Devon Witherspoon foi mais um acerto da nova era dos Seahawks

by João Gabriel Gelli

A temporada de 2021 terminou com os Seahawks com campanha negativa, fora dos playoffs e em último lugar na divisão. Isto levou a uma separação com o QB Russell Wilson durante a offseason no começo de 2022 e marcou o início de um processo de reconstrução para Seattle. No entanto, nada melhor para reabilitar um elenco do que uma sequência de Drafts de qualidade e encontrar um QB competente e barato. Assim, John Schneider e Pete Carroll posicionaram a franquia para um novo momento de sucesso. Entre os movimentos que pavimentaram este caminho está a seleção do CB Devon Witherspoon.

Tudo começou em 2022, com a troca de Russell Wilson, que rendeu 5 escolhas, sendo 2 de primeira rodada e mais três jogadores competentes. Isto foi complementado com um Draft excepcional, que levou 5 titulares de bom nível para a equipe. Além disso, a decisão de deixar Geno Smith como o QB da franquia rendeu dividendos, especialmente naquele ano. O time foi para os playoffs e contou com uma temporada tenebrosa dos Broncos para ter uma seleção no top 5 do Draft de 2023.

Com esta escolha, surpreenderam ao pegarem o CB Devon Witherspoon. O então prospecto de Illinois era um dos principais nomes da classe na posição, mas não era unanimidade como o número 1. Também não era muito vinculado aos Seahawks nos mock drafts perto do evento. De qualquer forma, ele foi o selecionado e até agora tem se mostrado mais um acerto da gestão para fortalecer uma defesa que teve um momento de baixa, mas está em retomada.

A história de Witherspoon é ainda mais interessante quando se considera que ele não teve estrelas saindo do high school, demorou um pouco para explodir no universitário e cresceu mais no último ano. Como jogador, era visto como um prospecto de ótimo esforço e atleticismo para compensar limitações de dimensões físicas. Demonstrava velocidade e quadris fluidos, com bom trabalho de pés para acompanhar recebedores no mano a mano. Em zonas, tinha reação rápida e bons instintos. Além disso, era muito esforçado e participativo contra a corrida. Podia ser batido por recebedores mais fortes e longos, o que poderia representar algumas dificuldades contra o nível mais físico na NFL. No entanto, exibia a mentalidade certa para ser um bom titular como profissional por muitos anos.

Ele teve alguns problemas com lesões durante a offseason e o training camp e não entrou em campo durante a pré-temporada. Também ficou de fora da estreia dos Seahawks na temporada regular, mas voltou na semana 2 e desde então tem feito sua presença ser sentida.

Seu primeiro grande momento veio no Monday Night Football da semana 4 contra os Giants. Nele, mostrou grande versatilidade e capacidade de impactar o jogo de qualquer forma. Isto ficou marcado nos números, com 2 sacks e 4 pressões totais em 6 snaps de pass rush, uma pick six de 97 jardas e 3 stops, sendo um no jogo corrido. Este desempenho lhe rendeu o prêmio de melhor defensor da NFC na semana.

Só que não é apenas dessa partida que Witherspoon vive. Obviamente esta atuação foi estatisticamente fora da curva, mas ele tem atuado em alto nível sempre. Sua divisão de snaps em termos de alinhamento está bem distribuída entre cobrir o slot e por fora. No entanto, a tendência das últimas semanas é que fique mais por dentro. Ele é muito agressivo tanto contra a corrida quanto para tentar desviar passes e não tem medo de distribuir pancadas.

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