Levonta Taylor e a diferença de habilidade de marcação em zona para man

by Felipe Vieira

Levonta Taylor, cornerback de Florida State está ranqueado por alguns analistas como um jogador de primeira rodada e até mesmo como o melhor cornerback da classe. Taylor possui 5’10” (1,78m) de altura e 180 lbs (81kg). Lembrando que essas são as medidas utilizadas pela universidade, então pode ser que as medidas sejam inferiores a isso, o que não iria me surpreender para ser sincero. Taylor foi consensualmente o cornerback mais bem ranqueado saindo do high school, então o hype ao redor dele é alto desde que chegou nos Seminoles.

Em 2017 foi a sua primeira temporada inteira como titular conseguindo duas interceptações e conquistando o respeito dos adversários tendo poucas bolas lançadas em sua direção. Taylor chamou a atenção na temporada do Pro Football Focus com números expressivos sendo o cornerback com menos recepções permitidas com apenas 13 quando estava em cobertura de zona.

Além disso, também foi um dos melhores em menor quantidade de jardas permitidas por recepção. Ou seja, os recebedores fazem poucas recepções e quando fazem, são recepções mais curtas.

E como era de se esperar, o quarterback rating ao mirar em Levonta Taylor também não é agradável, ficando atrás apenas de Greedy Williams e David Long de todos os cornerbacks elegíveis para o Draft de 2019.

Problema é que todo esse hype não se pagou quando ele entrou em campo segunda-feira à noite contra Virginia Tech. Na primeira posse de Virginia Tech, o ataque explorou a altura, ou melhor, a falta de altura, principalmente na red zone. Taylor não conseguiu localizar a bola e o recebedor conseguiu fazer a recepção fácil na endzone. Note como a marcação abaixo é em cobertura homem-a-homem.

Novamente em marcação homem a homem, a estratégia de Virginia Tech ficou muito clara. Joga a bola pra cima, deixa o recebedor localizar e deixar Levonta Taylor sofrer para conseguir tirar a diferença do tamanho entre os dois. Deu certo de novo.

A noite de Taylor foi longe do ideal, mas ainda assim ele demonstrou algumas coisas interessantes quando marcou em zona. Repare abaixo como ele mantém os olhos no quarterback o tempo inteiro enquanto acompanha a rota vertical do WR #2, mas no momento que o quarterback solta a bola, ele rapidamente reage e ataca a bola direcionada para o #1. Como a sua noite não estava das mais afortunadas, Taylor erra a técnica de recepção tentando segurar a bola com as mãos afastadas fazendo o movimento de bater palma.

A diferença de tamanho ficou evidente no jogo e como ele foi exposto por conta disso. Taylor me fez lembrar Vernon Hargreaves que teve um hype muito grande e possui exatamente a mesma altura. Hargreaves não conseguiu se pagar pela posição do draft que foi escolhido, mas tem se encontrado como um bom nickel corner em Tampa Bay e isso pode ser o melhor caminho para a carreira de Taylor. Certamente pro seu draft stock isso é péssimo, então ele terá que elevar o seu jogo nos jogos seguintes para conseguir manter o seu stock durante o processo.

O começo da temporada foi com o pé esquerdo para quem imaginava ver um cornerback dominante, porém, Taylor possui a inteligência e atleticismo para retornar de um jogo ruim e fazer uma boa temporada com os Seminoles, mas colocar a pressão de ser o CB1 do Draft de 2019 pode ser um pouco demais para ele.

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