodoxo, principalmente lidando com a imprensa, o que gerou ótimos momentos que ficarão guardados.

Mike Leach e Lincoln Riley

Mike Leach’s Best Quotes

made me laugh a little, advice on marriage

WSU players convince their HC Mike Leach to bellyflop at a team pool outing 💀

Hoje, não há time de futebol americano competitivo, que não tenha um dedo do que Mike Leach ensinou. Patrick Mahomes é um filho da Air Raid, Bill Belichick e Nick Saban, os dois maiores técnicos da história e gênios defensivos, após tanto lutarem contra as inovações propostas, incorporaram as jogadas em seu playbook. O RPO, tão falado nos últimos anos dentro da NFL, nada mais é que uma evolução da Air Raid. Então quando falamos de Mike Leach é necessário usar três palavras que o definem como treinador e pessoa: inovador, humano e, acima de tudo, corajoso. Corajoso de inovar em um jogo com tantas regras não escritas, de tentar e de ser um vencedor jogando da sua própria maneira, sem se curvar ao status quo.