Pela primeira vez em muitos anos, teremos um representante da Big 12 na final nacional. Desde 2014, com a criação do Comitê e das semifinais do College, apenas Oregon e LSU furaram o domínio de Alabama, Clemson, Georgia e Ohio State. TCU é a terceira equipe a quebrar esse bloqueio após derrubar Michigan. A última vez que uma equipe da Big 12 chegou a final do College foi na longínqua 2009, com os Longhorns perdendo para Alabama por 37 a 21. O último time da Big 12 a ser campeão? Os mesmos Longhorns, em 2005, contra USC. Essa foi a última final sem um membro da Big Ten ou da SEC. A SEC esteve em 15 das 16 finais, enquanto a Big Ten esteve em 4 das 16, todas às vezes com Ohio State. Ser campeão nacional é uma tarefa muito difícil e as semifinais provaram isso, com os dois jogos sendo decididos por uma posse de bola. Isso só demonstra que o nível das melhores equipes é muito parelho e que uma expansão para 12 times faz total sentido. Dito isso, vamos aos fatos.
O jogo terá transmissão na ESPN2 e no Star+ a partir das 21:15 dessa segunda-feira.
Porque TCU pode vencer
Os Horned Frogs mostraram que seu ataque é mais poderoso que qualquer defesa nas semifinais. Foram 38 pontos do ataque contra uma das defesas mais fortes de toda FBS, principalmente contra o jogo corrido, e TCU correu 263 jardas na partida. Nenhuma equipe tinha feito mais que 27 pontos nos Wolverines, os Horned Frogs colocaram 11 pontos a mais. Contra Georgia, o teto era de 30 pontos, até Ohio State fazer uma grande partida e colocar 41 pontos no placar. Olhando pelo lado defensivo, os ataques de Georgia e o de Michigan são muito similares, se os Horned Frogs conseguirem explorar os erros da mesma maneira, também é um bom passo para a vitória. O grande ponto de melhoria são as big plays sofridas, foram pelo menos 5 durante a semifinal. A chance de TCU é conseguir explorar os buracos que os Buckeyes mostraram e aproveitar rapidamente, que colocaram duas posses de vantagem no começo da partida, mas não conseguiram sustentar em finais ruins de tempo. TCU conseguiu sustentar sua vantagem durante o jogo contra Michigan, sofrendo um pouco no final de partida. Se conseguir um começo forte, tem tudo para se tornar campeã nacional. Seria algo inédito e muito simbólico que um discípulo fiel de Mike Leach seja campeão nacional no ano de seu falecimento.
Porque Georgia pode vencer
Georgia é a clara favorita para este duelo. Atual campeã, invicta e sem muitos sustos até a semifinal. Tudo aponta para um claro favoritismo para o lado dos Bulldogs. O ataque é equilibrado e executa muito bem, Steston Bennett tem total controle da equipe. Nas partidas grandes, onde sabe-se que pode ser necessário uma performance melhor do ataque, Todd Monken conseguiu ajudar a equipe. Foram 38 pontos, sendo os 7 primeiros drives resultando em pontos contra Oregon, 50 pontos contra LSU e 42 pontos na semifinal contra Ohio State. O único ponto fora da curva são os 27 pontos contra Tennessee. Ou seja, das quatro vezes em que a equipe teve um desafio real pela frente, foi bem em três. A defesa de Georgia jogou em nível altíssimo durante toda a temporada, mas os 30 pontos contra LSU e os 41 pontos contra Ohio State mostram um sinal amarelo para os Bulldogs no lado defensivo da bola. A ausência de Nolan Smith, o cérebro defensivo da equipe é um fator. Além disso, 7 defensores de Georgia foram selecionados no último Draft. É uma defesa completamente diferente da que enfrentou Alabama ano passado. Para ser bicampeões o nível de dominância terá que ser muito próximo ou igual ao que ocorreu em 2022.
Dos técnicos ativos na FBS, só Nick Saban e Dabo Swinney tem dois ou mais títulos nacionais. E só Nick Saban ganhou dois títulos consecutivos (2011, 2012). Será que Kirby Smart se juntará ao seu mentor? Ou Sonny Dykes será quem fará homenagem a seu mentor?
Georgia é favorita por 12,5 pontos.
Uma dica musical e palpite para o jogo: Georgia on my mind – Ray Charles