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Como foi a estreia de Joe Burrow?

by Alexandre Castro

A NFL voltou nesse último final de semana para o delírio dos fãs. Dentro de toda a expectativa, temos a espera do cara que “saiu do nada” e se tornou a escolha número 1 geral do último draft, Joe Burrow. Infelizmente ele saiu derrotado por um field goal, mas no texto de hoje vamos olhar isso de uma forma mais geral do que apenas os números.

O Contexto

Nos dois últimos drafts, o time tentou montar algo ao redor do seu QB. Ano passado a primeira escolha do time foi Jonah Williams, além dele, Michael Jordan e Hakeem Adeniji foram trazidos para tentar proteger o QB, sem contar com Billy Price, primeira escolha de 2018, que nem está mais no time titular. Como armas no ataque, o time trouxe Tee Higgins e manteve o All-Pro A.J. Green, além de ter Tyler Boyd para dar um bom arsenal para seu signal caller.

Entretanto, algo que Burrow não teve foi tranquilidade no pocket. Ele foi atormentado snap pós snap pela linha defensiva dos Chargers. Claro que eram bons adversários, mas Bosa, Ingram e Tillery tiveram facilidade para dar pouco tempo para o QB pensar, ou ao menos, deixarem ele numa situação descontável.

Ademais, o time renovou com Joe Mixon por uma boa grana (~12M anuais), jogador que casa bem com o esquema Zac Taylor. O técnico da “árvore” de Sean McVay, que fez um baita trabalho com Goff nos Rams, se baseia em corridas de wide zone, para vender o play action e um conjunto de passes curtos.

Os números

Como assim cara? Você começa o texto falando que os números não importam e aqui vem apresentar eles? Calma pequeno gafanhoto, apesar dos números não serem tudo, servem como uma base do que Burrow apresentou.

O calouro terminou o primeiro tempo com 9 de 14 para 5 jardas e sofrendo 3 sacks e o jogo 7-0 para os Bengals. Além disso, conseguiu em 3 corridas 27 jardas e 1 touchdown. Terminou a partida com 23 de 36 para 193 jardas, 1 interceptação e 8 corridas para 46 jardas junto com o TD que citamos acima. Tudo isso deu a ele um rating de 66.1, sendo assim, não foi das melhores estreias.

Onde Burrow acertou?

Em alguns momentos ele trabalhou muito bem, sendo bem seguro e conservador. Procurou bastante o alvo sólido, Green (9 alvos), que inclusive foi seu primeiro passe num esquema de RPO.

Outra coisa que ele fez bem, foi tentar conseguir jardas com as pernas. Essa é uma boa característica do QB, e bem diferente do seu predecessor, Andy Dalton, o time pode pensar em jogadas para se aproveitar disso. Inclusive, o TD dos Bengals foi dessa forma e em alguns momentos o time chamou novamente essa jogada.

O lance em questão, é o QB draw, uma jogada em que o ataque finge que vai passar a bola, mas, na verdade é uma corrida e aqui no caso, o QB que irá correr com a  bola. Isso casou perfeitamente com o fato da pressão dos Chargers estar vindo bastante pelas pontas, os gaps A ficaram abertos e Burrow fez a leitura de forma correta. Minha única ressalva foi a falta de paciência/timing dele com o center, tanto no lance do TD como em outros durante o jogo, ele quase “atropelou” seu OL, a sintonia não estava das melhores.

O que faltou para Burrow?

Uma das minhas características preferidas de Burrow vindo do college era sua presença de pocket. E como isso fez falta no jogo de hoje! Se movimentou mal, não conseguiu lançar em movimento, tudo que fez ele se destacar tanto e sair do desconhecido para #1 ficou deixado de lado nesse jogo.

Ele arriscou pouquíssimos passes longos. Você pode atribuir isso como conservadorismo, mas em certo ponto, foi até exagerado. Teve um drop do John Ross que não fica na conta do QB, contudo, nas poucas vezes que faltou acurácia para ele.

Além da falta de acurácia, as tomadas de decisão dele, não foram das melhores. Ele parecia ainda estar com sua cabeça em LSU, onde podia segurar a bola um pouco mais e conseguir aquela jogada fantástica. Na NFL a conversa é outra, o nível é bem mais acima e Burrow sentiu bastante isso. Além dessa interceptação bisonha, ele lançou um passe para trás que quase foi fumble.

Adicionando a esses fatores, faltou comando e calma. Com 6:22 faltando para o fim do jogo, o time dos Bengals já não tinham mais timeouts.

Veredito

O chefinho lançou a braba já, o jogo não foi bom. Talvez se a investida final de Burrow tivesse resultado numa virada, a história fosse outra e ficaria mais “fácil” esquecer alguns erros que levantamos aqui. Apesar de o novato não ter o melhor talento do mundo ao seu redor, ele pareceu sentir BASTANTE a mudança de nível de college para NFL. Vamos aguardar os próximos capítulos de sua evolução.

Quando eu digo que acabou, acabou! 

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DestaqueDraft

Cinco candidatos a calouro defensivo do ano na NFL

by Claudinei Junior

A temporada regular da NFL 2020 está próxima e muitos torcedores estão esperançosos para ver em ação os calouros que suas equipes escolheram no Draft. Muitos propectos defensivos foram destaques ao longo da última temporada do College e alguns estão prontos para fazer a diferença logo na semana 1.

Por conta disso, separamos os jogadores que tem mais chance de ser o calouro defensivo do ano nesta temporada. Consideramos o talento do jogador somado ao papel que ele terá na equipe e o desempenho coletivo.

Curiosidades;

– Nenhum safety ganhou o prêmio de DROY desde Mark Carrier em 1990.

– Apenas 3 jogador não draftados na primeira rodada venceram o prêmio em 31 temporadas: Darius Leonard (2018), DeMeco Ryans (2006) e Kendrell Bell (2001). 

– 3 dos últimos quatro jogadores que venceram o prêmio foram de Ohio State: Joey Bosa, Marshon Lattimore e Nick Bosa.

– Desde 2002, 6 EDGEs venceram o prêmio com uma temporada entre 9 e 12 sacks. 

  • Chase Young, EDGE – Washington Football Team

Duas palavras exemplificam Chase Young: jogador generacional. Talento incrível, tecnicamente completo e todas as ferramentas físicas para dominar na NFL. A verdade é que será uma GRANDE surpresa se o ex Ohio State não vencer o prêmio nessa temporada se não perder jogos por lesão.

Young está num patamar acima dos demais da sua classe e é franco favorito para ser não só o melhor calouro defensivo da temporada, mas também para ser um dos melhor jogadores da sua posição.

Mesmo com todos os problemas que a franquia de Washington tem passado (e não são poucos), a equipe tem em suas mãos um diamante e alguém que possa construir setor defensivo ao redor,

Minha a expectativa é que Chase consiga pelo menos dois digítos de sacks em sua temporada de calouro. E convenhamos, para quem viu sua carreira universitária essa marca não é nada de mais.

  • Isaiah Simmons, S/LB – Arizona Cardinals

Quando questionado sobre qual era sua posição Isaiah Simmons deu a melhor resposta que poderia: DEFENSE. Podendo atuar tanto de linebacker, quanto safety ou de EDGE, Simmons é o sonho das mentes defensivas da NFL: um cara híbrido que pode fazer qualquer função em campo e confundir o ataque adversário.

O ex Clemson é um exemplo do que chamamos de linebacker moderno. Tem um atleticismo de elite, versatilidade e inteligência tatíca e técnico para produzir atacando o backfield ou dropando para marcar o passe.

Arizona não titubeou quando o viu disponível e escolheu. Penso que sua ida para o Cardinals não foi o melhor local por causa do coordenador defensivo Vance Joseph, que é muito conservador e deve limitar o calouro a atuar apenas em uma região do campo.

Simmons deve segmentar uma nova era da sua posição. Por conta da sua característica o calouro  deve ter altos números de tackles, sacks, fumbles e interceptações, dando a ele grandes chances de ser escolhido DROY.

  • Jeffrey Okudah, CB – Detroit Lions

A troca de Darius Slay antes do Draft já dava indícios sobre o que Detroit iria fazer. Com a terceira escolha geral, o Lions foi com o melhor CB da última temporada do College. Jeff Okudah foi um dos principais destaques de Ohio State que tinha uma das melhores defesas do país.

Físico, extremamente agíl e inteligente, Okudah foi um terror para os recebedores. Mesmo com apenas 3 interceptações ao longo da sua carreira universitária, o jogador teve 18 passes desviados e mostrou que tem ball skills e capacidade para atacar a bola.

Pronto para jogar desde o primeiro snap da temporada, Okudah deve começar como CB 2 e também no slot. Isso deve fazer com que mais bolas sejam lançadas na sua direção gerando mais passes desviados e interceptações.

  • Antoine Winfield Jr., S – Tampa Bay Buccaneers

Sim, eu sei, safety difícilmente vence algum prêmio individual, porém Antoine Winfield Jr. não é qualquer um. O calouro é um playmaker e sempre está perto da bola. Não se engane com seus 5’9 (1,75 m), pois o ex Minnesota Golden Gophers compensa a falta de tamanho com agressividade e muita inteligência.

Unanimous All American e Defensive Back of The Year em 2019, Winfield Jr. surpreendeu a todos ao retornar em alto nível após duas temporadas interrompidas por lesão. Ele finalizou a temporada com 83 tackles, 3 sacks e 7 interceptações. As estatísticas chamaram a atenção, mas o que impressionou mesmo foi habilidade do jogador em ser clutch, aparecer no momento mais crítico do jogo e dar a vítoria para a sua equipe.

Por conta disso, Winfield Jr. deve chamar a atenção com seu ball skills e habilidade de mudar o sentido de uma partida. Com uma defesa sólida como a do Bucs, o calouro tem tudo para roubar a cena.

  • K’Lavon Chaisson, EDGE – Jacksonville Jaguars

O Jaguars está em modo rebuild total, muitas peças da equipe foram trocadas ou cortadas nessa offseason. Se há uma esperança para os torcedores em Jacksonville ele se chama K’lavon Chaisson. O ex LSU despontou na última temporada e foi destaque no campeão nacional com 6,5 sacks e 13,5 tackles for loss.

Rapído e com um ótimo bend, Chaisson consegue usar de seu atleticismo para contornar os OLs adversários e estar sempre pressionando o QB. Fato que chama atenção é que o jogador conseguiu suas melhores atuações nos jogos mais compliados da temporada, inclusive na final contra Clemson.

Sem muitas opções no roster, o Jaguars deve colocá-lo para ser titular. Um alto número de sacks vai jogar o hype do atleta lá em cima e botar nas discussões para DROY. Mesmo com vários buracos em Jacksonville, o setor de pass rusher parece bem preenchido com Chaisson e Josh Allen.

Outros: CJ Henderson, Javon Kinlaw, Patrick Queen.

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Draft

Se o histórico do Draft nos diz algo é para não garantir Trevor Lawrence como #1 overall

by Felipe Vieira

Ano após ano temos a mesma história se repetindo. “Ano que vem a classe é melhor do que essa” ou “se eu fosse o time X, eu esperaria até o ano que vem que teremos uma classe diferenciada para escolher quarterbacks”. Para 2021, essa história fica ainda mais forte pois temos Trevor Lawrence, o prospecto mais comentado desde Andrew Luck. Lawrence virou titular ainda sendo um true freshman e levou Clemson ao título nacional em 2018 e chegou novamente na final em 2019, perdendo o bicampeonato para LSU de Joe Burrow. Hoje, é quase unanimidade que o Mr. Sunshine seja a primeira escolha geral, mas a história nos diz para frearmos a empolgação e esperarmos a temporada terminar para afirmarmos isso, afinal, Tua Tagovailoa era a garantia de ser o primeiro quarterback de 2020 (Joe Burrow apareceu), Justin Herbert em 2019 (retornou para o Senior year), Sam Darnold em 2018, Deshaun Watson em 2017, Christian Hackenberg em 2016 (!) e a lista continua.

Nunca me esqueço quando no final do Draft de 2013 e diziam que a classe de quarterbacks de 2014 seria espetacular e que poderíamos ver nove quarterbacks saindo na primeira rodada, deixando a classe lendária de 1983 para trás. Entre os nove quarterbacks citados, estavam: Teddy Bridgewater, Aaron Murray, Johnny Manziel, A.J. McCarron, Tajh Boyd, Zach Mettenberger, Braxton Miller, Marcus Mariota, Derek Carr e Brett Hundley. Blake Bortles acabou sendo o primeiro quarterback escolhido e tivemos apenas três na primeira rodada. Se olharmos bem na década, apenas Andrew Luck era o QB1 da classe antes de começar a temporada e se concretizou sendo o primeiro a ser escolhido. Obviamente, Trevor Lawrence está muito mais perto de Luck do que muitos desses quarterbacks citados sequer estiveram em algum momento da carreira, mas a garantia não existe e o mais importante, ele terá competição para a classe de 2021.

Na classe de recrutas para o College, Trevor Lawrence foi um prospecto 5 estrelas com uma das mais altas notas para quarterback dos últimos anos, mas Justin Fields vinha logo atrás com nota bastante similar e o segundo melhor prospecto da nação. Ambos são do estado de Georgia e apesar de infelizmente nunca terem se enfrentado no ensino médio, as escolas se separavam por apenas 35 quilômetros. No Elite 11, evento onde reúnem os principais quarterbacks seniores do high school, Lawrence e Fields disputaram contra pela primeira vez e quem saiu vitorioso foi Justin Fields.

Um ano depois e podemos dizer que Trevor Lawrence saiu vitorioso na primeira temporada como jogador universitário sagrando-se campeão nacional enquanto Justin Fields ainda era reserva de Jake Fromm em Georgia. Com a decepção de não ter sido o titular em Georgia, Fields transferiu-se para Ohio State onde ganhou a vaga de titular e teve uma temporada com 51 touchdowns totais e apenas 3 interceptações, levando Ohio State para os playoffs e novamente encontrou-se com Trevor Lawrence na semi-final.

Naquela partida fantástica, Fields ficou próximo da vitória mas acabou sendo interceptado no último lance da partida em uma jogada que deveria ter sido touchdown caso o wide receiver Chris Olave tivesse feito a leitura correta e corrido a rota certa. Olave não cortou para o meio como deveria e a bola caiu no colo do defensor de Clemson selando a vitória dos Tigers e garantindo uma vaga na final contra LSU.

No início da temporada de 2019, era esperado que Lawrence fizesse um salto em comparação com a temporada passada e já se tornasse um jogador completamente dominante, mas o que vimos foi um passo para trás de Sunshine. Nos primeiros sete jogos da temporada, ele completou apenas 57 de 120 passes tentados que resultou para 929 jardas aéreas, nove touchdowns e sete interceptações em partidas tranquilas na ACC. Uma regressão que muitos torcedores se recusaram a acreditar. Talvez os longos e sedosos fios loiros tenham enfeitiçado algumas pessoas, mas o fato é que houve sim essa regressão, enquanto Fields conseguiu começar o seu talento para o mundo. Outra estatística interessante é que enquanto Lawrence teve em média 30,3 pontos a cada 100 dropbacks, Fields superou tendo 39,9 pontos por 100 dropbacks. E se de um lado temos o argumento do ataque de Ohio State ser mais agressivo, do outro teremos o calendário mais facilitado de Clemson.

Números para reforçar o argumento

Apesar de ainda parecer um adolescente, Fields já possui altura e peso suficiente para jogar na NFL em alto nível. Sua força no braço também já provou ser mais do que capaz para ser uma primeira escolha geral do Draft. Sete porcento de todos seus lançamentos foram entre 10 e 20 jardas e por fora dos números quando a bola esteve na hash oposta, ou seja, demonstra força suficiente para colocar em distâncias longas e o mais importante, com boa velocidade.

Em bolas longas, a história não é diferente. Entre os quarterbacks com pelo menos 100 tentativas, Fields terminou a temporada de 2019 ranqueado em 21º em porcentagem de passes longos completados e 19º em bolas recepcionáveis. Usando a métrica Passing Plus/Minus, Fields completou 10,1% mais passes do que se esperava baseado em profundidade de lançamento e localização, a quarta melhor marca na temporada passada. Para exemplo de comparação, Lawrence ficou em 19º (+5,4%).

Também não preciso ficar aqui levantando a bola de Sunshine e provando pra vocês o quão bom ele é e que também mostra todo potencial para ser a primeira escolha geral em 2021.  Dito tudo isso, seria extremamente irresponsável de minha parte falar pra vocês qual dos dois quarterbacks será o primeiro da classe de 2021. A única certeza que há nesse momento é que a jornada até o dia 29 de abril de 2021 será extremamente empolgante e ela começa agora no On The Clock.

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Draft

Scouting Report – LB Logan Wilson

by Felipe Vieira

Combine

Altura: 6’2″ (187.96cm)
Peso: 241lbs (108.45kg)
Tamanho da mão: 9″ 1/2′
Tamanho do braço: 32″ 3/8′
40 Yard Dash: 4.63s
Supino: 21
Pulo Vertical: 32″
Broad Jump: 121″
Three Cone Shuttle: 7.07s
Short Shuttle: 4.27s
RAS (Relative Athletic Score): 8.85

via Mockdraftable.com

Tape Room

Habilidade Atlética: Boa altura e bom peso com um corpo bastante físico. Ótima velocidade e tempo de reação para explodir com muita atitude e agressividade. Sua força de jogo se destaca conseguindo absorver bem os bloqueios da OL ou simplesmente atacando o ball carrier. Mostra boa agilidade lateral, mas a mudança de direção é apenas sólida.

Nota: 6.75/10

Processamento Mental: Em alguns momentos parece jogar fora de controle tentando uma jogada explosiva a qualquer custo e acaba deixando sua defesa exposta. Ótimo timing de blitz e mostra boa produção apressando o passador. Bom tempo de reação e antecipação, seja no jogo terrestre ou no jogo aéreo.

Nota: 6.5/10

vs Run at PoA: Ótima explosão em seu primeiro passo conseguindo se colocar em boa posição, porém, Wilson precisa aprender a ser paciente para não ter a sua agressividade tornar uma fraqueza do seu jogo. Shedding block precisa de desenvolvimento e melhor uso das mãos. Boa técnica de tackle, mas seleção de ângulos é apenas sólida.

Nota: 6.5/10

Zone Coverage: Possui bastante experiência dropando em cobertura em zona e mostra boa identificação de rotas dos adversários, conseguindo antecipar e fazer jogadas na bola graças a esse processamento adiantado. Quadris não são fluídos a ponto de considerar a cobertura do passe uma grande força do seu jogo.

Nota: 6.45/10

Man Coverage: Apesar de ter muita experiência em zona, em marcação homem a homem já é bem diferente. Antecipação das rotas em homem a homem é bem inferior e acaba reagindo atrasado. Mudança de direção é apenas sólido e sua transição norte/sul é uma fraqueza que pode ser explorada em rotas seam.

Nota: 5.85/10

Ball Skills: Finalizou a carreira universitária com 10 interceptações, número expressivo para a posição de linebacker. Inteligente, sabe ler bem os olhos do quarterback e se posicionar de forma correta se aproveitando das oportunidades. Não será um jogador que será confiável o suficiente para jogar em Tampa 2 por ter que preencher muito campo virando seu quadril, pois possui uma velocidade mais de linha reta. Possui 5 fumbles forçados na carreira.

Nota: 6.3/10

Outside Run: Boa velocidade e reação faz com que seja possível ser um bom jogador para ser utilizado em QB spy. Possui uma boa técnica de tackle embrulhando bem o ball carrier ou derrubando com força. Sua velocidade é suficiente para ir de uma hash para a outra. Não demonstra paciência para evitar cutbacks e acaba perdendo ângulo de tackle por conta disso.

Nota: 6.25/10

Sumário

Recruta 2 estrelas saindo do high school, Logan Wilson tem todas as qualidades para ser um clássico linebacker da década passada, mas sua agressividade exacerbada acaba atrapalhando muito seu jogo perdendo muito mais tackles do que deveria, pois sua técnica de tackles é bem desenvolvida. Sua cobertura de passe é sólida o suficiente para ficar em campo, porém seus quadris impedem de ser um bom jogador nesse quesito. Seu atleticismo de forma geral deve ser suficiente para contribuir bastante nos times especiais logo de cara.

Nota final: 6.41

Grade: Jogador de rotação/reserva

Para mais 200 reports como esse, compre o nosso Guia do Draft 2020.

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Draft

5 jogadores que podem crescer com o Combine

by Felipe Vieira

Uma boa performance no Combine pode ajudar a garantir uma posição bastante alta para quem já é conhecido e colocar de vez no radar para quem ainda está tentando um lugar melhor ao sol. Ano passado tivemos D.K. Metcalf fazendo uma performance fantástica e garantindo seu lugar de WR1 na nossa board, mas algumas pessoas preferiram olhar para o 3 cone drill que era o fator menos importante para o estilo de jogo de Metcalf e ele caiu até a escolha 64, sendo o nono wide receiver a ser escolhido no Draft. Por isso, é importante saber também o que precisa ser dado importância e o que pode ser relevado, porque em alguns casos um exercício em específico pode ser muito mais importante para um jogador do que para o outro. De qualquer forma, separei alguns jogadores que devem crescer e tem grandes chances de se destacarem.

TE Adam Trautman – Dayton

Uma das minhas paixões desse Draft, porém, meu amor por Adam Trautman parece aquele romance baseado na troca de cartas em que você não conhece muito bem a pessoa e não sabe muito bem como ela é pessoalmente. Extremamente dominante na FCS, era como se fosse um homem jogando contra crianças. Frequentemente bloqueando e arrastando por 10 jardas o defensor no jogo terrestre e destruindo almas quando está com a bola na mão, Trautman ainda precisa de um bom Combine para se estabelecer como uma escolha alta para amenizar as dúvidas sobre a fraca competição que enfrentou.

Não é esperado que ele tenha um tempo espetacular nas 40 jardas e sim algo próximo de 4.7s, o que já eliminaria algumas dúvidas, mas espero que ele tenha uma performance acima da média no vertical jump e broad jump. Sua impulsão e explosão saltam os olhos (perdão pelo trocadilho).

LB Akeem Davis-Gaither – App State

O linebacker mais leve do Combine (224 libras) promete se destacar em uma classe fraca da posição. Daivis-Gaither é um desses prospectos tweeners, ou seja, não tem muita posição definida por conta do peso ou alguma outra característica física. Muito acostumado a jogar marcando slot, é um dos poucos linebackers que defendem bem no jogo aéreo e seu atleticismo tem grande parte nisso. É esperado que ele corra por volta de 4.4 alto, o que seria um belíssimo tempo para ele, mas o que realmente estou curioso será o exercício dos 3 cones. Com excelente fluidez de quadril e mudança de direção, Gaither deve ter um dos melhores tempos nesse quesito. Com poucos linebackers projetados para sair no dia 2, Daivis-Gaither tem a chance de ganhar bastante dinheiro neste final de semana.

RB Sewo Olonilua – TCU

Pouco falado no processo inteiro, Olonilua é um dos freaks atléticos desta classe. Nos treinos da primavera, ele correu 4.47s pesando 238 libras, pulou 40 polegadas no vertical jump e fez supino com 470 libras(!).  Na pesagem para o Combine, seu peso diminuiu para 232 libras, então é possível que consiga diminuir o tempo para 4.4 baixo nas 40 jardas. Sequer convidado para o Senior Bowl e Shrine Game, Olonilua pode finalmente se colocar no radar e virar uma opção no começo do dia 3 depois de um Combine parecido com isso.

OT Tristian Wirfs – Iowa

A classe de offensive tackle é maravilhosa nesse ano e por incrível que pareça, não há uma unanimidade de OT1 na classe. É bem verdade que Wirfs não entra nessa conversa com frequência, mas há boatos que Dave Gettleman (GM dos Giants) está apaixonado pelo tape do offensive tackle de Iowa. Também é verdade que Wirfs é um dos OTs com mais chance de dominar o Combine tendo a possibilidade de correr algo próximo de 4.9s e pular algo em torno de 35 polegadas no vertical jump. Caso consiga bater de fato esse tempo, seria o primeiro offensive tackle na história do Combine a fazer isso com mais de 315 libras. Segundo o treinador de força de Iowa, Wirfs tem potencial olímpico em levantamento de peso e no vídeo abaixo podemos vê-lo levantando 450 libras (202 kg) com certa facilidade.

S Kyle Dugger – Lenoir Rhyne

Mais um prospecto vindo da FCS, Dugger promete não só ser um dos melhores desse ano como da história do Combine na sua posição. Segundo informações de Chase Goodbread, Dugger correu entre 4.41s e 4.45s nas 40 jardas nos treinos dessa primavera, pulou 38 polegadas no vertical jump e 10’6″ no broad jump. Se Dugger conseguir repetir essas marcas no Combine, apenas 5 prospectos desde 2006 terão melhores marcas e apenas Obi Melifonwu terá pesado mais que as 218 libras do safety de Lenoir-Rhyne.

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Draft

Mock Draft comunidade Twitter

by Felipe Vieira

Com a ajuda de vocês, resolvi fazer um mock draft pelo Twitter em que vocês decidiam todas as escolhas por meio de enquete. O resultado foi um mock Draft divertido e que mostra bastante como o público brasileiro tem reagido sobre alguns prospectos e os times. Divirtam-se!

cincinatti-bengals1 – Cincinatti Bengals – Joe Burrow – QB – LSU
Nenhuma surpresa aqui. Com mais de 95% dos votos, Burrow é praticamente unanimidade entre o twitter brasileiro também.

washington-redskins2 – Washington Redskins – Chase Young – EDGE – Ohio State
Ainda com alto índice de aprovação (88%), Chase Young foi a escolha dos Redskins também. Alguns levantaram a possibilidade de um trade down, porém, como não temos trocas nesse mock, não coloquei essa opção na votação.

detroit-lions3 – Detroit Lions – Jeffrey Okudah – CB – Ohio State
Também com larga vantagem, Jeffrey Okudah nos Lions parece ser a escolha mais óbvia de fato. Matt Patricia deve continuar tentando repetir a fórmula dos Patriots e Okudah tem potencial para ser tão bom quanto Stephon Gilmore.

new-york-giants4– New York Giants – Isaiah Simmons – LB – Clemson
Bastante equilibrado, Isaiah Simmons venceu Andrew Thomas por apenas 8% de votos de diferença. Os Giants possuem necessidades nas duas posições e não deve ficar triste com nenhum dos jogadores caso seja a escolha.

miami-dolphins5– Miami Dolphins – Tua Tagovailoa – QB – Alabama
As torcidas adversárias até tentaram, mas o #TankForTua é poderoso demais para perder nessa votação.

san-diego-chargers6 – Los Angeles Chargers – Justin Herbert – QB – Oregon

Com a oficialização que Philip Rivers não retornará para os Chargers em 2020, a escolha ficou fácil.

carolina-panthers7 – Carolina Panthers – Andrew Thomas – OT – Georgia
Mesmo tendo subido na segunda rodada e escolhido Greg Little no Draft passado, é totalmente compreensível focar em OT na primeira rodada para os Panthers.

detroit-lions8 – Arizona Cardinals – CeeDee Lamb – WR – Oklahoma
A minha primeira surpresa desse mock. Mesmo draftando 3 WRs no ano passado e sofrendo com a linha ofensiva durante a temporada inteira, CeeDee Lamb ainda foi o vencedor da enquete. Não posso mentir que ele seria excelente no sistema do Kliff Kingsbury. O equilíbrio na enquete mostra que há bastante dúvida nessa escolha também.

jacksonville jaguars9 – Jacksonville Jaguars – Jerry Jeudy – WR – Alabama
Escolhas seguidas de wide receivers. Mesmo tendo DJ Chark em breakout year em 2019, ainda há uma necessidade na posição. Não acredito ser a maior necessidade do time e nem vejo como BPA nesse momento, mas é bastante compreensível.

cleveland-browns10 – Cleveland Browns – Jedrick Wills – OT – Alabama
Casou a fome com a vontade de comer. Wills é um dos melhores prospectos disponíveis em um time com uma necessidade muito grande na posição. Ganhou com tranquilidade.

new-york-jets11 – New York Jets – Tristan Wirfs – OT – Iowa
Três offensive tackles nas últimas 5 escolhas. É bem provável vermos uma corrida pela posição no Draft também e acho que acontecerá até mais cedo do que aconteceu aqui. Pros Jets, também acaba sendo uma escolha relativamente fácil.

oakland-raiders12 – Oakland Raiders – Henry Ruggs – WR – Alabama
A velocidade de Ruggs conquistou o #DraftTwitter o suficiente para ser escolhido na escolha 12 geral mesmo com Derrick Brown caindo até aqui. Particularmente, é a escolha que mais desgostei até este ponto. Shenault e Brown estão na frente na minha board.

indianapolis-colts13 – Indianapolis Colts – Derrick Brown – iDL – Auburn 
A queda de Brown terminou e os Colts se aproveitam escolhendo um ótimo prospecto possuindo necessidade na posição. Quarterback fica pra depois.

tampa-bay-buccaneers14 – Tampa Bay Buccanneers – AJ Epenesa – EDGE – Iowa
Em uma enquete extremamente equilibrada, Epenesa venceu por pouca diferença de votos. A necessidade de edge rushers nos Bucs tem sido constante nos últimos anos e mesmo gastando muito dinheiro na free agency não foi o suficiente para resolver. Epenesa ajuda bastante nessa evolução.

denver-broncos15 – Denver Broncos – Mekhi Becton – OT – Louisville

Outra enquete muito equilibrada que Mekhi Becton virou no último minuto de votação. Há uma necessidade muito grande de OT, mas Javon Kinlaw seria a minha escolha por achar ele bem mais jogador que o Becton.

atlanta-falcons16 – Atlanta Falcons – Javon Kinlaw – iDL – South Carolina
Na temporada passada, muitos acreditavam fielmente que os Falcons escolheriam um inside defensive lineman na primeira rodada, mas eles acabaram investindo na linha ofensiva. O problema continuou na temporada e agora se tiverem a oportunidade de escolher Kinlaw, eles não podem perder essa oportunidade.

dallas cowboys17 – Dallas Cowboys – Grant Delpit – S – LSU
Delpit na #17 para os Cowboys é uma das escolhas mais recorrentes nos mocks e aqui não foi diferente. Apesar de aparecer baixo nas enquetes anteriores, Delpit venceu esta com tranquilidade. Apesar de achar bom o fit e o jogador, ainda acho um pouco de falta de criatividade.

miami-dolphins18 – Miam Dolphins – K’Lavon Chaisson – EDGE – LSU
Chaisson ainda é um edge rusher com altos e baixos no seu jogo mas possui grande potencial de desenvolvimento e é um dos jogadores mais jovens do Draft ainda com 20 anos. A sua curva de aprendizado tem sido ótima e é esperado crescer muito nos três primeiros anos de profissional.

oakland-raiders19 – Oakland Raiders – Kristian Fulton – CB – LSU
Depois de escolher o seu wide receiver na escolha 12, o #DraftTwitterBR preferiu ir atrás de um cornerback e deixar o quarterback de lado, talvez imaginando que isso seja resolvido na free agency. Fulton é um jogador que não deverá ter dificuldades em se adaptar na defesa de Gruden e o encaixe faz bastante sentido.

jacksonville jaguars20 – Jacksonville Jaguars – C.J. Henderson – CB – Florida
Henderson começou o processo bem alto mas depois deu uma caída ficando fora de muitos mocks da primeira rodada, agora parece reencontrar o hype da pré-temporada que tinha. O atleticismo dele ajuda bastante no seu jogo, mas ainda acho Jeff Gladney mais jogador de forma geral.

philadelphia eagles21 – Philadelphia Eagles – Laviska Shenault – WR – Colorado
Seria quase um sonho para os Eagles ter tanta opção boa de wide receiver na escolha 21. Com ótimo atleticismo, inteligência e excelentes mãos, Shenault possui o suficiente para elevar esta tão necessitada posição dos Eagles.

buffalo-bills22– Buffalo Bills – Jalen Reagor – WR – TCU

Tivemos um empate na enquete e acabei tendo o voto de minerva escolhendo Jalen Reagor. Ao meu ver, Reagor e Ruggs não estão distantes e Reagor até fica na frente, portanto o custo-benefício do Reagor nessa escolha é muito bom.

new-england-patriots23 – New England Patriots – Yetur Gross-Matos – EDGE – Alabama
Ainda há um equilíbrio muito grande sobre as posições necessitadas para os Patriots e conseguimos ver que não há um favorito com base nessa votação. Vai ser uma escolha bastante difícil de cravar no dia do Draft. Gross-Matos é bastante atlético mas ainda tem muitos pontos para evoluir como jogador.

green-bay-packers24 – New Orleans Saints – Tee Higgins – WR – Clemson
Taysom Hill foi uma arma importante para o time nos playoffs. Isso indica tudo que precisamos saber sobre o arsenal de Drew Brees (ou quem quer que seja o quarterback) para 2020.

cleveland-browns25– Minnesota Vikings – Trevon Diggs – CB – Alabama
Uma grande surpresa pra mim foi ver que Trevon Diggs ainda está em alta conta com o #DraftTwitter. Diggs é um jogador que eu teria minhas reservas em escolher na segunda rodada, que dirá na primeira. Jeff Gladney era uma melhor escolha na minha avaliação.

miami-dolphins26 – Miami Dolphins – Josh Jones – OT – Houston
Se a primeira rodada dos Dolphins terminar com Tua, Chaisson e Jones, a torcida ficará extasiada. Jones é um ótimo prospecto da posição e provavelmente o último que valeria uma escolha dentro da primeira rodada, possivelmente até deveria ter saído um pouco antes.

seattle-seahawks27 – Seattle Seahawks – Austin Jackson – OT – USC
Jackson foi mais uma surpresa pra mim, tanto é que quase não o coloquei na enquete, mas queria testar colocando um OT para os Seahawks que estão sempre em necessidade da posição. Obviamente que não será uma surpresa muito grande caso ele saia na primeira rodada do Draft, mas terá sido o reach do ano na posição de OT que todo ano nós temos.

baltimore-ravens28 – Baltimore Ravens – Kenneth Murray – LB – Oklahoma
O segundo linebacker da classe custou a sair e é interessante ver como o #DraftTwitterBR tem preferido o Murray em relação ao Queen. Achei que teríamos o sétimo wide receiver saindo nessa escolha, mas parece que falta de profundidade de linebacker preocupa a ponto de dar um reach para garantir um jogador com capacidade de ser titular logo.

tennessee-titans29 – Tennessee Titans – Curtis Weaver – EDGE – Boise State
Mesmo não tendo um quarterback com contrato para 2020, Curtis Weaver venceu a enquete com certa tranquilidade. Nada a reclamar aqui, estou feliz com meu filho saindo na primeira rodada.

green-bay-packers30 – Green Bay Packers – Justin Jefferson – WR – LSU
Sete wide receivers na primeira rodada! Isso mostra o valor que a classe possui este ano e olhando bem para cada escolha, não acredito que tenha havido um exagero em nenhuma das escolhas.

san-francisco-49ers31 – San Francisco 49ers– Xavier McKinney – S – Alabama
A secundária dos Niners é uma das unidades que vejo maior chance de crescimento e a escolha do McKinney ficou fácil com ele caindo no colo. Atualmente, é o meu safety 1 da classe.

buffalo-bills32 – Kansas City Chiefs – Jeff Gladney – CB – TCU
Um dos grandes steals da primeira rodada nesse mock. Gladney possui um excelente trabalho de pés e bom atleticismo. Os Chiefs agradecem que ele caiu até aqui e selecionam o melhor jogador disponível em uma posição com muita necessidade.

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