Hoje, vamos falar de quatro quarterbacks que estão em seus últimos anos de elegibilidade, ou seja, necessariamente estarão disponíveis para o 2018 NFL Draft.
Mason Rudolph – Oklahoma State – 6’5” – 235lbs
Semifinalista dos prêmios Davey O’Brien e Johnny Unitas. Rudolph chegou a ser cotado como uma possível escolha de primeira rodada em algum momento do início do processo do 2017 NFL Draft. Foi MVP ofensivo de OSU em 2015 e 2016, além de fazer parte do Second Team All-Academic Big 12 em 2015.
Talvez um dos seus atributos mais interessantes seja realmente o porte físico. Rudolph chega pronto para a NFL sem necessidade de ganho de massa muscular, como acontece algumas vezes (Jared Goff em 2016). Possui habilidade atlética suficiente para escapar do pocket mas não será um QB dual-threat na NFL. Tem a capacidade de fazer full field reads sem grandes problemas, sabendo qual lado do campo atacar dependendo da marcação defensiva. Tem controle do ataque dentro de campo, liberado para fazer qualquer ajuste que achar necessário. Se movimenta bem dentro do pocket, se movimentando para criar espaços para lançar e lançando com boa precisão nos passes curtos e intermediários. Com o pocket limpo, é capaz de acertar todos os passes em janelas apertadas e é dono de uma mecânica bastante compacta. Costuma deixar de ajustar a proteção para uma blitz clara da defesa, além de segurar a bola por muito tempo, parecendo não perceber que o pocket está fechando. Quando há muitos defensores próximos dele, a mira piora consideravelmente.
Luke Falk – Washington State – 6’4”- 216lbs
First Team All-Pac 12, semifinalista do Davey O’Brien award e finalist do Burlsworth Trophy, que premia o melhor atleta walk-on da NCAA. Em 2016, All-Pac 12 Conference Second Team, finalista dos prêmios Johnny Unitas, Manning, Burlsworth Trophy e semifinalista dos prêmios Maxwell, Davey O’Brien e Walker Camp Football Player of the Year.
Outro QB alto e que possui bom entendimento dos conceitos do táticos do esporte. Faz leituras rápidas pre snap e se posiciona bem dentro do pocket, sabendo de onde a pressão está vindo. Capaz de acertar todas as rotas exigidas na NFL com boa precisão e braço potente com mecânica compacta, rápida e alta. Não é um QB móvel que vai ganhar jardas com as próprias pernas. Sofre um pouco com decisões pós snap, precisando acelerar a sua leitura, cometendo erros quando o pocket está sujo, perdendo potência no passe quando não consegue fazer o movimento exato da base correta. O fato de jogar no sistema Air Raid preocupa os scouts da NFL pois nenhum QB que jogou no sistema teve sucesso na liga até hoje.
Baker Mayfield – Oklahoma – 6’1” – 218lbs
Big 12 Offensive Freashman of the Year em 2013 quando estava em Texas Tech. Vencedor do Burlswoth Trophy em 2015 (prêmio para o melhor walk-on da NCAA) além de ser Second Team All-American e Big 12 Offensive Player of the Year. Também finalista em 2015 dos prêmios Davey O’Brien, Eral Campbell Tyler Rose, Manning e Walter Campo Player of the Year, além de semifinalista do Maxwell Award. Em 2016, foi o terceiro colocado na votação para o Heisman Trophy e finalista para os prêmios Davey O’Brien e Maxwell. Venceu novamente o Burlsworth Trophy e foi First Team All-Big 12.
Sempre uma ameaça quando está correndo, é um atleta jogando a posição de QB. Consegue fazer leituras rápidas e half field reads e RPOs. Boa precisão com um braço que consegue lançar todas as rotas. Sua capacidade de estender jogadas é seu grande ponto forte, jogando melhor quando há necessidade de improviso. Se complica par executar conceitos mais complexos, especialmente quando pede que leia o campo inteiro. Tende a querer sair correndo antes do necessário, seja com pressão no pocket ou a 1ª e 2ª progressão não estarem livres. Seu tamanho preocupa no quesito de durabilidade na NFL, se poderá aguentar as pancadas. Uma comparação que já vazou de scouts foi com Johnny Manziel, não só no estilo de jogo, mas como integrante no vestiário também: Os colegas o amam, mas a comissão técnica tem constantes dores de cabeça com ele.
Quinton Flowers – South Florida – 6’0” – 217lbs
MVP de USF para 2015 & 2016. First Team All-Conference em 2016 além de American Conference Player of the Year, CFPA Performer of the Year, Birmingham Bowl MVP e semifinalista do Walter Camp Player of the Year.
Um exemplo tradicional de um spread option quarterback, terá mais oportunidades como profissional se optar por se converter para outra posição. Se a primeira leitura não estiver livre, ele vai buscar o first down com as próprias pernas. Possui um bom braço conseguindo lançar bolas em profundidade. Precisa jogar em um sistema extremamente simples (Spread Option de USF) para que possa ter sucesso. Sempre capaz de estender jogadas, se sente mais confortável fora do pocket. A mecânica não é das melhores, demorando mais que o normal no movimento. A baixa estatura faz com que perca pontos na avaliação geral. A mira em passes intermediários deixa a desejar. Se for tentar jogar como QB na NFL, será como reserva de um time que tenha um sistema em que o QB é muito utilizado no jogo terrestre, ainda sendo melhor para ele que tente mudar de posição.