Os Patriots selecionaram Drake Maye com a terceira escolha geral no Draft desse ano para ser o quarterback do futuro da franquia. Todavia, optaram por começar a temporada com Jacoby Brissett como o titular. Depois de uma vitória inesperada na semana 1, o time acumulou 4 derrotas seguidas. Com isso, o HC Jerod Mayo optou por finalmente abrir espaço para que Maye fizesse sua estreia profissional.
Nela, New England saiu derrotada por 41 a 21 contra os Texans em um confronto em que realmente não pareciam ter muitas chances. Mesmo assim, o desempenho de Maye mostrou motivos para empolgação, apesar de alguns altos e baixos. O calouro completou 20 de 33 passes para 243 jardas, 3 touchdowns e 2 interceptações, além de ter 5 corridas para 38 jardas.
Agora, vamos analisar em maiores detalhes como foi a atuação do calouro e os sinais que ela deixou para o futuro.
O contexto
Os Patriots entraram na temporada com um dos piores sistemas de apoio para qualquer quarterback na liga. A linha ofensiva era um problema e isto se provou na prática ao longo das primeiras semanas da temporada. O grupo é fraco tanto na proteção para o passe quanto abrindo espaço para corridas. Jacoby Brissett ficou em situação de pressão frequentemente. Durante as cinco primeiras semanas, Brissett sofreu alguma pressão em 47,2% dos dropbacks de acordo com o PFF, a maior marca de qualquer QB da liga no período.
Para piorar, o jogo corrido não conseguia compensar e tirar o peso de seus ombros. Constantemente o time terminava em situações complicadas. Em situações óbvias de passe e com uma OL ruim, era necessário contar com um grupo de recebedores capazes de gerar separação. No entanto, esse não foi o caso e o ataque aéreo pouco produziu. Além disso, o próprio Brissett não foi capaz de superar as limitações a sua volta.
O adversário
Nesta situação, Maye foi anunciado como titular e recebeu um adversário indigesto para a estreia. O Houston Texans é um dos melhores times da liga na temporada e o favorito ao título da AFC Sul. O time comandado por DeMeco Ryans conta com uma defesa agressiva com uma forte dupla de pass rushers. Esta combinação era um péssimo sinal para a proteção de Maye.
Do outro lado da bola, o ataque dos Texans também tinha a vantagem sobre a defesa dos Patriots. Isto montou um cenário em que Maye provavelmente teria que lidar com estar atrás do placar com frequência e sofrendo com pressão constante. Resumindo, longe das condições ideais para uma estreia na NFL e muito do retrato que se desenhava antes do jogo acabou se confirmando.