Depois de vencer a PAC-12, Utah pode sonhar com Playoffs?

by Claudinei Junior

Os objetivos de Utah crescem a cada ano. Após vencer por três anos consecutivos a divisão, finalmente os Utes conseguiram dar o próximo passo e levar o título da PAC 12. A conquista deu a oportunidade de disputarem o primeiro Rose Bowl da história. A vitória contra Ohio State não veio, mas o placar de 48 a 45 só mostrou como programa de Utah cresceu nos últimos anos e que pode sonhar com Playoffs.

O ataque da equipe foi o principal destaque da última temporada e o principal reforço para 2022 é a manutenção dos titulares, já que sete jogadores retornam. Um deles é QB Cameron Rising, que assumiu o comando ofensivo a partir da semana 3 e foi um dos melhores da posição. Outro jogador que carregou o ataque dos Utes foi o RB Tavion Thomas, que depois de dois anos sem destaque em Cincinnati, se transferiu para Salt Lake City e brilhou.

Já a defesa sofreu muitas percas, a principal delas não poderia ser outra se não o LB Devin Lloyd. O ponto mais frágil deste ano deve ser no front seven, já que a maioria dos titulares deve estar em no segundo ano pela equipe. Entretanto, a dois defensores que devem liderar o setor, o junior CB Clark Phillips lll e o LB transferido de Florida Mohamound Diabate.

A campanha de 10 vitórias da última temporada dá esperança para os torcedores sobre o novo ano que está para começar, principalmente porque muitos dos protagonistas retornam para 2022. Há uma dose de otimismo de que Utah pode realizar o feito novamente: vencer a conferência e, se tudo der certo, brigar por uma vaga nos Playoffs.

A estrela do time: Tavion Thomas, RB

Tavion Thomas foi uma das principais estrelas dos Utes na temporada passada e chega neste ano com status de um dos melhores jogadores do elenco. Assim como Rising, ele também não começou os primeiros jogos como titular, porém, ao longo dos jogos foi conquistando o seu espaço.

Recruta 3 estrelas, Thomas optou por jogar em Cincinnati no início da carreira universitária. Teve um primeiro ano promissor, foram 8 jogos pelos Bearcats com 499 jardas em 89 tentativas (5.5 jardas de média) e 6 TDs. Já em 2019 disputou 4 jogos e correu para 189 jardas em 40 tentativas (4.7 de médias), com 1 TD. Sem jogar em 2020, transferiu para Utah e fez uma temporada histórica, conseguindo em 13 jogos: 1106 jardas em 204 corridas (5.4 média) e 21 TDs.

Com 6’2 e 220 jardas, Thomas é aquele RB físico que corre com raiva e tenta atropelar todos que estiverem no seu caminho. Em campo, lembra muito o estilo de Derrick Henry, guardada as devidas proporções. Quebrador de tackles nato, teve média em 2021 de 0,3 tackles quebrados por corrida e 3,8 jardas de média após o primeiro contato, além de 36 corridas para mais de +20 jardas. Mostra boa visão e paciência para esperar os bloqueadores e escolher o gap certo para correr, muito produtivo nas jardas finais do campo.

O camisa 9 tem três pontos negativos no seu jogo que são preocupantes, principalmente quando prevemos para o Draft. O maior deles é a taxa de fumbles: tem média um a cada 42 toques na bola. Outro ponto é o jogo aéreo, teve somente 4 recepções em 3 anos no College Football, praticamente ineficaz neste quesito. Por último, sua velocidade final não é das mais intensas, apesar disso não ser um grande problema, já que a aceleração é boa e ganha muitas jardas graças aos tackles quebrados.

Com um sistema consolidado e uma linha ofensiva experiente, Thomas tem tudo para repetir o desempenho do outro ano e ser o cara deste ataque. Se os Utes pensam em coisas grandes neste ano, pode apostar que o RB está dentro desses planos.

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