Daqui a pouco mais de um mês teremos o início da temporada 2022 da NCAA. Com isso, começa o novo ciclo para o Draft de 2023 até o dia 27 de Abril do ano que vem. Apesar de todo esse tempo a frente, já temos alguns jogadores que podemos destacar e ficar de olho para os primeiros jogos da temporada.
Isso também serve como um exercício interessante para futuro. Poderemos comparar quem nós tínhamos esperança e nos decepcionaram ou aqueles que nem esperávamos e cravaram seus nomes no dia do draft. Para todo Joe Burrow, que surgiu como um meteoro na sua temporada de Senior num ataque sensacional de LSU, existe um Marvin Wilson da vida. O DT de Florida State era considerado um dos melhores da posição antes de sua temporada começar e ele acabou saindo só como UDFA e soma apenas 3 tackles na carreira.
Vamos aos nomes!
10 – BJ Ojulari, EDGE, LSU
Você deve lembrar do seu irmão mais velho escolhido pelos Giants no draft de 2021, Azeez. O irmão tinha questões sobre seu peso para ser edge. Ojulari parece não ter essa redflag tão latente, mas precisa dar mais um passo de evolução. Boa produção contra OTs de qualidade no nível de competição da SEC, inclusive, foi um dos maiores desafios de Charles Cross, OT de Mississippi State, escolhido no top-10 do último draft.
Ele é excelente em transformar velocidade em força, dando pesadelos para os OLs adversários. Eu sempre penso que um EDGE precisa ganhar nas 3 fases. Com velocidade e técnica atacando o ombro interno do OT, com força se impondo em cima do OT e com velocidade e flexibilidade para ganhar pelo lado de fora da linha. Ele traz essas três ameaças e pode despontar ainda mais nessa temporada.
9 – Bryce Young, QB, Alabama
A primeira coisa que temos que notar com Young é seu tamanho. Ele está listado com 6-0 e 194 libras, mas parece bem improvável que ele tenha esse tamanho e peso. Não há muitos jogadores draftados com esse tamanho, mas isso não o impedirá de ser escolhido cedo, mas é algo a ter em mente. Em campo, ele parece ter um super processador que denota um ótimo trabalho em sua preparação mental, pois é adepto de entender o que uma defesa está dando, identificar suas chaves e lançar no lugar certo, e na hora certa. Ele tem a força do braço para jogar campo abaixo e em janelas apertadas. Ele pode fazer o scramble, improvisar e criar.
Em Alabama, ele não foi desafiado com muita frequência e quando as equipes trouxeram pressão consistente (por exemplo, Geórgia na final do college), seu trabalho de pés e mecânica sofreram. Então recai sobre ele as mesmas dúvidas que caiam sobre Tua, do fato de jogar num time com OL forte, recebedores bons e defesa competitiva. Caso ele caia num time ruim, ele conseguirá manter o nível?
8 – Bryan Bresee, DL, Clemson
O primeiro da posição no recrutamento. Assistam os vídeos dele no high school e fiquem surpresos. Pode alinhar por dentro e por fora e seria um fit excelente em qualquer defesa. O recruta cinco estrelas na classe de 2020, rompeu o ligamento cruzado anterior esquerdo em setembro e jogou em apenas quatro jogos, mas impressionou. Ele localiza a bola muito bem e explode no backfield no snap para atrapalhar as lanes de corrida e encontrar os RBs. Ele é agressivo e se apressa em cada snap. Ele pode ser uma grande força interna no próximo nível. Este é um grupo extremamente talentoso de defensores no topo, mas não conte Bresee como uma possível escolha entre os três primeiros.
7 – Kayshon Boutte, WR, LSU
Um dos fortes nomes para ser o WR1 da próxima classe. Teve um jogo fantástico contra Ole Miss, onde ele explodiu por 14 recepções, 308 jardas e três TDs. Vai tentar manter o legado de recentes bons WRs como Justin Jefferson e Ja’Marr Chase. Com 4,37s no tiro de 40 jardas nos testes de verão, Boutte exibiu essa velocidade em campo aberto com uma média de 15 jardas por recepção, 14 TDs e mais de 1.200 jardas em 16 jogos na carreira (77,8 jardas e 0,88 TD por jogo) com QBs fracos lançando a bola para ele.
Uma lesão no tornozelo encerrou sua temporada de 2021 após apenas seis jogos, mas Boutte tem pouco a provar. Ele pode melhorar como uma ameaça de passes contestados, embora nem isso seja uma grande falha de seu jogo.
6 – Paris Johnson, OT, Ohio State
Johnson foi um guard sensacional para os Buckeyes na última temporada, mas ele vai se mudar para LT para o próximo ano. Um recruta de cinco estrelas que teve sua primeira temporada como titular ano passado. Ele tem o frame, a força e mobilidade necessária para um LT, talvez mais para um OT do que para guard, posição que alinhou ano passado como falamos anteriormente.
Sua produção foi excelente cendo 1 sack, 4 pressões permitidas em 440 snaps de bloqueio de passe. Terá a tarefa árdua de proteger o lado cego do provável primeiro QB da classe.