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O empate do último domingo contra os Steelers foi a definição do que está sendo a temporada de Jared Goff nos Lions. O camisa 16 teve -1 jarda lançando no primeiro quarto e registrou 11-20 para 54 jardas durante o tempo regulamentar (errando uma série de passes fáceis para recebedores livres). Ele terminou o jogo lançando 14 de 25 para 114 jardas…. Ok, ele jogou a partida inteira com uma lesão no oblíquo, mas seu próprio técnico disse após o jogo que não se tratava de nada sério.
Goff está tendo sua pior temporada desde seu ano de calouro. Nos últimos 5 jogos, ele tem somente 1 TD, já acumula 10 turnovers na temporada e o ataque comandado por ele é o número 29 na NFL em pontuação. O ataque dos Lions tem vários outros problemas que não somente a atuação de seu QB, contudo, a posição mais importante do esporte na atualidade é a responsável por carregar a equipe nas costas, todos sabemos disso. Por exemplo, desde que Dan Campbell deu a declaração após a derrota contra os Bengals, que Goff deveria tomar mais responsabilidade pela performance do ataque, o quarterback soma 604 jardas, 1 TD e 2 INTs em 3 partidas.
Detroit #Lions QB Jared Goff is struggling in the rain today. He is 4-6 for 11 yards and 0 TDs after half number one #Detroit #OnePride #MotorCity #Touchdown #NFL #Highlights
pic.twitter.com/6sPE66utJD— Gabriel Schray (@schrayguy) November 14, 2021
Infelizmente para Goff, fica muito evidente que a boa fase que teve em sua carreira foi produto da genialidade de Sean McVay. Por um momento lá em Los Angeles, todos achavam que haviam encontrado seu franchise quarterback, no entanto ele era um mero resultado do sistema. Uma vez que as defesas adversárias decifraram o ataque dos Rams, a produção de Goff caiu bastante: seu TD-INT ratio de 2018 (ano que alcançaram o Super Bowl) foi 31-12, de 2019 foi 22-16 e de 2020 foi 20-13.
Tudo bem que em Detroit ele não tem ajuda alguma no ataque, visto que Golladay e Jones foram embora na free agency, seu possível WR1 em Tyrell Williams mal vê o campo devido a lesões e o jogo corrido até hoje não embalou com Swift. Acaba que sua única arma é o bom tight end T.J. Hockenson. Mas Goff não tem desculpa. Grandes QBs fazem os jogadores ao seu redor, melhores. Tom Brady até o ano de 2007 nunca esteve cercado de estrelas. Tampouco Drew Brees na maior parte de sua carreira.
O quarterback do futuro dos Lions não se encontra no roster nesse momento, portanto utilizar sua escolha de primeira rodada no Draft do ano que vem seria ideal para consertar essa caótica situação na posição mais importante do jogo. Ocorre que a classe de 2022 de quarterbacks não é das melhores dos últimos tempos não. Tanto é que a maioria dos jornalistas e analistas como nós, vê os Lions selecionando a estrela de Oregon, Kayvon Thibodeaux, para ser o pilar do rebuild em Detroit. Mas, assinantes, estamos aqui para analisar o futuro QB dos Lions, portanto vamos sim falar aqui sobre os possíveis bons encaixes para ser o QB da franquia de Detroit.
Sam Howell, North Carolina Tar Heels
As 2 boas opções que vejo para os Lions compartilham as mesmas características que acredito serem fundamentais para reviver essa franquia, que se encontra em maus lençóis desde a década de 60. Sam Howell trará instinto de competidor para a posição, trará garra, gana de vencer. Alem de seus talentos com o braço (uma linda deep ball, olhos sempre downfield, habilidade de estender jogadas, lançar ótimos passes em movimento fora do pocket) Howell é um ágil corredor com a bola nas mãos, com ótima visão e um lower body muito forte que o faz, muitas vezes, atropelar jogadores e buscar o contato, demonstrando sua vontade de fazer a jogada.
Apesar da falta de uma força de elite no braço, e de forçar muitos lançamentos e vir de um sistema que utiliza basicamente somente RPOs, o estilo de jogo de Howell é o que colocará os Lions de volta no mapa e de volta a uma condição de oferecer ameaça real a defesas adversárias.
Malik Willis, Liberty Flames
E temos aqui o melhor quarterback dual threat da classe de 2022. Willis chama atenção primeiramente pela sua capacidade de correr com a bola. Não tem como, uma característica forte dessas traria uma faceta a mais para o ataque anêmico de Detroit. Assim como Howell, Willis demonstra uma vontade insaciável de vencer, conquistar jardas e first downs quando está correndo com a bola. Quando explode para fora do pocket ele é extremamente criativo e possui ótima visão. Ele é muito rápido e possui uma explosão em espaços pequenos que é algo de cair o queixo.
O camisa 7 tem um canhão para lançar a bola e bota muita velocidade em seus passes, conseguindo acertar janelas apertadas. Consegue lançar a bola de vários ângulos de braço e, obviamente, lança muito bem em movimento, quando se encontra fora do pocket. Claro que, assim como Howell, possui uma série de falhas (tomada de decisões bem questionável, má administração do pocket, saindo dele muito cedo ou ficando muito tempo e levando o sack, problemas com fumbles e precisão ruim em seus passes em diversas ocasiões). Mesmo assim, Willis traria a faisca que os torcedores dos Lions tanto precisam e buscam há tanto tempo para assistir seu time no Ford Field.
O cenário pode, talvez, ser mais esperançoso do que achamos. Se os Lions conseguirem achar um substituto para Goff, podem mantê-lo por mais 1 ano – visto que cortá-lo em 2022 seria horrível para o salary cap – e mandá-lo embora em 2023 com um QB com mais teto e mais dinâmico pronto para ser o titular depois de 1 ano no banco aprendendo o jogo no nível profissional.