A temporada de 2023 da NFL começou e com ela se inicia o processo de avaliar todas as opiniões que foram formadas ao longo da preparação para o Draft. A classe desse ano contou com um topo muito forte entre os quarterbacks, com três selecionados nas quatro primeiras escolhas. Todos foram titulares já na semana 1 e possuem expectativas distintas e resultados discretos em suas estreias.
Dessa forma, vamos avaliar o que era esperado de Bryce Young, CJ Stroud e Anthony Richardson, como se saíram no primeiro jogo como profissionais e as expectativas daqui para frente.
Bryce Young (Carolina Panthers)
Estatísticas:
Derrota por 24 a 10 para o Atlanta Falcons
20/38 (52,6%), 146 jardas (3,8 por tentativa), 1 touchdown, 2 interceptações e 2 sacks sofridos
3 carregadas, 17 jardas (5,7 por carregada) e 1 fumble sofrido
Em campo:
Chegando da universidade de Alabama, Young mostrava no processamento mental e na capacidade de esticar jogadas as principais valências que o fizeram ser a primeira escolha geral do Draft. Nem existiu debate de que seria o titular dos Panthers desde a semana 1. No entanto, sempre existiu a preocupação de que seu tamanho pudesse ser um problema na transição para os profissionais.
Sua estreia teve números ruins e um desempenho sem grandes destaques. A tomada de decisão foi conservadora em muitos momentos, sem tomar grandes riscos. Completou 18 dos 19 passes que tentou que viajaram no máximo 10 jardas. Diversos deles foram screens, checkdowns e algumas slants de bom timing. Isto também pode ser reflexo de um grupo de recebedores que teve dificuldades para gerar separação.
Quando tentou atacar janelas menores ou mais profundas, sofreu, com alguns passes mais fortes do que o necessário para recebedores com espaço. Além disso, as interceptações, especialmente a segunda, foram jogadas que um jogador com seu processamento mental não deveria realizar. Jessie Bates estava bem posicionado para roubar a bola nas duas ocasiões, mas Young encarou o recebedor e fez o passe mesmo com alinhamento desfavorável do safety para executar o lançamento no segunda jogada.
Isoladamente, não foi uma atuação que gerou motivos para empolgação. Todavia, sabendo que é a estreia na NFL, um pouco de nervosismo é normal. Também não existiram problemas muito marcantes e impossíveis de corrigir. Resta a Young e ao HC Frank Reich trabalharem para encontrar uma zona de conforto para aproveitar o potencial do QB.