Featured posts
Destaque
Quem vê o trabalho de Frank Reich hoje, quase não deve lembrar que ele nasceu como um prêmio de consolação. Depois de alguns dias da recusa na novela de Josh McDaniels, Reich foi trazido dos Eagles e vem fazendo um bom trabalho, ainda que não conte no seu elenco as maiores estrelas da liga.
Vamos ver como o time de Indiana tem trabalhado!
Bom uso das escolhas Draft
Você que já é acostumado não precisa nem ler novamente que “draft não é uma ciência exata“. Chris Ballard cometeu seus erros, mas teve seus tiros certos também, principalmente mais recentemente. Quenton Nelson vai ser um All-Pro ano sim, e ano também, Darius Leonard foi uma baita adição no corpo de LB, Parris Campbell e Michael Pittman são recebedores de grande futuro e Hines e Taylor formam uma dupla que se complementa bastante no jogo corrido.
No draft desse ano eles usaram sua primeira escolha para pegar o DT DeForest Buckner dos 49ers que foi peça fundamental na defesa, que falaremos mais a frente.
Confiança do ataque
Talvez algumas pessoas não tenham dado a importância devida, mas o impacto da saída de Andrew Luck, muda todos os planos de uma franquia. Nesse ano, o time decidiu ir com veteraníssimo Philip Rivers, com quem o HC já havia trabalhado no San Diego Chargers, conhecendo o esquema que o HC queria rodar. O começo da relação foi bem conturbada.
Nas primeiras semanas, surgiu uma conversa “quando Wilson e Mahomes seguram demais a bola, a torcida dos adversários ficam com medo. Quando Rivers segura demais a bola, a torcida dos Colts fica com medo”. Por uma boa razão veio esse “ditado”. Desde o início do ano passado, Rivers lançou 16 interceptações quando teve a bola por mais de 2,5 segundos. Isso contra apenas nove touchdowns. Seu QBR cai para 78,3 contra 98,0 quando ele lança a bola em menos de 2,5 segundos e sua porcentagem de passes completos cai de 73,54% para 59,66%.
Isto posto, começaram uma chuva de críticas sobre os ombros do QB e do HC. Reich manteve sua fé em Rivers tentando blindar o QB, o quanto pôde. “No que diz respeito a Philip dando uma olhada em sua precisão, resistência física e mental, em sua capacidade de jogo ele ainda está em bom tempo na sua carreira. Uma coisa sobre Philip é que ele sabe como criar grandes jogadas no play action e na tendência em que estamos, eu só acho que ele é líder que pode nos ajudar a nos levar ao próximo nível. ”
There goes Michael Pittman, Jr! 45 yards for his first career touchdown.
📺: #GBvsIND on FOX
📱: NFL app // Yahoo Sports app: https://t.co/tUoK0wsA9N pic.twitter.com/bweqh0Nwg7— NFL (@NFL) November 22, 2020
Se atentem para o último ponto, play action, Rivers não tem a capacidade de esticar jogadas no pocket ou conseguir jardas com as pernas então sua precisa nesse estilo de jogo é fundamental. O time perdeu Mack no começo do ano, mas Taylor vem carregando bem a bola e vendendo o jogo corrido, o suficiente para abrir espaço para o tempo que Rivers precisa para achar seus recebedores.
Com essa confiança e o fato de ter comprado a briga para manter Rivers, o resultado veio. O time está 9-4 na caça aos Titans, Rivers tem 20 TDs, 9 INTs e 68% de passes completos (terceira melhor marca da carreira longínqua do QB).
Defesa monstra saindo da jaula
Se no ataque Reich fez um bom trabalho montando um esquema favorável, na defesa ele fez mais com ainda menos. Quem conhecia Pierre Desir antes dele se destacar pelas bandas de Indiana?
Esse sucesso se deu ao esquema e maximizar as qualidades dos seus jogadores. Matt Eberflus teve a complicada missão de transformar o 3-4 antigo de Pagano em um novo 4-3 focado em Tampa-2.
“É um pouco bend-but-don’t-break. É uma cobertura única que poucas equipes executam, e as equipes que a rodam não a executam tão bem quanto o tradicional [Tampa 2]. ”, disse Reich.
Pressionar com quatro pass-rushers e jogar bem atrás deles é exatamente o que os Colts fizeram este ano. De acordo com o Pro-Football-Reference, os Colts estão pressionando os QBs adversários em quase 25% das jogadas. No entanto, eles estão mandando blitz em pouco mais de 20%, um dos times que menos mandam na liga.
A chegada de Buckner era uma das peças que faltava nesse quebra-cabeça. Ele é o melhor da posição (entre os humanos não chamados de Chris Jones e Aaron Donald), tanto em pressões, com QB-Hits e quando os times correm em sua direção a defesa dos Colts tem uma das melhores defesas no quesito. Quando as equipes focam demais em Buckner, o resto da linha tem se beneficiado Denico Autry já tem 6 sacks esse ano.
KENNY MOORE HOW IN THE WORLD 😱
(via @thecheckdown)pic.twitter.com/z3kEGyDCgt
— SportsCenter (@SportsCenter) December 13, 2020
A proficiência da linha defensiva permite que os sete defensores executassem seu sistema de forma tranquila. A cover-2 é a jogada que os Colts mais chamam (mais de 30% dos passes) tornando o time o que mais chama a cobertura da liga. Os Colts interceptaram ou desviaram mais de 20% das tentativas de passe lançadas contra eles.
E assim nasceu o monstro de Reich, muito treino e confiança no esquema, tanto no ataque como na defesa. Agora os frutos começam a ser colhidos.
Até a próxima!
Sinceramente, para mim, é muito gratificante ver um jogador queimar a língua de todos ao se tornar um grande atleta profissional, quando as previsões desses especialistas não demonstravam que assim seria. Josh Allen está contrariando os fãs do esporte, os analistas esportivos e os executivos da NFL (dos outros times sem ser de Buffalo, claro) ao ter uma grande temporada até o momento, sendo peça fundamental na campanha de 9-3 dos Bills. No Draft de 2018 quando ele foi escolhido tão cedo na primeira rodada, eu fui o primeiro a dar muita risada e desejar tudo de ruim para a franquia de Buffalo, já que na minha análise (e inclusive na análise do On the Clock na época) se tratava de uma pick muito ruim e de um jogador que não estava nenhum pouco preparado para ser um franchise quarterback na NFL.
Saindo da Universidade de Wyoming, ele tinha poucas vitórias na carreira universitária, contra um nível de competição baixo (jogou na MWC), tinha sérios problemas de accuracy e de tomadas de decisão. O que o fez ser escolhido tão cedo foi o que todos os scouts old school ficam malucos quando veem: tamanho e braço forte. Allen foi draftado para ser o franchise QB dos Bills baseado no canhão que tem no braço, no seu tamanho (6-5, 237) e na possibilidade de o seu teto ser muito alto.
Em seus dois primeiros anos na liga, tais preocupações em relação a seu jogo se concretizaram e meus olhos chegavam a brilhar, pela simples vaidade de estar certo em minha análise. Em 2018 e 2019, ele teve a pior marca em completion percentage na NFL, com 52.8% e 58.8% respectivamente. Em seu ano de calouro teve um rating de 67.9, e, apesar de em 2019 ter mostrado melhora na relação TD-INT e ter passado para mais de 3000 jardas, o ano de 2020 era uma incógnita e ninguém esperava que ele passasse para uma próxima etapa de sua carreira. Para todos ele seria para sempre o QB que vimos na temporada de 2019.
Ocorre que, esse ano começou e o camisa 17 era um novo jogador. Teve um início de temporada avassalador: foi o pleno responsável por Buffalo iniciar 4-0, foi o primeiro jogador na história a lançar para pelo menos 1000 jardas, 10 TDs e correr para mais 2 nas primeiras 3 semanas da temporada e tal ritmo e tal padrão de atuações se mantiveram ao decorrer do ano. Em 12 jogos, ele é o quinto na NFL em jardas lançadas, é o único QB com dois jogos de 400 jardas, lançou para mais de 300 jardas em metade de suas partidas, tem 3 jogos com 4 TDs lançados (sendo que dois foram vitórias seguidas, contra duas defesas top 5 da NFL, Dolphins e Rams), já possui mais jardas lançadas do que o ano passado inteiro e continua tendo seu impacto no jogo terrestre, já registrando 6 TDs corridos.
O plantel ofensivo que o cerca
Josh Allen não tem mais que se virar no pocket enquanto espera que Robert Foster, Zay Jones e companhia se desmarquem de seus marcadores, agora o camisa 17 possui grandes playmakers à sua disposição: o melhor route runner da liga em Stefon Diggs, um dos melhores slot receivers em Cole Beasley, um bom WR em John Brown (que teve mais de 1000 jardas no ano passado) e um bom jogo corrido com Singletary e o calouro Moss.
Com um corpo de receivers tão bom, o coordenador ofensivo Brian Daboll, não precisa mais por o peso da responsabilidade de fazer as jogadas terem sucesso todo em Allen. Não há mais a necessidade dele resolver toda santa jogada. Basta ver a maneira com que jogam agora, Allen teve pelo menos 30 tentativas de passe em 9 jogos, e os Bills utilizam 10 personnel em uma porcentagem de jogadas muito maior do que nos anos anteriores, ora, agora eles possuem talento para tanto. Ou seja, agora o ataque de Buffalo permite que seus receivers, running backs e tight ends contribuam no sucesso da jogada e facilitem a vida de seu quarterback.
A grande melhora no seu accuracy e sua mecânica
Algo que não existia em seu jogo, agora existe: lançar a bola com antecipação. Ter um canhão no braço, muitas vezes é o que condena os quarterbacks, porque sempre pensam que vão poder compensar leituras tardias ou jogadas que simplesmente não deram certo com uma bola forçada. Allen fez muito isso nos dois anos anteriores e, mesmo que ano passado não tenha resultado em muitos turnovers, resultou na sua baixíssima porcentagem de passes completos.
A melhora nessa faceta de seu jogo é mais evidente ainda em rotas que atravessam o campo ou que terminam na sideline. No lance abaixo, por exemplo, na semana 1 contra os Jets, em uma crossing route, o camisa 17 lança a bola no ponto futuro para Diggs com um touch incrível, colocando seu receiver em uma posição onde não havia ninguém na marcação (minuto 1:20).
A grande evolução que estamos vendo de Allen é fruto de seu trabalho, pois as ferramentas físicas já estavam ali, bastavam ser guiadas e utilizadas o melhor possível. Sua mecânica melhorou imensamente. Agora ele sempre tem controle em seus lançamentos, sua base é mais firme, mais justa e ele não mais desperdiça movimento em seus lançamentos. Sua capacidade de lançar com antecipação vem de seu esforço, de seu trabalho na offseason.
@ the haters who say Josh Allen is inaccurate pic.twitter.com/W3EYNb6yd7
— Heather Monahan (@HeatherMonahan_) December 8, 2020
Por fim, outro ponto de destaque é sua accuracy fora do pocket. O que antes era uma preocupação, agora com seu amadurecimento é um ponto forte de seu jogo. Sua capacidade de processar as rotas de seus receivers enquanto escapa da pressão do pass rush é outro trunfo de sua preparação na offseason.
#MondayNightFootball Preview via #Bills QB Josh Allen extending the play, deciphering the route combination, manipulation a defender and throwing across his body#BUFvsSF pic.twitter.com/hahQTVhr1v
— The Scouting Academy (@TheScoutAcademy) December 8, 2020
Afirmo, com certeza, nessa temporada Josh Allen vem sendo elite. Queimou minha língua e da maioria dos fãs e analistas do esporte. É um caso raro, e espero que se repita mais vezes na NFL, pelo bem do jogo que tanto amamos.
Nesta temporada de 2020 da NFL nenhuma outra equipe foi pior que New York Jets e o Jacksonville Jaguars. Ambas somam uma vitória até a semana 12 e o processo de reconstrução para a próxima temporada já começou.
O Jaguars demitiu, no domingo (29), o GM Dave Caldwell, que estava no cargo desde 2013. Já o head coach Doug Marrone e sua equipe continua na franquia, mas provavelmente apenas até o fim da temporada.
No Jets mudanças ainda não começaram a ser feitas. Adam Gase continua comandando o time mesmo sabendo que, ao fim de 2020, será mandado embora. Por outro lado, o GM Joe Douglas, que faz um bom trabalho até agora, deve comandar a renovação do elenco.
Mas não é só a troca de comando para 2021 que as equipes têm em comum. Outras duas coisas que são fundamentais para construir um futuro promissor: espaço no salary cap e muitas escolhas no draft.
Qual o futuro do New York Jets?
Equipes que vão atrás de quarterback no Draft de 2021
Defesa pode limitar Green Bay Packers no caminho ao Super Bowl
Saiba como o Pittsburgh Steelers usa seus recebedores no ataque
Salary Cap
Jaguars e Jets são as equipes com mais espaço no salary cap para 2021 com 86 e 82 milhões, respectivamente. E esses valores podem aumentar ainda com possíveis cortes no elenco.
Jacksonville passa por um processo de reconstrução desde a temporada passada. Por isso, a equipe tem espaço no teto salarial, já que se livrou dos principais contratos que tinha. Para 2021, os principais free agent do time são Cam Robinson, Chris Conley, Dede Westbrook, Sidney Jones e Tre Herndon.
Nenhum deles deve renovar por um contrato grande e a equipe terá espaço para investir na offseason. As principais necessidades que devem ser atacadas são as posições de OT, iDL e S. Nomes como Trent Williams, Alejandro Villanueva, Jonathan Hankins, Sheby Harris, Anthony Harris e Justin Simmons devem testar o mercado e seriam boas adições.
Minshew coloca uma BELA bola para DJ Chark colocar os @Jaguars na frente em Cincinnati! #DUUUVAL #NFLBrasil
📺: #JAXvsCIN – Ao vivo e exclusivo no NFL Game Pass. Faça já seu teste GRÁTIS de 7 dias: 👉 https://t.co/uMRqwxJ5yr pic.twitter.com/wswbB1Bo4m
— NFL Brasil (@NFLBrasil) October 4, 2020
Já New York deu indícios que a era Gase estava desmoronando quando fez a troca de Jamal Adams. Após perder os primeiros jogos da temporada, a equipe trocou jogadores que ainda tinham mercado e que o contrato iria expirar. Na próxima temporada, Marcus Maye, Brian Poole e Bradley McDougald são os principais jogadores sem contrato.
Com bastante espaço no salary cap, o GM Joe Douglas já mostrou que sabe fazer bons negócios e deve ir atrás de jogadores que vão preencher as lacunas do time, como iOL, WR, pass rush e secundária. Jogadores como Joe Thuney, Brandon Scheriff, Yannick Ngakuoe, Bud Dupree, JC Jackson e Patrick Peterson podem ser alvos.
Big-time play from @QuinnenWilliams 😤
📺 #MIAvsNYJ on CBS pic.twitter.com/pMulTWu4mz
— New York Jets (@nyjets) November 29, 2020
Draft
Acima no texto não mencionei a posição de QB propositalmente. A principal peça, que irá marcar uma nova era em ambas as equipes, deve vir pelo Draft de 2021. E não há dúvidas que Trevor Lawrence e Justin Fields serão os primeiros escolhidos.
Até o momento, o Jets deve ficar com a primeira escolha geral e ir com o QB de Clemson. Sam Darnold deve ser trocado e ampliar ainda mais a quantidade de escolhas que New York tem. São 10 escolha em 2021, sendo duas de primeira rodada e seis delas dentro do top 110.
Nomes como Wyatt Davis, DeVonta Smith, Travis Ettiene, Erick Stokes, Shaka Toney, Asante Samuel Jr, devem estar disponíveis nas primeiras rodadas. A equipe poderá iniciar um novo ciclo com uma base de jogadores talentos. Além disso, em 2022 o time tem mais duas escolhas de primeira rodada.
Trevor Lawrence ran the flea-flicker from the paw and got 6️⃣ 👀 pic.twitter.com/GTMjenIt1s
— ESPN (@espn) November 28, 2020
Em segundo na escolha geral, Jaguars já começa a esfregar as mãos esperando pelo camisa 1 de Ohio State. Mesmo com Gardner Minshew provando ser um jogador sólido, Jacksonville não deve deixar passar um talento como Fields. A equipe da Flórida está acumulando escolhas desde o ano passado. Para 2021, são 12 picks, sendo oito delas top 150, com duas escolhas na primeira rodada e duas na segunda.
Alguns dos principais talentos podem estar disponíveis como Samuel Cosmi, Jevon Holland, Jaylen Twyman, Walker Little e Pat Freiermuth. Como a equipe já começou a fazer uma restruturação no elenco desde o ano passado, os jogadores que chegarem podem contribuir para que o time deixe o processo de reconstrução para trás e comece a pensar em playoffs.
Turns out, Justin Fields is still good
— PFF College (@PFF_College) November 21, 2020
Semana passada conversamos um pouco sobre a competição forte que há na NFC West, inclusive convido você a conferir o texto, se ainda não viu. Nessa semana vamos dar uma olhada na outra conferência. O alvo da vez é a AFC South, que não tem a mesma competição, pela liderança, mas há muita disputa na parte de cima e de baixo da tabela.
Podcast Pro #98 – Preview NFC West
Podcast Pro #101- Preview AFC South
Vamos lá!
Houston Texans (3-7)
Se os Texans estivessem no brasileirão, estariam naquela faixa da marola da AFC South. Não seriam rebaixados, mas também estão longe de qualquer chance de título. Isso pode ser bastante frustrante para o torcedor, quando você tem um excelente jogador do naipe de Deshaun Watson como seu signal caller.
O que fazem de bom?
O ataque do time ainda contem bons nomes. O próprio QB já citado, tem um futuro brilhante a sua frente. Will Fuller, quando está saudável é uma excelente opção e Cobb, Cooks são armas complementares. A linha defensiva saudável, também irá dores de cabeça a seus adversários. Watt já não está no auge mais ainda é extremamente sólido, Mercillus de mesma forma e ainda contam com a juventude de Omenihu e Jacob Martin.
O que pode atrapalhar?
O time tem problemas para estabelecer um jogo corrido sólido. Ademais, até o momento não houve uma decisão firme sobre o futuro da franquia. Quando isso for realmente definido, o GM e HC terão que enfrentar um cenário de terra arrasada tal qual vemos em filmes de guerra. Escassez de draft capital e alguns contratos bem inflacionados para lidar. Apesar do record “digno” de uma franquia em rebuild esses problemas complicam prospectar um futuro muito melhor para franquia.
Indianapolis Colts (7-3)
Apesar do 7-3 a temporada tem tido muito mais emoção do que o record indica. O casamento do Philip Rivers com o time de Indiana, demorou mais que esperado. Não deixaram os Titans se firmarem como líderes e tem estado passo a passo com os rivais.
O que fazem de bom?
A linha ofensiva dos Colts é de dar inveja na maioria das franquias. Nelson vai ser um All-Pro ano sim, ano também, basicamente. Com essa proteção a sua frente, Rivers tem tempo para usar sua experiência e mesclar com peças jovens e experiente. TY Hilton, Pittman Jr, Doyle etc. O jogo corrido também é beneficiado com essa OL, Taylor agradece bastante e Hynes tem se destacado tanto recebendo passes como correndo com a bola.
Não é só o ataque que chama atenção. A defesa é uma das mais disciplinadas da liga, jogando muito bem taticamente em zona. O DC, consegue espremer o melhor do que cada um dos seus jogadores pode dar. Buckner foi uma excelente adição a esse time, bem como Houston, além de Autry que vem fazendo uma excelente temporada. Vou nem comentar sobre a dupla de LBs que se complementa bastante.
O que pode atrapalhar?
Como dito na abertura dos Colts o casamento de Rivers teve as suas tempestades até o momento. Um grande exemplo foi a semana 1 contra os Jaguars em que Rivers teve algumas decisões bem discutíveis. Perder a batalha dos turnovers não é nada bom. As armas de Rivers também tem tido problemas, Taylor ainda precisa ler melhor gaps, Hilton parece estar em certo declínio e Pittman já perdeu tempo nesse ano.
Sai que é Tua! A estreia de Tagovailoa como titular na NFL
Jacksonville Jaguars (1-9)
O time de Florida tem como seu objetivo a busca por pick alta no draft. A #1 está difícil de alcançar porque os Jets estão bem focados nesse projeto. Mas depois de se desfazer de basicamente todos os talentos que tinha a sua disposição, ninguém espera nada esse ano.
O que fazem de bom?
A esperança fica basicamente no futuro. O time tem duas primeiras, duas segundas, duas quartas, duas quintas e duas sétimas. Bala na agulha eles tem, e fizeram boas escolhas nos últimos anos de draft. Josh Allen, Jawaan Taylor, Henderson, Shenault Jr (uma das melhores picks), Chaisson, além de ainda ter achado no UDFA o Robinson.
O que pode atrapalhar?
Apesar da escolha de Minshew na sexta rodada ter sido boa o suficiente para se livrar do contrato de Foles, ele não vai ser o QB que vai levar a franquia a outro nível. Tendo uma escolha dentro do top-5 como é o projetado no momento, os Jaguars não podem pensar duas vezes e devem escolher o seu QB para o futuro. Não fazer isso pode resultar num preço muito caro a se pagar.
Tennessee Titans (7-3)
O time conseguiu uma virada no ano passado quando tirou Mariota do comando e chegou aos playoffs. Nesse ano, o time deve chegar novamente e os Titans são aquele time de Copa do Brasil, extremamente copeiro. Você não verá deles o futebol mais vistoso da liga, mas são competentes e raçudos tanto no ataque, como na defesa e sempre venderão caro uma derrota.
O que fazem de bom?
Essa fica bem fácil. Henry é um avatar de outro mundo, apesar da liga estar indo no caminho de mais passes, é com força no jogo terrestre que eles se destacam. Com o jogo corrido estabelecido, você consegue controlar o relógio, fundamental contra equipes fortes, cansa a defesa adversária e ainda abre espaço para o play action. Sempre haverá aquela discussão se é necessário correr em quantidade ou qualidade para o play action realmente entrar, particularmente sou adepto da primeira corrente.
Com a ameaça gigante do jogo corrido, o play action dá certa tranquilidade para Ryan Tannehill achar seus alvos. Brow tem se mostrado uma excelente escolha e Davis, finalmente tem aparecido no jogo aéreo também.
O que pode atrapalhar?
Sob pressão Tannehill pode ter bastantes problemas, principalmente com a ausência de Lewan na sua OL. Como eu disse antes, ele não vai ser o QB que você vai ver com 400 jardas e 5 TDs por jogo, mas ele vai rodar de forma competente seu esquema, mas precisa de condições para isso. Nos momentos em que o jogo corrido teve dificuldades, o QB ficou em apuros e normalmente foi onde eles deixaram os adversários conquistarem as vitórias.
Até lá!
Os resultados dos exames médicos de Drew Brees revelaram múltiplas fraturas nas costelas em ambos os lados de seu peito e um pulmão ‘colapsado’. O jogador do New Orleans Saints sofreu as lesões na última partida, na vítoria contra o San Francisco 49ers, por 27 a 13, e deve ficar de fora de por pelo menos duas a três semanas.
Esse é o segundo ano seguido que o camisa 9 perde jogos por conta de lesão. No ano passado, Teddy Bridgwater ficou responsável por comandar o ataque da equipe por cinco jogos.
Neste ano, New Orleans têm duas opções para a posição: Jameis Winston e Taysom Hill. A escolha não deve ser difícil e, como vimos contra o 49ers, Winston deve assumir a posição com Hill continuando entrando em situações específicas nos jogos.
Sequência de vitórias faz Dolphins sonhar com vaga nos playoffs
Equipes que vão atrás de quarterback no Draft de 2021
Saiba como o Pittsburgh Steelers usa seus recebedores no ataque
— Claudinei Junior (@_cjunior96) November 17, 2020
Contratos
Olhando os contratos de ambos, é possível apontar Hill como sendo o substituto imediato de Brees, já que ele tem assinado com o Saints por 2 anos por $21 milhões e Winston $1.1 milhão.
Por conta do seu atleticismo acima da média para um QB, Hill tem sido usado desde que entrou na liga como um canivete suíço, um elemento surpresa que Sean Peyton usa em situações específicas para surpreender e tirar a defesa adversária da zona de conforto. Ele foi usado em praticamente todas as posições, QB, RB, WR e TE, sendo um dos jogadores mais versáteis da NFL.
Winston, por outro lado, assinou um contrato baixo porque queria trabalhar ao lado de Brees e Payton, para resurgir sua carreira, após falhar em Tampa.
Numa situação muito parecida com a de Bridgwater, Saints aproveitou a oportunidade e trouxe o jovem por um valor baixo, pensando que ele poderia ser lapidado pela comissão técnica e usado futuramente.
Diferenças
Taysom Hill, o canivete suíço da NFL! #Saints #NFLBrasil pic.twitter.com/EKRMFmF9WT
— NFL Brasil (@NFLBrasil) November 9, 2020
Hill tem 46 jogos na NFL e apenas 18 passes tentados em toda sua carreira. Ele completou 11 desses passes para 205 jardas, zero touchdowns e 1 interceptação. No entanto, todos sabem que mesmo sendo um quarterback, seu maior valor não está lançando a bola, mas, sim, no que pode fazer com ela nos seus braços correndo ou recebendo passes.
Ele é uma ameaça em jogadas desenhadas para correr ou quando alinha como recebedor. São 538 jardas terrestres e 4 TDs corridos na carreira, além de 28 recepções, 312 jardas e 7 TDs recebidos.
Esse é um dos motivos que Sean Payton usa e abusa do camisa 7 em situações que a equipe precisa ganhar poucas jardas para o first down. Tecnicamente, ele não é um QB muito preciso e nem tem um braço talentoso, é um jogador comum que tem atributos físicos acima da média, e que o Saints explora muito bem.
Já Winston tem um perfil muito diferente. Ele foi primeira escolha do Draft do Buccaneers e teve, só nos dois primeiros anos de calouro, 1101 passes tentados, 657 completos, 8132 jardas e 50 TDs lançados.
Mesmo com um caminhão de interceptação na última temporada em TB, Winston teve mais de 5100 jardas aéreas e 33 TDs. Ele é um dos QBs mais instáveis da liga, indo do céu ao inferno em poucos snaps. Mesmo assim, ainda é um cara que já demonstrou talento e que pode ser lapidado, sendo muito melhor do que vários QBs que hoje são titulares.
Escolha
To celebrate his 26th birthday…
EVERY 2019 TD pass by Tampa Bay Buccaneers QB Jameis Winston! @jaboowins @Buccaneers | #GoBucs pic.twitter.com/KbmW1wJtM9
— NFL (@NFL) January 6, 2020
A verdade é pura e simples. Winston como quarterback é muito melhor que Hill. O camisa 2 aceitou um salário abaixo na liga, pois queria estar no mesmo ambiente de Brees e Payton para aprender e seguir um novo rumo. Brees foi um jogadort que tinha problemas antes de chegar em New Orleans, não duvide que o head coach entre mais uma vez na missão de desenvolver um jogador desse tipo para o futuro, ainda mais com seu atual na casa dos 40 anos.
O ataque que vimos contra o 49ers será diferente nesta próxima semana. Com uma semana para trabalhar, Payton vai fazer um gameplan mais voltado para Winston e buscar explorar suas melhores qualidades. O time tem alvos como Alvin Kamara, Michael Thomas, Jared Cook, Emmanuel Sanders, todos os ingredientes para o setor se não brilhar, pelo menos ser sólido.
O trabalha do HC do Saints será deixar seu novo QB confortável com o sistema, que é bem favoravél, e deixar que ele execute sem muitas complicações, não deixando a responsabilidade em seus ombros. Porque mesmo com Brees, o motor desse time está no jogo terrestre com Kamara, que é o melhor jogador da equipe e também com outros que entraram para contribuir, inclusive Hill.
Taysom é pago com um valor muito alto para aquilo que ele produz como um QB. Porém, é inegável que ele é uma arma muito boa e bem explorada pelo Saints. Ele irá continuar sendo um suporte ao ataque, seja para correr ou receber a bola, e também seja qual for o QB titular, Brees ou Winston, Hill é um nome de apoio ao ataque.
ALVIN. KAMARA.
RIDICULOUS.
📺: #GBvsNO on NBC
📱: NFL app // Yahoo Sports app: https://t.co/VANJXsXuUh pic.twitter.com/u6vwg3ViGh— NFL (@NFL) September 28, 2020