Por que Terry McLaurin é um dos melhores recebedores de sua safra?

by Alexandre Castro

Terry McLaurin, 6’0 (1.83 m) e 210 lb (95 kg), jogou em Ohio State e foi draftado por Washington, talvez por isso a falta de mídia, na terceira rodada do Draft 2019 da NFL. Ele foi nomeado para o 2019 PFWA All-Rookie Team, depois de registrar em 14 jogos, 58 recepções para 919 jardas e 7 touchdowns. Ainda com esses números, ele normalmente é esquecido quando a discussão é sobre os bons wide receivers da classe de 2019.

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Números Bons: Carrossel de QBs x Shutdown Corners

Desculpe-me o torcedor de Washington, mas o time está entre os piores da NFL. Não bastasse essa ausência de talento em alguns setores, acredito que Scott Turner não tem conseguido explorar o total potencial de Terry. Um cara desse calibre, merece que o ataque seja montado ao seu redor, principalmente num time como esse, no momento.

Isto posto, além desse ponto, McLaurin teve que lidar com uma mudança constante de QBs. Case Keenum, Colt McCoy, Alex Smith, Kyle Allen, Dwayne Haskins, foram os nomes que assumiram a posição durante a carreira do WR (ano que vem deveremos ter mais um vindo do draft). Isso é um grande fator, WRs e QBs precisam ter uma boa sinergia, que com essa mudança constante, o desempenho de qualquer um seria abalado.

Haskins, com quem ele passou mais tempo, já tinha uma conexão desde a época do college, em Ohio State. Embora tenhamos esse ponto a favor, Haskins era um QB ainda muito verde e que foi teoricamente lançado ao fogo. O resultado disso, é que na temporada atual, Allen e Smith já o passaram no depth chart.

Com todo esse cenário desfavorável, nos primeiros quatro jogos de 2020 ele teve: 39 alvos 26 recepções 387 jardas recebidas 1 touchdown, isso jogando contra: Darius Slay (que inclusive disse que ele foi o segundo WR mais difícil que ele marcou, o primeiro segundo ele, foi Keenan Allen), Patrick Peterson, Denzel Ward, Marlon Humphey e Marcus Peters. Ou seja, mesmo sem contar com os melhores QBs a sua disposição, diferente de Metcalf, Hardman e Brown, e jogando contra CBs de alto nível, ele ainda tem colocado esses bons números.

Route Running

Uma das características que mais me chamou atenção no jogo de McLaurin vindo para NFL, era sua capacidade para correr  rotas. Isso, ele conseguiu traduzir facilmente  para NFL. Só para ilustrar, McLaurin e DK Metcalf, foram os únicos dois novatos com mais de 100 jardas de recepção em quatro ou mais conceitos de rota diferentes.

Ele é rápido, ágil e muito inteligente. Nessa jogada, ele faz o que quer contra Prince Amukamara. Ele começa a rota ameaçando o meio do campo, ataca o cotovelo e as costas do CB e, ao mesmo tempo, dá um passo forte, com sua perna esquerda. Com isso, o CB é pego no ponto cego, tem só a perna esquerda como parâmetro, pensa que será uma rota para a lateral e deixa o WR livre no meio. Só não foi recepção, porque Keenum não viu ele livre.

Utilização

Um WR que corre na casa dos 4.3, pode ficar marcado como apenas um corredor de rotas profundas. McLaurin é muito mais do que isso. Primeiramente, ele é uma bola de segurança para seus QBs. Ele conquistou uma primeira descida em 74% de suas recepções.

Outro ponto é que apesar de não ser absurdamente físico, Terry McLaurin foi o número 1 na NFL em porcentagem de recepções contestadas no ano de 2019, com 68,4%.

Agora sim, sua velocidade é aparente. Não apenas para rotas longas, mas para transformar recepções curtas em grandes avanços. Para ter uma noção, o wide receiver do New Orleans Saints, Michael Thomas, o jogador ofensivo da NFL em 2019, ficou empatado em jardas após a recepção por recepção com McLaurin com 3,8.

Ou seja, ele é uma ameaça em profundidade, excelente corredor de rotas pelo meio e ainda pode lutar por bolas na redzone. O que você pediria mais para um WR?

Nos vemos semana que vem!

 

 

 

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