Destaque

Os objetivos de Utah crescem a cada ano. Após vencer por três anos consecutivos a divisão, finalmente os Utes conseguiram dar o próximo passo e levar o título da PAC 12. A conquista deu a oportunidade de disputarem o primeiro Rose Bowl da história. A vitória contra Ohio State não veio, mas o placar de 48 a 45 só mostrou como programa de Utah cresceu nos últimos anos e que pode sonhar com Playoffs.

O ataque da equipe foi o principal destaque da última temporada e o principal reforço para 2022 é a manutenção dos titulares, já que sete jogadores retornam. Um deles é QB Cameron Rising, que assumiu o comando ofensivo a partir da semana 3 e foi um dos melhores da posição. Outro jogador que carregou o ataque dos Utes foi o RB Tavion Thomas, que depois de dois anos sem destaque em Cincinnati, se transferiu para Salt Lake City e brilhou.

Já a defesa sofreu muitas percas, a principal delas não poderia ser outra se não o LB Devin Lloyd. O ponto mais frágil deste ano deve ser no front seven, já que a maioria dos titulares deve estar em no segundo ano pela equipe. Entretanto, a dois defensores que devem liderar o setor, o junior CB Clark Phillips lll e o LB transferido de Florida Mohamound Diabate.

A campanha de 10 vitórias da última temporada dá esperança para os torcedores sobre o novo ano que está para começar, principalmente porque muitos dos protagonistas retornam para 2022. Há uma dose de otimismo de que Utah pode realizar o feito novamente: vencer a conferência e, se tudo der certo, brigar por uma vaga nos Playoffs.

A estrela do time: Tavion Thomas, RB

Tavion Thomas foi uma das principais estrelas dos Utes na temporada passada e chega neste ano com status de um dos melhores jogadores do elenco. Assim como Rising, ele também não começou os primeiros jogos como titular, porém, ao longo dos jogos foi conquistando o seu espaço.

Recruta 3 estrelas, Thomas optou por jogar em Cincinnati no início da carreira universitária. Teve um primeiro ano promissor, foram 8 jogos pelos Bearcats com 499 jardas em 89 tentativas (5.5 jardas de média) e 6 TDs. Já em 2019 disputou 4 jogos e correu para 189 jardas em 40 tentativas (4.7 de médias), com 1 TD. Sem jogar em 2020, transferiu para Utah e fez uma temporada histórica, conseguindo em 13 jogos: 1106 jardas em 204 corridas (5.4 média) e 21 TDs.

Com 6’2 e 220 jardas, Thomas é aquele RB físico que corre com raiva e tenta atropelar todos que estiverem no seu caminho. Em campo, lembra muito o estilo de Derrick Henry, guardada as devidas proporções. Quebrador de tackles nato, teve média em 2021 de 0,3 tackles quebrados por corrida e 3,8 jardas de média após o primeiro contato, além de 36 corridas para mais de +20 jardas. Mostra boa visão e paciência para esperar os bloqueadores e escolher o gap certo para correr, muito produtivo nas jardas finais do campo.

O camisa 9 tem três pontos negativos no seu jogo que são preocupantes, principalmente quando prevemos para o Draft. O maior deles é a taxa de fumbles: tem média um a cada 42 toques na bola. Outro ponto é o jogo aéreo, teve somente 4 recepções em 3 anos no College Football, praticamente ineficaz neste quesito. Por último, sua velocidade final não é das mais intensas, apesar disso não ser um grande problema, já que a aceleração é boa e ganha muitas jardas graças aos tackles quebrados.

Com um sistema consolidado e uma linha ofensiva experiente, Thomas tem tudo para repetir o desempenho do outro ano e ser o cara deste ataque. Se os Utes pensam em coisas grandes neste ano, pode apostar que o RB está dentro desses planos.

We’re 17 days away from watching Tavion Thomas suit up for Utah again.

Remember when he had back-to-back 160+ yard, 4 TD games? Special talent. pic.twitter.com/RD9Xpw3pee

— Steve Helwick (@s_helwick) August 17, 2022

Quando se fala dos times mais talentosos do College Football para 2022, Texas A&M precisa estar na discussão. A equipe tem uma série de jogadores promissores, um comando estável e consegue preencher lacunas no elenco com um recrutamento muito forte. No entanto, isto não necessariamente torna o programa um dos favoritos ao título.

Os Aggies irão para a quinta temporada sob o comando do treinador Jimbo Fisher. Em 2021, ele se tornou o primeiro ex-assistente de Nick Saban a vencê-lo em uma partida. Agora, ele quer dar o próximo passo e superar o antigo mentor na briga pelo campeonato.

O ataque terá Darrell Dickey como coordenador novamente. Ele lidera uma unidade que utiliza bastante formações em pistol e que gosta de correr com a bola, especialmente em conceitos de bloqueios por zona. Por outro lado, o ataque aéreo deixou a desejar e segue como um grande questionamento em 2022.

O time tem uma competição pela posição de QB titular, com três candidatos. Haynes King era o dono da posição o começo da última temporada, mas se lesionou e perdeu o posto, Max Johnson se transferiu de LSU para brigar pela vaga e Connor Weigman é um freshman de 5 estrelas. A expectativa é que a função seja exercida por algum dos veteranos, mas nenhum deles terá o cargo muito seguro em caso de oscilações de desempenho. Já o restante do ataque tem um bom nível de talento, com opções sólidas entre os RBs e WRs, além de uma forte linha ofensiva.

No lado defensivo, DJ Durkin irá para seu primeiro ano na função. Ele substitui Mike Elko, que assumiu o cargo de head coach em Duke. A unidade teve um desempenho muito bom em 2021, especialmente com uma secundária muito forte, de grandes talentos em várias posições. É uma defesa que gosta de manufaturar pressão a partir de desenhos de jogadas e com coberturas em zona. Se conseguir manter a qualidade, será um grupo bem produtivo e de grande importância para as pretensões do programa em 2022.

A estrela do time: Antonio Johnson, CB

Como citado anteriormente, a secundária é um dos pontos fortes do programa atualmente. Dessa forma, faz sentido que a estrela dessa iteração do time faça parte da unidade. Nesse momento, Antonio Johnson é o principal candidato do elenco a ser uma escolha de primeira rodada no próximo Draft e pode consolidar esse status com uma boa temporada em 2022.

Listado com altura de 6’3″ e peso de 195 lbs, Johnson tem um excelente tamanho para qualquer posição da secundária. Em 2021, se mostrou um defensor de grande habilidade no slot e pode ser que ganhe mais snaps como safety em 2022.

Ele tem ótimos atributos físicos e completa este pacote com um bom processamento. Antonio lê o jogo com rapidez e precisão, o que auxilia na cobertura. Isto é especialmente importante por atuar em uma área do campo em que existe muito espaço aberto.

Outro aspecto importante de sua caixa de ferramentas é o trabalho no suporte contra corridas e a habilidade nos tackles. Não tem muitos erros e usa bem os braços longos para encerrar as jogadas sem ceder muitas jardas adicionais.

Johnson ainda pode melhorar ao rastrear a bola quando está de costas para ela. Também tem espaço para evolução na fluidez de quadril. Caso realmente migre para safety, será interessante acompanhar a transição.

Após a saída de Ed Orgeron, LSU tem um novo comandante para tentar conquistar mais uma vez o título de campeão nacional, o ex-treinador de Notre Dame, Brian Kelly. Quando foi anunciado que Orgeron não retornaria mais para LSU, uma porta para o foco no jogo aéreo tinha sido aberta. Afinal, LSU ganhou o último campeonato nacional com um ataque bem diferente do que tinha sido todos os outros anos de Orgeron. Claro que fica muito mais fácil deixar o jogo terrestre de lado ao ter Joe Burrow como quarterback,  mas foi passando a bola que os Tigers venceram em 2019. Em 2020 e 2021, parecia o mesmo ataque modorrento, chato e tediante de Louisianna State University que estávamos sempre acostumados a ver.

Com a demissão de Orgeron, só existia um caminho a ser trilhado com um treinador que acreditasse em uma estratégia semelhante ao que foi o ataque de 2019, quer dizer, isso foi o que eu imaginei, mas foram atrás de uma versão semelhante ao que normalmente Ed Orgeron foi durante sua carreira.  Brian Kelly esteve em Notre Dame de 2010 a 2021, apesar de nunca ter vencido o campeonato nacional e ter um recorde pífio de 3 vitórias e 8 derrotas contra times ranqueados no top-10, Kelly teve boas temporadas nos Fighting Irish e vitórias em Bowls importantes, inclusive dois contra a própria LSU.

O time herdado por Kelly não foi dos melhores e a tarefa de reerguer LSU será difícil. Conhecido por ter ótimas linhas ofensivas em Notre Dame, o novo treinador de LSU começou o trabalho por lá mesmo. A primeira vitória importante foi conseguir recrutar o quarto melhor Offensive Tackle da classe de 2022, segundo os rankings da Rivals e 247 Sports. Will Campbell mal chegou e parece já ter ganhado a posição de left tackle titular do time. Além disso, mais outros dois guards (Miles Frazier e Tre’Mond Shorts) foram adicionados via portal de transferências e são os favoritos para ficar com as vagas de titulares. As posições de right tackle e center ainda estão completamente abertas, o que mostra que podemos ter uma linha ofensiva inteiramente nova de uma temporada para outra.

E quem será o escolhido para ser protegido por essa nova linha ofensiva? A posição de quarterback possuía três jogadores disputando a vaga, mas tivemos a primeira evidência de que Jayden Daniels deve ter recebido a informação que será titular. Myles Brennan, o titular na temporada passada, acabou de anunciar que não jogará mais futebol americano universitário após receber a notícia que ele não seria o titular para os Tigers. Jayden Daniels, o grande favorito para a titularidade, veio transferido de Arizona State, consegue ser uma ameaça dupla passando e correndo, porém, teve o mesmo número de interceptações do que touchdowns aéreos na temporada. E correndo por fora, temos o redshirt freshman Garrett Nussmeier, sem grande experiência, mas que parece estar chamando atenção nos treinos.

A estrela do time: WR Kayshon Boutte

Visto como o WR1a ou WR1b da classe nesse momento, Boutte é um wide receiver com excelente capacidade de ganhar jardas depois da recepção e fazer com que o defensor erre o ângulo do tackle. Com 6’0″ de altura e pesando 205 libras, Boutte mostra fisicalidade quebrando tackle e correndo suas rotas, porém, precisa mostrar mais nas bolas contestadas, tendo uma taxa de aproveitamento de apenas 37% nesse quesito na temporada passada. Antes de se lesionar, o wide receiver liderava o país em jardas recebidas e touchdowns aéreos. Com uma temporada sem lesões, é provável imaginarmos o vermos mais uma vez brigando por liderar essas estatísticas.

A Big 12 é historicamente uma conferência de ataques, e bons ataques. Oklahoma nos últimos anos esteve no top 10 ofensivo muitas vezes. Inclusive carregou uma defesa muito abaixo. Kyler Murray, Baker Mayfield, CeeDee Lamb, Mark Andrews, Joe Mixon, entre tantos outros. Texas também é uma equipe de história ofensiva. Entre as equipes intermediárias, Texas Tech, TCU e West Virginia também tiveram ataques poderosos. Chegando ao tema do post, Oklahoma State é historicamente um time ofensivo, com Mike Gundy sendo o segundo Head Coach a mais tempo no cargo em toda FBS perdendo apenas para Kirk Ferentz, o técnico de Iowa.

Gundy é uma das maiores mentes ofensivas de todo o futebol americano. Foi Quarterback na própria Oklahoma State no final da década de 80. Treinar sua alma mater é o trabalho dos sonhos da maioria dos jogadores que acabam se tornando técnicos. E Mike Gundy transformou os Cowboys em um dos ataques mais poderosos de toda FBS nos últimos 15 anos. Com QBs de boa produção, muitos jogadores ofensivos foram selecionados alto. De primeira rodada, destaca-se que 6 jogadores possuem esse status na era Gundy em Oklahoma State, sendo 5 deles jogadores de ataque e apenas um na defesa.

Brandon Pettigrew, Russell Okung, Dez Bryant, Justin Blackmon, Brandon Weeden e Justin Gilbert foram selecionados na primeira escolha de uma equipe. Russell Okung e Dez Bryant são jogadores de bom sucesso na liga, sendo Pro Bowlers em suas respectivas posições. Os demais não obtiveram o sucesso esperado para jogadores desse calibre. Além disso, tem Mason Rudolph que foi uma escolha de segundo dia mas que possui um certo holofote. James Washington, Chuba Hubbard, Tylan Wallace, Chris Carson também são ex-Cowboys na NFL. Com todos esses jogadores de ataque na NFL e um ataque que historicamente produz muitos pontos, a questão principal é: cadê a defesa?

É aí que entra o nome de Jim Knowles, que acaba de sair dos Cowboys em direção a Ohio State. Em 2018, o primeiro ano em Stillwater, Oklahoma State cedeu uma média de 32,5 pontos por partida. Já em 2021, esse número caiu para 17,5. É uma evolução muito grande, em pouco tempo de trabalho. Principalmente se considerarmos que é um processo de evolução contínua. Com isso, em 2022, apenas jogadores de defesa de Oklahoma State foram selecionados no último draft. É a transformação de um time que tem um ataque poderoso para um time com uma boa defesa e um ataque mais modesto.

Para manter esse time defensivo, Mike Gundy, trouxe para o lugar de Knowles, Derek Mason, ex-Auburn. Mason tem um bom histórico, com anos como coordenador defensivo em uma Stanford forte, e bons anos como Head Coach em Vanderbilt. Mason tem um time que tem todos os seus titulares indo para, pelo menos, o seu terceiro ano no College. Com isso, o técnico ex-Vanderbilt tem jogadores de nível para manter o trabalho feito por Knowles. No lado ofensivo, tudo gira em torno do experiente QB Spencer Sanders, que subiu um degrau no final da última temporada e terá que subir mais um caso queira levar os Cowboys para o College Football Playoffs.

A estrela do time:

Spencer Sanders – QB – Redshirt Senior

Sanders está no seu quarto ano de titular com os Cowboys, já foi Freshman of The Year em 2019 e MVP de dois Bowls, o Cheez-It em 2020 e o Fiesta em 2021. Além de ser primeiro time na seleção da Big 12. Ao contrário do antecessor, Mason Rudolph, Sanders não tem como característica ser um jogador que passa a bola em profundidade. Sua principal característica é a habilidade para ser um corredor, e tem sucesso nesse sentido. A média de mais de 10 tentativas por jogo mostra que o sistema adaptado por Gundy aproveita muito a qualidade de seu signal-caller. Contudo, não é um jogador de scrambles, ou seja, costuma correr em chamadas programadas.

Como passador, tem boas leituras e consegue encontrar as janelas para completar seus passes, com 60% de passes completos em todas as temporadas de sua carreira. Consegue manejar os Linebackers com os olhos e completar alguns passes médios e curtos com alguma tranquilidade. O problema de Sanders é a precisão nos passes, principalmente médios e longos, há uma evolução nesse sentido, mas ainda há muito trabalho a ser feito. O braço também não é capaz de ajudar a equipe com passes longos e explosivos, algo cada vez mais importante para se ter sucesso na NFL. Ser MVP de dois bowls mostra que ele possui a capacidade de ser decisivo em partidas importantes. Dependendo da evolução de 2021 para 2022, pode ser um jogador de primeira rodada em 2023, mas a avaliação é que deve ser um jogador de dia 2.

A SEC é território de uma série de favoritos ao título do College em 2022. A conferência também abriga outros programas que podem surpreender e encontrar sucesso. Um dos times que se encaixa neste segundo cenário é o de Kentucky Wildcats.

O programa se encaminha para a décima temporada sob o comando de Mark Stoops. Nas nove temporadas anteriores, acumulou retrospecto de 59-53, com dois anos de 10 vitórias, incluindo 2021.

O campeonato de 2021 foi bastante produtivo para os Wildcats. A campanha foi de 10-3, com a 22ª posição no ranking e a vitória no Citrus Bowl sobre Iowa. Isto elevou as expectativas para 2022.

A maior parcela destas expectativas está vinculada ao desempenho do ataque. O setor conta com o retorno do QB Will Levis e do RB Christopher Rodriguez, duas de suas principais peças. Contudo, terá que lidar com a saída do WR Wan’Dale Robinson, selecionado na segunda rodada do último Draft pelos Giants.

Além disso, há um novo coordenador na área. Depois de um ano de sucesso na função, Liam Coen foi contratado pelos Rams na NFL. Para seu lugar, Stoops trouxe Rich Scangarello, que teve passagem em múltiplos times profissionais, inclusive chamando as jogadas para o ataque dos Broncos em 2019.

Ele terá bastante trabalho para substituir Coen, já que, em 2021, os Wildcats tiveram um ataque muito eficiente tanto nos passes quanto nas corridas e foi o terceiro melhor em toda a NCAA convertendo terceiras descidas. O esquema de Scangarello é pautado nos conceitos clássicos da West Coast, com passes rápidos e uso marcante de play action.

Já no lado defensivo, o time perdeu o seu principal pass rusher com a saída de Josh Paschal para a NFL. O programa não conta com muitos nomes de destaque e pode ter problemas. O sistema do coordenador Brad White valoriza coberturas em zona e uso de simulated pressures (jogada em que um jogador do segundo ou terceiro nível da defes vai para a pressão, mas o time tem apenas quatro defensores pressionando). No entanto, precisará encontrar formas de apressar os QBs adversários com maior eficiência.

A estrela do time: Will Levis, QB

Levis foi para Penn State como um recruta de 3 estrelas. Em seu período na universidade, teve poucas oportunidades e não impressionou. Em busca de uma chance de mostrar seu talento, se transferiu para Kentucky e se tornou o titular em 2021. Durante a temporada completou 232 de 352 passes tentados (65,9%) para 2827 jardas (8 por tentativa), acumulando 24 TDs e 13 interceptações. Além disso, somou mais 516 jardas e 9 TDs como corredor.

Reconhecido fora de campo por hábitos alimentares exóticos, como tomar café com maionese e comer bananas sem descascar, seu desempenho dentro de campo o tornou um dos principais nomes da classe de QBs de 2023. No entanto, com apenas uma temporada promissora no currículo, ainda tem muito o que provar e tem bastante a ganhar em 2022.

Levis é um QB de boas ferramentas. Listado com 6’3″ e 232 lbs, tem uma composição corporal e habilidade atlética de qualidade. Seu braço é forte e consegue acessar todas as áreas do campo com boa velocidade. O release é excelente, muito rápido e compacto, produzindo uma espiral perfeita e fazendo a bola explodir de sua mão sem esforço aparente. Também é capaz de ganhar jardas com as pernas.

Apesar de ter boa precisão e colocação em passes curtos, precisa adquirir maior consistência em jogadas longas e intermediárias. Outro ponto de melhoria é no processamento pós-snap. Muitas vezes fica preso na primeira leitura e demora nas progressões, convidando a pressão.

A temporada de 2022 será muito valiosa para que Will consiga ganhar experiência e mostre que o ano passado não foi um acaso. Se conseguir isto e ainda demonstrar evolução em alguns dos pontos fracos, será um jogador muito cobiçado no próximo Draft. Além disso, mesmo se não apresentar o salto esperado, ainda será um prospecto empolgante, então é bom ficar de olho.

O hype de Texas nunca esteve tão alto desde a época que Mack Brown era o treinador principal da equipe. Não é para menos, já que desde a contratação de Steven Sarkisian para comandar o programa, a equipe mostrou potencial, mesmo não tendo uma campanha vitoriosa no primeiro ano, e tem atraído recrutas de alto nível.

Liderados por um dos jogadores mais badalados vindo do high school, Quinn Ewers que se transferiu de Ohio State, os Longhorns possuem um elenco de grande de valor que briga para ser o melhor da Big 12. O principal destaque do time não poderia ser outro se não o RB Bijan Robinson, candidato ao Heisman e é um dos principais prospectos para o Draft de 2023.

Para completar esse ataque promissor, o time ainda conta com o sophomore Xavier Worthy, os veteranos Jordan Whittington e Roschon Johnson, além dos transferidos Isaiah Neyor, Jahleel Bilingsley e Agiye Hall. Também há expectativa do desenvolvimento de jovens atletas que mostram potencial, como Brenen Thompson e Ja’Tavion Sanders.

A primeira temporada de Sarkisian nos Longhorns não foi vitoriosa, mas houve, sim, pontos positivos. A prova disso foram os jogadores que escolheram se transferiam para lá e os recrutas do high school que se comprometeram eles. O otimismo vai além desta temporada de 2022, mas também para os próximos anos que virão.

A estrela do time: Bijan Robinson, RB

Bijan Robinson a caminho para ser um dos melhores prospectos na posição de RB dos últimos anos. Um jogador moderno, com habilidade atlética de elite, visão, quebrador de tackles e produtivo no jogo aéreo. O camisa 5 já teve uma ótima produção em 2021 sendo esperado que tenha mais uma grande temporada para chegar no Draft com o hype lá no alto.

Recruta 5 estrelas, Robinson jogou poucas partidas no freshman year em 2020 devido à Covid 19. Foram 9 jogos com 86 corridas, somando 703 jardas (8.2 jardas por tentativa), 4 TDs corridos, além de 15 recepções para 196 jardas e 2 TDs. No ano passado, em 10 jogos, correu 195 vezes para 1127 jardas (5.8 jardas por tentativa), 11 TDs corridos, 26 recepções para 295 jardas e 4 TDs. A estatística avançada que mais chama atenção foi de 0.38 tackles quebrados por tentativa de corrida.

Com 6’0 e 221 lbs, Bijan se encaixa perfeitamente no estilo de jogador que a NFL procura em um RB moderno. É um jogador versátil, capaz de receber passes, mas também é um corredor de elite e explosivo, combinando visão e habilidade atlética para encontrar os gaps e agilidade para mudar de direção. Possui força nas pernas para quebra tackles e usa bem o stiff arm. No geral, o camisa 5 tem uma mistura rara de paciência e boa tomada decisão, pode fazer cortes rápidos quando está improvisando e acelerar com muita rapidez.

First team offense: @Bijan5Robinson, RB, @TexasFootball

Widely viewed as the top RB in college football, will Bijan Robinson be a first-round pick in the 2023 #NFLDraft?

PFN CFB All-Americans ⤵️https://t.co/PkQolmL3Hapic.twitter.com/NbggQ8ytyr

— Pro Football Network (@PFN365) August 8, 2022

Como todo prospecto, também tem alguns pontos que precisa evoluir. No geral, não diria que é um grande problema ou ponto fraco que tem, mas áreas na qual ainda pode evoluir como jogador. Apesar do físico que possui, no tape é possível ver uma falta de velocidade final, daquelas necessárias para bater um home run. Outro ponto que pode evoluir é nos bloqueios, apesar de não ser um fator que vai lhe derrubar nos rankings por causa disso.

Bijan Robinson é um jogador especial que com toda certeza vale uma escolha de primeira rodada. É claro, sabemos que os RBs tem um valor menor na NFL de hoje em dia. Ainda assim, o potencial dele e o estilo de jogo fazem valer a pena pagar o preço para tê-lo, principalmente da pick 20 em diante.

A melhor comparação com seu estilo de jogo é nada mais nada menos que Saquon Barkley. Se fizer mais uma temporada de elite, as chances dele furar a bolha no Draft e colocar a prova o valor dele serão grandes. Mesmo caso não seja um prospecto escolhido no top 10, será uma opção muito tentadora para uma equipe competitiva e que queira um playmaker no backfield.

Falta pouco para o início da próxima temporada do College. Apesar de gostar do draft, você pode nem ser acostumado com esse mundo ainda, então vamos começar uma série apresentando alguns dos principais times desse ano que fazem parte da primeira divisão da NCAA. O texto de hoje vai ser do Miami Hurricanes.

O programa vem de uma temporada de 7-5, mas pode se esperar mais do time da Florida. O time fez um bom trabalho no Portal de Transferências e tem muitos jogadores retornando para mais um ano, principalmente em posições importantes. O que muda é o comando técnico com Mario Cristobal voltando para sua Alma Mater, vindo de Oregon.

Miami teve seus momentos nos últimos anos – acumulando bons recordes com calendários fracos. Estes anos apesar de um início mais tranquilo, as coisas devem complicar no final e aí veremos que o time é feito. E para isso a defesa precisa para de ceder pontos na red zone.

O lugar que inventou o Turnover Chain, uma corrente que era dada para o jogador que forçava um turnover, não usou muito o artifício no ano passado com apenas três recuperações de fumble e apenas 11 roubadas de bola no total. Isso influencia em não parar drives longos.

Miami foi decente em forçar field goals em vez de touchdowns quando as equipes chegaram dentro das 20, mas foi a segunda pior defesa defendendo a red zone na temporada. Apenas Duke e a fortíssima Central Connecticut State foram as equipes que falharam para marcar pontos chegando na red zone. E isso é algo que vem sendo um problema para o time nos últimos 3 anos, com 98%, 83% e 81%, respectivamente.

A estrela do time: Tyler Van Dyke, QB

Assumiu o lugar de D’Eriq King após lesão, com Miami parecendo uma bagunça e transformou sua temporada nos últimos seis jogos num record de 5-1. De acordo com a PFF, ele foi o único quarterback da FBS a terminar entre os 10 primeiros em jardas de passes, touchdowns, grandes lançamentos e percentual de grandes lançamentos, no recorte em que jogou.

Ele permanece firme no pocket e sua base é impressionante. Ele planta seus pés bem, e os aponta para o passe, o mantendo preciso. Seus passes carregam uma velocidade forte, com um canhão no braço. Seu release é um pouco mais alongado do que o ideal.

Seus lançamentos nas áreas certas do campo, guiando seus recebedores e jogando com antecipação. Ele não é a definição de quarterback móvel, mas pode se esforçar para conquistar uma primeira descida com as pernas de tempos em tempos. Ele não é muito evasivo ou criativo como corredor e é algo que ele diz estar trabalhando. E vai precisar manter essa constância para esse ano, já que seu background é bem curto, com poucos jogos.

Seu maior obstáculo no próximo ano pode ser Mario Cristobal. Sua visão ofensiva em Oregon atrapalhou muito a avaliação de Justin Herbert. O que se fala nos primeiros treinos de Miami é que o que tem sido treinado lá parece com o que se fazia nos Ducks. Os intermináveis ​​checkdowns, screens e short slants não combinam com o que Van Dyke tem a oferecer.

Este post faz parte de uma série em que falaremos sobre as principais universidades para a temporada do College Football. Fique atento nos próximos dias, pois passaremos por todos os times relevantes, então teremos posts quase que diários dando um raio-x geral para você ficar por dentro da próxima temporada.

Quando Mel Tucker deixou Colorado em 2019 após apenas uma temporada para assumir Michigan State, os Spartans ofereceram mais do que o dobro de salário que ele recebia nos Buffaloes, e agora, depois de apenas dois anos no cargo, seu salário novamente praticamente dobrou no final de novembro depois de assinar a extensão de 10 anos e 95 milhões de dólares.

“Com grandes cheques, vem grandes responsabilidades.” – Algum parente do Spiderman em um multiverso por aí.

Depois de uma temporada de 11 vitórias, apenas 2 derrotas e a vitória no Bowl de ano novo contra Pittsburgh, Michigan State chega para a temporada de 2022 com muito mais responsabilidade do que no ano anterior. Mas dentro dessas vitórias, vamos relembrar que enfrentaram Pittsburgh sem Kenny Pickett, pegaram quase todos os rivais em casa e foram humilhados por Ohio State ao perder por 56 a 7.

Com um calendário mais difícil que na temporada passada, o time de Mel Tucker terá que mostrar que evoluiu e se tornou mais competitivo. Apenas manter o nível pode não ser suficiente para manter a quantidade de vitórias. Para isso, aposta em alguns jogadores que vieram do portal de transferência para elevar o patamar e ser mais competitivo contra os times de alto escalão, especialmente Ohio State. A grande dificuldade será sem dúvidas, conseguir repor um dos melhores running backs do College da temporada passada, Kenneth Walker III, jogador escolhido na segunda rodada pelo Seattle Seahawks. Walker teve 1.636 jardas terrestres na temporada passada e foi o grande nome do time durante todo o ano. Walker, assim como algumas das grandes esperanças do time para 2022, também veio através do portal de transferências. Será que os Spartans vão conseguir replicar o sucesso?

A estrela do time: QB Payton Thorne

O quarterback Payton Thorne terá o seu segundo ano como titular e uma expectativa muito maior agora. Thorne foi importante na temporada passada com seus 31 touchdowns totais, 10 interceptações e 3.237 jardas aéreas, porém, sem Walker, Thorne passa a ser o grande nome do time e a dúvida se ele está pronto para tamanha responsabilidade paira no ar. O Pro Football Focus, por exemplo, nem sequer lista Payton Thorne entre os 50 melhores quarterbacks entrando em 2022 e nomes como Adrian Mártinez (Kansas State), Cade McNamara (Michigan), Michael Penix Jr. (Washington) e Connor Bazelak (Indiana) estão a frente de Thorne na Big Ten.

Com tamanha omissão, particularmente acho um erro ele ser tão subestimado e o escolheria antes de qualquer um desses citados. Thorne vem sendo elogiado por Mel Tucker dizendo que o jogador está mais pronto nos quesitos de liderança e que a velocidade do jogo parece ter diminuído para ele. Se tudo isso for verdade, podemos esperar um jogador com chances de até ser escolhido no Draft.

Diferente de outros programas, Iowa é um programa que preza pela estabilidade. Desde 1979, apenas Hayden Fry e Kirk Ferentz foram técnicos principais dos Hawkeyes. Por estar no meio de uma área rural, a consistência no programa é fundamental para atrair novos jogadores e ser competitivo. Ferentz é o técnico principal desde 1999, e possui sucesso consistente, sendo a última temporada com mais derrotas do que vitórias foi na longínqua 2012. Esse sucesso consistente vem na base de um modelo “Old-School”, dentro e fora de campo: defesa forte, linha ofensiva ótima e bons times especiais. Fora de campo, um programa que se baseia em um físico muito forte e disciplina. Basicamente, uma equipe dos anos 90 em 2022.

O sobrenome Ferentz se repete na Coaching Staff, com o Coordenador Ofensivo da equipe, Brian Ferentz. Brian é filho do Head Coach, Kirk e está a 10 anos dentro da Coaching Staff dos Hawkeyes. O coordenador defensivo, Phil Parker, está junto do time desde a chegada de Ferentz e está há mais de uma década no cargo. LeVar Woods, o coordenador de times especiais, é outro que está na equipe desde 2008, exercendo diversas funções. A estabilidade de Ferentz passa para os demais membros da Coaching Staff, criando um trabalho consistente e com bons resultados.

Como ganhar a Big Ten cercada de Power Houses como Michigan e Ohio State? Todos os caminhos apontam a um nome: Spencer Petras. O Redshirt Senior de Iowa tem de elevar seu nível de jogo para levar os Hawkeyes a um nível que não chegam desde 2004, o nível de campeão de divisão. Para isso, conta com um time que perdeu poucas peças, no ataque, destaque para Tyler Linderbaum e Tyler Goodson. Já na defesa, Dane Belton é o principal dos titulares a não voltar para Iowa City. Com isso, os Hawkeyes têm a experiência necessária para alçar voos maiores em 2022. 

Iowa vem levando muitos talentos pra NFL, a maioria nas posições de Secundária, Linha Ofensiva e Tight End. Destaque para George Kittle, TJ Hockenson, Noah Fant, Tristan Wirfs, Brandon Scherff, entre outros. Com isso, quem serão os próximos Hawkeyes a fazer barulho na NFL? 

Estrela do time: Sam LaPorta

Nas ex-escola de 3 bons Tight Ends da liga, podemos colocar mais um na lista de bons jogadores nessa posição. LaPorta não é um jogador atlético, mas consegue efetuar bons bloqueios, principalmente contra Linebackers. Alinha tanto como último homem da Linha Ofensiva ou no slot, causando problemas de Matchup contra as defesas adversárias. Faz boas rotas para sua altura e peso e consegue encontrar os espaços em zona. Está cotado como terceiro time All-American para essa temporada e com a saída de Tyler Goodson, é o único jogador com mais de 500 jardas de scrimmage em 2021. Deve ser o ponto de segurança de Petras no ano de 2022.

A histórica equipe de Cincinnati em 2021 foi quase que totalmente desfeita nesta offseason. A maioria dos principais jogadores foram para a NFL, como o quarterback Desmond Ridder e praticamente toda a defesa. A regressão do nível do time em comparação ao ano passado é natural, mas ainda assim, deve continuar como uma das melhores da AAC.

Apesar das perdas na defesa, a unidade deve continuar a ser uma das melhores nesta temporada, pois tem um grupo de LBs de alto nível com os irmãos Deshawn e Ivan Pace, o último que chega para os Bearcats transferido de Miami of Ohio. Ambos foram os jogadores mais valiosos da posição na FBS na última temporada.

Do outro lado da bola, surgem algumas preocupações. Ben Bryant e Evan Prater competem pelo posto de quarterback titular, mas nenhum até agora chamou atenção para substituir Ridder no mesmo nível. Ainda no lado ofensivo há algumas peças interessantes, como wide receiver Tre Tucker e o tight end Josh Whyle.

Cincinnati terminou a última temporada na #4 do ranking do College Football, um resultado que surpreendeu a todos e ficou marcado na história. A missão nesta temporada é buscar mais uma temporada invicta, já que são dois anos seguidos vencendo a AAC com 100% de aproveitamento (as duas derrotas neste período foram na pós temporada, para Georgia em 2020 no Peach Bowl e para Alabama em 2021 na semifinal da CFP). O head coach Luke Fickell sabe qual é caminho para levar os Bearcats a mais um Bowl Game e vai buscar isso neste ano:

A estrela do time: Deshawn Pace, LB

Deshawn Pace é um dos poucos titulares de 2021 que retorna nesta temporada. O jogador assumiu a titularidade no ano passado e foi peça crucial para a engrenagem defensiva rodar de maneira tão sólida e forte. Com 6’2 e 218 lbs, Deshawn é aquele LB moderno, capaz de fazer qualquer função em campo. Tem tamanho de safety, mas atitude de linebacker, é um jogador híbrido.

Atuou na temporada passada em 14 jogos, conseguindo os seguintes números: 95 tackles (líder da equipe no quesito), 9,5 tackles for loss, 0,5 sacks, 4 interceptações, 2 passes desviados e 1 fumble forçado.

Pace mostrou boas habilidades de reconhecimento e tem o perfil atlético para reagir de acordo com as jogadas. Atuou a maioria dos snaps como Will, tendo como funções principais ficar cobertura (em zone coverage ou em marcação pessoal no slot receiver), e realizando algumas blitizes. Essa característica, de canivete suíço, permite ao coordenador defensivo ser criativo e disfarçar vários tipos de cobertura, seja em mug fronts ou com drop 8 coverage.

Deshawn ainda precisa melhorar sua técnica de shedding, já que mostrou dificuldade para se desvencilhar de bloqueios no jogo terrestre. Outro ponto que pode evoluir são os seus tackles, já que costuma atacar o ball carrier muito alto e também faz jogadas próximo ao colarinho. Pace tem boas ferramentas para ser um ótimo LB na NFL, ainda precisa de refino em algumas áreas, mas sem dúvidas, deverá ser o líder defensivo dos Bearcats em 2022.

Cincinnati LB Deshawn Pace does a great job anticipating the LT outside momentum. He slices across his face inside to corral the RB for a loss!

Listed at 6’2 218 lbs. A dynamic defender. Built like a safety. 95 tackles & 4 ints in 2021! pic.twitter.com/XucW4Wa5e0

— Full-Time Dame 💰 (@DP_NFL) April 4, 2022

Para dar continuidade aos nossos previews da temporada do College, é chegada a hora de falarmos sobre Houston Cougars.

O treinador Dana Holgorsen chegou no programa em 2019 e teve um começo ruim. Foram duas temporadas abaixo da média no comando do time. No entanto, em 2021 Houston teve um excelente desempenho. A campanha de 12-2 culminou com uma vitória sobre Auburn no Birmingham Bowl e a 20ª posição no ranking dos playoffs.

Durante a offseason, o programa aceitou um convite para integrar a Big 12 nos próximos anos. Embora isto ainda não vá acontecer em 2022, é uma narrativa que será muito discutida ao longo da temporada. Assim, em uma trajetória positiva, o time chega em 2022 com a expectativa de repetir o sucesso do ano anterior e se mostrar como um força a ser temida para sua futura conferência.

Para isto, será necessário manter o ataque em um bom nível. A unidade comandada por Shannon Dawson e Brandon Jones tem boa eficiência na parte aérea, com a ótima conexão entre o QB Clayton Tune e o WR Nathaniel Dell. O time também conseguiu reforços para os outros setores por meio do portal de transferências e do recrutamento. Com isso, o grupo de recebedores ganhou profundidade e a OL recebeu estabilidade. Além disso, a rotação de RBs está pronta para suprir a ausência do promissor Alton McCaskill, que rompeu o LCA durante os treinamentos de primavera e perderá a temporada.

Já no lado defensivo, o coordenador Doug Belk perdeu algum talento para NFL no último Draft em nomes como o iDL Logan Hall e os DBs Marcus Jones e Damarion Williams. O grupo vem de um ano de boa produção e tem a capacidade de manter o desempenho em um nível adequado. Contudo, será preciso que novos jogadores assumam responsabilidades maiores e tenham saltos de qualidade.

A estrela do time: Nathaniel Dell, WR

Os Cougars tiveram uma média de quase 36 pontos por jogo em 2021 e muito disso se deve à já citada conexão entre Tune e Dell. O recebedor chega como o principal nome do programa para 2022 e também é o maior candidato a ser uma escolha do próximo Draft neste momento precoce do processo.

Dell foi um recruta de três estrelas que optou por Alabama A&M, mas se transferiu para Houston depois de apenas um ano. Em 2021, explodiu como um dos recebedores mais produtivos do circuito universitário. Foram 90 recepções para 1329 jardas e 12 touchdowns. A profundidade média dos passes lançados em sua direção não impressiona, mas tem boa capacidade de vencer com a bola nas mãos por ser bastante elusivo e rápido, com mudança de direção que faz defensores errarem ângulos. Isto está presente nas 35 recepções explosivas (mais de 15 jardas) que anotou em 2021. Além disso, demonstra boa noção de espaço e das zonas com um pacote técnico razoável, o que ajuda na separação.

Por outro lado, é um recebedor de porte físico menor, sendo baixo e muito leve. Isto afeta sua capacidade de lidar com defensores mais físicos e o limita a atuar mais pelo slot. Também tem problemas com drops, com uma taxa de 10,8% em 2021, um número muito ruim.