Um panorama da AFC South

by Alexandre Castro

Semana passada conversamos um pouco sobre a competição forte que há na NFC West, inclusive convido você a conferir o texto, se ainda não viu. Nessa semana vamos dar uma olhada na outra conferência. O alvo da vez é a AFC South, que não tem a mesma competição, pela liderança, mas há muita disputa na parte de cima e de baixo da tabela.

Um panorama da NFC West

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Vamos lá!

Houston Texans (3-7)

Se os Texans estivessem no brasileirão, estariam naquela faixa da marola da AFC South. Não seriam rebaixados, mas também estão longe de qualquer chance de título. Isso pode ser bastante frustrante para o torcedor, quando você tem um excelente jogador do naipe de Deshaun Watson como seu signal caller.

O que fazem de bom?

O ataque do time ainda contem bons nomes. O próprio QB já citado, tem um futuro brilhante a sua frente. Will Fuller, quando está saudável é uma excelente opção e Cobb, Cooks são armas complementares. A linha defensiva saudável, também irá dores de cabeça a seus adversários. Watt já não está no auge mais ainda é extremamente sólido, Mercillus de mesma forma e ainda contam com a juventude de Omenihu e Jacob Martin.

O que pode atrapalhar?

O time tem problemas para estabelecer um jogo corrido sólido. Ademais, até o momento não houve uma decisão firme sobre o futuro da franquia. Quando isso for realmente definido, o GM e HC terão que enfrentar um cenário de terra arrasada tal qual vemos em filmes de guerra. Escassez de draft capital e alguns contratos bem inflacionados para lidar. Apesar do record “digno” de uma franquia em rebuild esses problemas complicam prospectar um futuro muito melhor para franquia.

Indianapolis Colts (7-3)

Apesar do 7-3 a temporada tem tido muito mais emoção do que o record indica. O casamento do Philip Rivers com o time de Indiana, demorou mais que esperado. Não deixaram os Titans se firmarem como líderes e tem estado passo a passo com os rivais.

O que fazem de bom?

A linha ofensiva dos Colts é de dar inveja na maioria das franquias. Nelson vai ser um All-Pro ano sim, ano também, basicamente. Com essa proteção a sua frente, Rivers tem tempo para usar sua experiência e mesclar com peças jovens e experiente. TY Hilton, Pittman Jr, Doyle etc. O jogo corrido também é beneficiado com essa OL, Taylor agradece bastante e Hynes tem se destacado tanto recebendo passes como correndo com a bola.

Não é só o ataque que chama atenção. A defesa é uma das mais disciplinadas da liga, jogando muito bem taticamente em zona. O DC, consegue espremer o melhor do que cada um dos seus jogadores pode dar. Buckner foi uma excelente adição a esse time, bem como Houston, além de Autry que vem fazendo uma excelente temporada. Vou nem comentar sobre a dupla de LBs que se complementa bastante.

O que pode atrapalhar?

Como dito na abertura dos Colts o casamento de Rivers teve as suas tempestades até o momento. Um grande exemplo foi a semana 1 contra os Jaguars em que Rivers teve algumas decisões bem discutíveis. Perder a batalha dos turnovers não é nada bom. As armas de Rivers também tem tido problemas, Taylor ainda precisa ler melhor gaps, Hilton parece estar em certo declínio e Pittman já perdeu tempo nesse ano.

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Jacksonville Jaguars (1-9)

O time de Florida tem como seu objetivo a busca por pick alta no draft. A #1 está difícil de alcançar porque os Jets estão bem focados nesse projeto. Mas depois de se desfazer de basicamente todos os talentos que tinha a sua disposição, ninguém espera nada esse ano.

O que fazem de bom?

A esperança fica basicamente no futuro. O time tem duas primeiras, duas segundas, duas quartas, duas quintas e duas sétimas. Bala na agulha eles tem, e fizeram boas escolhas nos últimos anos de draft. Josh Allen, Jawaan Taylor, Henderson, Shenault Jr (uma das melhores picks), Chaisson, além de ainda ter achado no UDFA o Robinson.

O que pode atrapalhar?

Apesar da escolha de Minshew na sexta rodada ter sido boa o suficiente para se livrar do contrato de Foles, ele não vai ser o QB que vai levar a franquia a outro nível. Tendo uma escolha dentro do top-5 como é o projetado no momento, os Jaguars não podem pensar duas vezes e devem escolher o seu QB para o futuro. Não fazer isso pode resultar num preço muito caro a se pagar.

Tennessee Titans (7-3)

O time conseguiu uma virada no ano passado quando tirou Mariota do comando e chegou aos playoffs. Nesse ano, o time deve chegar novamente e os Titans são aquele time de Copa do Brasil, extremamente copeiro. Você não verá deles o futebol mais vistoso da liga, mas são competentes e raçudos tanto no ataque, como na defesa e sempre venderão caro uma derrota.

O que fazem de bom?

Essa fica bem fácil. Henry é um avatar de outro mundo, apesar da liga estar indo no caminho de mais passes, é com força no jogo terrestre que eles se destacam. Com o jogo corrido estabelecido, você consegue controlar o relógio, fundamental contra equipes fortes, cansa a defesa adversária e ainda abre espaço para o play action. Sempre haverá aquela discussão se é necessário correr em quantidade ou qualidade para o play action realmente entrar, particularmente sou adepto da primeira corrente.

Com a ameaça gigante do jogo corrido, o play action dá certa tranquilidade para Ryan Tannehill achar seus alvos. Brow tem se mostrado uma excelente escolha e Davis, finalmente tem aparecido no jogo aéreo também.

O que pode atrapalhar?

Sob pressão Tannehill pode ter bastantes problemas, principalmente com a ausência de Lewan na sua OL. Como eu disse antes, ele não vai ser o QB que você vai ver com 400 jardas e 5 TDs por jogo, mas ele vai rodar de forma competente seu esquema, mas precisa de condições para isso. Nos momentos em que o jogo corrido teve dificuldades, o QB ficou em apuros e normalmente foi onde eles deixaram os adversários conquistarem as vitórias.

Até lá!

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