Os altos e baixos de Sam Howell

by João Gabriel Gelli

Sam Howell entrou na temporada de 2021 do College como um dos principais prospectos entre os QBs para aquela classe. No entanto, seu desempenho não atingiu as expectativas e fez com que caísse nas boards. Para o On The Clock, ele ainda se tratava do melhor da posição naquele ano, mas para os times da NFL este não foi o caso. Dessa forma, despencou até a quinta rodada, em que foi selecionado pelos Commanders.

Como prospecto

Em seu período como universitário, Howell exibiu um bom braço, com capacidade de acessar todas as áreas do campo com precisão e colocação adequadas. A tomada de decisão era boa, apesar de vir em um sistema simples, em que não desenvolveu tanto leituras mais complexas.

Evoluiu muito ao longo do último ano em termos de dureza mental e capacidade de ganhar jardas com as pernas. Isto veio em grande parte pelo fato de jogar atrás de uma linha ofensiva pavorosa. No entanto, não mostrou o nível desejado em se manter no pocket, escalar e buscar passes ao improvisar ao invés de correr.

No fim das contas, era visto como um prospecto que tinha condições de ser titular na NFL, principalmente se recebesse condições adequadas para tal.

Como calouro

Chegando na NFL como escolha de quinta rodada, nada estava garantido para Howell, mas conseguiu manter sua posição no elenco, mesmo como QB3 da equipe. Durante toda a temporada foi um reserva para Carson Wentz e Taylor Heinicke, que dividiram o posto de titular.

Howell só entrou em campo na semana 18, quando foi o titular na partida contra os Cowboys. O jogo não tinha relevância para os Commanders, uma vez que já estavam eliminados. Contudo, era uma oportunidade importante para o então calouro mostrar serviço. Ele teve uma estreia sólida, completando 11 de 19 (57,9%) passes para 168 jardas (8,8 por tentativa), com 1 touchdown e 1 interceptação. Além disso, acrescentou 5 corridas para 35 jardas e um TD.

Com este desempenho, conseguiu convencer a comissão técnica e a diretoria de que merecia mais chances no futuro. Isto contribuiu para que entrasse na offseason como a principal opção da equipe, inclusive deixando Wentz e Heinicke saírem. Sua única competição seria Jacoby Brissett. Dessa forma, conseguiu manter o posto de titular.

Os números

A grande verdade é que, apesar de estar em seu segundo ano, Howell é basicamente um calouro. Teve apenas um jogo profissional no currículo e precisou aprender um novo ataque na offseason, já que Eric Bienemy chegou como coordenador ofensivo. Isto faz com que toda a temporada de 2023 seja de avaliação de seu potencial.

Apesar de uma linha ofensiva questionável, o ataque de Washington possui bons alvos e RBs competentes, além de um OC bem cotado. É um ambiente positivo para gerar uma análise de valor a respeito de suas capacidades ao longo do ano.

Após 5 semanas, é possível dizer que seus resultados iniciais são de altos e baixos, com um balanço sólido, com momentos positivos, mas pontos de atenção. Neste período, Howell levou os Commanders a duas vitórias e três derrotas. Em termos de números brutos, até o momento acumulou 131 passes completos em 191 tentados (68,6%) para 1349 jardas (7,1 por tentativa), 6 TDs e 6 INTs. Como corredor, soma 101 jardas em 15 carregadas (6,7 por carregada) e 1 touchdown.

Seus números ficam no meio de tabela na maior parte das estatísticas mais avançadas, como tempo até lançar, profundidade média de passe, percentual de grandes passes e proporção de passes dignos de turnover. Isto é relevante, pois é muito importante lembrar que se trata de um QB com 6 jogos como titular na carreira e apenas no início de sua segunda temporada na NFL. Ter números medianos já é um sinal interessante para alguém nesse ponto da carreira.

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