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Destaque
Um quarterback que bateu o recorde da SEC de mais jogos seguidos com pelo menos 4 TDs lançados pode não estar no Top 5 de prospectos de QBs para o Draft do ano que vem. Esse é o nível de competição que existe nessa posição nos dias de hoje e essa é a mágica do mundo do scouting. Tal jogador se trata de Kyle Trask, o senior da Universidade da Florida. Com uma temporada absurda até agora, se encontra na corrida pelo Heisman e em posição de levar os Gators para os Playoffs.
Em 5 jogos, Trask já tem 22 TDs em 182 tentativas de passe, o que dá aproximadamente 1 TD lançado a cada 8 passes! E em seu currículo agora tem uma vitória maiúscula contra Georgia (jogo no qual para variar ele lançou 4 TDs). O senior é imponente e apresenta o tamanho ideal para a posição – 6-5, 240 – entretanto, possui facetas de seu jogo que o trazem um pouco para baixo no escopo geral de preparação para o Draft.
Algo muito curioso de se pontuar, e que para os scouts mais old school e tradicionais acaba que faz diferença, é o fato do camisa 11 não ter sido titular no high school. Foi reserva de D’Eriq King e por uma série de acontecimentos, conseguiu mostrar seu talento para o coordenador ofensivo dos Gators na época e assim, conseguiu sua bolsa. Ainda assim, chegando em Gainesville, não foi titular de primeira e novamente foi banco para outro QB, Feleipe Franks. Contudo, o futuro sempre nos reserva caminhos imprevisíveis, e hoje Trask é um QB melhor que os supracitados e é um melhor prospect para o Draft de 2021 que ambos.
Habilidade Atlética
Tem um histórico de lesões no pé, o que o tirou das temporadas de 2016 e 2017. Possui habilidade atlética interessante para seu tamanho. Não é rápido mas é ágil e tem movimentação inteligente e é muito forte. As poucas corridas desenhadas para ele, as speed options, read options, usam seu tamanho como trunfo (1.96m, 108kg). Um ótimo exemplo é o lance abaixo contra South Carolina na semana 2 (Minuto 3:53)
Precisão
Por mais que tenha um braço não tão forte, Trask possui uma excelente antecipação e lança a bola onde somente o receiver consegue pegar (executa perfeitamente back shoulder throws). Lança sempre antes do receiver sair de seu break e em um ponto onde ele é induzido a ganhar separação de seu marcador. Sua precisão é impressionante e é o carro chefe de seu jogo, já que a parte final de sua mecânica e a falta de força no passe o atrapalham no gameday.
This is exactly why Kyle Pitts and Kyle Trask are worthy of a first round pick pic.twitter.com/KWy7OpdFDf
— Ty Ri (@SMiLEY_RiLEY_15) November 7, 2020
Força no Braço
Trask não possui a mesma força no braço que os outros prospectos para o Draft do ano que vem. Sua tape não tem lançamentos espetaculares que saltam aos olhos. A bola sempre sai em uma linda espiral, mas o lançamento é sempre comum, fraco. O TD longo para Kyle Pitts na semana 1 contra Ole Miss é um dos vários exemplos em que ele foi muito accurate – como sempre – mas o TE teve que esperar a bola chegar, parando em sua rota. O senior não lançou no ponto futuro e não teve força lançar a bola no espaço livre.
Presença no Pocket
É um general dentro de campo e apresenta tranquilidade imensa dentro do pocket. Sempre com os olhos downfield se movimenta e navega no meio da pressão do pass rush sem se afobar. Seu tamanho, obviamente, o ajuda muito em tal habilidade, no entanto, essa capacidade é mental, se trata de algo mentalizado e exercitado constantemente pelo QB.
Florida QB Kyle Trask (22 TD’s through 5 games)
— Athletic enough to maneuver the pass rush
— Delivers without proper throwing base
— Ball placement on tight windows and passes to contested receivers pic.twitter.com/hBp1ViMRto— Brad Kelly (@BradKelly17) November 10, 2020
Red Flags em seu Jogo
Seus lançamentos longos tem um touch incrível, precisão grande em crossing routes e corner routes, mas não tem zip algum na bola. A junção de um braço não tão forte e uma mecânica estranha na parte final do movimento (o braço vai muito de cima para baixo) faz com que seus passes demorem para sempre para chegar no alvo, inclusive em passes curtos. A analogia que consigo fazer ao assistir seu tape é a com alguém que quer ter 100% de certeza que irá acertar determinado alvo, então lança a bola com o maior cuidado possível SEMPRE. No entanto, na NFL essa falta de velocidade no passe não será vista com bons olhos. Essa INT lançada contra Texas A&M, mas que para sua sorte não valeu, demonstra bem o narrado acima. (Minuto 2:52)
https://www.youtube.com/watch?v=kbvoC_JqtyQ
Com uma mecânica que não o permite empenhar velocidade em seus lançamentos e um braço não tão forte, não consegue compensar leituras tardias e não consegue empurrar a bola em determinadas janelas. (Minuto 12:33)
O camisa 11 também força muito a bola em alvos pré determinados. Muito inconsistente no que tange a boa progressão de leituras nas jogadas e bolas forçadas para seus playmakers. Dois lances me saltaram aos olhos: contra Texas A&M, no 2º quarto, em um play action bootleg, tinha seu RB livre no flat e que se recebesse a bola trotaria para a endzone, no entanto, forçou um passe para o outro lado do campo tentando forçar a bola no seu playmaker, Kyle Pitts, mas não teve força para fazer tal lançamento, além de que o TE estava bem marcado (mas realmente, pouquíssimos QBs fariam tal lançamento com sucesso) (Minuto 1:53); e contra Georgia, no lance da pick six de Eric Stokes.
https://www.youtube.com/watch?v=kbvoC_JqtyQ&t=176s
This is all ugly from Florida. Receiver ruins this play and Kyle Trask tries to force it anyway. Great eyes and finish from Eric Stokes. pic.twitter.com/nljEL0RnsK
— Bobby Football (@RobPaulNFL) November 7, 2020
Terry McLaurin, 6’0 (1.83 m) e 210 lb (95 kg), jogou em Ohio State e foi draftado por Washington, talvez por isso a falta de mídia, na terceira rodada do Draft 2019 da NFL. Ele foi nomeado para o 2019 PFWA All-Rookie Team, depois de registrar em 14 jogos, 58 recepções para 919 jardas e 7 touchdowns. Ainda com esses números, ele normalmente é esquecido quando a discussão é sobre os bons wide receivers da classe de 2019.
O que esperar de D.K. Metcalf em seu segundo ano?
Números Bons: Carrossel de QBs x Shutdown Corners
Desculpe-me o torcedor de Washington, mas o time está entre os piores da NFL. Não bastasse essa ausência de talento em alguns setores, acredito que Scott Turner não tem conseguido explorar o total potencial de Terry. Um cara desse calibre, merece que o ataque seja montado ao seu redor, principalmente num time como esse, no momento.
Isto posto, além desse ponto, McLaurin teve que lidar com uma mudança constante de QBs. Case Keenum, Colt McCoy, Alex Smith, Kyle Allen, Dwayne Haskins, foram os nomes que assumiram a posição durante a carreira do WR (ano que vem deveremos ter mais um vindo do draft). Isso é um grande fator, WRs e QBs precisam ter uma boa sinergia, que com essa mudança constante, o desempenho de qualquer um seria abalado.
Haskins, com quem ele passou mais tempo, já tinha uma conexão desde a época do college, em Ohio State. Embora tenhamos esse ponto a favor, Haskins era um QB ainda muito verde e que foi teoricamente lançado ao fogo. O resultado disso, é que na temporada atual, Allen e Smith já o passaram no depth chart.
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) November 9, 2020
Com todo esse cenário desfavorável, nos primeiros quatro jogos de 2020 ele teve: 39 alvos 26 recepções 387 jardas recebidas 1 touchdown, isso jogando contra: Darius Slay (que inclusive disse que ele foi o segundo WR mais difícil que ele marcou, o primeiro segundo ele, foi Keenan Allen), Patrick Peterson, Denzel Ward, Marlon Humphey e Marcus Peters. Ou seja, mesmo sem contar com os melhores QBs a sua disposição, diferente de Metcalf, Hardman e Brown, e jogando contra CBs de alto nível, ele ainda tem colocado esses bons números.
Route Running
Uma das características que mais me chamou atenção no jogo de McLaurin vindo para NFL, era sua capacidade para correr rotas. Isso, ele conseguiu traduzir facilmente para NFL. Só para ilustrar, McLaurin e DK Metcalf, foram os únicos dois novatos com mais de 100 jardas de recepção em quatro ou mais conceitos de rota diferentes.
Olé pic.twitter.com/1sBZLcD0cB
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) November 9, 2020
Ele é rápido, ágil e muito inteligente. Nessa jogada, ele faz o que quer contra Prince Amukamara. Ele começa a rota ameaçando o meio do campo, ataca o cotovelo e as costas do CB e, ao mesmo tempo, dá um passo forte, com sua perna esquerda. Com isso, o CB é pego no ponto cego, tem só a perna esquerda como parâmetro, pensa que será uma rota para a lateral e deixa o WR livre no meio. Só não foi recepção, porque Keenum não viu ele livre.
Utilização
Um WR que corre na casa dos 4.3, pode ficar marcado como apenas um corredor de rotas profundas. McLaurin é muito mais do que isso. Primeiramente, ele é uma bola de segurança para seus QBs. Ele conquistou uma primeira descida em 74% de suas recepções.
Scary Terry pic.twitter.com/0SowN9fQSp
— Alexandre Castro (@alexcastrofilho) November 9, 2020
Outro ponto é que apesar de não ser absurdamente físico, Terry McLaurin foi o número 1 na NFL em porcentagem de recepções contestadas no ano de 2019, com 68,4%.
Terry McLaurin is a STAR 🌟 @TheTerry_25 @WashingtonNFL
📺 #NYGvsWAS on FOX pic.twitter.com/WHAGa5qOvM
— The Checkdown (@thecheckdown) November 8, 2020
Agora sim, sua velocidade é aparente. Não apenas para rotas longas, mas para transformar recepções curtas em grandes avanços. Para ter uma noção, o wide receiver do New Orleans Saints, Michael Thomas, o jogador ofensivo da NFL em 2019, ficou empatado em jardas após a recepção por recepção com McLaurin com 3,8.
Ou seja, ele é uma ameaça em profundidade, excelente corredor de rotas pelo meio e ainda pode lutar por bolas na redzone. O que você pediria mais para um WR?
Nos vemos semana que vem!
Ryan Tannehill é um dos casos mais emblemáticos do que uma mudança de ares pode fazer na carreira de alguém. Desde que foi trocado e virou titular no Tennessee Titans, ele tem conseguido grandes atuações e é uma das peças chaves para a boa fase da equipe.
Após quase conseguir chegar ao Super Bowl na última temporada, o Titans começou a temporada com 5 vitórias e nenhuma derrota. Um dos pilares do time é seu QB titular que tem comandado o ataque e aparecido nos momentos cruciais manter a invencibilidade até esta semana 6.
Mas qual o segredo para Tannehill ter ressuscitado sua carreira e estar atuando como um top 10 na posição desde que chegou? Veja a baixo os três pontos que podem explicar essa mudança:
Ryan Tannehill's best throws from his 4-TD game #HOUvsTEN
📺: More coverage on @nflnetwork pic.twitter.com/IWcvLWad2D
— Tennessee Titans (@Titans) October 19, 2020
Sistema
O sistema de ataque de Tennessee é baseado em avanços curtos, preservação da bola e equilíbrio entre o jogo terrestre e aéreo. Essa filosofia faz com que Tannehill não tenha a pressão de carregar o ataque sobre seus ombros.
As jogadas mais usados pelo ataque são: corridas do Derrick Henry com formações pesadas, play action e passes curtos e rápidos. Esses três funcionam como uma engrenagem na qual uma puxa a outra.
As corridas com o RB funcionam para o time ganhar ritmo, o uso de personnel mais carregado com TE é utilizado para maximizar e dar mais opções para esse jogo terrestre. Em função disso, o play action é essencial para enganar as defesas que são forçadas a colocar mais gente no box para parar Henry, e isso faz com que menos defensores cubram as zonas de passe e é ai que o play action encaixa.
Tannehill gives the cheeky little point at the Safety to "confirm" with WR Batson as he brings him in to sell that the Titans are running Duo here.
Look how that sell and the run action gets the LBs to bite and Batson does a great job of holding on. pic.twitter.com/L7xptT5Loy
— Nate Tice (@Nate_Tice) October 20, 2020
Seja com WRs no mano a mano contra CB ou com os TEs encontrando espaços no meio ou na lateral, Tannehill consegue sempre achar alguém livre e isso funciona principalmente na endzone.
Por fim, se aproveitando dos recebedores físicos que a equipe tem, os conceitos de passes curtos e rápidos são uma maneira inteligente de aproveitar as características dos jogadores e também do QB, já que ele faz a leituras rápidas das jogadas e tem uma boa precisão nesse tipo de passe.
Eficiência
Os números não mentem. Tannehill tem um recorde de 12-3 desde que virou titular na qual é mesmo de Patrick Mahomes no período, são 3966 jardas aéreas do QB do Titans e 3899 do Chiefs. Tannehil tem 35 TDs, 5 interceptações e rating de 116, contra 30 TDs, 6 interceptações e rating de 104 de Mahomes nos últimos 15 jogos.
Isso quer dizer que ele é melhor do que o atual MVP do Super Bowl? Logico que não, mostra na verdade o nível de jogo que ele tem apresentado. São 69,9% de passes completados na temporada e 9,6 jardas por tentativa de passe.
Esse alto nível de aproveitamento nos passes e baixo número de turnovers, prova que ele tem sido muito eficiente dentro do sistema ofensivo e não dá chance da defesa forçar erros e capitalizar em cima disso. Outro ponto importante é que nessa temporada Tanehill tem sido decisivo nos momentos finais de jogos apertados e garantindo as vitórias.
DE TANNEHILL PARA AJ BROWN! VAMOS PARA A PRORROGAÇÃO EM TENNESSEE! #Titans #NFLBrasil
📺: Assista a esse JOGÃO com exclusividade no NFL Game Pass, que está com o preço REDUZIDO! Aproveite 👉 https://t.co/uMRqwxJ5yr pic.twitter.com/2uuIDZOqOm
— NFL Brasil (@NFLBrasil) October 18, 2020
Elenco
O elenco atual do Titans é o melhor que Tannehill já esteve em seus 8 anos de liga. Seus companheiros de ataque se encaixam perfeitamente com seu estilo.
Para começar, na posição de RB, Derrick Henry faz uma dupla dinâmica com o camisa 17. Ambos têm uma química muito boa nos play actions e screens, a soma disso é um perigo duplo para a defesa que precisa escolher se vai priorizar o combate terrestre ou aéreo.
O grupo de TE não tem grandes nomes, mas tem profundidade. Jonnu Smith, Anthony Firksey e Geoff Swain têm as características necessárias para atuar no sistema ofensivo, conseguem bloquear bem e trabalham com eficiência as zonas curtas do campo para receberes passes. São armas muito importantes na endzone.
O grupo de WRs tem bons jogadores a disposição, o principal é AJ Brown que já mostrou ser o alvo favorito do QB. Além do segundo anista, Corey Davis, Adam Humphries e Kalif Raymond mostram boa sintonia e sempre recebem bola. A linha ofensiva teve uma queda com a saída de Jack Conklin na offseason, mas continua a desempenhar em bom nível e dar os segundos que Tannehill precisa para fazer os lançamentos.
– 2nd & 20
– Pressure in his face
– Tannehill throws a dart into this tight window pic.twitter.com/5drrt8Xh2O— Titans Tape (@TitansTape) October 18, 2020
A boa noticia para o torcedor de Tennessee é que Tannehil tem mais 4 anos de contrato com uma média salarial de $ 29 milhões. Se ele continuar jogando nesse nível, será uma barganha o time.
Primeiramente exaltando essa grande franquia de Denver e o QB dos Pats que passou pelo gigante Carolina Panthers. Depois da média feita com os chefes vamos ao que interessa haha. Depois do adiamento da partida devido a casos de COVID-19 nos Patriots, os Broncos conseguiram a vitória, mesmo sem marcar um TD sequer, por 18-12.
Essa defesa dos Broncos está bem longe de comparações a que causou pesadelos para Newton no SB 50 e a No Fly Zone. Lesões e saídas “desmontaram” aquela defesa, mas foi bom ver que a identidade da unidade se manteve. Destaque para além dos jogadores, que falaremos mais a frente, a comissão técnica com Vic Fangio e Ed Donatell que conseguiu conter bem o plano de jogo dos Patriots.
Assim como o coach sempre fala, uma coisa é ter o plano certo, outra coisa é executar da forma certa. Os Broncos tiveram o plano certo e executaram quase que de forma perfeita o plano Kryptonita vs Super Cam.
Adiamento e COVID
O COVID levou uma grande leva de jogadores do time dos Patriots, como Sony Michel, Shaq Mason e Derek Rivers. No entanto, o adiamento deu tempo para Newton voltar. Do lado dos Broncos, apesar de ter muitas lesões importantes no elenco, esse adiamento deu mais tempo para o QB Drew Lock se recuperar e poder melhorar o ataque da equipe.
Além dessas lesões o time ainda teves perdas como Adam Butler e saídas na OL que forçaram a mudar de posição o novato que vinha muito bem como Guard, Michael Onwenu que veio de Michigan.
Passo 1: Combate ao jogo corrido
Agora voltamos aquela questão do plano X execução. Há alguns anos (não vou dizer quantos para não entregar a idade) um jogador de futebol que estava no auge era Arjen Robben. Era conhecido por ter “apenas” uma jogada, cortar para direita. O engraçado é que apesar de TODOS os adversários já saberem o que ele ia fazer, era bem díficil de conter.
O “cortar para direita” dos Patriots é o jogo corrido. Eles tem uma excelente linha ofensiva no quesito, bons corredores e um QB do tamanho de um LB que é díficil de derrubar. Foi contendo esse aspecto do jogo que Broncos e Seahawks venceram New England. Os Chiefs tiveram certa dificuldade de sacramentar a vitória em algum momento, justamente na dificuldade de parar essa qualidade ofensiva.
O time dos Broncos limitou o ataque dos Pats a 117 jardas em 25 tentativas. Esses números ainda seriam melhores Se você tirasse o drive do TD dos Pats em que Newton teve uma corrida para quase quarenta jardas. Tirando as 76 jardas corridas do QB, os RBs juntos tiveram apenas 41 jardas.
Com esse passo completo, o time segue para o passo 2 do plano.
Passo 2: Pressão em Cam Newton
Defesa dos Broncos ontem: 4 sacks, inúmeras pressões, cedeu apenas 14 first downs e 30% em 3° descidas.
Quem acompanhou Fangio nos Bears, sabe que essa é a tônica dele: secundária que mesmo jogando mais em prof., consegue controlar a linha de first down, aproveitando a pressão.— Deivis Chiodini (@deivischiodini) October 19, 2020
Com o jogo corrido sendo bem contido, o time dos Patriots se viu na necessidade de passar mais a bola e no contraponto disso, os Broncos mandaram mais pressão para cima do QB. O atque produziu 171 jardas aéreas e dessas, 38 vieram de dois passes de Edelman.
Anthony Chickillo with a big sack on Cam Newton! pic.twitter.com/Dp5inalqCS
— Joe Rowles (@JoRo_NFL) October 18, 2020
A pressão veio forte com 4 sacks, 7 tackles para perda de jardas, além de 8 QB hits. Essa pressão é fundamental para o próximo passo do plano.
Passo 3: Turnovers
Shelby Harris bats a pass back to the #Broncos! pic.twitter.com/7T9EaujdDl
— Joe Rowles (@JoRo_NFL) October 18, 2020
Se retirarmos da planilha o drive em que Newton ajoelhou para o fim do primeiro tempo, os Patriots tiveram 6 drives ofensivos nos primeiros três quartos do jogo. Dessas 6, apenas 1 se transformou em pontos, foi um field goal de 41 jardas de Folk, outras 2 foram punts e 3 resultaram em turnovers.
O.J. with a nice punch to force the fumble. pic.twitter.com/hQXap2Fltn
— Joe Rowles (@JoRo_NFL) October 18, 2020
Foram duas interceptações de Cam e 1 fumble forçado em Izzo. O estrago poderia ter sido bem maior se o ataque de Denver tivesse sido melhor chamado. Dos 21 pontos possíveis marcaram 6 apenas, mas a defesa fez sua parte.
Resultado
A primeira derrota dos Patriots com Bill Belichick como HC, quando o time não cedeu nenhum TD. Eles estavam 39-0, incluindo playoffs nessa situação e o HC estava 45-1. Sua única derrota foi em 27 de setembro de 1992 quando os Browns perderam de 12-0, justamente para os Broncos.
Além disso, temos record negativo em New England coisa que não víamos há muito tempo. Vitória de peso e respeito, apesar de toda a montanha-russa de emoções.
Após um início de 0-2 na temporada, os torcedores de Carolina já tinham certeza que esse seria o ano do tank e que no Draft que vem escolheriam Trevor Lawrence ou Justin Fields para liderar uma nova era em Charlotte. Ocorre que, 3 semanas depois, os Panthers venceram 3 jogos seguidos e se encontram empatados na liderança da NFC South…
Os haters de plantão e os analistas que amam super analisar (analisar com exagero ou passando da conta) os cenários da liga dirão que foi por causa da ausência de Christian McCaffrey, causada pela lesão que sofreu na semana 2, no entanto, tenho o prazer de informá-los que a ausência do astro não tem nada a ver com a melhora recente da equipe da Carolina do Norte.
Ora, basta analisarmos os jogos até aqui: contra todos os adversários o ataque dos Panthers lançou mais vezes do que correu com a bola e desde que substituiu CMC, Mike Davis (que surpreendeu a todos e vem jogando MUITO) tem a mesma média de touches por partida que o RB titular, ou seja, desde que McCaffrey foi para as sidelines, o estilo ofensivo de Carolina não mudou, tampouco a produção do running back que o substituiu.
O que se observa nas últimas 3 semanas de Carolina é uma incrível melhora nas trincheiras (com uma surpresa agradável na OL) e o estabelecimento de um free agent como a estrela do corpo de wide receivers.
O surgimento de uma linha ofensiva sólida
Nas últimas duas partidas o ataque dos Panthers não sofreu NENHUM sack. Não ceder nenhum sack em dois jogos seguidos não acontecia na franquia de Charlotte desde sei lá quando! Para uma linha ofensiva que começou a temporada extremamente desacreditada, não tem seu left guard titular desde a primeira semana e que ficou sem seu left tackle (Russell Okung) por duas das 3 vitórias conquistadas por Carolina, tal feito é inacreditável. Teddy B brilhou nas últimas 3 semanas, acumulando um QB rating de 109.4 e 6 TDs. O quarterback de Carolina anda tendo todo o tempo do mundo para lançar a bola. Além disso, o jogo corrido melhorou nas vitórias conquistadas, principalmente por causa do trabalho da linha ofensiva abrindo grandes buracos para que Mike Davis corresse com toda sua raiva e agressividade. As screens para Davis também vem sendo muito bem executadas pela OL, sempre trazendo resultados positivos para as jogadas.
Rumor has it @tmoton72 is still going… pic.twitter.com/ugVtGSeoxP
— Carolina Panthers (@Panthers) October 14, 2020
A aparição do pass rush tão esperado da jovem e talentosa linha defensiva
0 e 1. Esses dois números dizem respeito, respectivamente, a quantidade de sacks e QB hits que os Panthers tiveram contra os Raiders e contra os Bucs. O pass rush nesses 2 primeiros jogos foi horroroso e simplesmente inexistente. Os rookies Brown e Gross-Matos estavam, respectivamente, sofrendo com double teams e só perdido em campo mesmo. Mas, com um toque de ancião do coordenador defensivo Phil Snow, o front four de Carolina surgiu do fundo do abismo e dominou a OL dos Chargers na semana seguinte: foram 8 QB hits, 2 sacks e um fumble forçado.
Nas 3 vitórias, a defesa dos Panthers soma 5 sacks, 14 QB hits e 3 fumbles forçados. Nesse trajeto, a linha defensiva foi fundamental para conter Kyler Murray e o obrigar a lançar 31 passes para conquistar apenas 133 jardas aéreas (uma média horrível de 4.3 jardas por passe tentado) e segurou Matt Ryan a um QB rating de 63.6 e nenhum TD. É claro aos olhos de quem vê, que Brian Burns está tomando seu lugar como a estrela da defesa, Derrick Brown está virando uma força incontrolável pelo meio e Yetur Gross-Matos está finalmente mostrando toda sua habilidade atlética que o fez ser draftado no início da segunda rodada.
YGM
YGM
YGM pic.twitter.com/wFTAxRlF13— Carolina Panthers (@Panthers) October 4, 2020
Robby Anderson é o novo WR1 dos Panthers
Analisando de maneira objetiva o impacto que Anderson vem fazendo no ataque dos Panthers até esse ponto da temporada, pode se dizer que ele foi a melhor aquisição via free agent de qualquer time nessa offseason. Ora, ele teve pelo menos 99 jardas em todos os jogos menos um e é o quarto na NFL em jardas recebidas atrás somente de estrelas da liga, como Hopkins, Diggs e Metcalf. O que chama muita atenção na performance do WR é a maneira totalmente diferente que vem sendo utilizado se comparado ao seu tempo nos Jets. Ou Joe Brady percebeu um talento que Anderson tem que ninguém na franquia de Nova York enxergava ou o staff dos Jets simplesmente foi incompetente ao não extrair todo o potencial do jogador.
No sistema de Brady, Bridgewater SEMPRE acha Anderson e nunca se mostra preocupado com nenhuma cobertura que enfrente. Enquanto nos Jets, o receiver era utilizado somente em rotas longas e que explorassem o fundo do campo, no ataque dos Panthers Robby corre uma série de rotas curtas (slants, curls, drags) e que explora muito coberturas em zona, pois os conceitos de rotas das jogadas de Brady sempre são em levels e Anderson sempre acha o buraco e fica livre para fazer o catch. Mas não se enganem, ele corre toda a route tree e faz a diferença para o time dos Panthers de todas as formas possíveis, basta ver o lance abaixo…
ROBBY ANDERSON IS RIDICULOUS 😳 @chosen1ra @Panthers pic.twitter.com/ds8Kho1M6f
— The Checkdown (@thecheckdown) October 11, 2020
Com a volta de CMC em algumas semanas, veremos se os Panthers (mesmo com uma defesa contra o jogo corrido horrorosa e um roster muito jovem e inexperiente) terão fôlego para tentar uma corrida para a pós temporada ou se essa sequência de vitórias seguidas foi só um delírio coletivo.