O running back Josh Jacobs, de Alabama é o principal corredor de muitas boards de diversos analistas. O ex – Crimson Tide combina qualidade e inteligência e está cotado para sair no final do primeiro dia ou no começo do segundo. O jogador possui o biotipo dos power backs: forte, físico, agressivo, com um forte motor, sempre lutando por cada milímetro e sendo produtivo correndo entre os tackles, avançando com sangue nos olhos contra os defensores que precisam de trabalho para derruba-lo graças a seu porte físico e sua força. É inteligente e possui grande paciência, sabendo esperar e identificando com competência a abertura do gap para liberar sua explosão.
Os principais pontos negativos do jogador são sua baixa produção no nível universitário e as incertezas com suas capacidades no jogo aéreo. O primeiro ponto pode ser relevado pelo fato de dividir os snaps com Damien Harris e Najee Harris, mas o seguinte não: seus problemas com o jogo aéreo colocam em xeque a possibilidade de ser um three-down back e de imprimir dominância total no backfield. Precisa evoluir seu leque de rotas e aguçar sua localização quanto ao campo e quanto a bola. Quanto a proteção ao quarterback e em bloqueios demonstra vontade de realizar tais funções, mas carece de desenvolvimento de suas técnicas. Alguns times podem olhar com bons olhos suas virtudes e puxar o gatilho, confiando no desenvolvimento e lapidação de suas imperfeições.
O Oakland Raiders desponta como um dos nomes mais quentes para o jogador. A franquia não possui nenhum corredor de impacto em seu elenco e precisa evitar que seu ataque se torne unidimensional, desafogando Derek Carr. Ademais, Jon Gruden e seu gosto por um jogo mais físico pode aproximar o jogador do time.
Outro time com jogo terrestre anêmico e que precisa de um bom running back é o Tampa Bay Buccaneers: Peyton Barber não é um jogador que vai carregar o piano ou que dominará a posição e Ronald Jones II não mostrou absolutamente nada em sua primeira temporada.
Um possível destino é a AFC East: tanto o Miami Dolphins quanto o Buffalo Bills possuem um jogo terrestre com mais dúvidas do que certezas. Na Flórida, Kenyan Drake é no papel o principal corredor mas em 2018 veio a perder snaps para o (eterno) Frank Gore. não assumindo o papel principal como o esperado após a saída de Jay Ajayi.
Por falar em Frank Gore, o jogador deixou o agradável clima da Flórida para se juntar a LeSean McCoy no frio de Buffalo formando um backfield de 65 anos somados, agravados ainda pela projeção de declínio de Shady McCoy vista na temporada passada. Essa dupla junta em 2012 seria assustadora, mas em 2019 tende pra ser disfuncional e inefetiva.
Não descarto Minnesota Vikings e Houston Texans ficando de olho numa queda de Josh Jacobs deixando o dedo no gatilho. Em Minneapolis, Dalvin Cook sofreu uma grave lesão em 2017 e perdeu cinco jogos este ano machucado deixando dúvidas sobre sua capacidade de carregar sozinho o backfield; além disso houve perda de Latavius Murray para os Saints que fazia o trabalho sujo da posição.
Já no Texas, Lamar Miller não imprime uma dominância constante, sempre tendo grandes oscilações, Alfred Blue não é um grande complemento para o backfield e D’onta Foreman tem dificuldades claras de se manter ativo por conta de seu corpo.
Por fim, vejo tanto Atlanta Falcons quanto Kansas City Chiefs correndo por fora pela oportunidade de dratar Jacobs. Atlanta se deu bem com uma dupla de corredores produtivas e Ito Smith pode não ser o complemento desejado pela comissão técnica após a saída de Tevin Coleman e Devonta Freeman teve apenas uma temporada em sua carreira jogando todos os jogos. Nos Chiefs, fica a dúvida se a adição de Carlos Hyde é o necessário para a manutenção do poderoso jogo terrestre visto no Missouri nas ultimas dias temporadas.
O jogador pode ter impactos importantes nas unidades ofensivas que o utilizem com inteligência. Em sistemas que explorem suas qualidades de jogo entre os tackles o jogador pode decolar rapidamente. Todavia, é necessário que a comissão do time que receba o atleta o lapide de forma correta, aparando suas arestas de forma precisa principalmente quanto ao trabalho no jogo aéreo polindo suas rotas e melhorando sua técnica de bloqueios. Pode também fazer um ótimo dueto com um companheiro que complemente sua forma de jogo, formando uma dupla que domine todas as competências do backfield.