Michigan State: a ascensão e o impacto de Kenneth Walker

by Daniel Silva

Do nada, esse ano temos mais um grande running back saindo da Big Ten, com o surgimento de Kenneth Walker III. E utilizo o termo “do nada”, pelo fato do junior nunca ter conseguido uma temporada de mais de 1000 jardas e nunca ter sido o RB principal em sua equipe. Após sua atuação contra Michigan neste último sábado – como se fosse necessário – ele sacramentou, de vez, seu nome pela corrida do Heisman em 2021. Anotou 197 jardas e todos os 5 TDs dos Spartans (!!!) na partida para garantir a vitória sobre os Wolverines e manter uma campanha perfeita, de 8-0, para Michigan State. Walker tem, neste ano, 5 partidas com mais de 120 jardas, incluindo 2 com mais de 200! Já registrou também 14 TDs terrestres, a melhor marca de sua carreira, com ainda 4 jogos remanescentes no calendário.

https://twitter.com/yahoosports/status/1454533804845010960?s=24

O “conto de fada” do camisa 9 começa pelo fato de que ele se transferiu, vindo de Wake Forest, sem saber como e qual seria seu papel nesse ataque de Michigan State. Ele se sentiu sem espaço para mostrar todo seu talento e todas suas habilidades no esquema ofensivo que Dave Clawson montou em Wisnton-Salem (com o famoso mesh point lento, que transforma uma jogada RPO em quase 100% de sucesso). O casamento entre Walker e os Spartans não podia dar mais certo, já que o jogo terrestre de Michigan State foi o penúltimo na Big Ten em jardas por jogo e teve uma média ridícula de 2.5 jardas por corrida e, assim, precisavam de um RB que se encaixasse no perfil que precisavam e tivesse talento para tanto. Logo, Mel Tucker foi buscar Walker no portal de transferências, que acaba sendo a free agency do college football.

Ao chegar em East Lansing, o junior se viu em um RB room lotado e sem um claro titular. Como já exposto acima, a situação do jogo terrestre dos Spartans era lastimável. Além de Walker haviam outros 4 RBs tentando ser o titular e a principal peça desse ataque. Ocorre que, com o tempo, e com os treinos na primavera, não se tratava mais de uma competição e seus próprios companheiros de equipe já o reconheciam como o running back capaz de anotar um TD toda vez que pegava na bola (fala do próprio companheiro e ex-running back titular do time, atual H-back, Connor Heyward).

O impacto de Walker em Michigan State é simples de entender e fácil de se observar: além das estatísticas já mostradas aqui, o camisa 9 tem uma média de 6.6 jardas por corrida, não sofre um fumble fazem 338 carregadas, o jogo terrestre dos Spartans pulou da 122ª posição no país para a 32ª, o jogo aéreo agora se encontra no top 25 em eficiência de passe (visto que quando as defesas adversárias tentam parar Walker, Payton Thorne e seus WRs fazem a festa com o play-action) e, finalmente, ele é a peça principal na campanha perfeita de 8-0 de Michigan State, que até o momento os põem dentro dos playoffs.

https://twitter.com/collegefootbr/status/1454526454230917120?s=24

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