Destaque

Desde a chegada de Ryan Day (head coach dos Buckeyes), Ohio State esteve nos playoffs em dois dos três anos possíveis e apesar de ainda não ter conseguido levar o título nacional, Day tem a moral elevada em Columbus. Além de ter conseguido produzir bons quarterbacks, principalmente Justin Fields e agora com outro potencial top-10 do Draft, C.J. Stroud, seus ataques estão sempre no topo do país. Mas como nem tudo são flores, por outro lado, suas defesas têm sido porosas e questionáveis para quem almeja ser campeão nacional.

Com um novo coordenador defensivo, Jim Knowles, ex-Oklahoma State (2018-2021), Ryan Day espera que consiga mudar a imagem da defesa rapidamente, visto que foi apenas a 41a defesa ranqueada segundo o PFF, e a 50.ª em jardas cedidas por jogo. Com uma tradição recente tão forte de ter ótimas secundárias e excelentes EDGE rushers, essa estatística chega a surpreender os mais desavisados. 

Para essa temporada, espera-se novamente uma linha defensiva de alto nível que deve ajudar a recolocar essa defesa dentro do esperado grupo de top-10. No recrutamento, dois jogadores cinco estrelas (Jack Sawyer e J.T. Tuimoloau) escolheram Ohio State e devem ter snaps consideráveis logo como true freshman. Muitos jogadores que jogaram em 2021 retornam para essa temporada também, portanto há uma expectativa bem positiva de melhora.

Já no segundo nível da defesa, o grupo de linebackers retorna quase todos os principais jogadores da temporada passada, além do novo recruta também 5 estrelas, C.J. Hicks, ranqueado como o melhor linebacker da classe e o sétimo geral de 2022. Para a secundária, a esperança está nos ombros dos segundanistas. Denzel Burke, cornerback titular da temporada passada, espera que com mais experiência faça com que Ohio State tenha mais uma vez uma secundária de respeito, mas há uma preocupação clara em relação à profundidade desse grupo: pouco valor foi adicionado no recrutamento e também via portal de transferências.

Partindo para o outro lado da bola, o ataque de Ohio State será muito mais falado no On The Clock nessa temporada do que a defesa. Isso porque os Buckeyes possuem muito mais prospectos, começando pelo quarterback C.J. Stroud. Sem dois dos seus principais recebedores, Garrett Wilson e Chris Olave, Stroud ainda terá Jaxson Smith-Njigba, que já é uma estrela no College, Marvin Harrison Jr., Emeka Egubka e Julian Fleming: não parece que Stroud terá problemas para encontrar alvos na temporada.

Na linha ofensiva, quatro dos cinco titulares retornam e apenas o left guard Donovan Jackson será novidade, mas se tratando do guard mais bem ranqueado da classe de 2021, não diria que é um problema para Stroud. Junto a isso tudo, o running back TreVeyon Henderson também retorna para a sua segunda temporada depois de uma estreia de gala com 1.560 jardas de scrimmage e 19 touchdowns totais.

A estrela do time: C.J. Stroud

Visto como um dos dois principais quarterbacks da classe de 2022, C.J. Stroud teve um início de temporada de 2021 um pouco questionado, mas logo depois engrenou e mostrou ser realmente um prospecto de alto calibre. Com excelente ball placement e ótima precisão, Stroud ainda mostra bom release e boa força no braço. Precisa mostrar mais consistência durante a temporada inteira para ganhar a vaga de QB1 do Draft de 2023.

Nick Saban é uma lenda do futebol americano. Pode ser colocado entre os 5 melhores técnicos da história com alguma folga. Contudo, ele não detém todos os recordes de técnicos do Crimson Tide, existe um técnico que ajudou a construir o nome do programa mais importante do College Football: Bear Bryant e o lendário chapéu xadrez. Os 6 títulos de Nick Saban hoje empatam com os 6 de Bryant como técnico dos Crimson Tide. Nos 15 anos em que Saban lidera a Universidade de Alabama, a equipe possui 24 derrotas, e esse aproveitamento de quase 90% não deve diminuir neste ano.

Alabama tem o roster mais talentoso de todo College Football, mesmo tendo perdido jogadores relevantes como Evan Neal e Jameson Williams. Mesmo assim, não se pode falar de rebuild quando se fala dos Crimson Tide, mas sim um reload. Para as posições de Neal e Williams, Saban trouxe Tyler Steen, o melhor Offensive Tackle disponível via portal de transferências e Jermaine Burton, roubando um bom recebedor de seu maior rival pela coroa de campeão, os Bulldogs da Georgia. Saban tem quase 50 anos como técnico e passou por diversas eras, conseguir bons reforços via portal de transferência mostra a capacidade de se adaptar às mudanças que ocorreram com o tempo.

A base do time se manteve a mesma, com duas possíveis escolhas no top 5 do próximo draft, como o Edge Will Anderson e o QB Bryce Young, que pode conseguir algo inédito ao ganhar de maneira consecutiva o Heisman Trophy, já que defende a premiação após recebê-la em 2021. Will Anderson foi o quinto na corrida para o Heisman Trophy em 2021 e deve concorrer ainda mais forte em 2022. Além disso, Alabama conta com o reforço de Jahmyr Gibbs, vindo de Georgia Tech para suprir a falta de Brian Robinson, Gibbs é um dos melhores corredores de toda FBS. Deve ter números explosivos nessa temporada, depois de ter passado os dois primeiros anos na carreira em um ataque de triple option.

A linha ofensiva perdeu Evan Neal mas retorna 4 dos 5 titulares, em uma das melhores linhas do país. A grande questão se encontra no corpo de recebedores, 4 dos 5 principais jogadores em jardas recebidas não voltam à equipe. Jameson Williams, John Metchie, Slade Bolden e Jahleel Billingsley, que se transferiu para Texas. Cameron Latu e Traeshon Holden retornam para comandar um grupo inexperiente, mas talentoso. Com a adição de Jermaine Burton, o titular no slot será o True Freshman Kobe Prentice. Tyler Harrell, transferido de Louisville e o Special Teams Ace Ja’Corey Brooks encerram um corpo de recebedores com talento. Menos talento do que nos anos anteriores, onde Alabama basicamente colocou um recebedor na primeira rodada do Draft todo ano.

Na defesa, Alabama mais uma vez está recheada de estrelas. Mesmo com a perda de jogadores importantes como a dupla de Corners titulares em Josh Jobe e Jalyn Armour-Davis, Linebackers como Christian Harris, Christopher Allen e o Defensive End Phildarian Mathis, o talento que fica é maior que o que sai. No Front Seven, destaque para um dos melhores Linebackers do país em Henry To’o To’o e na estrela Will Anderson.

A secundária é recheada de talentos como Malachi Moore, Kool-Aid McKinstry, Brian Branch e Jordan Battle. Pode-se esperar o mesmo nível de performance da defesa dos Crimson Tide, principalmente considerando que os dois principais pass rushers, Will Anderson e Dallas Turner combinaram para 25,5 sacks na temporada passada e devem eclipsar a casa dos 30 sacks na conferência mais forte de todo College Football. Brian Branch e Jordan Battle são dois dos melhores safetys da próxima classe do Draft e devem ser escolhas de dia 2 de Draft, assim como To’o To’o. Byron Young e Tim Smith, a dupla de Defensive Ends e DJ Dale, são bons jogadores e assim como Phidarian Mathis, podem se transformar em escolhas top 50 depois de uma boa temporada.

Estrelas da Equipe:

Will Anderson – EDGE – Junior

Anderson teve uma das temporadas mais brilhantes para um Edge Rusher na história do College Football. Mais de 100 Tackles, e incríveis 17,5 sacks em 15 partidas. Anderson é fantástico contra o passe, mas contra a corrida é ainda mais impressionante. Dificilmente é controlado por um jogador na linha de scrimmage, tem a força, a agilidade e a inteligência de jogo para manter a integridade dos gaps e finalizar a jogada. A versatilidade também impressiona, influenciando o jogo tanto como 3, 5 ou 9 Tech.

Além disso, pode dropar e marcar em zona, aumentando ainda mais seu valor pela versatilidade. Como Pass Rusher, tem uma explosão que assusta no primeiro momento, e consegue chegar no QB muito rápido se colocado em boas situações, muda de direção com grande facilidade, o que o transforma em algo impossível de bloquear para Guards, por exemplo. Não tem o melhor Bull Rush ou o melhor Bend, mas usa sua inteligência e explosão para chegar ao QB. Se trabalhar melhor esses dois pontos, tem tudo para ser um talento geracional na NFL. 

Bryce Young – QB – Junior

Young começa a temporada como o principal Quarterback do próximo Draft, com potencial de ser a escolha número 1 no próximo recrutamento para uma equipe que não tem um Signal Caller confiável. Assim como os outros produtos de Alabama, não é um jogador atlético, mas altamente capaz de processar e ser preciso nos passes curtos, médios e longos. Mesmo não sendo atlético, consegue improvisar e encontrar janelas na corrida. Perde uma parte da precisão quando pressionado e confia demais em suas leituras, o que acaba por colocá-lo em situações ruins quando defrontado de uma equipe múltipla e capaz de enganá-lo.

Os 67% de aproveitamento nos passes, com 47 TDs e 7 Interceptações mostra que mesmo assim é difícil parar Young, considerando que ele estava em seu primeiro ano como titular nos Crimson Tide, recebendo o Heisman Trophy. Agora no seu segundo ano, tem capacidade de conquistar ainda mais, se os recebedores seguirem o mesmo nível deixado por Jameson Williams e John Metchie.

Bryce Young finds Cameron Latu for a touchdown | 2022 national championship game

A era Jim Harbaugh no comando de Michigan não acumula o sucesso esperado, mas teve seu melhor ano em 2021. Nele, finalmente interrompeu sequência de oito derrotas para a rival Ohio State, conquistou o título da Big Ten e alcançou os playoffs pela primeira vez. Na pós-temporada, os Wolverines foram superados por Georgia na semifinal sem oferecer muita resistência. Agora, a equipe entra em 2022 com a intenção de repetir o desempenho, mas terá alguns desafios pela frente.

Em 2021, a defesa liderou o time, mas precisará lidar com uma série de mudanças para esta temporada. Tudo começa com a troca de coordenadores. Mike MacDonald teve bastante sucesso no ano passado e voltará para a NFL para exercer a função em Baltimore, de onde saiu para ir a para Michigan. Quem ocupará o posto será outro ex-treinador dos Ravens, Jesse Minter, que foi o DC de Vanderbilt em 2021. Ele deve manter conceitos semelhantes para o setor defensivo, sendo positivo em continuidade.

O programa também terá que repor saídas muito importantes. Os dois principais pass rushers em Aidan Hutchinson e David Ojabo deixaram o time rumo a NFL no último Draft. O LB Josh Ross e o DB Daxton Hill também são nomes importantes que saíram. Dessa forma, a principal pergunta que fica é quem será responsável por gerar pressão no elenco. Nenhum jogador no elenco atual teve mais do que 1 sack no ano passado, então alguém precisará subir de nível. Já na secundária existem opções experientes e que proporcionarão estabilidade.

Também existirão mudanças no comando do ataque. O antigo coordenador Josh Gattis assumiu o posto na universidade de Miami e foi substituído pela dupla Sherrone Moore e Matt Weiss. Os dois já trabalhavam na comissão de Michigan e manterão também os cargos como treinadores de linha ofensiva e quarterbacks, respectivamente.

No que diz respeito ao talento em campo, existem boas opções de recebedores com um grupo de WRs profundo e um bom TE em Erick All. Os RBs Blake Corum e Donovan Edwards terão mais responsabilidade, já que Hassan Haskins deixou a equipe rumo aos profissionais. A linha ofensiva que ganhou o prêmio Joe Moore em 2021, dado para a melhor linha ofensiva da temporada, deve se manter como uma força. Já entre os QBs existe uma situação curiosa. Harbaugh anunciou que Cade McNamara, titular de 2021, começará liderando o ataque no primeiro jogo e JJ McCarthy no segundo. Somente depois disso o time nomeará o QB1 para 2022 em definitivo.

A estrela do time: Cornelius Johnson, WR

Listado como 6’3″ e 208 lbs, Johnson tem um bom porte físico e força de jogo. Principal recebedor de Michigan em 2021, acumulou 620 jardas em 39 recepções, mas apenas 3 touchdowns. Seu jogo faz uso das dimensões, com sólida velocidade e boa atenção aos detalhes nas rotas. Também tem desempenho de qualidade com a bola nas mãos, especialmente quando se considera seu tamanho.

Por outro lado, precisará trabalhar na fluidez no quadril para tornar suas quebras mais eficientes. Além disso, sua taxa de sucesso em situações contestadas é pior do que o esperado e pode melhorar em 2022. Dessa forma, é um prospecto com talento, mas que possui uma boa quantidade de pontos para evoluir.

Falta pouco para o início da próxima temporada do College. Apesar de gostar do draft, você pode nem ser acostumado com esse mundo ainda, então vamos começar uma série apresentando alguns dos principais times desse ano que fazem parte da primeira divisão da NCAA. O texto de hoje vai ser do Notre Dame.

Dois vídeos se tornaram virais na mudança de comando de Notre Dame. Um de Brian Kelly e seu sotaque forçado na apresentação assumindo o comando de LSU. O outro foi a reação do vestiário em alegria, quando o antigo coordenador defensivo Marcus Freeman foi apresentado à sua equipe como seu novo treinador. A recepção calorosa para seu novo treinador e abraço coletivo da equipe falou muito.

O árduo primeiro passo de uma nova era em LSU

Os torcedores de Notre Dame, também pareceram felizes, por estarem de certa forma “impacientes” com Brian Kelly, apesar das 54 vitórias em cinco temporadas, mas resultados vazios contra a maioria dos adversários de alto nível em seus 12 anos de no comando dos Irish. Por mais que no seu reinado, Kelly tenha superado Knute Rockne como o treinador mais vencedor da história de Notre Dame, não chegou a ser contender de título. Lembra dos Bengals de anos atrás? Chegava no wild card e sempre era eliminado, nunca almejava coisas maiores no campeonato, é basicamente a situação de Notre Dame.

A estrela do time: Michael Mayer, TE

Em 2020, como freshman, Mayer atuou em 12 jogos, fazendo 42 recepções para 450 jardas para uma média de 10,7 jardas por recepção, com 2 TDs e uma classificação de QB quando alvo de 97,4. Como bloqueador não permitiu pressões e nem sacks. No segundo ano em 2021, ele jogou em 12 jogos e teve 71 recepções para 840 jardas para uma média de 11,8 jardas por recepção, com 7 TDs e uma classificação de QB quando alvo de 112,6. Na proteção do passe não cedeu nenhuma pressão e nenhum saco.

É difícil chamar um tight end de talento generacional depois que Kyle Pitts deixou o sarrafo lá no alto sendo escolhido merecidamente no top5 do draft.  Ele tem o protótipo para a posição com 6-5 e 251 libras. Ou seja, ele está pronto para a NFL do ponto de vista físico, desde sua temporada de calouro.

Ele usa frame para ajudar nos bloqueios, o que é esperado jogando em Notre Dame, mesmo que ainda haja espaço para melhora nesse quesito do jogo. Sua altura e impulsão lhe permite lutar pela bola no alto dando a chance aos seus QBs de procurá-lo na redzone. Além disso, tem a capacidade atlética para conseguir jardas depois da recepção. E por conta disso, um esquema ofensivo usando ele como arma na rota seam vai ser um pesadelo para as defesas adversárias.

Nenhum time passou por tantas mudanças de 2021 para 2022 no College Football quanto USC. O programa encerrou o período de Clay Helton como treinador ao contratar Lincoln Riley como seu novo head coach. Riley veio de uma série de campanhas de muito sucesso no comando de Oklahoma e chega nos Trojans para reabilitar o sucesso do passado.

Como reflexo da mudança de ares de Riley, USC também recebeu um grande número de jogadores em transferências. Ao todo, foram 20 novos atletas chegando no programa e um ataque que se reformulou bastante. Os QBs de 2021, Kedon Slovis e Jaxson Dart, saíram e deram lugar para Caleb Williams. O novo dono da posição nos Trojans teve uma excelente temporada de freshman em Oklahoma antes de se transferir para jogar com seu antigo treinador.

O programa também adquiriu novos RBs, com destaque para Travis Dye, e formou um promissor grupo de WRs. Após se transferir de Pittsburgh, Jordan Addison lidera os recebedores, que também contam com Mario Williams (ex-Oklahoma) e Gary Bryant Jr. A linha ofensiva tem talento, especialmente em seu miolo. Agora, resta saber como todas estas peças se acostumarão com o produtivo e comprovado esquema de Riley.

No lado defensivo, o coordenador Alex Grinch seguiu com Riley de Oklahoma para USC. Ele nunca teve uma defesa muito forte, mas sempre conseguiu revelar jogadores promissores e tirar o máximo da situação. Nesta nova fase nos Trojans, terá uma série de novos atletas para trabalhar.

Nas fronteiras, o time precisa produzir mais em termos de pass rush e terá uma rotação reforçada para suprir a saída de Drake Jackson para a NFL. No grupo de LBs, Erick Gentry chega de Arizona State após um bom ano de freshman. Na secundária, a dupla de safeties é sólida e experiente com Xavien Allford e Calen Bullock. Já o grupo de CBs tem talento, mas ainda é uma incógnita, já que passou por intensa reformulação com transferências e novos recrutas.

A estrela do time: Jordan Addison, WR

Nenhum recebedor no College Football foi melhor que Jordan Addison em 2021. Ele teve 100 recepções para 1593 jardas e 17 TDs como a melhor peça do ataque de Pittsburgh e venceu o prêmio Biletnikoff, dado ao melhor WR do ano. Depois de duas temporadas nos Panthers, decidiu se transferir para os Trojans para ganhar muito dinheiro em termos de patrocínio e ter a oportunidade de jogar no sistema de Riley.

Addison alinhou majoritariamente no slot, com boa capacidade de produzir depois da recepção. No entanto, também é muito capaz de desempenhar em alto nível por fora, o que foi comprovado nas oportunidades que teve em 2021. Ele é um recebedor de porte físico menor, com altura sólida, mas muito leve, listado com apenas 175 lbs, além de ter uma elevada taxa de drops na carreira. Estes podem ser fatores prejudiciais para sua projeção como profissional, mas, até agora, têm sido contornados.

Em USC, Jordan terá que firmar uma parceria prolífica com um novo QB em Caleb Williams e terá mais concorrência de qualidade em busca por passes na sua direção. De qualquer forma, a expectativa é de que tenha sucesso, uma vez que se trata de um jogador de muito talento. Caso tudo aconteça conforme o esperado, firmará seu nome na primeira rodada do próximo Draft e poderá inclusive desafiar para ser o primeiro WR a ter seu nome chamado no processo.

Os Ducks não possuem nenhum título nacional. Sua rival, USC, possui uma das camisas mais pesadas de todo College Football, capaz de colocá-la em posições altas no ranking e trazer os melhores jogadores sem nenhuma explicação plausível, como foi na última década. Agora com Lincoln Riley, USC terá a chance de voltar aos tempos de glória. Oregon terá uma reformulação na primeira temporada no comando de Dan Lanning, após a saída de Mario Cristobal para sua alma mater, Miami. Quem será o Quarterback, como os jogadores vão processar o novo sistema tático, Noah Sewell fará jus ao status de All-America, Dan Lanning repetirá o sucesso defensivo dos Bulldogs em Eugene. Esses são os principais tópicos a serem destrinchados nos próximos parágrafos. 

Com a viagem de Cristobal para a Florida e a viagem de Lanning para Oregon, também mudam-se os Coordenadores e toda a Coaching Staff. Kenny Dillingham chega com a questão mais custosa a um coordenador ofensivo: quem vai ser o Quarterback titular? É uma resposta ainda sem resposta para os Ducks, com três jogadores na briga. TY Thompson e Jay Butterfield, a dupla de redshirt freshmans com pouca experiência mas muito talento. Ou contar com a experiência de Bo Nix, o ex-Tigers.

Bo Nix é quem lidera a briga hoje devido a conhecer o sistema de Dillingham, ambos tiveram sucesso juntos em Auburn, quando Nix liderou um drive final contra Oregon na abertura da temporada e foi freshman do ano. Além disso, Nix é um Quarterback mais preparado para manter um padrão de performance, enquanto os novatos podem fazer a equipe sofrer por conta da falta de experiência. Não se enganem, Bo Nix não deve ser um Quarterback para ser considerado na NFL, considerando que esse deve ser seu último ano no College, mas é um jogador de alto padrão para os níveis da FBS e pode sim levar a equipe a bons resultados.

Para ajudar Kenny Dillingham a formar seu ataque, um grupo se mantém praticamente intacto: a linha ofensiva. Esta retorna 4 dos seus titulares, com bons jogadores se conseguirem se manter saudáveis. O corpo de skill players não tem grandes nomes, com o principal jogador, Travis Dye, rumando para a rival USC via portal de transferências. Com a perda de Travis, os Ducks perdem o único jogador que ultrapassou de mil jardas de scrimmage em 2021. Com isso, o jogo corrido dos Ducks está nas mãos de Byron Cardwell e Sean Dollars, dois Running Backs com muito a provar.

Dollars perdeu 2021 com uma lesão e Cardwell começou 2021 como terceiro Running Back, tendo apenas 61 carregadas em todo o ano. O corpo de recebedores tem a trinca Kris Hutson, Troy Franklin e Dont’e Thornton. Três jogadores de alto nível saindo do High School e tem potencial para se tornarem bons contribuidores para os Ducks, a perda do principal recebedor do time, Devon Williams deve impactar nesse começo de temporada.

Na defesa, perder Kayvon Thibodeaux vai impactar como as equipes se preparam para os Ducks. Contudo, a parte estrelada da equipe é o fortíssimo corpo de Linebackers com Noah Sewell, irmão de Penei Sewell, e Justin Flowe, que em uma partida disputada em 2021, mostrou a que veio, 14 tackles e um fumble forçado e as honras de freshman da semana na única partida jogada. Já na linha defensiva, Brandon Dorlus deve assumir a função de líder da linha defensiva e deve se beneficiar de um técnico que produziu a última primeira escolha geral, Travon Walker.

Popo Aumavae é a outra estrela da linha como Run Stuffer, mais um jogador capaz de se beneficiar de um treinador que colocou na primeira rodada um Defensive Tackle, Jordan Davis. A secundária é a área que mais preocupa, com a perda de Mykael Wright e Verone McKinley III, os dois melhores jogadores da secundária em 2021. Para suprir a perda de Wright, Lanning trouxe Christian Gonzalez de Colorado via portal de transferências. A defesa deve ser uma das melhores do país em 2022, com talento dentro e fora de campo e traduzir isso em jogadores dos Ducks em primeiras rodadas.

Estrela do time: Noah Sewell – LB

Sewell é o jogador que todo coordenador defensivo gostaria de ter. Penei Sewell, seu irmão mais velho, foi a sétima escolha geral do Draft de 2021, sendo selecionado pelos Lions, com um atleticismo fora da curva para a posição. Noah tem uma grande capacidade atlética e qualidade do irmão, contudo, a posição que joga deve colocá-lo em posições abaixo da qualidade dele. Sewell tem a qualidade de correr sideline a sideline, ir atrás do passador, marcar recebedores, running backs e fazer spy em Quarterbacks.

Além disso, não tem medo de ter contato com jogadores de linha ofensiva, seja ancorando e fazendo o stack and shed no jogo corrido, ou indo atrás do passador em blitz. Ter um irmão linha ofensiva com certeza o ajudou nessa qualidade. Noah é um híbrido de um Linebacker moderno, que é atlético, marca jogadores mais leves, e um Linebacker old school, capaz de interagir com a linha ofensiva sem muitos perrengues. Uma área a se trabalhar é a marcação em zona, onde precisa processar melhor os conceitos ofensivos e atacar melhor essa situação. Dan Lanning tem uma jóia em mãos que pode ser o melhor jogador defensivo da temporada, e um candidato a aparecer no Heisman Trophy.