Destaque

A classe de EDGE do último Draft não teve nenhum jogador de tanto destaque ou ser unânime como melhor da posição. Entre os principais, Kwity Paye era um dos que chamava atenção pela técnica e capacidade física. Ele não teve grandes números ao longo da carreira universitária, porém, nos 4 jogos que fez em 2020, teve ótimo desempenho e dominou os adversários.

O jogo contra Minnessota chamou atenção dos scouts da NFL, inclusive do Indianapolis Colts que draftou o jogador. A equipe comandada por Frank Reich foi formada de uma forma muito equilibrada nos últimos anos, há poucos buracos no elenco. O problema que eles têm é a falta de um jogador especial para o time subir de patamar e se tornar desafiante ao título.

Por conta disso, resolveram investir sua escolha em Paye, projetando que ele se torne o fator especial que está faltando no setor defensivo para competir nos playoffs. O defensor é sem dúvida o mais pronto da classe na posição para jogar na Semana 1, mas há dúvidas em relação o quão mais ele pode evoluir em comparação do que vimos no College.

Depois de achar seu QB, que rendeu frutos em 2020 quebrando vários recordes, os Chargers fazem o investimento certo escolhendo um OL para proteger as joias da família. Slater foi um prospecto que cresceu muito e era basicamente cravado dentro do top 10. Os Chargers que não tinham nada com isso consegue um steal na 13.

Como true freshman, Slater começou 12 jogos como right tackle e foi nomeado Big Ten Conference All-Freshman Team. No segundo ano, ele foi titular nos 14 jogos de Northwestern. No seu ano de Junior, Slater não cedeu uma pressão sequer. Entrando em seu último ano, Slater anunciou que ele estaria se preparando para o Draft de 2021 da NFL e daria opt-out.

Chargers fazem bom Draft e esperam se colocar na briga por playoffs

O recruta de 3 estrelas foi titular desde que chegou em Northwestern se consolidou com números absurdos no Pro Day. Medindo 6’4, 304 lbs, 33 de comprimento de braço, 30 no salto vertical, 11’1 no salto em distância, 33 repetições do supino, 1,68 no recorte de 10 jardas e  4,46 no short shuttle. Isso deu a ele o que alguns times chamam de TEF, que busca “calcular o potencial de explosão física do jogador”. Qualquer coisa acima de 3 é considerado muito bom, Slater conseguiu 3.37. Além disso, no TEF Ponderado que leva em consideração o peso, algo acima de 90 é considerado bom, e o OL conseguiu 102.4.

Continuando nossa série, o foco de hoje é o ex-offensive tackle de Alabama, Alex Leatherwood! Escolhido pelos Raiders com a décima sétima escolha do Draft deste ano, foi uma das surpresas na primeira rodada, porque havia vários outros OTs melhores e mais bem avaliados como prospectos disponíveis para Las Vegas selecionar, no entanto, selecionaram o prospecto de Alabama, caracterizando aí um baita reach. Alex saiu do high school como um prospecto 5 estrelas e chegou em Tuscaloosa com a maior hype possível para seu futuro. Em sua carreira no college o manteve, já que foi titular desde o início, jogou de guard e tackle e ganhou títulos com Alabama, além de troféus individuais e seleções para o 1st Team da SEC. O que ocorre é que seu stock o levou à primeira rodada (na frente de jogadores como Teven Jenkins, Liam Eichenberg, Jalen Mayfield, Samuel Cosmi, Dillon Radunz) baseado em suas conquistas e seu tamanho, contudo, no nível profissional, só isso não é o bastante.

Se você quer saber qual o modelo de LB moderno, basta ir até o elenco do Arizona Cardinals que irá encontrar. A equipe selecionou dois jogadores nas últimas classes que são o novo protótipo da posição. Primeiro foi Isaiah Simmons com sua incrível capacidade atlética e conseguindo marcar qualquer recebedor individualmente no passe. O outro é Zaven Collins, escolhido na pick 15 deste ano, chamou atenção dos scouts por causa do seu tamanho e versatilidade em campo.

Como Simmons, Collins também é um jogador com uma habilidade atlética de elite e que pode fazer várias funções no campo. Ambos se completam, já que o primeiro joga mais fora do box, um hibrido de LB/S, e o outro joga mais próximo da linha de scrimmage, podendo atuar até como EDGE.

Arizona precisava turbinar a defesa, já que algumas falhas ao longo da temporada custaram vitórias que os deixaram fora dos playoffs. Klilff Kingsbury é cobrado por resultados melhores, o elenco melhorou muito desde que chegou. Com mais adições na free agency, a franquia não espera nada mais do que a classificação para a pós temporada. Collins chega a expectativa de ser a peça que faltava para o setor defensivo enfim deslanchar.

Escolher RBs na primeira rodada sempre causa desconforto. Isso você está lendo de um torcedor que escolheu Rashaad Penny na 27. Os Steelers tinham mais gaps importantes para preencher antes da posição de RB. Principalmente tendo em vista que estamos indo para reta final da carreira de Big Ben e ele precisaria de toda e qualquer ajuda.

Saiba como o Pittsburgh Steelers usa seus recebedores no ataque

Harris terminou sua carreira como o líder de todos os tempos em jardas corridas para Alabama (3.843), também conquistou 46 TDs, 80 recepções, 781 jardas e 11 TDs, jardas de scrimmage totais (4.624) e touchdowns (57) em 51 jogos e 638 tentativas. Um feito sensacional para uma Universidade que já teve excelente RBs.

Steelers fazem Draft regular para reta final de Big Ben

A saída de James Conner para o Arizona e o status de Harris como escolha do primeiro round devem colocá-lo em uma posição para uma grande quantidade de snaps. Os Steelers precisavam preencher o vazio deixado por Conner, que liderou a equipe com 721 jardas corridas. Benny Snell e Anthony MacFarland e companhia provavelmente não inspira confiança para o Front Office de Pitts.

Todo ano nomes sempre sobem e descem, esquentam e esfriam antes do draft. Também existem os nomes que passam por esse processo, inesperadamente na semana do evento. Esse ano, um dos que se beneficiou, aparecendo várias vezes na primeira rodada dos mocks mais próximos do dia do draft, foi o LB de Kentucky, Jamin Davis, escolhido pelo Washington Football Team.

Washington faz apostas interessantes em seu Draft

Ele foi um recruta de três estrelas vindo do HS. Ele teve um ano de redshirt em 2017 e jogou principalmente em times especiais em 2018, também registrando uma interceptação nesse ano. Ele seguiu com 32 tackles em 2019 antes de ser nomeado como titular para a temporada de 2020, onde liderou a equipe em tackles com 102 e também registrou 1,5 sacks, um fumble forçado, uma recuperação de fumble e três interceptações, uma das quais ele transformou numa pick-six de 85 jardas.

Continuando com nossa série, o foco de hoje é o ex-wide receiver da universidade da Florida, Kadarius Toney! Escolhido pelos Giants com a vigésima escolha do Draft deste ano, surpreendeu os analistas e especialistas do esporte, visto que saiu da board antes de receivers que eram vistos como melhores prospectos do que ele, como Rashod Bateman, Elijah Moore, Rondale Moore e Terrace Marshall Jr.. Toney é um exemplo de prospectos que explodem em seu último ano no college e, baseado nessa produção, acha o seu caminho para a primeira rodada do Draft. Saiu do high school como um prospecto 3 estrelas e jogava como quarterback. Ao chegar em Gainesville mudou de posição para WR, contudo, só veio se destacar de verdade em seu senior year (juntamente com a excelente temporada de Kyle Trask). Em seus 3 primeiros anos somados teve 2 TDs, 606 jardas recebidas e 50 recepções. Aí na temporada passada explodiu para 70 recepções, 984 jardas e 10 TDs e não só isso, chamou muita atenção com seus TDs longos, driblando uma série de adversários e com sua capacidade de conquistar jardas depois do catch ou em end arounds.

O melhor jogador do College Football em 2020. Essa é a apresentação de DeVonta Smith após uma temporada histórica em Alabama que lhe rendeu o Heisman Thophy e o National Championship. Ótimas atuações, recordes quebrados e o hype lá no alto aumentaram seu Draft stock.

Em contrapartida, Philadelphia teve uma das piores temporadas dos últimos anos, terminando com uma campanha de 4-11-1. Os efeitos de um ano como esse foram grandes, demissão de Doug Pederson e troca do QB Carson Wentz. Com a 6 pick, a equipe trocou com Miami e acumulou mais escolhas, ainda ficando dentro do top 15 e com boas chances de escolher algum WR ou CB, principais necessidades naquele momento.

DeVonta conseguiu atrair muitos olhares após e estava bem cotado. Porém, no dia da seleção Ja’Mar Chase e Jaylen Waddle foram escolhidos antes. Quando chegou na pick 10, Philly não quis correr o risco e subiu na frente do Giants para garantir o jogador. Adição nada ruim se pensarmos que a equipe trouxe um dos principais recebedores do universitário para um grupo que era um dos piores na NFL.

Vamos falar da #3 que veio de fora da FBS. Trey Lance apesar de toda capacidade atlética e força no braço não recebeu ofertas de Universidades grandes vindo do High School, achando abrigo apenas em North Dakota State, Universidade que também “lançou” Carson Wentz. Mesmo estando fora da divisão de elite, ele valeu para os 49ers uma subida da 12 para 3 por parte dos 49ers.

San Francisco conseguiu seu QB do futuro e nada mais importa muito

Trey Lance disputou 19 jogos em NDSU – dois em 2018, 16 em 2019 e um em 2020. Ele conseguiu um 19-0 nos jogos em que Trey Lance apareceu. Sua carreira na faculdade veio em meio a uma sequência de 39 vitórias consecutivas para os Bisons. Lance venceu dois campeonatos nacionais em 2018 e 2019, mas o primeiro ocorreu durante uma temporada em que o QB apareceu em apenas dois jogos, o último dos quais foi uma vitória sobre SDSU. Na temporada, ele correu oito vezes para 82 jardas e dois touchdowns, enquanto completava seu único passe para 12 jardas. Mas na temporada seguinte, em 2019, Lance explodiu ao completar 192 de 287 passes para 2.786 jardas, 28 touchdowns e zero interceptações, enquanto corria para 1.110 jardas e 14 touchdowns

Micah Parsons foi por muito tempo considerado o melhor defensor da classe do Draft 2021. Seu atleticismo de elite, junto com a habilidade de ir atrás do QB e marcar em cobertura no jogo aéreo, trouxeram o status de melhor prospecto na posição de LB dos últimos anos.

Por estar alto nas boards, Parsons preferiu dar opt out da temporada passada por causa do Covid. Mesmo sem estar em campo a avaliação do seu jogo se manteve alto, porém, seu histórico fora de campo foi questionado. Por conta disso, ele que era considerado um talento top 5, só foi escolhido na pick 12. O valor posicional também pesou para na queda.

Dallas tinha muitos problemas defensivos e queria selecionar o melhor prospecto de secundária. Da maneira que o Draft foi se desenhando os principais alvos foram saindo. Mesmo sem conseguir o CB tão desejado, a equipe não ficou triste ao ver o melhor LB sobrar. Uma escolha segura e que pode ser um dos maiores steals da primeira rodada.