Tyler Johnson é um wide receiver senior da universidade de Minnesota e provavelmente deverá participar do Senior Bowl (caso aceite o convite) e provavelmente o melhor senior da sua posição. O hype em cima dele durante a pré-temporada era bem alto, mas a produção (626 jardas e 7 touchdowns) tem deixado um pouco a desejar para o que era esperado. O companheiro de time, Rashod Bateman que ainda é um sophomore tem produção semelhante com 644 jardas e 6 touchdowns. Mesmo assim, ainda tenho muita confiança que Tyler Johnson se tornará um bom profissional na NFL.
Essa confiança se passa principalmente pela sua habilidade de correr rotas e como ele me lembra o novato Terry McLaurin nesse quesito. Johnson não possui um super-atleticismo, mas ele sabe como vencer no release na linha de scrimmage e tirar o leverage do cornerback durante a sua rota. Para começar, a primeira jogada que separei é um exemplo do seu release. Parece uma jogada simples com um slant, mas graças a sua execução do release. É por isso que é tão importante debatermos o mito de “wide receiver de red zone” ser aquele wide com 6’5″ de altura que vai conseguir conquistar a bola contestada no ponto alto. Claro que isso é ótimo, mas para ser uma ótima arma de redzone, o ideal é vencer o cornerback no release, como acontece abaixo.
— ALL22_OTC (@All22O) November 4, 2019
Ainda sobre a jogada, Johnson ameaça verticalmente pelo lado de fora, o que induz o cornerback a abrir o quadril para defender aquela área, a partir desse momento, Johnson explora as costas do cornerback e consegue um release limpo, suficiente para criar separação para o touchdown. Isso é algo que Johnson frequentemente conseguiu repetir com sucesso.
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A maioria dos seus touchdowns vieram de dentro da redzone e quase todos de forma parecida: vencendo no release e matando o leverage do cornerback. A partir disso, é só desenvolver o restante da rota e fazer a recepção. É um jogador que já mostra uma paciência de veterano para fazer o seu movimento rápido com ótimo uso das mãos para combater o press coverage.
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Porém, ele ainda tem uma trait muito importante para evoluir para ser um jogador de primeira rodada: as mãos. Johnson tem uma taxa muito alta de drops dos dois tipos: erro de técnica e erro de concentração também. Note como as mãos dele não estão próximas o suficiente e não estão paralelas a linha de scrimmage em um lançamento que deveriam estar.
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Já o segundo drop é mais por uma questão de concentração por já estar pensando no que faria depois da recepção e por isso, suas mãos estão moles e tira os olhos da bola.
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Johnson possui 17 drops nos últimos dois anos (sem contar essa temporada) e isso não parece estar melhorando nesta temporada, então certamente atrapalhará bastante o seu draft stock. Apesar de achar que é uma trait possível evoluir durante os anos, a falta de melhora preocupa. Algum time pode ter confiança em trabalhar isso ou simplesmente aceitar essa falha dele como jogador, já que há tantas outras vantagens.
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