Alguém ainda duvida que Jonathan Taylor era o RB1 de sua classe?

by Alexandre Castro

No processo do draft de 2020, havia por parte de muitos, uma indecisão sobre quem seria o RB1 daquela classe. Haviam argumentos para embasar a preferência por cada candidato. D’Andre Swift conseguia ser um all-around player, J.K. Dobbins era um cara extremamente dinâmico, e por fim o RB de Wisconsin, Jonathan Taylor e suas mais de 6500 jardas de scrimmage.

E para surpresa de muitos, nenhum destes 3 candidatos foi o primeiro a ser escolhido. O “título” ficou com ex-RB de LSU, Clyde Edwards-Helaire, com a última escolha da primeira rodada pelos Chiefs. Taylor caiu no colo dos Colts depois de Swift sair para os Lions na 35 e ele viu seu nome ser chamado apenas na 41.

Com uma temporada e meia de análise, dá para cravar que Jonathan Taylor, com muita tranquilidade, era o RB1 indiscutível dessa classe.

Vamos entender o porquê?

Quais eram as “red flags” de Jonathan Taylor chegando na NFL?

Como dito anteriormente, ele chegou na NFL com um currículo de mais de 6500 jardas. No entanto, apenas 407 foram pelo ar. Inclusive, mais da metade (252) vieram no último ano, após Taylor pedir por isso em Wisconsin. Ou seja, ele chegou a NFL basicamente sem ser provado como um RB para situações óbvias de passe.

Como ele se sairia com as mãos?

Ele conseguiria proteger seu QB, se necessário?

Outro ponto é que o tape de Taylor era marcado por grandes home-runs. Será que ele conseguiria replicar isso na NFL? Falaremos sobre isso mais a frente, mas isso o ajudou a quebrar uma série de records.

  • Mais jogos de 200 jardas corridas: 12
  • Mais jardas corridas nos 3 primeiros anos: 6,174
  • Mais jardas corridas nos 2 primeiros anos: 4,171
  • Mais jardas corridas por um freshman: 1,977
  • Menos jogos por um freshman para alcançar as 1000 jardas: 7 jogos

Um início devagar

A transição para NFL não foi fácil para Taylor. Ele entrou na temporada como reserva de Marlon Mack. Isso durou menos do que um jogo completo, já que Mack se lesionou na semana 1. Então Taylor teve que aprender que ele não estava mais em Wisconsin, onde ele apenas tinha que pegar a bola e correr.

Era preciso mais paciência, mais leituras de bloqueios. Isso foi complicado para Taylor e ele começou a perder snaps para Nyheim Hines durante parte da temporada e chegou a ser ameaçado de longe por Jordan Wilkins(inexplicavelmente). Fechando sua temporada de calouro correndo para 741 jardas nos últimos cinco jogos para terminar com 1.169 jardas na temporada.

O futuro é encorajador

No ano 2, Taylor adicionou uma nova dimensão, expandindo seu papel no jogo aéreo. O jogador parece bem mais a vontade no ataque, e correndo com atrás de uma linha ofensiva fortíssima, faz ele se sentir em casa, lembrando os tempos de Wisconsin, Universidade que é celeiro de grandes OLs para NFL.

Em 2020 ele teve 299 jardas, até agora na temporada ele já tem 293. Nesse mesmo recorte de 9 jogos ele já tem 821 jardas, que numa projeção de desempenho em 17 semanas daria para ele mais de 2400 jardas de scrimmage.

Ainda assim Taylor é indiscutivelmente usado menos que deveria. Há apenas algumas semanas, o técnico Frank Reich disse que Taylor merece pelo menos 20 snaps por jogo. Ele nunca atingiu esse número na sua carreira. O maior número de carregadas que ele teve foi justamente na sua última partida contra os Jets, quando teve 19. Obviamente, RB é uma posição que as lesões são mais propensas, mas uma coisa é administrar seu jogador, outra coisa é tirar snaps dele.

Lembra da conversa lá em cima sobre big-plays?

Jonathan Taylor teve um TD de 21 jardas e um TD de 78 jardas contra os Jets. Ele é o primeiro jogador nesta temporada a ter mais de um TD corrido para mais de 20 jardas na temporada. Além disso, o segundo-anista agora tem as 2 corridas mais longas da NFL nesta temporada (83, 78).

Então o que resta é parabenizar os times que passaram Jonathan Taylor.

You may also like

Leave a Comment