Seguindo nossa série sobre a Evolução das posições na NFL, hoje iremos falar de Running Backs. Assim como dito nos textos anteriores, cada mudança ou adição de conceitos não tem impacto apenas em um lugar, mas em basicamente tudo. A mudança que falaremos aqui sobre os RBs, impacta os LBs que já falamos, os safeties, o uso de formações defensivas com 2 ou apenas 1 safety no fundo do campo.
É um efeito cascata.
A evolução das posições – Tight Ends
A evolução das posições – Linebackers
Vamos lá!
A NFL virando uma liga de passes
O futebol americano foi criado em 1892 a regra de passe para frente virou legal só em 1906. Mas só muito tempo depois que isso virou algo a realmente ser usado no jogo. Até então era simplesmente correr com a bola. Existia uma máxima que imperava nos primórdios “três coisas podem acontecer quando você passa a bola, e duas delas são ruins.”.
Joe Namath terminou de jogar em 1977 e foi eleito para o Hall da Fama com uma porcentagem de conclusão de carreira de apenas 50,1 em 3.762 tentativas. Ele lançou quase 50 interceptações a mais do que touchdowns ao longo de sua carreira no comando dos Jets. Naquela época, passar era uma forma perigosa de jogar futebol, e os times dos Jets eram pioneiros em um estilo de jogo de alto risco/alta recompensa.
Comparado a Peyton Manning, que teve uma taxa de interceptação de carreira de apenas 2,7% em comparação com os 4,6 que Namath encerrou sua carreira. A porcentagem de conclusão da carreira de Manning foi na faixa de 65%, e ele lançou quase 300 (288) touchdowns a mais do que interceptações ao longo de sua carreira. Esses números pareceriam inalcançáveis na era de Namath.
O jogo foi ficando cada vez mais divertido com TDs longos, interceptações e é isso que a NFL quer. Hoje é raríssimo ver um box com 8 ou 9 homens, só focados em defender gaps. As mudanças nas regras, a proteção em certos momentos até exacerbadas nos quarterbacks só corroboram a narrativa de que a NFL hoje, é totalmente uma liga de passes.