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6 times com abordagens estranhas para 2022

by João Gabriel Gelli

Na NFL atual, a principal forma de formar um time competitivo e sustentável é pelo Draft e a maior parte das franquias tomam este caminho. Algumas têm sucesso e outras não, mas este costuma ser o caminho. Ao longo das últimas semanas discutimos algumas abordagens de montagem de elenco que mereciam destaque por algum fator específico.

No entanto, também existem os processos que geram questionamentos e que nos fazem pensar na motivação por trás. Dessa forma, vamos listar alguns dos times com abordagens duvidosas para a temporada de 2022.

Chicago Bears

Depois de uma temporada que encerrou a era Matt Nagy na franquia, os Bears iniciaram uma nova fase em 2022. Todavia, Justin Fields foi draftado pelo regime anterior e não possuí vínculos com a comissão técnica nem com a diretoria atual. Isto teve um claro reflexo na abordagem durante a offseason, quando o grupo de recebedores e a linha ofensiva foram largamente ignorados.

Por mais que o time de Chicago tenha adquirido alguns talentos interessantes em outros setores, faltou fornecer um sistema de apoio mais robusto para que seu jovem QB possa mostrar seu potencial. Assim, Fields não está sendo posicionado para o sucesso em seu segundo ano na NFL e pode ter seu desenvolvimento prejudicado. Fica o sinal de alerta.

New England Patriots

A offseason de 2021 foi atípica para os Patriots, com amplos investimentos na Free Agency e a escolha de um novo QB na primeira rodada do Draft. Contudo, parece que todo este movimento foi freado em 2022. Mesmo depois de Mac Jones mostrar que pode ser um QB capaz na NFL, Bill Belichick pouco fez para melhorar seus arredores.

No âmbito do elenco, trocou o bom Shaq Mason por um retorno baixo e selecionou Cole Strange para substituí-lo na primeira rodada, o que não pareceu o melhor uso de recursos. Além disso, não fez muito para melhorar um fraco grupo de recebedores e investiu múltiplas escolhas em RBs. A impressão que ficou foi de que está deixando as contas aliviarem para voltar a contratar em 2023.

Além disso, a comissão técnica no lado ofensivo passa por um momento muito estranho. A saída de Josh McDaniels deixou o cargo de coordenador do ataque aberto na franquia pela primeira vez desde 2012. Agora, existe incerteza sobre quem chamará as jogadas. As opções discutidas são Matt Patricia, Joe Judge e o próprio Belichick, sendo que nenhum deles tem experiência na função. Portanto, não parece que os sinais são muito positivos para a produção ofensiva nesta temporada.

Atlanta Falcons

Os equívocos para os Falcons começaram em 2021. Na ocasião, o time reestruturou o contrato de Matt Ryan, empurrando dinheiro para o futuro, e draftou o TE Kyle Pitts com a quinta escolha geral. Embora Pitts pareça um ótimo jogador, sua posição não é das mais valiosas e os movimentos pareciam representar uma tentativa de vencer naquele momento.

Por outro lado, o time logo tratou de trocar Julio Jones, viu Calvin Ridley se afastar para cuidar da saúde mental e teve um desempenho medíocre na temporada. A situação não parece melhor para 2022, já que, em uma tentativa de adquirir Deshaun Watson, empurraram Ryan para fora da franquia.

Com isso, os Falcons perderam um dos maiores jogadores de sua história de forma vergonhosa. No processo, ainda acumularam um dead money gigantesco, que prejudica a saúde financeira, e pioraram a qualidade do elenco. Não existe muito talento jovem e diferenciado no elenco. Como QBs as apostas são o veterano Marcus Mariota e o calouro Desmond Ridder, mas os dois estão olonge de uma garantia. Dessa forma, parece que o trabalho em Atlanta será de longo prazo.

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5 Segundanistas que podem ter breakout year em 2022

by Claudinei Junior

Você sabe o motivo da maioria dos calouros não conseguirem ter um grande impacto e não serem as estrelas dos times logo no primeiro ano? Bom, a transição do universitário para o profissional é sempre complicada em todos os esportes pela adaptação do atleta.

No futebol americano isso fica ainda mais evidente, já que o salto técnico e físico é gigante. Não é errado dizer que o pior jogador de um time da NFL provavelmente seria a estrela da maioria das universidades da Divisão 1 no College Football. Somente a elite da elite consegue se manter no profissional e é por isso que é tão difícil um jogador chegar neste nível. Some isso ao fato da exigência tática e mental ser maior.

Essa transição pode ocorrer de inúmeras formas e buscar uma maneira de fazer que seja de boa qualidade é o que os times buscam. Porém, tudo isso depende de uma série de fatores, desde o próprio empenho e adaptação do atleta, expectativas da torcida, além do planejamento e estrutura oferecidos pelas equipes para tal desenvolvimento.

Definitivamente não é todo ano que aparece um Micah Parsons ou Ja’Marr Chase. Jogadores assim são raros, tanto em termos técnicos quanto em encaixe nas equipes. Alguns sentem mais essa nova realidade e precisam passar por um processo que vão cometer erros e vão aprender com eles.

Pensando nisso, elaborei uma lista com alguns nomes que podem despontar em 2022 e ter uma temporada muito melhor do que tiveram de novato, provando a todos que o potencial observado durante o universitário não era em vão:

A diferente negociação de Lamar Jackson

Como A.J. Brown se encaixa no ataque dos Eagles

Deivis: 10 pontos para ficar de olho na NFL e no College em 2022

Trevor Lawrence

SUNSHINEEEE!!! O melhor prospecto na posição de QB desde Peyton Manning. Era o que muitos falavam durante o processo do Draft. Mesmo após uma temporada ruim pelo Jaguars, não há como descartar a possibilidade do camisa 16 ter uma reviravolta na segunda temporada na NFL. Além da dificuldade na transição, sair de Clemson para Jacksonville, ter uma coaching staff bagunçada como foi a de Urban Meyer não ajudou em nada.

Agora sob o comando do experiente Doug Pederson, é esperado uma evolução no jogo dele, já que irá atuar em um sistema que ajuda no desenvolvimento de um QB e terá novas armas ao redor, como Christian Kirk, Zay Jones e Evan Engram. Com treinadores mais preparados, mais bons jogadores no entorno e toda uma temporada de experiência, será em 2022 que veremos o potencial do Sunshine.

Rashod Bateman

A decisão de trocar Marquise Brown não ocorreu somente pelo relacionamento ruins entre o time e o recebedor. Os Ravens apostaram em Bateman no Draft e sempre tiveram a expectativa que ele se encaixasse melhor no sistema ofensivo do que foi Hollywood. Com habilidade para criar separação, o camisa 12 era uma peça perfeita no grupo de recebedores.

Agora como WR1 e longe de lesões que o prejudicaram no primeiro ano, o jogador deve ser o centro do ataque aéreo da equipe com Mark Andrews. Ele terá mais targets e mais jogadas elaboradas para explorar seus pontos fortes, já que as defesas adversárias estarão preocupadas com o forte jogo terrestre de Baltimore. Mais saudável, Bateman pode ter uma grande temporada em um time que briga forte nos playoffs.

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Deivis: 10 pontos para ficar de olho na NFL e no College em 2022 – Parte 2

by Deivis Chiodini

29 dias: é esse o exato tempo para termos NFL novamente. Sim, é pré-temporada, mas para quem está se afogando, jacaré vira tronco. Todavia, até lá o que não falta é tempo para pensarmos em tudo que mais chama atenção: narrativas estão aí e separei 10 que você precisa ficar de olho, tanto na NFL quanto no college footbal. Ah, também tem dica de série e música, afinal de contas, ninguém é de ferro.

1- Mario Cristobal nos Hurricanes

Quando Mario Cristobal decidiu deixar Oregon para assinar com Miami, cocei a cabeça. Só depois me lembrei que a universidade é sua alma mater e o desejo pessoal acabou pesando mais. Todavia, nado contra a maré aqui: acho Cristobal um recrutador melhor que treinador. Seus tempos de Oregon mostraram um técnico com dificuldade de tirar o máximo de jogadores de grande potencial. Se você torce para o Hurricanes, não se empolgue tanto.

2- Rodgers e Mahomes sem seus fiéis escudeiros

Pela primeira vez Patrick Mahomes não terá Tyreek Hill em seu time, já que o wide receiver foi trocado para o Miami Dolphins. Aaron Rodgers também viu Davante Adams, seu escudeiro de longa data, arrumar as malas e ir para o Las Vegas Raiders. Não que os quarterbacks deixarão de ser produtivos, mas desconsiderar a saída de 2 alvos dessa importância seria um erro. Será interessante ver essa nova dinâmica.

3- Bijan Robinson

O running back do Texas foi notícia nessa offseason por um contrato com a Lamborghini. Acredito que não exista encontro de marketing melhor: Robinson é veloz como o carro que representa e a expectativa para 2022 é ainda maior. Com mais de 1100 jardas em 2021, ele é um corredor completo: aceleração, velocidade, equilíbrio e capacidade de sobreviver ao contato. Uma máquina.

4- Russell Wilson longe do habitat natural

Que Pete Carroll passou longe de viver seus melhores momentos nos últimos anos, está claro. Todavia, é necessário lembrar que a carreira de Russell Wilson foi toda construída sob a tutela do veterano treinador e sua participação na construção do sucesso do quarterback é inegável. Agora, veremos o camisa 3 pela primeira vez fora do ambiente de Seattle, algo que deixa sempre  todos intrigados.

5- Spencer Rattler

O jovem, que angariava haters desde sua participação na série QB1 na Netflix, teve uma temporada desastrosa em Oklahoma como titular, perdendo a posição para Caleb Williams. Tentando salvar a carreira, se transferiu para South Carolina. Jogar na SEC é uma faca de dois gumes: se jogar bem, muda de patamar. Porém, se for mal, estará soterrado para sempre.

Dica de série: Only Murders in the Building

Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez: um trio que jamais se poderia imaginar que funcionaria junto, nos dá uma das melhores séries dos últimos tempos. Morando no mesmo prédio, eles se juntam para investigar um assassinato ocorrido por lá e gravar um podcast sobre o mesmo. O roteiro transita bem entre o mistério e a comédia, com timing perfeito. Vale cada segundo.

6- Head coaches de primeira viagem

Matt Eberflus, Brian Daboll, Nathaniel Hackett, Mike McDaniel e Kevin O’Conell: não lembro de uma lista de head coaches no seu primeiro trabalho que me agradou tanto quanto essa. Todos vindos de trabalhos que realmente tiveram impacto, fazem por merecer a oportunidade. Alguns percalços devem acontecer – até pela inexperiência na função -, mas a classe é promissora e me deixa animado.

7- Billy Napier nos Gators

Outro programa da Florida que não vem conseguindo estabilidade são os Gators. Porém, a alternativa para comandar a equipe agrada bastante: Billy Napier já trabalhou com Dabo Swinney e Nick Saban, além de transformar Lousiana num programa vencedor (dentro de suas limitações). Agora, numa universidade maior, ele terá a chance de brilhar: Florida sempre tem jogadores de qualidade, mas nunca explode.

8- Carson Wentz

Será a última chance de Carson Wentz? Após sair de Philadelphia pela porta dos fundos, ele encontrou em Frank Reich um fiador para recomeçar em Indianapolis. Todavia, a eliminação na última rodada, expôs os problemas que vinham acontecendo internamente e Wentz virou persona non-grata nos Colts. Agora em Washington, ele tem a última oportunidade de provar que tem condições de ser um titular de qualidade na NFL.

9- Chip Kelly is back?

Após 3 anos iniciais bem ruins, Chip Kelly finalmente conseguiu uma temporada vitoriosa por UCLA, com direito a vitórias surpreendentes como a sobre LSU. Com o running back Zach Charbonnet voltando para mais um ano, o torcedor fica na expectativa para ver se 2021 foi realmente uma retomada do programa ou apenas fogo de palha.

10- A comissão técnica dos Patriots

Nenhum questionamento passa por Bill Belichick e sua qualidade, que fique claro. Porém, a montagem da comissão técnica para 2022 é estranha e levanta dúvidas sobre o bom funcionamento. Quem estará chamando as jogadas? Matt Patricia e Joe Judge são nomes que merecem tamanha confiança, após trabalhos ruins? Como isso afetará o desenvolvimento de Mac Jones? Aguardemos

Trilha Sonora: “Family Affair” – Mary J. Blige 

Sou fã de hip-hop cantado por mulheres e Mary J. Blige tem uma voz que pega muito fácil, conseguindo transitar entre todos os tons com facilidade. O ritmo da música é ritmado e te faz bater o pé assim que começa a tocar. Não dá para negar que esse “cheiro de 2000” da música traz grandes lembranças. Aumente o som!

 

 

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A diferente negociação de Lamar Jackson

by João Gabriel Gelli

Quando um quarterback é selecionado na primeira rodada no Draft, a expectativa é de que se tornará o pilar da franquia. Ele será o responsável por elevar as peças ao redor e levar o time para a disputa por títulos. Quando isto acontece de fato, as diretorias encontram uma enorme vantagem competitiva para montar seus elencos. Um quarterback jovem, de bom nível e, principalmente, barato permite que o dinheiro seja gasto em outros setores do roster.

Contudo, quando o contrato de calouro acaba, o padrão é que venha uma renovação de cifras escandalosas. O normal, inclusive, é que o jogador e os tomadores de decisões nem esperem o vínculo se encerrar antes de firmarem um novo acordo. Todavia, este não é o caso de Lamar Jackson.

O contexto

Escolha 32 do Draft de 2018, Jackson já provou seu valor na NFL desde o ano de calouro, quando comandou uma reviravolta na temporada dos Ravens e levou o time para os playoffs. No ano seguinte, explodiu de vez, liderou uma campanha de 14-2, primeira posição na AFC e o prêmio de MVP. Por outro lado, Baltimore amargou mais uma derrota logo na primeira partida na pós-temporada.

Em 2020, seu nível continuou alto, mas abaixo do campeonato anterior. Dessa vez, entretanto, conseguiu sua primeira vitória em playoffs. Já em 2021 estava com um desempenho de altos e baixos em um time com muitos desfalques, mas tinha retrospecto de 7-4 até se machucar em jogo contra os Browns, perder o restante dos jogos e ver os Ravens de fora da pós-temporada pela primeira vez em sua carreira.

Com quatro anos como profissional no currículo, Lamar já acumula grandes feitos. Indo para sua quinta temporada, jogará sob a opção de quinto ano do contrato de calouro, que lhe pagará cerca de US$ 23 milhões. Assim, será free agent em 2023 e cabe a ele e aos Ravens chegarem a um acordo para que renove e fique na franquia por mais tempo. Agora, se Jackson é tão valioso para a equipe, por que os lados ainda não assinaram um vínculo de longo prazo?

A negociação

Existem muitos fatores envolvidos nesta negociação, mas é bom começar deixando claro que as chances de Lamar não renovar com os Ravens beiram o zero. No entanto, é interessante levantar alguns pontos que deixam torcedores e fãs da NFL atentos.

Em primeiro lugar, o esperado seria que ele já tivesse assinado um novo contrato. Isto teria liberado espaço na folha salarial para os Ravens e teria um timing condizente com as negociações de outros QBs jovens como por exemplo Patrick Mahomes e Josh Allen.

Também existem muitos relatos de jogadores insatisfeitos com o sistema ofensivo desenhado por Greg Roman. Um dos nomes mais vocais nesta linha foi o WR Hollywood Brown, que inclusive pediu e teve concedida a sua troca para os Cardinals durante o último Draft. O fato de que Brown era um dos amigos mais próximos de Lamar no elenco e a natureza quieta e tranquila do QB fizeram com que muitos especulassem que Jackson também estava entre os incomodados com os rumos do ataque.

É comum encontrar aqueles que acreditem que Lamar está segurando as negociações como forma de tentar derrubar Roman. Todavia, este pensamento não tem base em relatos de setoristas da equipe nem da liga. São apenas rumores fundados em achismos. Podem estar certos, quem sabe, mas não existe notícia que os fundamente.

O que é amplamente reportado é que os Ravens fizeram propostas e teram iniciar a discussão, mas Jackson não pareceu disposto a entrar nestes debates no momento. Durante a reunião anual de donos, Steve Bisciotti, proprietários da franquia, especulou que Lamar não queria negociar ainda porque sentia que precisava se provar como o melhor, que esta era a mentalidade do jovem QB e que o apreciavam por isto.

Sua ausência durante a primeira parte dos treinos voluntários da offseason alimentou a narrativa de que existia algum problema. Contudo, esta história é irrelevante, já que muitos jogadores não participam destes treinamentos e Lamar estava se preparando com seu treinador pessoal. Além disso, o QB apareceu nas últimas sessões do minicamp e inclusive falou com a imprensa. Nesta coletiva disse que estava conversando com Eric DeCosta, GM da franquia, e que deixaria o conteúdo destes diálogos apenas entre eles.

Um fator interessante a se considerar ao analisar todo este cenário é que Lamar não tem um agente. Ele se representa na negociação, então precisa participar ativamente das conversas. Todos os relatos indicam que Jackson tem uma mentalidade muito forte de evoluir e em vencer um Super Bowl, então ele trabalha muito pesado para alcançar este objetivo. Como está focado no desempenho no campo, suas oportunidades de discutir o contrato são limitadas, o que ajuda a atrasar o processo.

O que esperar do contrato?

Apesar disso, obviamente Lamar terá que participar de alguma negociação mais forte até a próxima offseason, já que seu contrato terminará. Dessa forma, surgem questões quanto aos valores e condições de sua renovação e o quanto isto pode estar afetando as discussões atuais.

Muito se fala que o contrato astronômico totalmente garantido de Deshaun Watson com os Browns pode afetar as conversas. Perguntado especificamente sobre isto, Lamar declarou que não se importava com o quanto os outros ganhavam. No fim das contas, seu contrato com certeza terá média acima dos US$ 40 milhões anuais. Resta saber o quanto acima e qual a parcela que será garantida.

Caso as partes não cheguem a um acordo, não existem dúvidas de que o caminho da franchise tag será utilizado. Atualmente o valor está projetado por volta de US$ 45 milhões e, caso uma segunda utilização do mecanismo seja necessária em 2024, as cifras subiriam para cerca de US$ 55 milhões. Estes valores somariam para US$ 100 milhões em um período de dois anos e seriam garantidos. Entretanto, a natureza incerta de ter um contrato de apenas um ano pode pesar contra para Lamar e a falta de flexibilidade financeira seria prejudicial para os Ravens.

Dessa forma, é possível perceber que um acordo de longo prazo é vantajoso para ambas as partes. Também é possível ver quais os números que Lamar deve tomar como base na negociação, tendo em vista as renovações recentes e o poder de barganha que possui com os valores da franchise tag. Por isso, o esperado é que uma renovação aconteça na próxima offseason. Um palpite pessoal baseado nestes números é de que o novo contrato será algo em torno de 5 anos, US$ 230 milhões, com cerca de US$ 140 milhões garantidos.

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Como A.J. Brown se encaixa no ataque dos Eagles

by Claudinei Junior

Os Eagles tiveram um das melhores classes de Draft e não foi só porque tinham escolhas altas na primeira rodada. A equipe conseguiu sair com Jordan Davis e Nakobe Dean e, além disso, realizou uma troca com os Tennessee Titans, enviando a pick 18 e 101 pelo WR A.J. Brown.

O camisa 11 foi o principal alvo da equipe nos três anos em que esteve campo, foram 185 recepções para 2.995 jardas e 24 TDs. Números muito expressivos e que fariam se questionar a razão dos Titans fazerem essa troca. A razão é óbvia: renovação de contrato.

Philadelphia topou pagar os 25 milhões de médio salarial para Brown pelo total de 4 anos de vínculo com a equipe. Uma grana bastante considerável para um jogador que, apesar de ter jogado em bom nível nos primeiros anos de novato, ainda não é um top 5 da posição e vai receber um salário como tal.

Mas porque os Eagles decidiram fazer tal investimento no jogador? É isso que vamos falar abaixo:

Deivis: 10 pontos para ficar de olho na NFL e no College em 2022

A defesa com 3 safeties será a nova tendência da NFL?

O que são e como funcionam as tão faladas tabelas de valores de Draft

Números vs WR Eagles

Games Receiving Rushing
Year Age Tm G GS Tgt Rec Yds Y/R TD 1D Lng Y/G Ctch% Rush Yds TD Fmb
2019 22 TEN 16 11 84 52 1051 20.2 8 39 91 65.7 61.9% 3 60 1 1
2020* 23 TEN 14 12 106 70 1075 15.4 11 55 73 76.8 66.0% 2
2021 24 TEN 13 13 105 63 869 13.8 5 45 57 66.8 60.0% 2 10 0 0
Career 43 36 295 185 2995 16.2 24 139 91 69.7 62.7% 5 70 1 3

A.J. Brown jogo na carreira 1.213 snaps na carreira, 80,4% jogou como wideout, 19,2% como slot e 0,3% inline. Ele teve em 2021, 2.50 jardas por rota corrida, apenas Dallas Goedert chegou próximo com 2.34, seguido de DeVonta Smith com 1.77.

Apesar de ter aumentado a taxa de drop (11.3% em 2021 e 9.3% na carreira), o jogador teve 13 recepções em bolas contestadas em 26 passes. Nos Eagles, Smith teve 11 e Goedert 9 em 2021.

  • Vs man coverage

Tgt Rec Rec% Yds Y/Rec Td Yac Yac/Rec Drp Drp% Ctt CTtc Ctc% Int Mtf 1st Rtg
A.J. Brown 39 24 61.5 358 14.9 3 127 5.3 1 4.0 11 5 45.5 0 4 19 117.3
DeVonta Smith 27 16 59.3 273 17.1 4 85 5.3 0 0.0 7 2 28.6 0 1 14 133.2
Quez Watkins 24 17 70.8 326 19.2 0 123 7.2 1 5.6 6 4 66.7 2 2 12 78.5
Dallas Goedert 20 13 65.0 197 15.2 2 103 7.9 1 7.1 3 1 33.3 1 5 11 109.8
Jalen Reagor 20 9 45.0 56 6.2 0 22 2.4 1 10.0 5 0 0 1 3 3 31.3 
Fonte: Pro Football Focus
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Deivis: 10 pontos para ficar de olho na NFL e no College em 2022

by Deivis Chiodini

Sim, falta tempo ainda para bola oval voltar a voar, seja no college football ou na NFL. Todavia, qual  a melhor forma de matar a saudade? Falando de futebol americano. Assim, passa mais rápido e quando menos notarmos estaremos reclamando daqueles enfadonhos jogos de pré-temporada, com jogadores que não fazemos ideia de quem são ou mesmo estaremos felizes em ver Alabama passando o carro e abrindo 49 a 0 no primeiro tempo contra algum time de fora da SEC.

Pensando nisso, separei 10 pontos rápidos para você ficar ligado em 2022:

1- O encontro entre Nick Saban e Jimbo Fisher

Coloque em sua agenda: no dia 8 de outubro, Alabama x Texas A&M. Se você não está por dentro, Jimbo Fisher já foi assistente de Nick Saban. Hoje dirigindo Texas A&M, ele disse foi acusado pelo head coach de Alabama de pagar recrutas, algo proibido na NCAA.  Jimbo respondeu chamando narcisista, dizendo que Saban se acha Deus. Vai ferver!

2- Trey Lance em campo

Não dá para negar que os 49ers apostaram alto ao subirem no Draft de 2021 e selecionarem Trey Lance. Existiam alternativas menos arriscadas, mas Kyle Shanahan e John Lynch não foram conservadores aqui, indo atrás de quem consideraram ter maior potencial. Após um ano no banco, será a vez de ver de que Lance é feito. Se ele mostrar bons flashes e potencial para se tornar o QB da franquia, tudo certo. Caso contrário, o tom da cobrança em torno de Shanahan e Lynch deve aumentar.

3- Quinn Ewers

O “Sunshine do metaverso” se transferiu de Ohio State para Texas e deve vencer a briga com Hudson Card, se tornando titular em 2022. Entretanto, ele precisará mais que isso: jogar em altíssimo nível, para que em 2023 manter  seu lugar  sem controvérsia, já que a concorrência será renomada, visto que ninguém menos que Arch Manning, o novo Jedi da dinastia mais famosa de quarterbacks do futebol americano chegará ao Texas.

4- A nova era dos Steelers

Oficialmente sem Ben Roethlisberger: é um novo começo nos Steelers e como todo ciclo que se inicia, é repleto de dúvidas. Kenny Pickett foi uma decisão certa? Como Mike Tomlin lidará com o primeiro quarterback de primeira rodada selecionado em sua gestão? O general manager Kevin Colbert também se aposentou: qual impacto disso no futuro da franquia? Muitas dúvidas para 2022 cercam a franquia de Pittsburgh.

5- Lincoln Riley em USC

Será que USC finalmente volta aos grandes tempos? Não dá para dizer que a universidade não pensou de maneira grandiosa: Lincoln Riley deixou Oklahoma e aportou pelos lados da California. Com ele, uma trupe de atletas, entre eles o QB Caleb Williams e o WR Jordan Addison. Claro que é começo de trabalho, mas expectativas são altas nos Trojans.

Dica de filme: Top Gun: Maverick

Sim, tem uma dica de filme no meio do texto. É offseason, vá ao cinema, durante a temporada nem sempre dá.
Fiquei uma semana andando de óculos escuro por conta deste maravilhoso filme, imitando Tom Cruise. Se você gostou do primeiro, lançado nos idos dos anos 80, vai amar esse. Se nem viu o anterior, não se preocupe, que é um filme simples, que prioriza ação. Clichês de monte, rock’n’roll e um grande elenco: vá de cabeça aberta e aproveite!

6- Josh McDaniels em sua nova empreitada

Confesso ter uma antipatia pessoal com o novo head coach do Las Vegas Raiders, por conta de sua postura e também pelo seu péssimo trabalho no Denver Broncos em sua primeira passagem como HC. Todavia, isso não me cega: foi um grande coordenador ofensivo no New England Patriots e merece uma segunda chance como treinador principal. O “x” da questão é saber se ele aprendeu a lidar com pessoas, o maior problema em seus tempos no Colorado. Se sim, tem tudo para dar certo.

7- Clemson e Dabo Swinney

10 vitórias não é um retrospecto ruim para ninguém, mas quando se fala de Clemson, a régua é mais alta: ficou claro que o programa estava bem abaixo em 2021 quando comparado com os anos anteriores. As péssimas performances do quarterback D.J. Uiagalelei impactaram, mas o time como um todo esteve mais fragilizado. Caberá ao treinador Dabo Swinney mostrar que foi um ano atípico e de retomada de fôlego para coisas maiores.

8- Micah Parsons

Não enxergo nenhum defensor com potencial de se tornar uma estrela de primeira grandeza igual ao de Parsons. Calouro defensivo de 2021 eleito de forma unânime, ele fez algo raro: dominou como linebacker e edge. Quando uso a palavra dominou, não é exagero de linguagem: ele acabou com algumas partidas e esteve na conversa para defensor do ano. Se seguir nesse caminho em 2022, pode se tornar o melhor da liga no lado defensivo rapidamente.

9- Quem é o melhor WR da classe?

Como vem se tornando habitual, a classe de WR vem cheia de talento, em especial no topo. Uma das principais discussões é quem será o primeiro. Alguns preferem o lépido Jaxon Smith-Njigba, de Ohio State. Outros apontam para Jordan Addison, que se transferiu de Pittsburgh para USC. Não dá para se deixar de fora Kayshon Boutte, de LSU, um jogador com talento altíssimo. A única certeza é que grandes lances destes nomes não faltarão.

10- Os contratos de Lamar e Murray

Enquanto Lamar Jackson parece bem tranquilo em relação ao seu novo contrato com o Baltimore Ravens, Kyler Murray já deu mostras de insatisfação ao Arizona Cardinals. Ambos devem assinar uma extensão antes ou no decorrer da temporada e receber uma grana forte. A questão agora é saber: quanto deste dinheiro será garantido, visto que esse parece ser o que todos buscam agora.

Trilha Sonora: “Como vai seu mundo” – Dexter feat Gilson

Mestre Dexter nunca sai dos meus fones e essa música é uma das mais belas que ele já fez. Letra, melodia, voz: tudo impecável. Para complementar, ele trouxe Gilson, o autor de “Casinha Branca” (música em qual Dexter se inspirou para escrever “Como vai seu mundo”). Vale cada segundo.

 

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A defesa com 3 safeties será a nova tendência da NFL?

by Alexandre Castro

O futebol americano é um grande jogo de xadrez. O ataque lança um conceito novo e a defesa tenta combater e isso leva o ataque a criar um conceito para posteriormente ser combatido por uma defesa. Foi assim com Spread offense, Air Raid offense, RPO, Read Option, Smash concept, mesh concept, outside zone, inside zone, split zone, e assim será. A defesa começou a responder com nickel como sendo a defesa padrão e o a dime aparecendo cada vez mais, e é isso que faz o esporte tão empolgante.

Em 2017,  Iowa State ganhou destaque com uma temporada de 8 vitórias, duas a mais do que as duas temporadas anteriores juntas, jogando com 3 safeties. Após essa temporada, times como Baylor e Clemson começaram a usar essa formação em descidas inciais. Jogar com uma formação de três safeties permite um número maior de coberturas possíveis que uma equipe pode obter com os mesmos jogadores.

Seria esta a próxima evolução no futebol?

Como funciona?

https://twitter.com/alexcastrofilho/status/1540149633762185217

Para ganhar um safety no fundo do campo, temos que remover um jogador do box. Isso tornaria o time mais frágil contra as corridas. As equipes de três safeties vão jogar com um front de 3 DLs para compensar um jogador a menos no box. O nose tackle, 0-tech (de frente ao center) quase certamente será um jogador que trabalhará em two-gap, protegendo os dois A-gaps. Os dois defensive ends podem alinhar em 4i-tech, ombro de dentro do OT, onde jogarão em one-gap. Os times também mantém um dos DEs como 4i e colocam o DE do lado forte da formação (o que normalmente tem o TE), jogando em 5-tech (ombro externo do OT) e ele trabalhará em two-gap, defendendo o gap C e gap B.

Você tem dois inside linebackers. O MIKE está alinhado diretamente atrás do nose tackle, serve como spy do QB e também pode ser o 4º pass rusher. O WILL vai alinhar no que alguns chamam de posição Apex, na escola Nick Saban, (lugar entre o OT e o slot receiver). Nesses sistemas, muitas vezes você verá os linebackers internos jogando de forma hiperagressiva quando constatam a corrida. É mais uma tentativa de entupir o meio e forçar os jogadores para as laterais.

Também no segundo nível desta defesa estará um nickel alinhado como Apex no lado forte do ataque. Ele pode ser um híbrido LB/S, já que terá responsabilidade de parar a corrida, mas também tem que ser capaz de dropar na cobertura e defender as zonas de hook/curl/flat.

No terceiro nível desta defesa você tem seus dois cornerbacks. Você tem os dois safeties o boundary e o field (nomes que recebem para o que se alinha do lado mais amplo do campo e do mais curto, foi se a época de strong e free safety). O terceiro safety nesta defesa é muitas vezes chamada de STAR. Normalmente, quem recebe essa alcunha nos playbooks é o nickel. Nesta defesa, o STAR está alinhado a 8-10 jardas da linha de scrimmage e é responsável por ajustes de corrida e cobertura de passe.

Nesse terceiro nível, você quer que esse STAR seja literalmente uma estrela. Ele tem que cobrir muito campo, por isso precisa de um range incrível. Descer da posição de safety para cobrir um RB requer velocidade e fluidez, já que ele pode vir como um míssil e tem a vantagem de não ser o primeiro alvo dos OLs. Além disso, o STAR pode se ver fazendo cobertura por cima ou como robber no meio. Ele tem que fazer de tudo, então achar um cara com essas características é bem difícil.

Da sua posição, o safety pode analisar o backfield e encontrar com quem está a bola. A defesa se contenta em deixar o running back levar a bola para a linha lateral, mantendo os ombros na horizontal. Eles não querem que o running back faça um movimento vertical. Com o jogo agressivo dos linebackers, o último homem para o trabalho é o terceiro safety. Este jogador também é frequentemente responsável para quando o QB corre com a bola. Tê-lo jogando em profundidade faz dele um jogador-chave no combate a zone-reads e RPOs.

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O que são e como funcionam as tão faladas tabelas de valores de Draft

by João Gabriel Gelli

Toda vez que uma troca acontece na NFL, todos dão opiniões para os movimentos, visando determinar quem foi o vencedor da transação. Contudo, toda negociação considera algum parâmetro para chegar em um acordo que favoreça todas as partes envolvidas. Especialmente quando o negócio se trata de uma permuta de escolhas de Draft, as famosas tabelas aparecem como uma opção para avaliar o processo.

Não existe uma franquia na liga atualmente que não utilize algum modelo de tabela para valorar suas escolhas de Draft e guiar a tomada de decisão em momentos de negociação. Dessa forma, vamos explicar uma série de perguntas que são comuns sobre este assunto. Quais as principais opções disponíveis para o público? Como elas são elaboradas? Como funcionam e quais suas limitações?

A tabela Jimmy Johnson: como tudo começou

Os Cowboys no final dos 1980 estavam em uma fase ruim. Na época, o lendário treinador Jimmy Johnson acabara de chegar na equipe e comandado uma temporada de retrospecto 1-15. A partir disso, percebeu precisar encontrar alguma maneira de conseguir vantagens competitivas. Neste processo, reparou o problema que era a falta de um guia para negociar trocas envolvendo apenas escolhas de Draft. Assim, decidiu convocar Mike McCoy, executivo do time, para ajudá-lo a definir o valor de cada escolha.

Para isso, Johnson e McCoy analisaram todas as trocas de escolhas na história da liga até aquele momento. Com isso, deram valores para cada uma das escolhas em relação umas as outras. Por meio desse modelo, chegaram em um valor de 3000 pontos para a primeira escolha geral, de 2600 para a seguinte até 1,1 para a escolha 224. Isto rendeu resultados e, após anos, se difundiu pela NFL.

Até hoje, ela é a tabela mais conhecida e que todos os times usam como base para negociação, apesar de desenvolverem suas próprias versões. Isto pode ser visto a partir de comentários de executivos, como Brandon Beane, GM dos Bills, que declarou para o Washington Post que “nós ainda a usamos como uma base. Nós usamos outras, mas ainda referenciamos ela como um ponto de partida”

As versões mais modernas

Para considerar as escolhas compensatórias que ampliaram a quantidade de seleções feitas no Draft, uma simplificação foi feita para tornar o valor de todas as escolhas após a 224 segundo a tabela de Jimmy Johnson em 1. Pensando em atualizar este processo, Rich Hill (analista do site Pats Pulpit) repetiu a metodologia feita por Johnson e McCoy, mas com as trocas que aconteceram depois daquele momento.

Hill também considerou um espectro mais amplo de escolhas, já que incorporou as compensatórias em seu modelo. Dessa maneira, elaborou sua própria tabela, que dá 1000 pontos para a primeira escolha geral, 717 para a segunda e chega em 1 para a última, que foi a 262 no último Draft.

Outras metodologias foram implementadas por diferentes pesquisadores. Chase Stuart utilizou a métrica Approximate Value (AV), valor calculado a partir de estatísticas e prêmios para avaliar a temporada de um jogador, para medir o impacto médio dos atletas selecionados em cada escolha de Draft ao longo de suas carreiras. Dessa forma, chegou em outra série de valores para as escolhas. Um grupo da universidade de Harvard também fez um trabalho semelhante utilizando a mesma métrica.

AV acumulado médio após 5 anos de acordo com a escolha do Draft. Fonte: Football Perspective

Outra tabela relevante foi a elaborada por Brad Spielberger e Jason Fitzgerald em 2020, responsáveis pelo Over The Cap, site especializado em contratos da NFL. A metodologia aplicada para gerar a tabela Fitzgerald-Spielberger foi considerar o valor anual médio do contrato que os jogadores escolhidos em cada seleção no Draft após o término de seus vínculos de calouros.

Este valor foi então comparado com a média do top 5 da posição do jogador naquele momento para entender o seu percentual. Por exemplo, em um cenário totalmente ilustrativo, se um QB selecionado na primeira escolha geral renova seu contrato por uma média de 30 milhões anuais e os cinco maiores contratos da posição têm média de 40 milhões, então este novo acordo representou 75% do top 5. Este procedimento foi feito para todos os jogadores de todas as posições selecionados entre 2011 e 2015. A pesquisa está detalhada no livro The Drafting Stage e avalia a primeira escolha geral em 3000 pontos, a segunda em 2649 e a 256 (última listada) em 190.

Para comparação, a imagem a seguir mostra os valores das escolhas conforme as tabelas do Jimmy Johnson, Rich Hill e Fitzgerald-Spielberger. Como a primeira e a última trabalham em uma escala até 3000 pontos e a segunda vai até 1000, esta foi multiplicada por três para auxiliar na visualização. Nesta figura, é possível perceber como os valores projetados por Johnson e Hill apresentam um comportamento semelhante, enquanto a proposta do Over The Cap tem uma queda mais suave de valores.

Comparativo dos valores de cada escolha de acordo com as principais tabelas. Fonte: Arrowhead Pride

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Os motivos que fizeram os Cardinals trocarem por Hollywood Brown

by Claudinei Junior

O Arizona Cardinals usou a 23ª escolha geral do Draft de 2022 para trocar com o Baltimore Ravens pelo WR Marquise “Hollywood” Brown, além de receber uma escolha de terceira rodada. O movimento surpreendeu muitas pessoas, já que Brown era o recebedor principal de Baltimore e não havia muitos rumores sobre uma possível troca.

Entretanto, era sempre debatido entre os analistas como o sistema ofensivo dos Ravens prejudicava o estilo do WR, e ele mesmo parecia incomodado com isso. Mas, não foi somente isso que prejudicou o desenvolvimento do camisa 5, o próprio convive com muitos drops durante sua carreira na NFL.

Os Lions têm uma abordagem interessante, mas é preciso ter calma

Já no deserto, alguns pontos criaram uma necessidade maior no grupo de recebedores. Além do sistema do Kliff Kingsbury precisar de uma quantidade maior no elenco de WR do que o normal, a suspensão de DeAndre Hopkins e saída de Christian Kirk foram fatores cruciais para irem buscar reforços.

Mas, qual a intenção dos Cardinals com essa troca e o motivo de Hollywood Brown ser o escolhido ao invés de outro veterano ou alguém no Draft? Como será o encaixe? Analisamos a seguir.

O que é o Screen game?

Mock Draft 2023 NFL Draft: Para conhecer alguns prospectos

Os motivos para a troca

Há três motivos que fizeram Arizona ir buscar Brown em Baltimore. A primeira, é o bom relacionamento entre o recebedor e o QB da equipe. Os jogadores foram companheiros no College, quando atuaram por Oklahoma sobre o comando de Lincoln Riley. A dupla combinou para 75 recepções para 1318 jardas e 10 TDs em 2018, ano em que Murray foi titular e ganhou Heisman pelos Sooners.

Quando houve o anúncio, ambos demonstraram grande felicidade nas redes sociais pela reunião novamente. Além disso, isso deve ajudar no relacionamento entre o camisa 1 e a franquia, que tem se mostrado mais tenso do que o normal. De um lado, a diretoria esperando melhores resultados do QB, do outro, o jogador querendo mais valorização no momento que o novo contrato é discutido.

Esse lado fora de campo, de agradar o seu principal jogador e trazer alguém que ele tenha boa química, já seria um bom motivo para a troca. Porém, o segundo motivo é claro que é o encaixe dentro do sistema ofensivo. Como citei acima, Murray e Brown jogaram em Oklahoma com Riley, treinador conhecido pelo sistema de Air Raid e potencializar seus QBs.

Dentro dessa filosofia, de colocar mais recebedores em campo e esticar a defesa, Brown é uma peça fundamental. Esse papel era cumprido em Arizona por Chrtistian Kirk, que saiu na offseason para os Jaguars.

No grupo de recebedores há alguém com esse estilo, Rondale Moore, jogador que vai para o segundo ano e que tem a habilidade atlética e a jardas pós-recepção como ponto forte. A questão é que ele ainda não chegou em um nível confiável para ser esse WR2. E mesmo se ele estive nesse patamar, o sistema ofensivo pede mais jogador com esse estilo, e a saída de Kirk necessitou uma nova adição.

O último motivo foi a suspensão de DeAndre Hopkins. Depois do anúncio que o WR seria suspenso pelo uso de substâncias proibidas na liga, insiders disseram que a equipe já sabia dessa possibilidade e a troca teria sido apressada para já buscar uma solução.

O Cardinals é uma equipe que precisa de resultados logo. Após alguns anos de reconstrução, foram feitos investimentos pesados offseason atrás de offseason para melhorar o time das mais diversas formas. Hoje, no papel, é um dos 10 melhores elencos, sem dúvida. Por isso, é esperado tanto desse time. A suspensão de Hopkins atrapalha o início da equipe para 2022, e a troca por Brown busca amenizar esse dano que eles teriam.

Encaixe no sistema ofensivo

O papel de Brown já está bem definido nesse grupo de recebedores. Ele é quem tem mais capacidade de esticar o campo e também de ter uma papel dinâmico no ataque, variando entre no slot e em jogadas para buscar jardas após a recepção. É o perfeito WR Z ou WR2 que Arizona tanto precisava para ser o complemento a Hopkins.

Com a suspensão do outro WR, os Cardinals não devem mudar Hollywood de função, já que seria um grande erro deixar o camisa 5 ocupar uma função que no futuro não seria a dele. AJ Green deve ser o cara a ocupar a vaga como X, já que fazia essa função nos Bengals e ainda mostra que tem gasolina no tanque.

Os titulares na semana 1 devem ser Green como X, Brown de Z, Moore no slot, além de Zach Ertz e Maxx Williams como TEs. De todos os anos de Kyler Murray em Arizona, esta parece ser a temporada em que ele terá o mais completo e melhor grupo de recebedores, principalmente com a volta de Hopkins a partir da semana 7.

Uma boa perspectiva para quem quer visualizar tudo isso que falei acima, como a química entre Murray e Brown, ambos dentro de um sistema Air Raid e o papel do recebedor como WR Z, é só ver o tape abaixo da época de College, entre Oklahoma e Virginia.

 

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Os Lions têm uma abordagem interessante, mas é preciso ter calma

by João Gabriel Gelli

Tida como uma das franquias mais disfuncionais da NFL, o Detroit Lions está no meio de mais um processo de reconstrução. A última temporada com mais vitórias do que derrotas do time foi em 2017 e a última classificação para os playoffs em 2016, ambas na época em que Jim Caldwell era o treinador. Desde então, a era Matt Patricia se passou como um grande fracasso. Assim, em 2021, teve início o período de Dan Campbell como técnico principal e Brad Holmes como general manager.

O principal movimento que marcou o começo deste novo ciclo foi a troca do QB Matthew Stafford para os Rams. Nesta negociação, os Lions levaram escolhas de primeira rodada em 2022 e 2023, além do QB Jared Goff. Dessa forma, Holmes adquiriu capital de Draft para montar o elenco conforme a sua visão com o apoio de Campbell.

A primeira temporada não foi um sucesso em termos de campanha, com apenas 3 vitórias, 1 empate e 13 derrotas. No entanto, a forma como Detroit está abordando seu processo, o resultado logo em 2021 não era o principal. O ponto que merece destaque é a cultura que parece estar sendo criada como um ótimo passo inicial.

A cultura

Cultura é um termo que pode ser definido de diversas formas, tanto no mundo empresarial ou no esportivo, por exemplo. Ela é, essencialmente, um conjunto de hábitos e regras que ajudam a guiar um grupo em direção ao crescimento. No contexto da NFL, a cultura tem em vista criar um ambiente que leve o time para vitórias.

Isto vai além da qualidade do elenco ou da capacidade dos treinadores de montarem sistemas modernos e eficientes. É criar uma atmosfera que cumpra uma série de objetivos. Futebol americano é um esporte perigoso e os jogadores não terão interesse de colocar o corpo em risco sem a possibilidade de vencer. Afinal, quem gosta de perder?

Também é preciso moldar uma situação em que jogadores recém-chegados, sejam eles jovens ou veteranos, enxerguem a possibilidade de conquistar espaço em campo. Assim, surgirá um ar competitivo e estimulará os atletas na briga por um papel relevante nos jogos.

Por fim, os jogadores estão acostumados com hábitos de vestiário e cada vez mais se mostram conscientes de causas sociais e eventos que os interessam fora do esporte. Por isso, é necessário proporcionar um ambiente que trate os atletas como adultos, deixar as personalidades fluírem e motivar um espírito de equipe.

É nestes fatores que Campbell se mostrou um ótimo treinador em 2021. Ele montou uma cultura na qual os seus jogadores ofereciam o máximo do esforço, independente da situação. Com isso, conquistou vitórias contra adversários claramente superiores e fez uma série de partidas parelhas mesmo com talento deficiente. Além disso, é preciso apontar que suas escolhas em termos de comissão técnica foram interessantes, sobretudo o coordenador defensivo Aaron Glenn.

Isto nos leva então para o material humano disponível para executar a visão.

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Podcast Pro #192 – Prospectos de 2023 – Parte 3

by Felipe Vieira

The pick is in! Deivis Chiodini (@deivischiodini) e Felipe Vieira (@lipevieira) começam o processo do Draft de 2023 falando sobre alguns dos principais prospectos do Draft de 2023.

Prospectos citados:

  • QB Tyler Van Dyke
  • RB Jahmyr Gibbs
  • OT Peter Skoronski
  • OL Paris Johnson
  • LB Trenton Simpson
  • ED Derick Hall
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