Destaque

Depois dos primeiros dias só de ataque, vamos para os monstrinhos da defesa. Talvez tenha sido o dia mais empolgante, ainda que, como falamos anteriormente, alguns prospectos não participaram de todos os drills e exercícios por conta do horário novo que a NFL estabeleceu, além das polêmicas das marcações.

Destaques do primeiro dia do Combine

Combine 2022: destaques do 2º do dia

Vamos lá!

Jordan Davis, DT, Georgia

Muita gente subestimava o valor do jogador de Georgia, pelo fato de ficar mais ligado ao papel de Nose Tackle. Talvez a posição menos valorizada da DL. Ele mostrou uma capacidade atlética fora do normal, mesmo para quem, assim como eu, esperava um grande desempenho nos testes.

Ele tem 6’6, 341lbs e correu 4.78s no tiro de quarenta jardas e um split de 10 jardas de 1.68s. Usando a métrica do RAS (coeficiente de capacidade atlética) que já falamos anteriormente, ele é o segundo melhor da base de dados dentre os 17,565 cadastrados. Não é o segundo melhor DT, é o segundo melhor jogador, atrás apenas do Wide Receiver Calvin Johnson.

O @NFLResearch trouxe dados interessantes:

– 6’6 3/8″: Mais alto que Rob Gronkowski (6’6 1/4″)

– 341 lbs: Mais pesado que Jason Peters (336 lbs)

– 4,78 40-Yd Dash: Mais rápido que Patrick Mahomes (4. 80)

– 1,68 Split de 10 jardas: Mais rápido que Jarvis Landry (1,73)

Ele também foi muito bem nos drills e garantiu uma grana boa subindo seu stock.

Devonte Wyatt, DT, Georgia

Existe algo na água de Georgia que vem criando monstros em sua defesa. Apesar de não ter ficado ofuscado pela noite monumental do seu companheiro, ele foi muito bem. Fletcher Cox com 298lbs correu um 4.79, Wyatt com 304lbs teve 4.77s. Ele teve 1.66s no tiro de 10 jardas, na última década só um DT conseguiu isso.

Ele foi um dos melhores DTs nos drills. O modo como ele se move, assim como seu parceiro não é natural para alguém do seu tamanho.

Travis Jones, DT, UConn

O tempo bom para Travis Jones era esperado, mas correr 4,90 com 325 libras também é ridículo. Ele tem ganhado cada vez mais atenção desde o Senior Bowl, em que foi excelente. Ele tem muita força e agilidade. Também é mais um NT do que um 3-tech, mas deve ter cravado seu nome no segundo round.

Tiveram vários prospectos impressionantes no wave drill. Ninguém parecia melhor do que Travis Jones. Ele correu de um lado para o outro, mudou de direção com facilidade se mostrando um atleta incrível.

Arnold Ebiketie, EDGE, Penn State

Ele foi muito bem nos saltos, 10’8 (95 percentil) no salto em distância e 38 no vertical. Se Jones dominou os DTs nos drills, o jogador de PSU fez isso pelos EDGEs. Uma agilidade incrível, além de uma flexibilidade para fazer bend invejável. Como sempre dizemos, nem sempre os testes se traduzem para o jogo, Ebiketie tem essa capacidade atlética e times se apaixonam por isso com frequência.

Ontem tivemos o primeiro dia de testes em campo. Os grupos que vimos nos primeiros exercícios e drills foram os QBs, WRs e TEs. A mudança para o horário nobre nos EUA acabou atrapalhando um pouco. Muitos prospectos decidiram não fazer o 3 cone drill ou short shuttle porque seriam feitos as 22h (do horário de lá).

Este ano, eles decidiram mudar o bench press para o mesmo dia dos drills em campo. Uma mudança sem sentido que fez mais uma parte de jogadores optarem por não participar. Apenas um wide receiver fez o supino, o resto pulou. Não há tempo de recuperação suficiente.

Depois da crítica, vamos ver os destaques positivos e negativos da noite.

O que ficar de olho no Combine em jogadores de ataque?

O que ficar de olho no Combine em jogadores de defesa?

Cuidado com os Guerreiros do Combine

Vamos lá!

Calvin Austin, WR, Memphis

O WR tem 5’8 e parecia que não iria chamar a tenção. No entanto, seu desempenho nos testes foi formidável. Ele saltou 11’3 em distância e 39′ em altura, além de correr 4,32. Em todos esses exercícios ele esteve entre os melhores. Obviamente é difícil achar um espaço pesando 170 e sendo tão baixo, mas ele fez o suficiente para instigar times que tenham OC mais criativos a puxarem o gatilho.

Christian Watson, WR, NDSU

Um prospecto que vem crescendo bastante no final do processo. Já foi um destaque no Senior Bowl e conseguiu elevar seu stock no combine.

Conseguiu apenas o segundo 10.0 no RAS (é basicamente um coeficiente de capacidade atlética) na história, o outro foi Calvin Johnson. Com 6’4, Watson conseguiu 4,36 nas 40 jardas, salto vertical de 38,5 e um salto em distância de 11’4, sempre figurando entre os melhores números da posição.

Treylon Burks, WR, Arkansas

Ele era um dos meus prospectos preferidos. Não chegou a ser uma grande decepção, mas eu esperava um 4.45 e não um 4.55, e parecia ter mais explosão do que um 33′ no salto vertical. As 225lbs que ele pesou pareciam estar mal distribuídos. Porém nos exercícios dentro de campo ele mostrou seu talento recebendo muito bem passes, mesmo com a falta de entrosamento natural com os QBs.

Qual é o Top 5 WRs do draft de 2022?

THE CHAMPS IS HERE! Uma grande temporada não poderia ter finalizado de um jeito melhor no Super Bowl. Disputado no mais alto nível e com muita emoção, o final feliz ficou do lado do time que estava jogando em casa, o Los Angeles Rams.

Desde a chegada de Sean McVay, a franquia passou por um processo de várias mudanças que evoluíram o time: troca de St-Louis para LA, construção de um novo estádio e chegada de grandes jogadores. Depois de duas idas a final e alguns playoffs, enfim, os Rams conseguiram o tão desejado anel de campeão.

Qual deve ser o plano dos Bengals nessa offseason?

O futuro de Tampa Bay após aposentadoria de Tom Brady

Durante todo esse processo, a equipe optou por um caminho diferente do normal na NFL. A filosofia da direção foi formar o elenco ao redor de estrelas e, para isso, abriu mão de escolhas de Draft para trocar por veteranos na liga. Stafford, Beckham Jr, Ramsey, Miller, entre outros se juntaram a Donald e Kupp.

Todo esse processo de risco, sacrificando draft de picks futuras em busca de melhorar o time para o presente, agora parece valeu a pena, já que o objetivo final foi concluído. Mas, fica a pergunta: será capaz dos Rams repetirem a fórmula para 2022 e buscar o bicampeonato?

THE PLAY THAT SEALED THE DEAL.

📺: #SBLVI on NBC pic.twitter.com/3z7fRQfRTs

— Los Angeles Rams (@RamsNFL) February 14, 2022

Micah Parsons: o novato que teve temporada de DPOY

Ja’Marr Chase: o novato que se tornou uma estrela

Free agents e salary cap

Espaço salarial projetado, segundo Spotrac: -$13,7M

Principais FA: Edge Von Miller, WR Odell Beckham Jr., CB Darious Williams, C Brian Allen, G Austin Corbett, RB Sony Michel, DI Sebastian Joseph-Day, Edge Ogbonnia Okoronkwo, T Joseph Noteboom, K Matt Gay.

Com o salary cap negativo, LAR irá, obrigatoriamente, fazer alguns cortes ou reestruturações antes mesmo de pensar em renovar com agentes livres da equipe. Stafford é um dos candidatos a reestruturação e/ou extensão, podendo abrir até $17.5M.

Além do QB, Kupp ($11M), Woods ($9.9M), Higbee ($4,1M), Whitworth ($16M, aposentadoria), Donald ($9M), Robinson ($6,5M, troca ou corte), Floyd ($12,3M), Ramsey ($11.1M) e Hekker ($2M).

Juntando todas as movimentações possíveis, a equipe chegaria próximo a $100M. Muito improvável que façam tudo isso, pois ficariam sem margem de manobra para os outros anos. Porém, uma grande parte deverá ser feita para tentar renovar com alguns jogadores. Miller deve custar cerca de $10M por ano, Beckham Jr. $13M, Williams $14.6, Corbett $8.7M, Allen $5.4M e Michel $5M.

Alguém arriscaria no começo da temporada que os Bengals estariam no Super Bowl? Foram pick 1 em 2020, perderam o QB na temporada com uma lesão grave. Sem contratações de muito peso, conseguiram chegar ao tão sonhado SB, mas acabaram derrotados. Inclusive, por problemas que já eram conhecidos antes mesmo da temporada começar.

A ideia desse texto é traçar opções para a free agency e draft do time de Ohio, para que eles possam aproveitar o talento e o time jovem que possuem, para uma outra boa temporada.

Vamos lá!

Os Bengals TEM QUE PROTEGER O JOE BURROW

Muita gente discutiu sobre a escolha dos Bengals. Eu fui um deles, nunca sobre o talento de Ja’Marr Chase, mas sim pela situação. Seu QB está voltando de uma lesão muito grave, você não fez nenhum move na free agency para consertar a OL. Aparentava que o investimento viria no draft, mas não veio. O resultado foi Burrow lutando pela vida em todos os jogos e se não tivesse uma boa presença de pocket as coisas poderiam ter sido piores. Vale lembrar os NOVE sacks que tomou dos Titans, que tem um bom pass rush, mas não tão de elite quanto os Rams, então a previsão não era boa.

Ja’Marr Chase: o novato que se tornou uma estrela

No Super Bowl foram APENAS 22 pressões dentre os quais: 5 sacks e 4 hits, que fizeram com que Joe Burrow deixasse o jogo mancando. O grupo é bastante fraco:

Pressões cedidas:
LT Jonah Williams – 3
LG Quinton Spain – 3
C Trey Hopkins – 1
RG Hakeem Adeniji – 5
RT Isaiah Prince – 7

Além de 3 pressões cedidas por Joe Mixon, o RB. Isso mostra que além de falta de talento, existe um problema de quem treina o setor. Com exceção de Jonah Williams, escolha de primeira rodada de uns anos atrás, o time não tem muita qualidade. Isso é muito pouco, e ainda tem a questão das lesões que o LT teve no começo da carreira.

O exemplo que eles deveriam tomar, é o dos Chiefs. Patrick Mahomes foi amassado no SB contra os Bucs por conta da OL. Em um ano os Chiefs:

• Trocaram pelo Orlando Brown para LT;
• Tornaram Joe Thuney o guard mais bem pago da liga para jogar de LG;
• Draftram um dos melhores centers dos últimos anos, Creed Humphrey, na segunda rodada;
• Deram um baita hit em Trey Smith na sexta rodada para ser o RG;
• E finalmente “recuperaram” Lucas Niang do draft de 2020;

Em um ano, eles trouxeram 4 caras novas e excelentes nomes. A abordagem aqui para os Bengals deveria ser semelhante:

1. Pagar uma grana em Terron Armstead. Ele sofreu com lesões no último ano, mas segue sendo de elite. Além disso, está com apenas 30 anos, o que significa que ele ainda tem bons anos pela frente, dada a posição que joga. Haviam dúvidas sobre o desempenho dele como LT devido ao tamanho dos braços. Uma vez que teria a chance de pegar alguém da estirpe do Armstead, eu moveria o Williams para dentro, uma vez que Spain como LG não passa confiança.
2. Para a função de center, apesar de Hopkins ter batido Billy Price (o que não é difícil), também não passa tanta segurança. Seria excelente se eles conseguissem pegar o Tyler Linderbaum no draft, mas acho que ele vai sair antes da 31. Temos nomes como Luke Fortner, Alec Lindstrom como opções para mais fim de draft, mas não teriam um grande impacto.                                                                                                                                                           Isso nos deixaria com opções de veteranos, como Ryan Jensen dos Bucs e Ben Jones dos Titans. Jason Kelce também será free agent, mas acho difícil não voltar para os Philly. Os primeiros veteranos estão projetados para um valor de cerca de 10M, se o time quiser gastar menos, uma opção mais barata e que poderia bater de frente com Hopkins, seria Ted Karras dos Patriots.
3. Se o time quiser gabaritar na posição de RG, eles poderiam ir atrás do Brandon Scherff. Vem de temporadas de lesão e isso complicou um pouco seu desempenho, mas novos ares podem fazer com que ele volte para seu nível de elite. Se as contas não fecharem ou a concorrência for muito grande tem bons nomes que seriam mais baratos e que eu preferia, ao invés de ir no draft. Austin Corbett, James Daniels, ainda são jovens e tem potencial. Ambos evoluíram nas suas últimas temporadas.
4. Para a posição de RT eu iria com uma opção que já falei algumas vezes sobre como acho subestimado, Abe Lucas, de Washington State. Muito bom no pass protection, provavelmente deve subir seu stock nos testes do combine, uma vez que tem a agilidade necessária para rodar o esquema de wide-zone dos Bengals, ainda que o jogo corrido não seja seu ponto forte.