Por que Jaxon Smith-Njigba ainda não produziu o esperado?

by Alexandre Castro

Era uma tarefa difícil eleger o melhor recebedor da classe do ano passado, antes do draft. Existiam muitos candidatos, mas sempre algum motivo para estar reticente a respeito do prospecto. O resultado é que o primeiro da posição a sair só veio na escolha 20.

O terrível início de carreira de Quentin Johnston

A escolha foi feita pelo Seattle Seahawks, Jaxon Smith-Njigba de Ohio State. Ele teve uma produção incrível no college, quebrando records da Universidade e na FBS, incluindo uma partida memorável de Rose Bowl contra Utah. O problema é que foi em 2021. Em 2022 ele passou boa parte do ano lesionado com um problema na coxa.

Aparentemente era um ambiente perfeito. Os Seahawks já tinham um WR1 e WR2 estabelecidos em DK Metcalf e Tyler Lockett, e Smith-Njigba não precisaria entrar com a pressão de ter que ser a solução. Ele chegou como a esperança do time estabelecer um WR3 que a torcida e o time tanto esperavam e, assim como Lockett se tornar uma peça mais dominante no ataque no futuro da franquia.

Problema de lesão

JSN, como é conhecido, teve destaque nos treinos e na preseason. Mesmo jogando com Drew Lock de QB ele conseguiu bons números no ataque dos Seahawks. O problema é que na partida de preseason contra Dallas ele fraturou a mão e precisou passar por uma cirurgia.

Ele conseguiu voltar a campo rapidamente, e na semana 1 já estava ativo. No entanto, é inegável que isso o tirou de ritmo e atrapalhou sua adaptação para NFL.

Utilização e ataque moroso

Durante a semana 1, contra os Rams, Seattle perdeu sua dupla de OTs titulares. Charles Cross e Abraham Lucas não chegaram a jogar nem um tempo completo juntos. Com uma dupla de OT reserva,  a produção do ataque caiu ao ver seu QB sendo pressionado snap depois de snap.

Em resposta a isso, os Seahawks passaram a usar mais pacotes com 2 e 3 Tight Ends para ajudar a linha ofensiva. O resultado disso é que Jaxon Smith-Njigba viu menos o campo nesse trecho. Nas 4 primeiras foram basicamente 20 snaps (de passe) em campo.

Ademais, o ataque de Seattle que surpreendeu a todos em 2022, caiu muito de nível. Shane Waldron, o coordenador ofensivo do time, está com seu cargo na corda bamba e, inclusive, o HC Pete Carroll chegou a falar que o time precisava usar mais/melhor JSN. Com toda a unidade decepcionando, era natural que a produção do calouro fosse impactada.

Comparação com outros novatos

  • 6º em alvos (66);
  • 7º em recepções (45);
  • 8º em jardas (468);
  • 6º em TDs (2);
  • 4º em jardas após a recepção (280);
  • 6º em tackles errados forçados (5);

Vem um ressurgimento?

Os números não são dos melhores, como mostrados acima. Contudo, ele mostrou um crescimento nas últimas semanas. Isso combinado a um ataque que começou a performar melhor e uma OL mais sólida. Ele teve 40 snaps de passe contra os Bengals na semana 6 e, desde a semana 9 que ele tem pelo menos 30 snaps em campo nas jogadas de passe.

Também, desde a semana 9, ele tem conquistado ao menos 40 jardas por jogo. Dessa forma existe a esperança que ele possa recuperar um pouco do prejuízo nas semanas finais, enquanto os Seahawks lutam para tentar chegar ao wildcard.

Um problema para ficar de olho

Algo para se atentar, é que JSN sofreu 5 drops. Atrás apena de Puka Nacua entre os calouros. Isso não era algo comum no seu tempo em Ohio State, onde sempre foi um alvo seguro. Até o momento, a maioria desses drops vieram de problemas de concentração.

Vamos lá!

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1 comentário

RaphaAndrade 16 de dezembro de 2023 - 13:14

Muito bom! Acredito que ano que vem ele possa melhorar, tem muito potencial.

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