NFL
Terry McLaurin, 6’0 (1.83 m) e 210 lb (95 kg), jogou em Ohio State e foi draftado por Washington, talvez por isso a falta de mídia, na terceira rodada do Draft 2019 da NFL. Ele foi nomeado para o 2019 PFWA All-Rookie Team, depois de registrar em 14 jogos, 58 recepções para 919 jardas e 7 touchdowns. Ainda com esses números, ele normalmente é esquecido quando a discussão é sobre os bons wide receivers da classe de 2019.
O que esperar de D.K. Metcalf em seu segundo ano?
Números Bons: Carrossel de QBs x Shutdown Corners
Desculpe-me o torcedor de Washington, mas o time está entre os piores da NFL. Não bastasse essa ausência de talento em alguns setores, acredito que Scott Turner não tem conseguido explorar o total potencial de Terry. Um cara desse calibre, merece que o ataque seja montado ao seu redor, principalmente num time como esse, no momento.
Isto posto, além desse ponto, McLaurin teve que lidar com uma mudança constante de QBs. Case Keenum, Colt McCoy, Alex Smith, Kyle Allen, Dwayne Haskins, foram os nomes que assumiram a posição durante a carreira do WR (ano que vem deveremos ter mais um vindo do draft). Isso é um grande fator, WRs e QBs precisam ter uma boa sinergia, que com essa mudança constante, o desempenho de qualquer um seria abalado.
Haskins, com quem ele passou mais tempo, já tinha uma conexão desde a época do college, em Ohio State. Embora tenhamos esse ponto a favor, Haskins era um QB ainda muito verde e que foi teoricamente lançado ao fogo. O resultado disso, é que na temporada atual, Allen e Smith já o passaram no depth chart.
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) November 9, 2020
Com todo esse cenário desfavorável, nos primeiros quatro jogos de 2020 ele teve: 39 alvos 26 recepções 387 jardas recebidas 1 touchdown, isso jogando contra: Darius Slay (que inclusive disse que ele foi o segundo WR mais difícil que ele marcou, o primeiro segundo ele, foi Keenan Allen), Patrick Peterson, Denzel Ward, Marlon Humphey e Marcus Peters. Ou seja, mesmo sem contar com os melhores QBs a sua disposição, diferente de Metcalf, Hardman e Brown, e jogando contra CBs de alto nível, ele ainda tem colocado esses bons números.
Route Running
Uma das características que mais me chamou atenção no jogo de McLaurin vindo para NFL, era sua capacidade para correr rotas. Isso, ele conseguiu traduzir facilmente para NFL. Só para ilustrar, McLaurin e DK Metcalf, foram os únicos dois novatos com mais de 100 jardas de recepção em quatro ou mais conceitos de rota diferentes.
Olé pic.twitter.com/1sBZLcD0cB
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) November 9, 2020
Ele é rápido, ágil e muito inteligente. Nessa jogada, ele faz o que quer contra Prince Amukamara. Ele começa a rota ameaçando o meio do campo, ataca o cotovelo e as costas do CB e, ao mesmo tempo, dá um passo forte, com sua perna esquerda. Com isso, o CB é pego no ponto cego, tem só a perna esquerda como parâmetro, pensa que será uma rota para a lateral e deixa o WR livre no meio. Só não foi recepção, porque Keenum não viu ele livre.
Utilização
Um WR que corre na casa dos 4.3, pode ficar marcado como apenas um corredor de rotas profundas. McLaurin é muito mais do que isso. Primeiramente, ele é uma bola de segurança para seus QBs. Ele conquistou uma primeira descida em 74% de suas recepções.
Scary Terry pic.twitter.com/0SowN9fQSp
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) November 9, 2020
Outro ponto é que apesar de não ser absurdamente físico, Terry McLaurin foi o número 1 na NFL em porcentagem de recepções contestadas no ano de 2019, com 68,4%.
Terry McLaurin is a STAR 🌟 @TheTerry_25 @WashingtonNFL
📺 #NYGvsWAS on FOX pic.twitter.com/WHAGa5qOvM
— The Checkdown (@thecheckdown) November 8, 2020
Agora sim, sua velocidade é aparente. Não apenas para rotas longas, mas para transformar recepções curtas em grandes avanços. Para ter uma noção, o wide receiver do New Orleans Saints, Michael Thomas, o jogador ofensivo da NFL em 2019, ficou empatado em jardas após a recepção por recepção com McLaurin com 3,8.
Ou seja, ele é uma ameaça em profundidade, excelente corredor de rotas pelo meio e ainda pode lutar por bolas na redzone. O que você pediria mais para um WR?
Nos vemos semana que vem!
Estamos praticamente na metade da temporada e os playoffs estão chegando. Muitas equipes sonham com o Super Bowl, já outras estão enxergando a frente de olho no Draft de 2021.
O futuro de muitas equipes é depositado nos calouros vindo das universidades e a esperança é que eles consigam mudar o rumo de uma franquia.
Como sabemos, os quarterbacks são uma página a parte já que são peça principal em uma reconstrução. No próximo ano, teremos nomes como Trevor Lawrence, Justin Fields, Trey Lance, Zach Wilson, Mac Jones, entre outros.
Como muitas equipes estão com a posição indefinida de QB e recorde negativo, dando mais chances de ter uma escolha alta no Draft, já temos indícios de quais franquias irão buscar um novo jogador da posição no Draft de 2021:
Prospectos que perderam stock na temporada
5 Prospectos para Ficar de Olho na Big Ten
FIVE FIRST-HALF TOUCHDOWNS FROM TREVOR LAWRENCE 😱 pic.twitter.com/iAW4oKDc52
— SportsCenter (@SportsCenter) October 17, 2020
New York Jets
Qual o futuro do New York Jets?
Pior time da NFL em 2020, o New York Jets deve, ao fim desta temporada, fazer várias trocas na equipe. Desde vários jogadores que compõe o elenco até quem comanda o time. Com a saída provável saída de Adam Gase, o GM Joe Douglas será mais cobrado por mudanças no Jets e não há mudança maior do que a troca na posição de QB.
A equipe deve ficar com uma das três primeiras escolhas do Draft de 2021 e, caso fique com a primeira escolha geral, será difícil deixar passar um talento como Trevor Lawrence. O hype em cima do Sunshine é muito grande e, em um mercado grande como NY, o fator fora de campo deve pesar muito na escolha.
A contratação de um novo Head Coach, com uma mentalidade ofensiva, e a chance de treinar um dos melhores talentos ofensivos da década deve deixar esse cargo como um dos mais cobiçado da NFL. A saída de Gase alinhado com novo HC deve dar os indícios do que a equipe pretende fazer na offseason.
E Sam Darnold, bom, os três anos como titular foram jogados no lixo com um desenvolvimento ruim por conta da coaching staff e dele. O jovem deve ser trocado e alguém irá apostar no ex USC, já que ele ainda tem potencial e só 23 anos.
New York Giants
Imaginem um Draft onde as duas primeiras escolhas sejam das equipes de NY e ambas escolham QB. Isso é muito possível ocorrer caso o Giants fique com uma das três primeiras escolhas e Dave Gettleman saia da posição de GM. Caso ele não saia, creio que Daniel Jones deva ficar mais um ano.
Porém, a tendência é a saída da dupla Gettleman-Jones por causa dos resultados da equipe, ambos em nenhuma das suas funções mostram sinal de crescimento. A mudança na posição de GM deve dar um novo rumo para franquia, e com novas ideias, quem assumir a posição terá que fazer mudanças na equipe.
Com a escolha alta no Draft, uma comissão técnica que só está há um ano no cargo e que não participou da montagem do elenco atual, fica fácil fazer a conta sobre a troca de QB. Claro, tudo isso deve se concretizar se a equipe continuar com os resultados negativos em campo e Gettleman sair. E convenhamos, essa é a situação mais propensa no momento.
Justin Fields' 2020 stats:
48-55 | 594 yards | 6 TD | 0 INT
In. Two. Games. 😰 pic.twitter.com/7cJWvn6dgb
— Ohio State on BTN (@OhioStateOnBTN) November 1, 2020
Jacksonville Jaguars
De todas as equipes desta lista o Jaguars é quem tem mais chance de permanecer com o QB atual. Minshew surpreendeu no ano de novato e teve uma temporada decente.
Neste ano, ele tem oscilado mais para o lado negativo, mas é compreensivo por conta do desmanche realizado em Jacksonville e a falta de talento ao seu redor. Porém, mesmo mostrando uma base de jogo bem sólida, Minshew não demonstra que vá crescer muito além disso.
É por esse motivo que a incógnita sobre o posto de QB da franquia. A equipe demostra estar confortável até agora com Minshew, quer, na verdade usar as escolhas de Draft para formar um novo núcleo. Mas caso o time da Florida tenha Lawrence, Fields ou Lance sobrando na board, dificilmente não vão puxar o gatilho.
Ainda mais com essa opção de escolher um jovem com muito potencial para a posição e trocar o QB atual por escolhas.
Washington Football Team
Washington é um daqueles times ruins que com algumas mudanças tem tudo para se tornar mais competitivo e brigar por playoffs. A defesa é muito boa, mas o ataque quase não tem talento, Terry McLaurin e Brandon Scherff são alguns dos poucos que salvam.
Kyle Allen e Alex Smith não são soluções a longo prazo. Dwayne Haskins está na sua segunda temporada, mas até o momento quando esteve em campo não conseguiu mostrar o bom nível de jogo na época de Ohio State. Ron Rivera já fez questão de queimar o jogador ao tirar a titularidade e o rebaixar a terceiro QB.
Por conta disso, a solução parece ser fora do grupo atual. Com espaço no salary cap, não me surpreenderia se fossem atrás de um jogador na Free Agency (alô Dak). Dependendo dos planos da direção e a posição no Draft, Washington deve voltar a investir na posição.
Pelo cenário atual, a equipe da capital não deve ficar no top 3 do Draft. Mesmo assim, ainda irá estar dentro do top 10 em uma posição muito favorável a escolher um QB que caía na board.
Trey Lance’s 2019 season was mind-blowing. 2,786 Passing, 1,100 Rushing, 42 total TDs, 0 INT 🤯 pic.twitter.com/vll3FNQgHc
— Colossus Of Clout (@g_mitch13) November 1, 2020
Finalmente o sonho do Tank for Tua, que surgiu no ano passado pela torcida dos Dolphins, se concretizou de vez. Depois de ser escolhido na quinta escolha geral do draft de 2020, Tuanigamanuolepola Tagovailoa, ou para os íntimos, Tua, estreou pelos Dolphins como titular. Em sua estreia ele derrotou a boa defesa dos Rams por 28-17.
Como foi a estreia de Joe Burrow?
Justin Herbert deixou escapar a estreia dos sonhos?
As três estreias de QB até o momento foram bem distintas. Burrow teve altos e baixos, mas faltou ajuda ao seu redor. Herbert conseguiu fazer uma boa estreia, teve ajuda do seu time, mas por um erro de novato deixou escapar a vitória. Tua foi o primeiro que estreou como titular e conseguir se sagrar vencedor. Não foi tanto mérito dele, uma vez que a defesa e os times especiais produziram um touchdown cada e dois outros turnovers que levaram às outras duas pontuações.
A escolha da titularidade
Existem motivos válidos tanto para defender que Tua fosse titular, como para segurá-lo mais um pouco. Eu, particularmente, era um dos defensores de esperar mais um pouco. Primeiro porque achava um pouco de desrespeito com o trabalho até sólido que o Fitzpatrick vem fazendo. No entanto, os Dolphins viram a chance de chegar aos playoffs já nesse ano e acreditam que com Tua essas chances são maiores. Fora isso, não vou ser engenheiro de obra pronta, a defesa contra não era o melhor matchup que ele poderia ter.
No fim das contas deu certo, mas poderia ter dado bem errado. Um dos meus pontos sobre Tua na NFL, era se ele saberia lidar com o time ao seu redor. Vamos combinar que em Alabama ele contava com excelentes armas no seu entorno. Grande OL, RBs e WRs, nos Dolphins não seria assim.
Tua Tagovailoa gets BLASTED on his first dropback of his NFL career. #Rams recover the fumble.
— NFL News (@UpToDateNFL_) November 1, 2020
Além disso, tem a questão de novato mesmo, na jogada acima temos o rookie sendo rookie. Nem você pode segurar a bola dessa forma displicente contra qualquer time, muito menos esse tempo todo quando você tem Aaron Donald do lado contrário. Aqui você aceita a derrota, toma o sack e mantém a bola e ganha mais espaço para o passe longo (piada para quem viu a final do futebol americano que Tua virou contra Georgia).
O desempenho de Tua em números
TUA'S FIRST NFL TD WAS A LASER 🎯 @Tua @MiamiDolphins
📺 #LARvsMIA on FOX pic.twitter.com/Kmr7nGtZXC
— The Checkdown (@thecheckdown) November 1, 2020
Para a turma das estatísticas, vamos lá!
Tua completou 12 de 22 passes (54.5%) para 93 jardas, 1 TD, 1 fumble e um passer rating de 80.3. Tagovailoa não foi ajudado por dois drops do wide receiver Preston Williams, mas o resultado final é que 93 jardas brutas de passe foi o menor número da equipe desde outubro de 2017, quando o Dolphins tiveram 92 jardas de passe em uma vitória de 16-10 contra o Tennessee Titans.
As jardas de passes de Tagovailoa foram as mais baixas para qualquer quarterback titular pós-Dan Marino em sua primeira partida como titular nos Dolphins. O número anterior foi de 109 jardas de John Beck em 2007.
Desempenho de Tua em tape
Tua Tagovailoa with a perfect throw
But wasn’t caught 😒 pic.twitter.com/OOxdBlWzPH
— Alabama DieHards (@AlabamaDieHards) November 1, 2020
O trabalho do ataque dos Dolphins foi focado em passes curtos e o jogo se desenhou tranquilo, então o ataque não precisou fazer muito e a comissão técnica preferiu evitar riscos. Jakeem Grant teve uma recepção para 15 jardas, mas essa foi a única bola de Tagovailoa do jogo para mais de 10 jardas. Tua perdeu alguns alvos (fora os drops) e também não ousou, sendo conservador (de maneira correta). Mas o talento dele está lá. Belo passe no vídeo acima para seu TE, mas o jogador não conseguiu separação suficiente para fazer a jogada.
Avaliação do próprio Tua
Eu penso que um quesito fundamental para qualquer profissional na vida, é ter a capacidade de avaliar a si mesmo. Tua foi bem maduro e não quis varrer nada para debaixo do tapete, assumindo que não foi um bom jogo.
“Bem, eu não acho que joguei com o padrão do que esse ataque é capaz. Houve certas jogadas que eu poderia ter feito o lance certo, tomado a decisão certa”, disse Tagovailoa humildemente na entrevista pós jogo.
Lavem as mãos com álcool gel e se cuidem!
Ryan Tannehill é um dos casos mais emblemáticos do que uma mudança de ares pode fazer na carreira de alguém. Desde que foi trocado e virou titular no Tennessee Titans, ele tem conseguido grandes atuações e é uma das peças chaves para a boa fase da equipe.
Após quase conseguir chegar ao Super Bowl na última temporada, o Titans começou a temporada com 5 vitórias e nenhuma derrota. Um dos pilares do time é seu QB titular que tem comandado o ataque e aparecido nos momentos cruciais manter a invencibilidade até esta semana 6.
Mas qual o segredo para Tannehill ter ressuscitado sua carreira e estar atuando como um top 10 na posição desde que chegou? Veja a baixo os três pontos que podem explicar essa mudança:
Ryan Tannehill's best throws from his 4-TD game #HOUvsTEN
📺: More coverage on @nflnetwork pic.twitter.com/IWcvLWad2D
— Tennessee Titans (@Titans) October 19, 2020
Sistema
O sistema de ataque de Tennessee é baseado em avanços curtos, preservação da bola e equilíbrio entre o jogo terrestre e aéreo. Essa filosofia faz com que Tannehill não tenha a pressão de carregar o ataque sobre seus ombros.
As jogadas mais usados pelo ataque são: corridas do Derrick Henry com formações pesadas, play action e passes curtos e rápidos. Esses três funcionam como uma engrenagem na qual uma puxa a outra.
As corridas com o RB funcionam para o time ganhar ritmo, o uso de personnel mais carregado com TE é utilizado para maximizar e dar mais opções para esse jogo terrestre. Em função disso, o play action é essencial para enganar as defesas que são forçadas a colocar mais gente no box para parar Henry, e isso faz com que menos defensores cubram as zonas de passe e é ai que o play action encaixa.
Tannehill gives the cheeky little point at the Safety to "confirm" with WR Batson as he brings him in to sell that the Titans are running Duo here.
Look how that sell and the run action gets the LBs to bite and Batson does a great job of holding on. pic.twitter.com/L7xptT5Loy
— Nate Tice (@Nate_Tice) October 20, 2020
Seja com WRs no mano a mano contra CB ou com os TEs encontrando espaços no meio ou na lateral, Tannehill consegue sempre achar alguém livre e isso funciona principalmente na endzone.
Por fim, se aproveitando dos recebedores físicos que a equipe tem, os conceitos de passes curtos e rápidos são uma maneira inteligente de aproveitar as características dos jogadores e também do QB, já que ele faz a leituras rápidas das jogadas e tem uma boa precisão nesse tipo de passe.
Eficiência
Os números não mentem. Tannehill tem um recorde de 12-3 desde que virou titular na qual é mesmo de Patrick Mahomes no período, são 3966 jardas aéreas do QB do Titans e 3899 do Chiefs. Tannehil tem 35 TDs, 5 interceptações e rating de 116, contra 30 TDs, 6 interceptações e rating de 104 de Mahomes nos últimos 15 jogos.
Isso quer dizer que ele é melhor do que o atual MVP do Super Bowl? Logico que não, mostra na verdade o nível de jogo que ele tem apresentado. São 69,9% de passes completados na temporada e 9,6 jardas por tentativa de passe.
Esse alto nível de aproveitamento nos passes e baixo número de turnovers, prova que ele tem sido muito eficiente dentro do sistema ofensivo e não dá chance da defesa forçar erros e capitalizar em cima disso. Outro ponto importante é que nessa temporada Tanehill tem sido decisivo nos momentos finais de jogos apertados e garantindo as vitórias.
DE TANNEHILL PARA AJ BROWN! VAMOS PARA A PRORROGAÇÃO EM TENNESSEE! #Titans #NFLBrasil
📺: Assista a esse JOGÃO com exclusividade no NFL Game Pass, que está com o preço REDUZIDO! Aproveite 👉 https://t.co/uMRqwxJ5yr pic.twitter.com/2uuIDZOqOm
— NFL Brasil (@NFLBrasil) October 18, 2020
Elenco
O elenco atual do Titans é o melhor que Tannehill já esteve em seus 8 anos de liga. Seus companheiros de ataque se encaixam perfeitamente com seu estilo.
Para começar, na posição de RB, Derrick Henry faz uma dupla dinâmica com o camisa 17. Ambos têm uma química muito boa nos play actions e screens, a soma disso é um perigo duplo para a defesa que precisa escolher se vai priorizar o combate terrestre ou aéreo.
O grupo de TE não tem grandes nomes, mas tem profundidade. Jonnu Smith, Anthony Firksey e Geoff Swain têm as características necessárias para atuar no sistema ofensivo, conseguem bloquear bem e trabalham com eficiência as zonas curtas do campo para receberes passes. São armas muito importantes na endzone.
O grupo de WRs tem bons jogadores a disposição, o principal é AJ Brown que já mostrou ser o alvo favorito do QB. Além do segundo anista, Corey Davis, Adam Humphries e Kalif Raymond mostram boa sintonia e sempre recebem bola. A linha ofensiva teve uma queda com a saída de Jack Conklin na offseason, mas continua a desempenhar em bom nível e dar os segundos que Tannehill precisa para fazer os lançamentos.
– 2nd & 20
– Pressure in his face
– Tannehill throws a dart into this tight window pic.twitter.com/5drrt8Xh2O— Titans Tape (@TitansTape) October 18, 2020
A boa noticia para o torcedor de Tennessee é que Tannehil tem mais 4 anos de contrato com uma média salarial de $ 29 milhões. Se ele continuar jogando nesse nível, será uma barganha o time.
Primeiramente exaltando essa grande franquia de Denver e o QB dos Pats que passou pelo gigante Carolina Panthers. Depois da média feita com os chefes vamos ao que interessa haha. Depois do adiamento da partida devido a casos de COVID-19 nos Patriots, os Broncos conseguiram a vitória, mesmo sem marcar um TD sequer, por 18-12.
Essa defesa dos Broncos está bem longe de comparações a que causou pesadelos para Newton no SB 50 e a No Fly Zone. Lesões e saídas “desmontaram” aquela defesa, mas foi bom ver que a identidade da unidade se manteve. Destaque para além dos jogadores, que falaremos mais a frente, a comissão técnica com Vic Fangio e Ed Donatell que conseguiu conter bem o plano de jogo dos Patriots.
Assim como o coach sempre fala, uma coisa é ter o plano certo, outra coisa é executar da forma certa. Os Broncos tiveram o plano certo e executaram quase que de forma perfeita o plano Kryptonita vs Super Cam.
Adiamento e COVID
O COVID levou uma grande leva de jogadores do time dos Patriots, como Sony Michel, Shaq Mason e Derek Rivers. No entanto, o adiamento deu tempo para Newton voltar. Do lado dos Broncos, apesar de ter muitas lesões importantes no elenco, esse adiamento deu mais tempo para o QB Drew Lock se recuperar e poder melhorar o ataque da equipe.
Além dessas lesões o time ainda teves perdas como Adam Butler e saídas na OL que forçaram a mudar de posição o novato que vinha muito bem como Guard, Michael Onwenu que veio de Michigan.
Passo 1: Combate ao jogo corrido
Agora voltamos aquela questão do plano X execução. Há alguns anos (não vou dizer quantos para não entregar a idade) um jogador de futebol que estava no auge era Arjen Robben. Era conhecido por ter “apenas” uma jogada, cortar para direita. O engraçado é que apesar de TODOS os adversários já saberem o que ele ia fazer, era bem díficil de conter.
O “cortar para direita” dos Patriots é o jogo corrido. Eles tem uma excelente linha ofensiva no quesito, bons corredores e um QB do tamanho de um LB que é díficil de derrubar. Foi contendo esse aspecto do jogo que Broncos e Seahawks venceram New England. Os Chiefs tiveram certa dificuldade de sacramentar a vitória em algum momento, justamente na dificuldade de parar essa qualidade ofensiva.
O time dos Broncos limitou o ataque dos Pats a 117 jardas em 25 tentativas. Esses números ainda seriam melhores Se você tirasse o drive do TD dos Pats em que Newton teve uma corrida para quase quarenta jardas. Tirando as 76 jardas corridas do QB, os RBs juntos tiveram apenas 41 jardas.
Com esse passo completo, o time segue para o passo 2 do plano.
Passo 2: Pressão em Cam Newton
Defesa dos Broncos ontem: 4 sacks, inúmeras pressões, cedeu apenas 14 first downs e 30% em 3° descidas.
Quem acompanhou Fangio nos Bears, sabe que essa é a tônica dele: secundária que mesmo jogando mais em prof., consegue controlar a linha de first down, aproveitando a pressão.— Deivis Chiodini (@deivischiodini) October 19, 2020
Com o jogo corrido sendo bem contido, o time dos Patriots se viu na necessidade de passar mais a bola e no contraponto disso, os Broncos mandaram mais pressão para cima do QB. O atque produziu 171 jardas aéreas e dessas, 38 vieram de dois passes de Edelman.
Anthony Chickillo with a big sack on Cam Newton! pic.twitter.com/Dp5inalqCS
— Joe Rowles (@JoRo_NFL) October 18, 2020
A pressão veio forte com 4 sacks, 7 tackles para perda de jardas, além de 8 QB hits. Essa pressão é fundamental para o próximo passo do plano.
Passo 3: Turnovers
Shelby Harris bats a pass back to the #Broncos! pic.twitter.com/7T9EaujdDl
— Joe Rowles (@JoRo_NFL) October 18, 2020
Se retirarmos da planilha o drive em que Newton ajoelhou para o fim do primeiro tempo, os Patriots tiveram 6 drives ofensivos nos primeiros três quartos do jogo. Dessas 6, apenas 1 se transformou em pontos, foi um field goal de 41 jardas de Folk, outras 2 foram punts e 3 resultaram em turnovers.
O.J. with a nice punch to force the fumble. pic.twitter.com/hQXap2Fltn
— Joe Rowles (@JoRo_NFL) October 18, 2020
Foram duas interceptações de Cam e 1 fumble forçado em Izzo. O estrago poderia ter sido bem maior se o ataque de Denver tivesse sido melhor chamado. Dos 21 pontos possíveis marcaram 6 apenas, mas a defesa fez sua parte.
Resultado
A primeira derrota dos Patriots com Bill Belichick como HC, quando o time não cedeu nenhum TD. Eles estavam 39-0, incluindo playoffs nessa situação e o HC estava 45-1. Sua única derrota foi em 27 de setembro de 1992 quando os Browns perderam de 12-0, justamente para os Broncos.
Além disso, temos record negativo em New England coisa que não víamos há muito tempo. Vitória de peso e respeito, apesar de toda a montanha-russa de emoções.
Após um início de 0-2 na temporada, os torcedores de Carolina já tinham certeza que esse seria o ano do tank e que no Draft que vem escolheriam Trevor Lawrence ou Justin Fields para liderar uma nova era em Charlotte. Ocorre que, 3 semanas depois, os Panthers venceram 3 jogos seguidos e se encontram empatados na liderança da NFC South…
Os haters de plantão e os analistas que amam super analisar (analisar com exagero ou passando da conta) os cenários da liga dirão que foi por causa da ausência de Christian McCaffrey, causada pela lesão que sofreu na semana 2, no entanto, tenho o prazer de informá-los que a ausência do astro não tem nada a ver com a melhora recente da equipe da Carolina do Norte.
Ora, basta analisarmos os jogos até aqui: contra todos os adversários o ataque dos Panthers lançou mais vezes do que correu com a bola e desde que substituiu CMC, Mike Davis (que surpreendeu a todos e vem jogando MUITO) tem a mesma média de touches por partida que o RB titular, ou seja, desde que McCaffrey foi para as sidelines, o estilo ofensivo de Carolina não mudou, tampouco a produção do running back que o substituiu.
O que se observa nas últimas 3 semanas de Carolina é uma incrível melhora nas trincheiras (com uma surpresa agradável na OL) e o estabelecimento de um free agent como a estrela do corpo de wide receivers.
O surgimento de uma linha ofensiva sólida
Nas últimas duas partidas o ataque dos Panthers não sofreu NENHUM sack. Não ceder nenhum sack em dois jogos seguidos não acontecia na franquia de Charlotte desde sei lá quando! Para uma linha ofensiva que começou a temporada extremamente desacreditada, não tem seu left guard titular desde a primeira semana e que ficou sem seu left tackle (Russell Okung) por duas das 3 vitórias conquistadas por Carolina, tal feito é inacreditável. Teddy B brilhou nas últimas 3 semanas, acumulando um QB rating de 109.4 e 6 TDs. O quarterback de Carolina anda tendo todo o tempo do mundo para lançar a bola. Além disso, o jogo corrido melhorou nas vitórias conquistadas, principalmente por causa do trabalho da linha ofensiva abrindo grandes buracos para que Mike Davis corresse com toda sua raiva e agressividade. As screens para Davis também vem sendo muito bem executadas pela OL, sempre trazendo resultados positivos para as jogadas.
Rumor has it @tmoton72 is still going… pic.twitter.com/ugVtGSeoxP
— Carolina Panthers (@Panthers) October 14, 2020
A aparição do pass rush tão esperado da jovem e talentosa linha defensiva
0 e 1. Esses dois números dizem respeito, respectivamente, a quantidade de sacks e QB hits que os Panthers tiveram contra os Raiders e contra os Bucs. O pass rush nesses 2 primeiros jogos foi horroroso e simplesmente inexistente. Os rookies Brown e Gross-Matos estavam, respectivamente, sofrendo com double teams e só perdido em campo mesmo. Mas, com um toque de ancião do coordenador defensivo Phil Snow, o front four de Carolina surgiu do fundo do abismo e dominou a OL dos Chargers na semana seguinte: foram 8 QB hits, 2 sacks e um fumble forçado.
Nas 3 vitórias, a defesa dos Panthers soma 5 sacks, 14 QB hits e 3 fumbles forçados. Nesse trajeto, a linha defensiva foi fundamental para conter Kyler Murray e o obrigar a lançar 31 passes para conquistar apenas 133 jardas aéreas (uma média horrível de 4.3 jardas por passe tentado) e segurou Matt Ryan a um QB rating de 63.6 e nenhum TD. É claro aos olhos de quem vê, que Brian Burns está tomando seu lugar como a estrela da defesa, Derrick Brown está virando uma força incontrolável pelo meio e Yetur Gross-Matos está finalmente mostrando toda sua habilidade atlética que o fez ser draftado no início da segunda rodada.
YGM
YGM
YGM pic.twitter.com/wFTAxRlF13— Carolina Panthers (@Panthers) October 4, 2020
Robby Anderson é o novo WR1 dos Panthers
Analisando de maneira objetiva o impacto que Anderson vem fazendo no ataque dos Panthers até esse ponto da temporada, pode se dizer que ele foi a melhor aquisição via free agent de qualquer time nessa offseason. Ora, ele teve pelo menos 99 jardas em todos os jogos menos um e é o quarto na NFL em jardas recebidas atrás somente de estrelas da liga, como Hopkins, Diggs e Metcalf. O que chama muita atenção na performance do WR é a maneira totalmente diferente que vem sendo utilizado se comparado ao seu tempo nos Jets. Ou Joe Brady percebeu um talento que Anderson tem que ninguém na franquia de Nova York enxergava ou o staff dos Jets simplesmente foi incompetente ao não extrair todo o potencial do jogador.
No sistema de Brady, Bridgewater SEMPRE acha Anderson e nunca se mostra preocupado com nenhuma cobertura que enfrente. Enquanto nos Jets, o receiver era utilizado somente em rotas longas e que explorassem o fundo do campo, no ataque dos Panthers Robby corre uma série de rotas curtas (slants, curls, drags) e que explora muito coberturas em zona, pois os conceitos de rotas das jogadas de Brady sempre são em levels e Anderson sempre acha o buraco e fica livre para fazer o catch. Mas não se enganem, ele corre toda a route tree e faz a diferença para o time dos Panthers de todas as formas possíveis, basta ver o lance abaixo…
ROBBY ANDERSON IS RIDICULOUS 😳 @chosen1ra @Panthers pic.twitter.com/ds8Kho1M6f
— The Checkdown (@thecheckdown) October 11, 2020
Com a volta de CMC em algumas semanas, veremos se os Panthers (mesmo com uma defesa contra o jogo corrido horrorosa e um roster muito jovem e inexperiente) terão fôlego para tentar uma corrida para a pós temporada ou se essa sequência de vitórias seguidas foi só um delírio coletivo.
Assim como o Bruce Wayne fez com o Clark Kent em Batman vs Superman, a Kriptonita do Mahomes foi encontrada. Depois de 336 dias e 13 vitórias seguidas os Chiefs sentiram o gosto amargo de uma derrota. Esse sabor eles não sentiam desde a derrota para os Titans em 10 de novembro do ano passado.
Justin Herbert deixou escapar a estreia dos sonhos?
De forma similar ao que o coach Deivis falou ano passado, quando disse que os Browns tinham mostrado o ponto fraco da defesa dos Patriots, mesmo perdendo aquele jogo, você pode associar ao que os Chargers fizeram no começo da temporada. Um apontou o ponto fraco e o outro deu a punhalada.
Vamos conferir quais fatores contribuíram para isso.
Chiefs deram tiros nos próprios pés
Que baita TD anulado por conta de falta…pic.twitter.com/jP3oVxQcZZ
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) October 12, 2020
11, isso mesmo, 11 pontos “jogados fora” com faltas que impediram TDs. Claro que faltas dentro do jogo é algo esperado e tudo mais, mas no momento que você deixa de marcar duas vezes por conta disso, complica bastante. Com 14 pontos no placar nesses dois lances a disputa ia ficar MUITO mais difícil para os Raiders.
Outro TD que os Chiefs perderam por conta de faltaspic.twitter.com/Y8nZYmMEHw
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) October 12, 2020
Controlando o relógio
Ele ainda vive, 62 jardas para Devontae Booker em sete carregadas.pic.twitter.com/qhVNYMo32M
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) October 12, 2020
Aqui já começamos a entrar na “fórmula” dos Chargers. No segundo tempo, o ataque dos Raiders teve 20 minutos em campo. Foi assim que o jogo saiu de 24-24 para 40-32. Quando você enfrenta um grande QB, uma das formas de vencê-lo é deixando ele fora de campo o máximo possível. Vale salientar que foi a mesma estratégia que os Vikings também usaram contra Wilson nos SNF, só para fundamentar mais o argumento.
Uma forma de fazer esse controle do relógio é correndo bem com a bola. Foram 35 carregadas, 144 jardas, 2 TDs e média de 4.1. Dentre os destaques aqui, temos 62 jardas por Devontae Booker em sete carregadas, o RB de primeira rodada, Josh Jacobs, com 23 carregadas para 77 jardas e os 2 TDs terrestres.
“Pressure, pushing down on me, Pressing down on you”
Outro ponto da receita dos Chargers. Pressão e mais especificamente, pressão com 4 homens. Quando você não manda blitz, você tem mais jogadores cobrindo o fundo do campo, que é uma das especialidades de Mahomes. Com Tillery e Bosa os Chargers deixaram o QB desconfortável e ontem foi o dia de Ferrell, Maxx Crosby e companhia. Foram 3 sacks, sem contar as inúmeras pressões, que fizeram com que o QB dos Chiefs tivesse que sair do pocket e tentar suas mágicas (que em muitos lances ainda conseguiu).
Mandando pressão com apenas três homens os Raiders conseguiram forçar a INTpic.twitter.com/FQNmUzSNdD
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Aqui a pressão não chegou nem a ser com 4 homens. Ferrell ganhou seu 1v1 tentando jogar seu OL contra o QB. Com a pressão eminente e o pocket fechando, Mahomes lançou a interceptação. O QB terminou com 22 de 43 para um rating de 83.5.
O Feitiço vira contra o feiticeiro
Por vezes a gente vê na NFL, rivais de divisão partilhando da mesma estratégia. Os Chiefs tem Hill e Hardman que são armas em profundidade. Ambos são fatores que ajudariam marcar pontos rapidamente, como falaremos no tópico a seguir. No domingo os dois tiveram recepções para 37 jardas. Vendo a grama do vizinho os Raiders usaram da mesma estrátegia. Trouxeram Agholor e Ruggs nessa última offseason para esticar o campo.
Primeira bomba do dia!pic.twitter.com/Ga3FYZf6fH
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O WR terminou o jogo com 67 jardas, sendo esse TD para 59!
Que bomba do Carrpic.twitter.com/gef9RCrVUE
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Mais incrível que o primeiro passe, num momento fundamental do jogo e numa terceira descida, Carr acha Ruggs. O novato marca um TD para 72 jardas. Apesar da “discussão” de ter sido o WR1 do draft sem ser o WR1 de muitos analistas, Ruggs tem “entregado o que prometeu”. Essa explosão física com o braço forte do Carr é uma excelente combinação.
Decisão da quarta descida do Pofexô
“Nós simplesmente não queríamos dar a Mahomes outra chance. Fiquei maravilhado com muitas das jogadas que Derek fez. Certamente fico maravilhado com o que Mahomes é capaz de fazer. Grande parte de seu ataque é improvisado. É totalmente criativo e tudo foi criado por ele. Graças a Deus não precisamos vê-los por algumas semanas. ”
Essa foi a fala de Gruden pós jogo. É claro que é fácil elogiar quando já se sabe o final. Zimmer, dos Vikings foi criticado por ter ido numa 4 pra 1 no SNF, mas assim como Gruden, apesar dos RESULTADOS terem sido diferentes, a IDEIA foi a certa. O ataque dos Chiefs é um dos poucos da NFL que pode marcar pontos em segundos. Por mais arriscado que fosse não converter a quarta descida, era melhor arriscar do que fazer o punt e dar a bola na mão de um QB no nível Mahomes, que mesmo com as costas na parede, poderia sair com o TD daquele drive.
A gente se vê por aqui!