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Seguimos nossa série com os times já eliminados na NFL. Hoje a NFC North.
Detroit Lions (6-10)
Detroit está a exatos vinte e cinco anos sem ganhar a NFC North e para tentar uma mudança de patamar, trouxe Matt Patricia do New England Patriots para comandar a franquia. Entretanto, a temporada foi para o buraco e os Lions estacionaram na última posição da divisão, com campanha de 6-10, tendo a oitava escolha geral do Draft. Na free agency, o pass rusher do elenco deve ficar defasado, uma vez que os edges Romeo Okwara e Ezekiel Ansah estão em fim de contrato.
Os Lions possuem uma secundária relativamente sólida, mas que possui necessidade na posição de safety e que carece de playmakers. O pass rusher deve ser afetado na free agency. O corpo de recebedores pode ser melhorado.
O defensive tackle Ed Oliver, de Houston, é um forte nome por ser um jogador muito completo, com grande capacidade de criar pressão pelo interior da linha. Outro prospecto que elevaria a unidade é o edge Jachai Polite, de Florida. O safety Deionte Thompson, de Alabama solucionaria a carência posicional.
Green Bay Packers (6-9-1)
A franquia de Wisconsin teve uma temporada bem abaixo da expectativa e colapsou de uma forma gritante na temporada. O amargo recorde de 6-9-1 e a terceira posição na NFC North renderam a Green Bay a décima segunda escolha geral do draft. Os wide receivers Randall Cobb e Geronimo Allison estão com contrato em fim de vigência, bem como o principal edge da equipe, Clay Matthews.
A secundária de Green Bay foi problemática, principalmente na posição de safety após trocarem Ha-Ha Clinton Dix. O pass rusher está envelhecido e Kyler Fackrell carregou a unidade nas costas. A linha ofensiva precisa de melhorias, pois cedeu a terceira maior quantidade de sack’s na temporada.
Josh Allen, de Kentucky e Brian Burns, de Florida State são edges que podem ajudar muito a elevar a linha defensiva do time. O safety Deionte Thompson, de Alabama, pode ser uma grande adição ao segundo nível da defesa.
Minnesota Vikings (8-7-1)
Minnesota teve um ano decepcionante mesmo com a adição de um quarterback “melhor” do que o da temporada passada. A temporada ruim levou o time a ter uma campanha de 8-7-1, ficando na segunda posição da NFC North, tendo a décima oitava escolha geral do Draft. A conta de se ter uma defesa com fortes peças bate na porta do Minnesota nessa free agency, já que importantes jogadores como o linebacker Anthony Barr, o defensive tackle Sheldon Richardson e o safety Anthony Harris estão em final de contrato. O running back Latavius Murray, que complementa Dalvin Cook, também está encerrando seu vínculo.
A linha ofensiva dos Vikings foi frágil, cedendo muita pressão e tendo grande dificuldade em abrir espaços para o jogo terrestre. O corpo de recebedores carece de profundidade, se resumindo na dupla Diggs e Thielen.
O offensive tackle Yodny Cajuste, de West Virginia é um jogador de alto calibre e impactaria nessa linha desde o primeiro treino. David Edwards, de Wisconsin, é outro offensive tackle que cairia como uma luva nos Vikings.
Chicago Bears (12-4)
Chicago tomou de assalto a NFC North nessa temporada: com a melhor defesa da liga e um ataque criativo (mas limitado), o time alcançou a campanha de 12-4 ficando no topo da divisão. No wild card, o time foi eliminado pelo Philadelphia Eagles. A franquia não possui escolha de primeira rodada, já que mandou a mesma para o Oakland Raiders em troca do edge Khalil Mack.
Na free agency, duas peças importantes da defesa ficarão sem contrato: o safety Adrian Amos e o cornerback Bryce Callahan. O offensive tackle Bobby Massie também ficará sem vínculo.
Substituir peças em fim de contrato deve ser a meta aqui: safeties e cornerbackss devem ser o foco do time. Offensive tackle’s também passam pelo radar da franquia de Illinóis.
Julian Love (Notre Dame) é um nickelback que pode substituir Callahan no time. Entre os safeties, Nasir Adderley (Delaware) deverá estar no range de escolha dos Bears.
Começamos hoje uma nova série, falando das necessidades dos times já eliminados na temporada. Claro que tudo isso será revisto após o free agency, mas é uma base do que os times buscarão.
Iniciamos pela AFC North!
Cincinnati Bengals (6-10)
A franquia de Ohio terminou o ano de uma forma decepcionante, após um início promissor e, com a campanha de 6-10, ficou com a última posição da AFC North, tendo a décima primeira escolha geral no Draft. Na free agency, a equipe terá o offensive tackle Bobby Hart e o guard Alex Redmond em fim de contrato. Além deles, os tight ends C.J. Uzomah e Tyler Eifert se encontrarão sem vínculo. Preston Brown, Vincent Rey e Michael Johnson são veteranos que devem dar adeus.
Com a demissão de Marvin Lewis, espera-se uma mudança de cultura em Cincy. A defesa está entre as piores da liga na maioria dos quesitos. A secundária ficou exposta e carece de talento na posição de cornerback. O grupo de linebackers é horrível. O corpo de recebedores merece atenção, já que A.J. Green está na casa dos trinta anos e John Ross ainda não se pagou. A linha ofensiva precisa de reforço e um offensive tackle pode ser a pedida.
Com a décima primeira escolha do primeiro round,o wide receiver DK Metcalf (Ole Miss) bem como o OT Yodny Cajuste (West Virginia) podem ser nomes ouvidos. O cornerback Byron Murphy, de Washington, pode ser a adição necessária a essa secundária. Outro cornerback sob o radar da franquia é DeAndre Baker, de Georgia.
Cleveland Browns (7-8-1)
O Cleveland Browns teve sua melhor temporada desde 2007, obtendo o recorde de 7-8-1 e galgando a terceira colocação na AFC North, recebendo a décima sétima escolha geral. Os wide receivers Breshad Perriman e Rashard Higgins e o safety Briean Boddy-Calhoun estão no final de seu vínculo com a franquia.
Cleveland pode agregar força no miolo de sua linha defensiva que não foi dominante nesta temporada como o esperado atacando o quarterback e parando o jogo terrestre. O corpo de recebedores pode ser melhorado, dando mais armas a Baker Mayfield. O time também tem problemas na proteção na esquerda, onde um novo left tackle se faz necessário.
Bons nomes em sua escolha 17 podem ser o interior defensive lineman Christian Wilkins (Clemson), o offensive tackle David Edwards (Wisconsin) ou wide receiver Riley Ridley (Georgia).
Pittsburgh Steelers (9-6-1)
Os Steelers tiveram uma temporada com bruscas oscilações, encerrando-a com uma amarga campanha de 9-6-1 na segunda posição da AFC North, ficando fora dos playoffs e recebendo a vigésima escolha geral do Draft. Na free agency, o time encontrará o guard Ramon Foster e o cornerback Coty Sensabaugh em fim de contrato. Além disso, as novelas Le’Veon Bell e Antonio Brown seguem sem resolução.
A secundária como um todo de Pittsburgh foi o calcanhar de Aquiles do time, com jogos bisonhos e constantes erros de cobertura. O grupo de linebackers é fraco e sofre desde a lesão de Ryan Shazier.
O safety Deionte Thompson possui o pedigree de Alabama e ajudaria a secundária a entrar nos trilhos. Devin White, de LSU é um ótimo linebacker e pode suprir o problema do time. DeAndre Baker, cornerback de Georgia, pode estar disponível, o que seria uma boa adição.
Baltimore Ravens (10-6)
A equipe de Maryland teve uma injeção de ânimo com a entrada de Lamar Jackson e marchou para a primeira posição da AFC North, com campanha 10-6. Nos playoffs, o time caiu no wild card para os Los Angeles Chargers, ficando com a vigésima segunda escolha geral do Draft. A franquia enfrentará uma longa free agency, uma vez que a dupla de linebackers CJ Mosley e Patrick Onwuasor bem como os dois principais edges Terrell Suggs e Za’Daryus Smith ficarão sem contrato. O center Matt Skura e do wide receiver John Brown também ficarão sem vínculo.
A franquia deve aproveitar a ampla classe de edge para planejar o futuro do time, já que Suggs tem 36 anos e deve entrar em declínio logo menos. A posição de safety está sobre o radar, já que Eric Weddle teve uma das piores temporadas da carreira. O corpo de recebedores ainda não inspira confiança, tendo alguns raros momentos de sucesso.
O edge Brian Burns, de Florida State, pode ser uma boa pedida aqui. O wide receiver N’Keal Harry, de Arizona State, pode ser um novo aliado no jogo aéreo.
Nós sabemos que os scouts possuem uma vontade gigante de encontrar o próximo grande jogador, principalmente quando não há uma unanimidade. Gostar Nick Bosas e Ed Olivers não é particularmente algo muito complicado de se fazer, visto que até mesmo os fãs mais casuais de futebol americano conseguiriam perceber a diferença de nível entre eles e os outros jogadores em campo.
E em uma classe de quarterbacks fraca, todos querem descobrir um grande nome na posição para poder ter os seus dias de glória quando o jogador começar a jogar bem na NFL. Esse ano, nós temos vários quarterbacks desse tipo. Brett Rypien é um deles. Alguns analistas o veem como um talento de primeira rodada, enquanto outros, inclusive eu simplesmente… nem próximo disso.
Hoje começam os bowls realmente relevantes e que possuem grandes prospectos com Boise State abrindo o dia contra Boston College às 16h30. Rypien terá a sua última chance de me mostrar que eu estou errado na minha avaliação. Lógico que não mudarei ele para primeira rodada nem se ele lançar para 700 jardas e 7 touchdowns, mas a última impressão será bem melhor. E como diria o Chapolin: a última impressão é a que fica! Ou mais ou menos isso.
O meu maior problema com Rypien é a sua presença dentro do pocket. Repara na jogada abaixo como a sua precisão é afetada quando ele sente a pressão vindo pelo meio e é quase interceptado.
— On The Clock (@OnTheClockBR) December 26, 2018
E uma das coisas que gosto de analisar em um quarterback é como ele reage após uma jogada ruim. Os grandes jogadores não se abatem com isso e na jogada seguinte conseguem se superar. Não é o caso de Rypien. Na próxima jogada em uma terceira pra quatro ele erra um passe fácil no flat e obriga o ataque a sair de campo.
— On The Clock (@OnTheClockBR) December 26, 2018
Pressão chegando e novamente o passe flutua demais e sai incompleto.
— On The Clock (@OnTheClockBR) December 26, 2018
Como podem ver, Rypien possui um problema sério ao enfrentar a pressão e sua falta de entendimento de como a pressão está vindo e como escapar dela. Na última jogada, Rypien não sente a pressão no tempo certo e quando tenta escapar já é tarde demais. Um quarterback com uma boa presença de pocket teria escalado o pocket um segundo antes e o blitzer provavelmente teria passado direto.
— On The Clock (@OnTheClockBR) December 26, 2018
Por isso, quando forem assistir a Boise State contra Boston College lembrem de reparar nessa característica de Rypien, porque hoje é o que mais atrapalha o seu jogo. Rypien não foi convidado para o Senior Bowl e muitos analistas reclamaram da falta do convite, tanto é que ele confirmou a ida para o Shrine Game (um senior bowl de menor expressão). Se ele quiser subir de nível e jogar o principal all star game, ele terá que mostrar evolução hoje e no Shrine Game. A pressão está vindo Rypien, como você reagirá dessa vez?
Kyler Murray agregou mais um prêmio que poucos jogadores do college tem o prazer de ter em sua estante: o troféu Heisman. Ao iniciar a temporada, era quase uma certeza que Murray seria jogador de beisebol, visto que foi escolhido no Draft da MLB na nona escolha geral pelo Oakland Athletics e assinou um contrato que o garantiu 4 milhões de dólares de bônus e o restante do contrato é completamente garantido. Valor maior que algumas escolhas de primeira rodada da NFL.
Com dinheiro nas mãos e um esporte que exige muito menos da saúde do seu corpo, Murray tinha uma decisão relativamente fácil para tomar. Porém, aconteceu 2018. Murray jogou muito bem, carregou Oklahoma para os playoffs e venceu o prêmio de jogador mais fantástico da temporada. Murray parece realmente gostar mais de futebol americano do que de beisebol, o que acaba colocando um complicador em uma fórmula que era para ser simples. Além do mais, nós sabemos que a NFL é muito mais popular que a MLB e a vida de um quarterback na NFL é muito mais glamourosa do que um outfielder na MLB. Mas vamos pensar caso ele consiga vencer Alabama nos playoffs e se declare para o draft da NFL. Em que rodada Kyler Murray poderia ser selecionado?
O primeiro problema do Murray com a NFL é a sua altura. Novamente, diversos times desvalorizarão Murray por ter apenas 5’11”, uma altura comparável com Drew Brees e Russell Wilson. Eu sei, deve ser horrível essas comparações né? Os dois jogadores mal tiveram algum sucesso na NFL por causa das suas estaturas baixas. #sarcasmo
O segundo maior “problema” que Murray enfrentará no seu processo do Draft é a forma como Murray joga. Seu atleticismo é muito parecido com o de Lamar Jackson e nós vimos como foi duro o processo para Lamar.
Partindo para os problemas reais, Murray ainda possui problemas dentro do pocket. Sai do pocket com mais frequência do que o necessário e joga em um ataque simplificado demais que facilita muito para produzir o tanto de estatísticas que produziu. Mas a verdade é que a NFL também está indo para esse caminho, então cada vez menos isso é importante.
Murray enfrentará o seu maior teste da carreira no começo do ano contra Alabama. Uma vitória e uma partida bem jogada pode ser o suficiente para ele se deslumbrar com a possibilidade de fazer o mesmo na NFL. Para uma classe fraca de quarterbacks, isso pode ser mais do que o suficiente para ser uma escolha de primeira rodada em 2019.